Desde que a idosa estava no hospital para tratamento, ela alugou o apartamento inteiro para o corretor. O corretor, que tinha por volta de 30 anos, não era um habitante local e seguindo o requisito da empresa, usava uma camisa branca formal todos os dias. Ele era muito educado e gentil.
Porém, no interior era um homem quebrado. Ele era uma pessoa azarada. Não importa o que fizesse, falharia por algum motivo. Além disso, as coisas estranhas continuavam acontecendo a ele, como ter pesadelos de sua esposa sendo cortada e enfiada nas gavetas. Isso o assombrava a noite toda e quando acordou de manhã e percebeu que nem mesmo tinha uma namorada.
Quando saiu de casa, o sol estava brilhando, mas no momento em que colocou o pé para fora, começou a suar. Sua camisa ficou encharcada e ele decidiu parar na loja próxima para fazer o café da manhã. Depois do café, percebeu que deixou a carteira em casa. Isso significava que não podia chamar o táxi. Ele caminhou até a empresa e foi repreendido pelo chefe por ser tarde. Ele perdeu o cliente porque atrasou no compromisso e quando voltou para casa, percebeu que um assaltante invadiu sua casa.
Este tipo de dia trágico era uma ocorrência diária para o homem. Contudo, comparado a estas coisas, o evento realmente desesperador foi quando percebeu que sua casa era mal-assombrada!
Ele ficou na casa velha sozinho e sempre que queria relaxar à noite assistindo tv, antes da piada, alguém riria atrás dele. Havia várias coisas similares. No meio de seu banho, alguém passaria para ele o shampoo e quando ficava preso no banheiro sem papel, o mesmo rolaria sozinho.
Ele tinha sido um descrente ferrenho, mas as várias coisas que vivenciou dentro de sua casa mudaram sua visão do mundo. Para provar que não sofria de doença mental, comprou uma câmera e começou a gravar sua própria casa. Uma semana depois, percebeu que realmente havia um fantasma na casa e estava escondido dentro das gavetas!
O corretor usou tábuas de madeira para selar todas as gavetas e cômodas e o fantasma parou de aparecer. Contudo, sua má sorte pareceu piorar. Cerca de um mês depois, ele foi demitido e no caminho para casa, morreu em um acidente de carro.
Depois de morrer, o corretor percebeu que um fantasma sinistro estava o seguindo e era o espírito dentro da casa que o ajudava. Depois de selar as gavetas e cômodas, o fantasma parou de ser afetado pelos espíritos que, eventualmente, roubou a vida do corretor.
O personagem principal da quarta história era a senhora. Os inquilinos que alugaram sua casa morreram de acidentes. Seu coração estava dolorido pela culpa, pensando que era tudo culpa sua. Lentamente, a mente da senhora distorceu. Ela tinha este sentimento de que seu filho e os dois inquilinos não deixaram o apartamento e ficaram para acompanhá-la.
Ela perguntou aos vizinhos, mas aqueles que sabiam sobre o passado da casa mantiveram distância. Eles pensaram que ela era uma mulher trágica. Alguns até se mudaram com medo de que a senhora pudesse amaldiçoá-los. Os inquilinos no edifício diminuíram lentamente e a senhora se fechou.
Lentamente, surgiram rumores de que a velha área residencial era mal-assombrada e a senhora foi relacionada a fonte destas histórias. Todos ficaram longe dela e ninguém queria interagir com ela.
Passou um longo tempo até que a senhora conheceu um pobre artista embaixo da ponte. O rosto do homem estava machucado como se tivesse tido uma briga física. A senhora sentiu pena dele e pediu ao artista para desenhar um retrato de seu filho morto.
Inicialmente, ela só queria encontrar uma maneira de dar dinheiro para que ele pudesse comer, mas o desenho não só era similar ao seu filho– ele conseguiu capturar sua presença, aura e olhar. A senhora valorizou o desenho e pendurou em sua casa.
Para sua surpresa, alguém veio perguntar sobre o aluguel no dia seguinte e o inquilino mais novo foi o artista. O artista ficou surpreso que a senhoria era a senhora. Ele caminhou pela velha área residencial e encontrou o apartamento mais barato.
A vida foi construída por várias coincidências. O artista encontrou seu primeiro fã na vida e a senhora encontrou alguém que não tinha medo dela e desejava conversar. O artista se tornou o último inquilino da casa. A senhora aceitou o aluguel dele de uma maneira simbólica. Ela tratou o artista como seu próprio filho e sua coisa favorita era conversar sobre sonhos e desejos.
Um mês depois, a senhora descobriu algo estranho sobre o artista. Ele conversava com seus desenhos e toda noite à meia-noite, haveria barulhos estranhos vindo do seu quarto.
Durante o terceiro mês, a senhora finalmente não resistiu a curiosidade e esgueirou no quarto quando o artista estava fora. No final, dentro do desenho do artista, encontrou um quadrinho caseiro feito com um caderno de desenho. Tinha quatro histórias.
O estilo de desenho horripilante e as histórias assustadoras trouxeram os personagens à vida e o detalhe mais surpreendente foi que as três primeiras histórias combinavam perfeitamente com a do filho da senhora, a professora de inglês e o corretor de imóveis.
Quanto mais lia, com mais medo ficava. Então, começou a quarta história. Para sua surpresa, ela era o personagem principal da história e estava contando os eventos que aconteceram depois dela conhecer o artista. A quarta história terminava ali e era a última.
A quinta história era curta– parecia mais com um epílogo. O personagem principal era o quadrinista. Ele não parecia extraordinário. Ele era apenas um homem de meia idade normal.
O quadrinho introduziu sua vida diária. Ele acordou às 5:20 da manhã e conversou consigo mesmo no espelho. Em seguida, começou a trabalhar. Ele trabalharia até às 8:20 da manhã. Ele arrumou seu esboço e foi pessoalmente à publicadora local de Jiujiang para recomendar sua história ao editor.
Infelizmente, o trabalho duro mensal foi negado em menos de quinze minutos. Ele saiu do escritório como um zumbi. Ele segurou o esboço e sentou na estrada. Ele olhou para os carros que passavam zunindo e só retornou para casa quando o céu escureceu.
Ele caminhou pela cidade movimentada e pela escadaria escura. Abriu a porta do Apartamento 304.
A luz calorosa caiu sobre seu corpo. A senhoria cozinhou o jantar e disse que tinha visto a pintura que ele desenhou naquela manhã. Ela disse que era uma obra-prima. O artista não conseguia lembrar quantas vezes já havia sido rejeitado. Ele se desculpou com a senhora e prometeu que não pegaria no pincel de novo.
Ele se escondeu no quarto e trancou a porta. Abraçando os joelhos, ele se curvou no canto do quarto. Ele olhou para a gaveta cheia de cartas de rejeição e enterrou sua cabeça no peito.
Ele falhou mais uma vez. Ele amassou o script rejeitado e jogou no lixo. Ele continuou reclamando, dizendo que não tinha talento e decidiu desistir de tudo. Ele preferiria saltar do edifício que voltar a desenhar. Conversou consigo até a meia-noite e o cansado artista adormeceu no chão.
As luzes no cômodo cintilaram antes de apagar completamente.
O papel amassado na lata de lixo flutuou sozinho e se endireitou. Foi colocado com cuidado dentro da caixa embaixo da estante e a mesa foi organizada com cuidado.
A última página do quadrinho era preto e branco. No pequeno cômodo, o artista já estava dormindo, mas havia várias ‘pessoas’ flutuando ao redor dele.
O primeiro era um homem magro, ele usou sua mão direita para cobrir o artista com uma coberta, resmungando sobre como o homem era preocupante. Ao lado dele estava uma mulher cujo corpo parecia poder colapsar a qualquer momento. O lindo rosto da mulher estava carrancudo. Ela usou fita cuidadosamente para colar os papéis rasgados.
Do outro lado da mesa estava um homem usando uma camisa preta. Ele estava usando uma caneta para corrigir e editar o esboço do quadrinista.
A noite passou desse jeito. Às 5:20 da manhã do dia seguinte, o alarme soou pontualmente e o quadrinista acordou de seu sonho. Ele desligou o alarme e olhou para si no espelho. Ele sorriu e falou a frase estimulante de sempre: “Um novo dia começou. Dê o seu melhor! Pelo menos você está vivo. Um dia, você vai conseguir!”
Eles são uns amorzinho rsrs