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My House of Horrors – Capítulo  633

Sem Escapatória

“Isto é abuso animal ou humano?” A crueldade e selvageria que as fotos retratavam deixou o bêbado desconfortável. Ele enfiou as fotos no fundo da gaveta sem olhar todas. Quando puxou as mãos, sentiu algo molhado e gosmento na palma. Usando o celular, os olhos do bêbado esbugalharam. Suas palmas estavam molhadas com sangue preto-avermelhado.

“Mas não toquei em nada além das fotos? O sangue poderia ter vazado das fotos?” Parado sozinho no quarto estranho, com as coisas correndo no corredor, o carrilhão de vento tocou e um monstro esfregão bloqueou a porta frontal… mesmo que o bêbado tivesse cem vezes mais coragem, não teria saído do quarto.

“O monstro que arremessou pelo de cachorro da janela estava no segundo andar e este quarto estava mais longe da escadaria, então deve ser o quarto mais seguro.” Ele não ousou sair, preocupado que o monstro estaria do lado de fora da porta uma vez que a abrisse. Entretanto, entrou em pânico, ficando no quarto: “Mas por que as fotos vazaram sangue? Eu devo ter esbarrado por acidente numa certa parte da gaveta, ou talvez haja um compartimento secreto nela.”

Criando coragem, o bêbado arrancou a última gaveta das dobradiças e colocou no chão. Desta vez, claramente viu que havia só as fotos na gaveta.

“Espera, então o sangue realmente veio das fotos?” Sua hipótese foi anulada e houve uma vontade repentina de fugir do quarto. Seus olhos caíram nas fotos e o bêbado notou algo estranho. Em todas as fotos onde o homem foi abusado, o rosto estava escondido, mas em todas as fotos que o homem estava abusando do animal, quando os animais estavam no último fôlego, haveria uma mão em seus pescoços, virando suas cabeças para a câmera como se o homem estivesse mostrando os espólios de vitória.

“Que maníaco.” Talvez estivesse encarando as fotos por tempo demais, pois o bêbado notou de repente que todos os animais nas fotos pareciam estar sorrindo.

“Esta é a primeira vez que vejo uma expressão dessas num animal, ou acho que deveriam estar sorrindo, certo? Um cachorro sorrindo?!” O bêbado estremeceu. Não ousou chegar mais perto das fotos no chão. Olhou em volta e quanto mais ficava no quarto, mais medo sentia: “Por que parece que este lugar é mais assustador que o anterior?”

Ele esfregou as mãos na cama, tentando limpar a mancha de sangue, mas os dedos tocaram em outra coisa. Após alguma hesitação, puxou o lençol e o fedor o atingiu como uma parede. No colchão da cama de madeira, havia uma poça de sangue em forma humana que já havia secado.

Da forma, ele podia dizer que a vítima deve ter sofrido dor extrema antes de perecer. O respingo de sangue explodiu ao redor do estômago. Parecia que a vítima havia sido atacada por algum tipo de animal e o animal abriu o estômago e pescoço.

O bêbado era um assalariado, não havia vivenciado algo assim antes. Seu corpo petrificou e o cérebro apagou. Seu couro cabeludo ficou dormente e uma rajada de ar saiu de seus pulmões. No último minuto, mordeu as próprias mãos para não gritar.

“Alguém morreu neste quarto! Esta cama é seu último lugar de descanso!” Esta conclusão veio facilmente. Ele não ousou ficar mais tempo. Para um homem que viveu num mundo pacífico, esta foi a primeira vez que o bêbado chegou tão perto de um assassinato real. Seus olhos mexeram sem parar e finalmente voltou a si após muito tempo. A primeira coisa que fez foi jogar o lençol fora.

Seus olhos moveram até os pés e os rostos de animais fixaram em sua mente: “Aquele cão está sorrindo, ele realmente está rindo! Não estou enganado!”

O bêbado ficou um pouco enlouquecido de todos os sustos, mas isto não era sua culpa. Após acordar no ônibus, sentiu que o mundo inteiro havia mudado. Ele não vivenciou algo assim antes, nem mesmo em seus pesadelos.

“Preciso sair deste lugar; não posso mais ficar aqui!” O bêbado escorou na parede e caminhou até a janela. Ele agarrou a cortina, só que não teve coragem de puxar, preocupado com o que poderia ver atrás.

Seu coração estava preso pela hesitação e suas pernas estavam tremendo. Como a Lei de Murphy declarava, qualquer coisa que pudesse acontecer de mal, aconteceria. Um som estranho veio do quarto — soava com um rato comendo algo.

“Parece estar vindo de debaixo da cama…” O bêbado não era louco o bastante para se agachar e olhar. Quando o barulho ficou mais alto, puxou a cortina.

A janela do quarto já estava meio aberta. Através da janela, quando o bêbado olhou, um rosto olhou de volta. O pelo preto que parecia com pano rebocado no rosto e a cabeça pálida estava tentando ao máximo se espremer pela janela!

PA!

O bêbado usou toda força para fechar a janela, criando um barulho alto. Seu cérebro ficou vazio e foram os nervos reativos do corpo que o obrigaram a fechar a janela com força.

A cabeça deslizou pelo vidro da janela. Seus lábios abriram e fecharam lentamente e os últimos dentes rangeram contra o vidro como se dissesse: “Finalmente encontrei você.”

Após trancar a janela, o bêbado sentiu ter ficado sem energia. Desabou no chão e olhou para a cabeça na janela. Antes que pudesse se recuperar, sentiu algo molhado suas calças, a sensação fria repentina o deixou desconfortável.

Com um olhar trêmulo, abaixou a cabeça para olhar. Seu olhar recaiu nas fotos e sangue estava espalhando em suas calças.

Além disso, o bêbado notou que todas as cabeças de animais sumiram das fotos onde os animais eram abusados. O sangue preto-avermelhado vazou dos tocos onde as cabeças deveriam estar.

O bêbado sentiu o ar sendo sugado de seus pulmões e foi rapidamente levado para longe.

BANG! BANG!

A cabeça humana bateu contra a janela, mas o bêbado não ia olhar. Se forçou a ficar de pé e correu de volta para casa.

“Socorro, socorro, onde as outras pessoas estão?!” Ele rastejou de volta ao corredor, pretendendo encontrar um quarto diferente para se esconder, só que quando saiu, viu uma sombra inclinada no canto da escadaria levando ao segundo andar. Parecia com um cão, mas também com um homem!

“O que é isso?!” Com muito medo para chegar perto da escadaria, o bêbado se virou e se escondeu no cômodo mais próximo. Ele fechou a porta sem nem perceber que tipo de cômodo era. Ele trancou a porta e ofegou avidamente por ar enquanto escorava na porta. Para uma pessoa normal, ele já era mentalmente forte ao considerar pelo que passou.

“Não, não posso morrer aqui! Preciso sair e me juntar ao resto!” O bêbado agora percebeu como era importante ficar junto. Ele moveu a mesa para bloquear a porta e começou a observar o entorno.

Um grande armário, um freezer e um fogão.

“Esta é a cozinha?” O bêbado olhou em volta e percebeu que não era bom para ele. Ele entrou na cozinha e a pior coisa era que não havia janela.

“Acabou.”

Houve som de vidro quebrado de fora e o carrilhão de vento no corredor fez mais barulho. O bêbado se recusou a desistir. Obrigado por uma vontade de sobreviver poderosa, começou a vagar pela cozinha para procurar por qualquer coisa útil.

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