Em relação a Amon, Leonard não teve uma impressão forte e direta dele. Tudo o que ele sabia era que era o inimigo mais temido do Parasita em seu corpo. Ele foi o culpado que deixou este misterioso e poderoso Velho ferido até hoje. Portanto, rapidamente se acalmou e perguntou com voz reprimida: — O que fazemos agora?
Em sua mente, a voz ligeiramente envelhecida soou depois de três segundos.
— Aquele que veio provavelmente não é o corpo real de Amon, mas um dos Seus avatares.
“Ele… Na verdade, o Blasfemador Amon é um anjo, e provavelmente um anjo da Sequência 1. Afinal, suspeita-se que o Velho seja um Anjo Fundamentado…” Enquanto Leonard absorvia as informações para verificar suas teorias, ouviu Pallez Zoroast continuar: — Se o corpo real de Amon aparecer em Backlund, pode muito bem causar a descida de uma divindade.
“A descida de uma divindade? Quantos anos se passaram desde que algo assim aconteceu? Desde a Quinta Época, ocorrências como essas eram lendas registradas no cânone interno. Nunca havia acontecido publicamente antes! Isso poderia significar que, mesmo entre a Sequência 1, Amon é uma das existências mais poderosas? Não é de admirar que Ele seja chamado de Blasfemador…” Em apenas algumas palavras, Leonard percebeu o quão aterrorizante era o anjo chamado Amon.
Parado na frente da caixa de correio, seus pensamentos vagaram quando de repente ele teve uma ideia. Ele rapidamente suprimiu sua voz e disse: — Já que Amon tem tanta importância dada a ele pelas divindades, não deveríamos tentar encontrar uma maneira de informar a Igreja sobre a notícia de sua aparição em Backlund…
Do ponto de vista de Leonard, a Igreja da Meia Noite e da Tempestade, que nasceu em uma época anterior e existiu durante toda a Quarta Época, tinha uma rica experiência em resistir aos anjos. Eles eram a melhor escolha para lidar com Amon.
Em sua mente, Pallez Zoroast riu.
— É inútil. Pode até ser algo que Amon deseja realizar.
— Para Ele, é apenas a perda de um avatar. Isso apenas desperdiçará um pouco de sua força, mas não causará nenhum dano real. E Ele pode usar a morte de Seu avatar para ver as mudanças correspondentes no destino. A partir disso, poderá ver a origem da situação ou a criação os planos. Embora isso não permita que Ele se fixe diretamente em você e em mim, ele será capaz de reduzir bastante o círculo, criando as condições para que Seu corpo real desfira um golpe letal.
— Além disso, você acha que haverá apenas um avatar de Amon em Backlund?
— Com base em seus hábitos e estilo, Ele pode ter apenas um avatar que não esconde, mas, na verdade, ao redor deste avatar estão vários, dezenas ou até mais de uma centena de avatares.
— Quando tentarmos eliminar aquele que está visível, pode muito bem acontecer que alguns, dezenas ou mais de cem Amons apareçam em cada local. Ele poderia ser um transeunte, um pássaro no telhado, uma formiga no chão, e também poderia ser um inseto em troncos de madeira, micróbios no ar. Alguém que não seja um semideus não notaria isso, mesmo que o Seu avatar invadisse seus corpos…
Ao ouvir a descrição detalhada do Velho, Leonard sentiu um arrepio nas costas. De repente, teve a sensação de que o ar ao redor estava cheio de incontáveis Amons.
— Você está com medo agora? — Pallez Zoroast riu. — Se você entender como Amon pode roubar seu destino sem mostrar nenhuma anomalia, você ficará ainda mais aterrorizado.
— O que você quer dizer com roubar meu destino? — Leonard perguntou, sentindo-se cauteloso e confuso.
A velha voz de Pallez suspirou.
— Ele irá segui-lo. Então, você descobrirá que seus pais farão dele seu filho. Sua esposa verá Ele como seu marido. Seu filho tratará Ele como seu pai. Seus amigos, todos que você conhece, tratarão Ele como você. E você será o azarado. Você perderá toda a conexão com o mundo real e morrerá lentamente.
— … Esse roubo seria permanente? — Leonard não pôde deixar de suspirar.
Pallez Zoroast deu uma risadinha.
— Antes de um ladrão ser pego, ele se oferecerá para devolver o que roubou?
— A menos que Ele tenha se divertido o suficiente com isso.
Leonard instantaneamente ficou em silêncio. Sentiu que um inimigo no nível de Amon não era mais alguém contra quem alguém pudesse se defender, mas era completamente insondável.
Depois de alguns segundos, ele perguntou, mal conseguindo esconder a voz rouca: — Então o que fazemos?
Ele não compartilhou seus próprios pensamentos porque provavelmente não eram pragmáticos.
Pallez Zoroast ficou em silêncio por um momento antes de dizer: — Vamos observar e ver.
…
Dentro do Bar dos Corajosos.
Maric estava esperando na Sala de Bilhar 3 conforme combinado.
Como Sherlock Moriarty concordou em fornecer ajuda, foi necessário discutir os detalhes da operação cara a cara.
Não era algo que pudesse ser descoberto através de uma troca de cartas.
Bebendo um gole de cerveja, Maric ergueu a mão para pentear o cabelo. Seu rosto pálido estava sem cor de sangue. A expressão demente em seu rosto era muito menor do que antes.
Neste momento, seu coração agitou-se. Ele olhou para o lado e viu uma figura de cartola e terno formal aparecer. Não era outro senão Sherlock Moriarty.
“Teletransporte?” O coração de Maric palpitou enquanto suas pupilas se contraíam. Ele instintivamente aumentou seu nível de cautela.
Não porque não confiasse em Sherlock Moriarty, mas sim uma reação natural para uma criatura ao enfrentar uma existência superior na cadeia alimentar.
Ao mesmo tempo, percebeu pelo canto do olho que a figura de boneca de Sharron havia aparecido no banco alto.
Klein abaixou o chapéu e fez uma reverência para os dois. Ele disse com um sorriso: — O que mais me preocupa é a quantidade de informações que você tem.
— Se houver informações suficientes, as chances de sucesso serão maiores e os riscos menores.
— Deixe-me dar um exemplo simples. Você acredita que a múmia de Tutanssess II não tem problemas? Você pode confirmar em qual caixão ela está? Se você puder, posso me teletransportar antes que os guardas reajam, viajando com ela pelo mundo espiritual. Dessa forma, o problema será resolvido.
Assim como Maric tentou se lembrar, ouviu Sharron dizer em tom calmo: — Pode-se confirmar qual é o caixão, mas não podemos confirmar se há algum problema com ele.
Klein assentiu e puxou uma cadeira para se sentar.
— Além disso, o que mais você sabe?
Os olhos azuis de Sharron moveram-se ligeiramente.
— Pode ser uma armadilha da Escola de Pensamento Rosa ou pode ser uma armadilha dos militares de Loen.
“Você não mencionou o segundo palpite anteriormente… Isso mesmo, antes de obter qualquer confirmação de cooperação conjunta, nem eu divulgaria muito…” Klein pensou enquanto questionava, visando o último ponto.
— Uma armadilha destinada à Escola de Pensamento Rosa?
Maric respondeu desta vez. Ele disse em detalhes: — No antigo Reino das Terras Altas, criar uma múmia era uma tradição para uma pessoa estimada. É considerado sagrado, e a múmia do Faraó não é algo contra o qual se possa blasfemar. Naquela época, antes que as forças aliadas de Loen, Intis e Feynapotter atacassem este reino, os descendentes do Faraó haviam movido o lote mais importante de múmias, incluindo os restos mortais dos Faraós de dinastias passadas.
— Desta vez, um dos exércitos rebeldes das Montanhenses teve sua base secreta invadida. O exército de Loen encontrou a múmia de Tutanssess II no nível mais baixo e planeja entregá-la a Backlund para entregá-la a uma organização militar desconhecida para pesquisa.
— Para os descendentes do Faraó, isso é um insulto da maior ordem. Eles têm motivos suficientes para resgatar a múmia de Tutanssess II. E entre esses descendentes, existe um semideus chamado Mahmosi. Ele é um dos principais líderes do exército rebelde e também um membro importante da Escola de Pensamento Rosa. Ele é aluno da Abominação Suah.
Klein assentiu levemente e respondeu: — Isso quer dizer que a múmia de Tutanssess II pode ser uma isca para o exército de Loen pescar Mahmosi. Claro, isso não exclui a possibilidade de que a Escola de Pensamento Rosa esteja sacrificando deliberadamente os restos mortais de um Faraó para eliminar você.
Ele originalmente queria dizer que, como Sequência 6 e 5, não havia necessidade de a Escola de Pensamento Rosa chegar a tal ponto. Mas quando ele lembrou que a principal facção atual da Escola de Pensamento Rosa era a indulgência, e que eles não recuavam quando se tratava de seu desejo de vingança, ele acreditou que não poderia tomar uma decisão usando o ponto de vista de uma pessoa comum.
“Além disso, Srta. Sharron e Maric conseguiram escapar das restrições da Árvore Mãe do Desejo e escapar com sucesso da Escola de Pensamento Rosa. Além da sorte, eles podem ter alguém apoiando-os em segredo… Se existe tal pessoa, essa pessoa é definitivamente um alvo que a Escola de Pensamento Rosa quer destruir…” A mente de Klein formulou naturalmente esses pensamentos, mas ele não compartilhou isso.
— Sim, — disse Maric enquanto esfregava os cantos dos olhos. A grande quantidade de palavras que ele disse o fez sentir-se perturbado tanto na mente quanto no desejo.
Klein pensou por um momento antes de dizer: — Se for a primeira opção, a situação pode ser mais problemática do que eu imaginava.
— Para lidar com um semideus, um semideus com companheiros, o exército de Loen terá pelo menos dois Beyonders no mesmo nível de combate de Mahmosi. Além disso, com certeza terão algumas redundâncias para evitar acidentes. Por exemplo, eles prepararão um Artefato Selado de Grau 0. Em suma, se isto não for perto de Backlund ou se não for feito uma operação conjunta com as três Igrejas, talvez não seja possível montar tal armadilha tão facilmente.
O queixo de Sharron moveu-se ligeiramente enquanto ela balançava a cabeça concordando com o julgamento de Sherlock Moriarty.
Klein não enfatizou a dificuldade ao dizer: — Portanto, temos que obter informações mais precisas e detalhadas. A partir disso, podemos fazer preparativos mais direcionados. Isso nos permitirá alcançar nossos objetivos.
Sem esperar que Sharron e Maric dissessem uma palavra, ele acrescentou: — Conheço uma existência secreta para adivinhação por espelho mágico. Ele adere estritamente a um princípio de reciprocidade. Se vocês não se importam com sua privacidade ou com ações que causarão intensa humilhação, você poderá obter respostas para muitas perguntas Dele.
— Vocês estão dispostos a tentar?
— Eu realizarei a convocação.
Na adivinhação sombria, quem fazia a convocação normalmente sofria o maior risco.
— O que acontece se eu me recusar a divulgar meus assuntos privados ou rejeitar tais ações? — Maric perguntou com os olhos semicerrados.
Klein respondeu sinceramente: — Você será atingido por um raio, causando danos bastante significativos.
“Raio…” Maric originalmente acreditava que com a resistência de um Zumbi, não seria um grande problema sofrer qualquer dano direto, mas ele nunca esperou que fosse um raio que fosse relativamente forte contra os mortos.
Ele hesitou por um momento e olhou para Sharron. Depois de receber um aceno afirmativo, ele exalou e disse: — Tudo bem.
Klein não falou mais nada. Tirou um pedaço de papel do bolso enquanto instruía: — Prepare um espelho.
Assim que disse isso, um espelho de maquiagem do tamanho da palma da mão apareceu na mesa de bilhar.
“Um espelho de maquiagem de estilo majestoso…” Klein olhou para ele e desenhou um símbolo que era uma mistura de ocultação e curiosidade misteriosa.
Arrodinho vai falar algm merda…