Gao Peng achou que eles poderiam facilmente encontrar os labirintos subsequentes. No entanto, o Mar Gordão parecia conduzi-los em círculos.
“Aqui… não, não aqui. A direção está um pouco errada.”
“.. Aqui também não. Eu acho que está no caminho de onde viemos. Podemos ter tomado uma direção errada.”
“Eu, Mar Gordão, juro que não vou nos desviar dessa vez. Se sim, que Deus me derrube!”
“… me desculpe, Gao Peng. Eu não me importo se eu for atingido por um raio neste momento. Me dê mais uma chance, apenas uma!”
“Por que você está olhando assim para mim? Eu posso sentir que estamos chegando perto.” disse o Mar Gordão, que se virou timidamente, com o enorme rosto redondo e concentrado.
“Pah!” Goldie cuspiu nele. “Estamos procurando há meio ano. Você já disse a mesma coisa estúpida 124 vezes!”
“Ah? Você tem mantido a contagem, careca?” disse Flamy. Ela pareceu surpresa. “Você não deveria ter um raciocínio lento? Eu nunca soube que você gostava de números.” O ar ao redor deles ficou tenso.
Goldie esfregou seu couro cabeludo distraidamente. Havia um olhar envergonhado no rosto. “Acabei de dizer o primeiro número que apareceu na minha cabeça…”
Flamy revirou os olhos para Goldie.
“O suficiente. Vamos seguir em frente.” disse Gao Peng, separando seus Familiares que estavam brigando. Ele deixou o Mar Gordão continuar liderando o caminho. Quando viraram uma montanha, Gao Peng, que estava ficando cada vez menos otimista com a habilidade de navegação de seu Familiar, subitamente parou.
Logo diante dele havia uma planície vazia, no meio da qual havia um labirinto enorme. O labirinto era alto e magnífico, com um leve brilho dourado no céu acima. Toda a estrutura era tão vasta que parecia se estender muito além do horizonte.
O labirinto parecia estar repleto de monstros. Por trás de suas paredes de mais de 100 metros de altura, monstros de todas as formas e tamanhos cuidavam de seus negócios. Era como outro mundo, cujos ocupantes provavelmente haviam passado a vida inteira atrás dessas muralhas sem sequer pisar no mundo exterior.
Gao Peng podia ver árvores enormes crescendo atrás das paredes externas do labirinto, bem como ninhos de pássaros aninhados em seus exuberantes dosséis.
Dois pássaros de penas vermelhas enfiaram a cabeça dos ninhos e começaram a gorjear ruidosamente um para o outro. Pelo canto do olho, Gao Peng viu uma enorme cobra deslizando sobre uma dos galhos da árvore, com as escamas da mesma tonalidade marrom da árvore. Ela estava se aproximando cada vez mais de um dos ninhos de pássaros… Em um movimento explosivo, ela se lançou contra um dos pássaros de penas vermelhas antes de devorá-lo instantaneamente.
Gao Peng então notou que as paredes externas do labirinto adquiriram gradualmente uma cor amarelo acastanhado a alguma distância. Eles também pareciam estar cobertos de manchas. Os caminhos perto daquela parte da parede estavam submersos em areia…
O labirinto parecia conter todo tipo de terreno, desde exuberantes florestas até pântanos escuros.
Da Zi exclamou: “Este lugar é enorme”.
“Nunca vi um labirinto desse tamanho”, disse Desolion, assentindo.
“Está aqui”, disse o Mar Gordão, com os olhos brilhando. “Eu te disse, não disse? Que o labirinto estava nessa direção!”
“Cale a sua matraca, seu idiota covarde. Você tem a coragem de abrir a boca quando foi a pessoa que nos liderou em círculos por meio ano.” cuspiu Goldie.
“Eu não estava prestando atenção no que estava fazendo naquela época”, O Mar Gordão murmurou, na tentativa de se desculpar.
Como Gao Peng não tinha idéia do tamanho do labirinto, ele subiu nas costas de Da Zi e ordenou que ganhasse alguma altitude. Quando estavam alguns quilômetros no ar, Gao Peng viu que não conseguia ver onde o labirinto terminava.
A outra extremidade do labirinto parecia ter desaparecido no horizonte.
“É enorme…” disse Gao Peng baixinho, franzindo a testa. Dentro do labirinto havia uma intrincada rede de caminhos. Alguém poderia facilmente se perder dentro dele, se não conhecesse o caminho.
Gao Peng começou a tirar fotos do local com uma câmera. As fotos que ele havia tirado estavam cheias de vagas formas sombrias, embora algumas delas fossem obscurecidas por manchas de luz. Era como se uma espessa camada de neblina estivesse pairando sobre todo o lugar.
Depois de pensar um pouco, Gao Peng tirou mais algumas fotos com o telefone e depois comparou as fotos que tirara com as que havia tirado um pouco antes. Certamente havia algo obscurecendo a visão aérea do labirinto. Todas as fotos que ele tirou, seja com seu telefone ou câmera, saíram manchadas e sem foco.
“Acho que vou ter que me empenhar a lembrar do layout do labirinto da maneira antiga.” Gao Peng forçou os olhos para o labirinto abaixo. Curiosamente, quando ele tentou se lembrar do layout do labirinto, tudo o que tinha era uma imagem vaga do lugar. Quanto mais Gao Peng tentava se concentrar nisso, mais difícil ficava.
Dez minutos depois, Gao Peng amassou a testa, exasperado.
Não me lembro de nada… Que tipo de lugar é esse?
Quando Gao Peng voltou a terra firme, O Mar Gordão sorriu para ele presunçosamente. “Gao Peng, você estava tentando memorizar o layout do labirinto, mas então percebeu que não consegue se lembrar de nada do que viu?”
“Você sabe o que está acontecendo?” Perguntou Gao Peng, lançando um olhar de soslaio.
“Bem, claro, luto com esse cara há tanto tempo. Claro que eu sei quais eram alguns de seus poderes. Ele é o Deus dos Labirintos. Se alguém pudesse memorizar o layout de seus labirintos com apenas um olhar… bem, então ele seria o Deus de nada agora, não é?” Disse o Mar Gordão.
“Mesmo se você fosse capaz de memorizar o layout do labirinto por algum milagre, descobriria mais cedo ou mais tarde que o interior do labirinto está mudando constantemente.”
Gao Peng ficou surpreso ao ouvir isso. “Não vi nada mudar agora.”
“Você não pode ver isso acontecer de cima… É meio difícil colocar em palavras. Os labirintos operam sobre o conceito de preceitos; eles podem atrapalhar seu sexto sentido sem que você saiba.” disse o Mar Gordão, suspirando. “No entanto, a especialidade desse cara não é labirintos. É a capacidade de atropelar facilmente seus inimigos. Por um tempo, pensei que fosse o Deus da Guerra.”
“Apesar de ser o Deus dos Labirintos, seu poder de combate era inigualável, mesmo entre outros Deuses menores.”
Antes, Gao Peng estava interessado apenas no Artefato Divino do Deus dos Labirintos. Agora, ele estava ficando cada vez mais curioso sobre o próprio Deus dos Labirintos.
“Vamos. Eu costumava frequentar esses labirintos no passado. Você poderia dizer que eu os conheço como as costas da minha mão.” O Mar Gordão ficou na frente do grupo. “Eu vou pegar o Artefato Divino daquele cara e dançar em seu túmulo! Ele está morto, e eu não estou!”, Dizia em uma voz cantante.
Quando eles estavam dentro do labirinto, Gao Peng percebeu que o Mar Gordão não estava mentindo quando disse que sabia o que fazer ao redor do labirinto. Ele não pôde deixar de sentir uma sensação de solidão. Quantas vezes ele havia sido preso dentro desses labirintos para se tornar tão familiarizado com seus detalhes?
Gao Peng olhou-o com os olhos arregalados quando viu o Mar Gordão entrar em um buraco em uma das paredes externas. Como diabos você sabia que havia isso ai? Você morou aqui antes?
O Mar Gordão virou-se e viu que Gao Peng ainda estava parado lá. Ele gritou: “Por que você está parado aí? Siga-me!”
Gao Peng contorceu os lábios, depois assentiu. “Chegando.”
O Mar Gordão levou Gao Peng através do túnel. Ao longo do caminho, contou a Gao Peng algumas coisas que ele precisava ter em mente. “Não fuja por conta própria quando houver uma tempestade de areia, ou você pode cair em uma armadilha. Mantenha-se próximo às paredes… Além disso, tenha cuidado quando estiver perto das áreas pantanosas do labirinto. Há…”