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My House of Horrors – Capítulo  632

Ar Fumegante

“O que está produzindo esse cheiro?!” O bêbado cobriu a boca e nariz enquanto iluminava a lanterna na casa de cachorro. Fora das expectativas, não havia nada: “Isto parece perfeitamente limpo, mas se esse é o caso, por que está fedendo tanto? Até carne estragada não teria este cheiro!”

Resistindo a vontade de vomitar, o bêbado pegou o galho perto para remexer na terra dentro da casa de cachorro: “Não tem nada enterrado também, então de onde este fedor vem? Parece que o fedor impregnou nas tábuas de madeira…”

Os ecos de passos apressados se aproximaram. O bêbado recuou um passo. Incapaz de aguentar o cheiro, saltou pela janela aberta do prédio.

“Esperançosamente, a família não trará o monstro aqui.” O bêbado começou a se arrepender de chamar o homem de meia-idade para segui-lo — isso expôs completamente sua localização, não?

Segurando a cabeça com as mãos, o bêbado agachou sob a janela e beliscou a pele: “Isto não é um sonho, mas o que diabos foi aquela coisa que vi? Como uma cabeça pode se mover tão rápido? E como se moveu? Usando o queixo?”

O bêbado acreditava que a tragédia já havia recaído na família, só que nenhum pensamento de sair para salvá-los passou pela sua mente: “Além de mim, todos os outros passageiros no ônibus provavelmente já morreram. Ninguém teria coragem de enfrentar estas coisas, ninguém…”

Ele ainda estava se sentindo tonto, no entanto, não era do álcool, mas do medo e choque. Com suor frio deslizando por cada poro, o bêbado estremeceu: “O que devo fazer agora? Sem um sinal de celular, não tenho ideia de onde estou. Acho que me esconderei aqui até a névoa dispersar.”

Após o que aconteceu antes, o bêbado não ousou vagar sem rumo. Ele se acovardou sob a janela e vários minutos depois, ouviu de repente a porta do pátio abrir.

“Tem alguém aqui!” Segurando o fôlego, o bêbado focou na audição. Após o portão abrir, não houve som.

“A coisa acabou de entrar para dar uma olhada rápida? O monstro não me descobriu?” Desta vez, o bêbado aprendeu da lição anterior, não levantou a cabeça para olhar pela janela, preocupado que alguém pudesse estar olhando de volta. Ao invés disso, pegou o celular, ajustou o ângulo e usou a função da câmera para observar o pátio. O portão estava meio-aberto, mas não havia ninguém no pátio.

“Acho que tive sorte.” O bêbado se levantou e quando guardou o celular, seu cotovelo roçou na garrafa à esquerda do peitoril.

“Um purificador de ar?” O bêbado arrumou a garrafa e não pensou demais. Se levantando, o bêbado finalmente teve tempo para estudar seu esconderijo. Talvez fosse devido à tensão, mas sentiu haver uma voz estranha sussurrando em seus ouvidos. Soava com o zumbido do carrilhão de vento.

Esta era uma tradição velha, pendurar carrilhões de vento acima da porta. Quando zumbiam, representava que alguém entrou. Se fosse normal, o bêbado não teria se importado, só que a situação era diferente. Havia a sensação que alguém estava vagando perto da entrada e estava se movendo rápido.

Quando pensou haver algo mais na casa consigo, seu coração contraiu. Passos arrastados soaram do chão. O bêbado estava de costas para a janela e notou de repente a luz atrás dele estava diminuindo como se alguém estivesse parado na janela, bloqueando a luz.

Quem está parado fora da janela?! Quando aquele o pensamento passou pela sua mente, a cabeça do bêbado estava prestes a explodir. Seu corpo congelou de medo e o carrilhão de vento tocou com mais intensidade. Algo está se aproximando!

O bêbado reuniu toda coragem para se virar, mas não havia nada na janela.

“Estou só me assustando.” Ele recuou da janela e quando a mão passou pelo peitoril, sentiu algo sob a pele. Usando a luz do celular, viu que havia muito pelo preto de cachorro preso nas rachaduras.

PA!

A janela no segundo andar foi aberta. As mãos do bêbado estremeceram e o pelo de cachorro em sua palma caiu no chão. Ele ouviu nitidamente que foi a janela logo acima dele que foi aberta!

Talvez fosse uma coincidência, ou talvez alguém estivesse tentando brincar com ele. Ele não ousou saltar da janela, porém, ao mesmo tempo, não considerou que a casa era segura. No momento que hesitou, mais pelo de cachorro caiu do teto.

“Por que há tanto pelo de cachorro?” Ele lembrou da casa de cachorro vazia no pátio e daquele fedor horrível!

“O que está acontecendo?” O bêbado não ousou olhar para cima, não tinha interesse de descobrir o que estava o encarando de cima. Naquele momento, só queria ficar sozinho.

“Não posso mais ficar aqui, preciso sair!” Assim que decidiu, o portão do pátio foi aberto de novo e na escuridão, algo que parecia com um esfregão foi bloquear a porta da frente.

Ver o rosto tampado pelo cabelo fez o coração do bêbado congelar. Ele nem fechou a janela e saiu correndo deste cômodo que estava perto do pátio.

“Porra, quando isto apareceu?” O bêbado correu no corredor e o som do carrilhão de vento veio do final do corredor. Pares de chinelos velhos estavam espalhados pelo chão e o lugar estava uma bagunça.

“O pelo de cão veio de cima, então deve haver algo assustador no segundo andar! Não devo ir lá, preciso ficar longe da escada!” O bêbado respirou fundo para se acalmar. Ele se enfiou no cômodo mais longe da escada.

O chão rangeu ruidosamente e o canto estranho de criança veio de quem sabe onde. Parecia que alguém havia ativado o gravador de uma pessoa morta.

“Vi chinelos de adultos e crianças no corredor, então pode haver mais de uma coisa ocupando esta casa…” Quando mais pensava sobre isto, com mais medo ficava. As costas do bêbado estavam molhadas e seu corpo frio: “Esperançosamente, não virão aqui.”

Após fechar a porta silenciosamente, o bêbado notou que havia latas vazias atrás da porta, pareciam similares ao que encontrou no peitoril: “Por que tem tantos purificadores de ar na casa?” Ele jogou as latas de lado e notou que havia muitos frascos de perfume e pacotes de desodorante abandonado no canto do cômodo.

“Por que há tantos fumegantes nesta casa? O que aconteceu aqui?” O bêbado continuou lembrando daquela casa de cachorro fedorenta: “A casa de cachorro está bem preservada, mas o cheiro é insuportável. Os cômodos para seres humanos estão uma bagunça, mas são cheirosos. Tem algo de errado.”

Ele olhou em volta e descobriu que estava num quarto de menino. Havia revistas de moda e revistas de musculação espalhados na cama, havia halteres e peso embaixo da mesa.

O quarto não podia parecer mais normal, só que por algum motivo, o bêbado ficou muito inquieto.

Ele abriu as gavetas da escrivaninha. No fundo da gaveta, encontrou uma pilha de fotos gravando cenas de abuso animal. Isto fez seus cabelos arrepiarem. Entretanto, não foi o mais assustador. Enquanto continuava vendo as fotos, notou, pelo primeiro quarto das fotos, que era um adolescente sem rosto que torturava os animais. No entanto, nos três quartos restantes, era o adolescente que estava sendo torturado.

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