Sob a iluminação do sol da tarde, Klein em suas roupas empoeiradas rapidamente torceu o cano do revólver para remover sua segurança auto-imposta. Ele ficou em posição de tiro, permitindo que a luz refletisse no corpo de bronze da arma.
Ele segurava o revólver com uma das mãos e movia o outro braço, prestando atenção com cautela a qualquer coisa que pudesse acontecer ao seu redor.
Ao mesmo tempo, ele estava um pouco preocupado com o Capitão Dunn e o Sr. Aiur Harson. Afinal, ambos eram Beyonders do tipo Pesadelo especializados em influenciar o inimigo das sombras. Ele não sabia se eles eram adeptos do combate direto.
No momento em que Klein estava tendo essas considerações, Aiur Harson desacelerou, sua expressão tornando-se serena e pacífica.
Ele abriu a boca e recitou um poema calmo, que parecia colocar uma pessoa na noite.
— Quando o sol se põe no oeste.
— E gotas de orvalho perolam o seio da tarde.
— Quase tão pálido quanto os raios da lua.
— Ou sua estrela companheira.
— A prímula se abre de novo.
— Suas flores delicadas ao orvalho.
— E, como eremita, evita a luz.
…
O recital reverberou ao redor deles. Klein quase perdeu seus sentimentos tensos e relaxou por completo.
Ele teve sorte de ter experimentado algo semelhante antes e não ter que enfrentar Aiur Harson. Assim, ele rapidamente se recompôs e entrou em um estado de semi-Cogitação para combater a influência do poema.
Few…
Ele soltou um suspiro de alívio. Ele não tinha mais dúvidas sobre as habilidades de combate direto de Dunn e Aiur.
Como ele tinha avançado recentemente e ainda não possuía um conhecimento profundo das poções de Sequência, Klein esquecera que a Sequência 7 Pesadelo era o avanço da Sequência 8 Poeta da Meia-Noite. Eles poderiam manter quaisquer habilidades que tivessem antes e, de fato, desfrutar de um pequeno aumento nelas.
A impressão que Klein tinha de Poetas da Meia-Noite veio de Leonard Mitchell. Ele sabia que esta classe herdou as características únicas de um Sem Sono. Os Beyonders desse tipo eram bons em combate, tiro, escalada e detecção. Eles também eram hábeis em influenciar as criaturas vivas ao seu redor por meio do uso de vários poemas. Em termos mais simples, eles eram poetas violentos.
Enquanto Aiur recitava seu poema, os grandes caixotes de madeira empilhados ao redor deles pareciam subitamente ondular como água. Um homem vestindo um smoking preto e meia cartola apareceu.
Mas o rosto desse homem foi pintado em três cores pastéis: vermelho, amarelo e branco. Os cantos de seus lábios estavam arqueados como um palhaço, formando um contraste ridículo com seu traje formal adequado para participar de um banquete noturno.
Tud! Tud! Tud!
Lorotta, que foi apresentada como uma atiradora de elite, avançou rapidamente. Ela tinha uma arma em uma mão e cerrou a outra em um punho, chegando perto do palhaço de terno em poucos passos.
O palhaço de terno parecia afetado pelo poema de Aiur Harson. Seu corpo estava balançando e ele tinha uma expressão pacífica em seus olhos. Ele não tinha nenhum desejo de retaliar.
Lorotta inclinou o corpo com uma manobra de boxe enquanto puxava o punho para trás e socava o rosto do palhaço de terno.
Bang!
O ar estalou quando o palhaço de terno se estilhaçou de repente como um espelho enquanto seus pedaços evaporavam e desapareciam rapidamente no ar.
Nesse momento, o palhaço de terno apareceu mais uma vez nas sombras dos caixotes de madeira a alguns passos de distância. O contorno da figura do palhaço de terno surgiu de repente de novo.
A pessoa sob a influência do poema era apenas uma ilusão! Era uma atuação!
O palhaço de terno sorriu mais uma vez. Ele apresentava uma aparência cômica enquanto apertava sua meia cartola com uma mão e apontava uma arma de dedo com a outra.
Bang!
O som de um tiro soou da arma de dedo. Lorotta caiu para a esquerda e rolou no chão, desviando do ataque.
Mas nada aconteceu, exceto pelo tiro falso.
Bang! Bang! Bang!
Dunn e Aiur levantaram suas armas e dispararam várias vezes. O palhaço de terno esquivou-se habilmente, ora para a direita e para a esquerda, ora rolando no chão. Era como se ele fosse um acrobata em um circo.
De repente, Lorotta avançou de novo de forma surpreendente. Apesar de ser chamada de atiradora de elite, ela ainda usava os punhos.
Bam!
O palhaço de terno não conseguiu desviar do ataque a tempo e só conseguiu erguer o braço esquerdo para bloquear o punho.
Ao ver o palhaço parar, Dunn e Aiur não hesitaram em mirar e apertar o gatilho.
Neste momento, o braço que o palhaço de terno usou para bloquear o punho de Lorotta se acendeu com uma chama amarelo-alaranjada.
Em um instante, a chama envolveu o palhaço de terno e se espalhou em direção a Lorotta.
Bang! Bang!
Dunn e Aiur dispararam seus revólveres, atingindo a bola de fogo.
As chamas queimaram rapidamente e logo, tudo o que restou foram cinzas negras flutuando no céu. Mas o palhaço de terno apareceu mais uma vez atrás da pilha de caixotes de madeira ali perto.
Ele levantou a mão direita e apontou uma arma de dedo mais uma vez.
Bang!
Em meio ao tiro ilusório, Lorotta parou de repente. Ela não avançou. A lama espirrou na frente dela quando uma bala apareceu.
O ataque palhaço de terno não era mais uma ilusão!
Era difícil discernir o real do falso, a realidade da ilusão.
Bang! Bang! Bang!
O palhaço de terno atirou em Dunn e Aiur várias vezes enquanto se escondia e aparecia em momentos aleatórios.
Ao ver isso, Lorotta semicerrou os olhos e ergueu o revólver de ouro fosco na mão esquerda.
Bang!
O palhaço de terno de repente se agachou, evitando o tiro fatal. Sua meia cartola voou para trás, caindo no chão. A bala tinha deixado uma marca de queimadura visível no chapéu.
Depois de rolar algumas vezes no chão, o palhaço de terno escalou as pilhas de caixotes de madeira com a agilidade de um macaco. Ele atirou balas de ar de sua arma de dedo do terreno elevado.
Aiur Hanson deu alguns passos para trás e baixou a arma. Ele começou seu recital mais uma vez.
— Desperdiça sua bela flor durante a noite.
— Quem, vendado às suas carícias afetuosas.
— Não conhece a beleza que possui.[1]
…
O palhaço de terno pulou repetidamente entre as caixas. De repente, levantou a mão para coçar as orelhas e olhou para Aiur com um sorriso cômico.
“Ele tapou as orelhas? A poção de Sequência que a Ordem Secreta possui com certeza é estranha…” Klein observou a luta de longe enquanto fazia suposições silenciosas.
Assim que esses pensamentos passaram por Klein, ele de repente viu uma figura aparecer no topo de um armazém ao lado dele. Além disso, ela corria direto para o local onde Ray Bieber estava escondido.
Essa figura estava vestida com um uniforme branco acinzentado, que os trabalhadores das docas usavam. Seu rosto também parecia pintado de vermelho, amarelo e branco.
“O palhaço de terno é responsável por distrair o Capitão e o resto enquanto a outra pessoa recupera o diário?” Klein levantou a mão direita por instinto e atirou na figura no telhado.
Ele tinha acabado de mirar quando a figura de repente se agachou, passando de correr para rolar no chão.
Bang!
Klein não parou de puxar o gatilho. Ele viu a figura parar de repente, com sangue brotando em um jorro.
A figura olhou para ele em estado de choque. Enquanto suportava a dor, continuou entrando no armazém.
“Parece um tiro de sorte…” Klein contraiu os lábios e puxou o gatilho mais uma vez. Desta vez, a bala atingiu o telhado de madeira ao lado da figura.
Bang! Bang! Bang!
Leonard e Borgia também atiraram, mas não acertaram a figura.[2]
Klein queria criticar as habilidades de tiro terríveis se comparadas às dele quando parou de puxar o gatilho de repente.
“Isso mesmo! Por que devemos detê-lo?”
“Não adivinhei que há um grave perigo no armazém agora mesmo? Não seria ótimo se deixássemos aquele cara ser a vanguarda e pisar na mina por nós?”
“Leonard e o Sr. Borgia devem ter tido a mesma ideia…”
Com esse pensamento, Klein ergueu o cano de seu revólver e atirou para o céu.
Bang! Bang! Bang!
Enquanto os tiros soavam, a figura conseguiu alcançar a região mais interna do armazém desobstruída.
O homem se lançou para baixo, batendo no teto enquanto caía com o telhado desabando.
Logo após a comoção, os olhos de Lorotta de repente ficaram pretos. Sua mão esquerda começou a fazer uma estranha ação de puxar.
As ações de salto do palhaço de terno pararam de repente enquanto seu tornozelo parecia ser agarrado com força por uma mão invisível.
Dunn não atirou de imediato e, em vez disso, apontou o revólver para baixo.
Ele abriu a boca e apenas usando sua espiritualidade para ressoar com o ar ao seu redor, produziu uma voz estranha, fraca e etérea sem o uso de sua garganta.
— Assim floresce quando a noite chega.
— Quando o dia aparecer com olhos abertos.
— Espancado pelo olhar que não pode evitar.
— Desmaia, murcha e desaparece.
…
O palhaço de terno de repente ficou flácido, como se tivesse perdido a vontade de viver.
Aiur Harson levantou sua arma e mirou, com seu dedo puxando o gatilho de imediato.
Nessa fração de segundo, um lamento anormal e trágico veio do armazém.
— Ah!
O grito continha um medo imenso, como se seu perpetrador tivesse encontrado um assunto inimaginável e aterrorizante.
Os pelos do corpo de Klein se arrepiaram. Os gritos trágicos pararam de repente enquanto o silêncio era restaurado nas partes mais profundas do armazém. Era um silêncio de arrepiar o corpo.
Bang!
Atormentado pelo grito, Aiur só conseguiu acertar um tiro na barriga do palhaço de terno.
Haaa… Haaa… Haaa!
O silêncio foi mais uma vez quebrado das profundezas do armazém. O que deveria ter sido uma respiração suave soou. Chegou a um crescendo que apertou os nervos de todos.
Tum! Tum! Tum! Tum! Tum! Tum!
Dentro do baú preto, 2-049 atingiu um estado frenético.
Notas:
[1] O poema tá ruim pq tá traduzido
[2] Parecem Stormtroopers
Que medo cara. O outro que entrou se ferrou mesmo hihi
Levou vantagi. Ou disvantagi hihihi
Depois de tantos capítulos finalmente ação