Lord of Mysteries – Capítulo 459

“Embora sempre tenha tido vontade de rezar ao Louco para me livrar da influência psicológica que o padre Utravsky me deu, também sei, com muita clareza, que é perigoso recitar o nome honroso de um ser desconhecido. Nem todas as existências ocultas começarão com uma isca e lentamente fornecerão orientação. Nesses assuntos, Eles são frequentemente como tubarões no mar, que enlouquecem e avançam assim que sentem o cheiro de sangue…”

“Mas agora… Lorde Nibbs, não, o que a Ancestral quer?”

Emlyn White disse, achando isso ridículo: — Será muito, muito, muito perigoso.

Dentro do caixão de ferro preto, Nibbs Odora respondeu com uma voz envelhecida: — Sim, em circunstâncias normais.

— Mas nem todas as existências ocultas estão cheias de malícia. Entre Elas, também obedecerão às regras e desfrutarão das transações. Por exemplo, as sete luzes puras do mundo espiritual.

— Como a Ancestral deu tal revelação, isso significa que o perigo que o Louco pode trazer não é muito sério, ou mesmo nenhum.

— E durante todo esse processo, estarei sempre ao seu lado para protegê-lo.

— Você não quer se livrar da influência psicológica? Você já se tornou um crente da Mãe Terra e abandonou a lua?

— Não, eu não! — Emlyn negou freneticamente.

Após um momento de silêncio, ele cerrou os dentes e disse: — Gostaria de ter alguns dias para pensar sobre isso.

— Bem não há problema. Acredito que você fará uma escolha que se adapte à sua nobre identidade como um Sanguíneo. — Dentro do caixão, a voz de Nibbs ficou suave enquanto ele sorria e o confortava.

Depois de enviar Emlyn White de volta ao segundo andar, Cosmi Odora mais uma vez voltou ao escuro e sombrio corredor subterrâneo e perguntou com confusão e dúvida: — Avô, como a revelação dada pelo Antepassado pode envolver Emlyn White? Ele é apenas um membro Sanguíneo fraco que só recentemente atingiu a idade adulta.

A voz de Nibbs veio através da grossa tampa de metal preto do caixão e reverberou no ar.

— Não, a revelação fornecida pela Ancestral nunca incluiu Emlyn White.

— Ela apenas mostrou uma cena do alvorecer do apocalipse, retratando a erosão da lua carmesim, além de mencionar O Louco e o nome honroso correspondente.

— Durante esse processo, não apareceu nenhum sanguíneo. A menção do elemento-chave foi apenas minha maneira de convencer Emlyn White.

— No entanto, ser capaz de assumir riscos pelo futuro dos Sanguíneos também pode ser considerado um elemento-chave.

Cosmi foi primeiro esclarecido antes de ter outra pergunta.

— Por que você escolheu Emlyn White? O que há de tão especial nele?

Nibbs Odora de repente riu.

— Ele não tem hesitado em rezar para o Louco todo esse tempo? Ele não achava que não estávamos colocando muito peso em seu problema, que não estávamos dispostos a antagonizar o Bispo Utravsky, e então tentando encontrar outra ajuda?

— Estou apenas cumprindo o desejo dele.

Por um longo tempo, Cosmi ficou sem palavras.

Emlyn White parou na grade do segundo andar, olhou para seus incansáveis ​​parentes e tomou um gole nervoso de seu vinho.

“Até hoje, não ouvi falar de nenhum resultado terrível para as pessoas que oraram ao Louco… Talvez seja exatamente como Lorde Nibbs disse: O Louco é como as sete luzes puras no mundo espiritual, uma existência oculta que mantém a ordem e é caloroso… Espere um minuto, quais são as sete luzes puras no mundo espiritual? Por que nunca ouvi falar delas antes? Elas parecem estar do lado do bem… Eu me pergunto se isso vai ser de alguma ajuda para mim… Resumindo, O Louco não é necessariamente perigoso, e há Lorde Nibbs me protegendo… Talvez eu possa aproveitar esta oportunidade para me livrar da influência psicológica…” Emlyn se consolou com medo e expectativa.

…

Segunda-feira de manhã. Burgo Cherwood, Rua Minsk, nº 15.

Klein agachou-se em frente ao vaso sanitário, segurando uma escova e limpando cuidadosamente a sujeira dentro dela.

De acordo com sua agenda, após completar suas visitas no sábado e no domingo, ele decidiu tirar um dia de folga e esperar até amanhã para relatar ao Príncipe Edessak os resultados finais e entregar a tarefa. Mas durante o que deveria ser seu tempo de relaxamento, ele achou a casa um pouco bagunçada e suja.

Foi só quando viu isso que se lembrou de que a limpeza da casa era feita duas vezes por semana por meio do emprego temporário da empregada da proprietária ao lado.

Como os Sammers haviam saído de férias para a cidade de Sevilha, na Baía de Desi, uma das empregadas os acompanhou, enquanto outra voltou para o campo após receber um bônus de fim de ano. A Rua Minsk, nº 15, onde ele morava, não era limpa por ninguém há algum tempo.

Klein havia planejado aguentar isso por dois dias desde que estava deixando Backlund, mas em seu tempo livre, não ousava ir ao Clube Quelaag para se divertir. Ele estava com medo de enfurecer o Príncipe Edessak, então só podia ficar em casa. Assim, vendo as coisas que o incomodavam, vestiu suas roupas velhas e começou a limpeza de primavera antes do ano novo.

Ele passou a esfregar o banheiro, lavar a banheira, limpar as janelas, esfregar o chão, limpar seu equipamento e lavar roupas… Klein ocupou-se das oito às onze antes de terminar a limpeza desejada.

Claro, só fez isso superficialmente, sem muita atenção aos detalhes.

“Às vezes, alugar uma casa grande demais não é bom…” Klein lavou as mãos e enxugou o rosto com uma toalha.

Ao sair do banheiro e olhar para a sala de estar e jantar limpas e arrumadas, e observar a luz do sol atravessar as nuvens e brilhar através da janela de vidro transparente, derramando manchas douradas em sua casa, teve uma estranha sensação de dever cumprido. Ele se sentiu muito mais feliz.

“Hora de me recompensar pelo almoço. Vou procurar um bom restaurante…” Klein voltou ao segundo andar e trocou de roupa.

Enquanto folheava os jornais, esperando a hora do almoço, a campainha tocou.

— É quase ano novo e ainda há pessoas que vêm confiar-me missões? — Ao se levantar e caminhar até a porta, Klein decidiu recusar.

Embora só lhe restassem 34 libras em dinheiro, para sair da vista da realeza tinha que ir tirar de férias para o sul o mais rapidamente possível. Ele não podia mais aceitar missões.

Para sua surpresa, o visitante não era um estranho, mas o velho mordomo do Príncipe Edessak.

O velho mordomo usava um smoking bem cortado. Ele cumprimentou sem perder a dignidade e disse: — Detetive Moriarty, Sua Alteza, o Príncipe, está esperando por você na carruagem no final da rua. Ele deseja saber o andamento de suas investigações.

“Tão impaciente? Tudo bem, isso me poupa do trabalho de ir até da Mansão da Rosa Vermelha amanhã…” Klein rapidamente reorganizou o que havia pensado na noite passada e respondeu calmamente: — Tudo bem.

Ele estava prestes a tirar o chapéu do cabideiro quando sentiu uma dor repentina no estômago, uma dor que o obrigou a ir ao banheiro.

Depois de aguentar por um tempo, ele percebeu que não aguentaria mais e se desculpou com o velho mordomo: — Sinto muito. Vou precisar usar o banheiro primeiro. Meu estômago não está se sentindo bem.

O velho mordomo não mostrou nenhuma expressão anormal.

— Essa é a sua liberdade.

Enquanto descarregava uma onda após a outra de êxtase, limpando os resquícios de seu estômago, Klein lavou as mãos e voltou para o corredor.

Nesse momento, percebeu que o velho mordomo não estava mais por perto. Quem esperava do lado de fora era a empregada de cabelo castanho encaracolado.

— Sua Alteza me pediu para pedir desculpas a você; ele ainda tem assuntos a resolver e não pode esperar muito. Por favor, vá para a Mansão da Rosa Vermelha amanhã ou na tarde de depois de amanhã. — A criada curvou-se meticulosamente.

“Não se passaram nem dez minutos, e eu já tinha feito isso o mais rápido que pude… Normalmente, eu posso continuar por um bom tempo se eu tiver jornais…” Klein sorriu.

— Sem problemas.

Após receber uma resposta, a empregada que havia completado sua missão imediatamente sentiu um peso em seu peito. Ela riu e disse: — Detetive Moriarty, você deixou de encontrar aquela mulher de novo.

— Huh? — Klein estava perdido.

A criada baixou a voz e disse: — Desta vez, a jovem veio com Sua Alteza. Foi ela quem sugeriu fazer um desvio para conhecê-lo.

“No final, não a vi por causa da minha dor de estômago? Algo não está certo…” Klein franziu ligeiramente a testa.

…

Em uma sala forrada com um tapete grosso e macio.

Uma pena que estava sendo segurada parou e parou de escrever.

No caderno aberto abaixo dele, havia linhas de texto e marcas de texto rabiscado:

(rabiscos)

“O alvo tentou escapar do controle, mas, infelizmente, o detetive Sherlock Moriarty sai antes que ela desça as escadas.”

…

“O alvo influenciou as empregadas ao redor, mas o mordomo do Príncipe Edessak, Funkel, se deparou com o problema e lidou com ele.”

…

(rabiscos)

“O alvo saiu da pista mais uma vez. Ela participou do funeral de Talim em nome do Príncipe Edessak. No entanto, tendo se recuperado rapidamente ao seu estado normal, ela percebeu que era incapaz de identificar Sherlock Moriarty e só podia deixar escapar uma chance.”

…

“Sherlock Moriarty foi para Mansão da Rosa Vermelha para investigar, mas o momento não era o certo, e o alvo estava andando a cavalo no campo de golfe.”

…

(rabiscos)

““O alvo, mais uma vez, triunfou sobre o acordo, encorajando o Príncipe Edessak a visitar o detetive Sherlock Moriarty. Infelizmente, Sherlock Moriarty teve uma dor de estômago, acabou ficando no banheiro por sete minutos e quarenta e cinco segundos, e o príncipe não podia esperar.”

…

Seus traços faciais eram como uma escultura, mas o homem de meia-idade que estava cego de um olho largou a pena e olhou para uma mulher.

— O que exatamente você colocou no corpo dela? Quebrar as restrições repetidas vezes criará grandes problemas.

A mulher riu em voz baixa e disse: — Foi apenas um acidente. Não se preocupe, não haverá problemas.

Enquanto falava, ela puxou o cabelo para trás, revelando seu longo pescoço branco.

Depois disso, lentamente aplicou várias coisas em seu rosto, tornando-a ainda mais atraente.

Vendo que ela estava colocando suas roupas e acessórios, o homem de meia-idade de cabelos dourados escuros franziu a testa e perguntou: — Onde você está indo?

A mulher não respondeu diretamente e disse com um sorriso: — Cuidado com a pena na mão, você quase trocou de corpo com alguém da última vez.

— Não precisa me lembrar, — o homem de meia-idade com olhos azuis profundos a ponto de serem negros disse com uma cara séria.

A mulher apertou o cinto para parecer mais magra, depois se espreguiçou e bocejou preguiçosamente enquanto cobria a boca.

— Vou fazer uma visita ao Sr. A da Ordem Aurora.

— Espero que ele seja tão louco quanto dizem os rumores.

Enquanto ela falava, a expressão do homem cego de meia-idade afundou de repente. Foi porque aquela pena comum começou a escrever sozinha, como se uma mão invisível a segurasse.