— Sou seu Mestre — Alex falou com um leve sorriso.
Ele não estava dizendo palavras sem sentido, também. Após conseguir passe livre do Coveiro de Almas, Alex se tornou o único dono das terras do Castelo Deathwill. Ele poderia usar os poderes do Território da Alma da Terra.
O Coveiro de Almas não usaria ghouls para atacá-lo. Este velho não espiaria ou o incomodaria, contanto que ele continuasse com a missão do Morto-vivo. E como Alex fez progresso considerável aqui, o Coveiro de Almas não podia reclamar, mesmo que Alex roubasse alguns de seus ossos.
— E você vive nas minhas terras, o que te torna meu súdito — Alex sorriu mais, olhando para o demônio faminto.
É claro, Wolfen não parecia nada com um demônio. Parecia muito com Ubo agora, que era bem fofo.
Ele ficou chocado além da crença, observando Alex com olhos trêmulos e confusos.
Logo, percebeu a situação: — Eu morreria… se não fosse por você.
Por causa de sua impaciência, Demônio Wolfen começou a matar outros demônios famintos. Seus sentimentos e medo de perder a ambição o permitiu absorver a energia dos outros demônios, removendo suas imortalidades.
Era um momento particularmente bom porque as Irmãs Deathwill estavam fora… Stella era preguiçosa demais para se incomodar com o mundo externo e Celia não tinha meios de olhar além das muralhas do castelo.
Ele ficou bêbado pelo poder, no entanto. Após matar tantos, a personalidade do Demônio Wolfen começou a mudar significativamente. Logo, perdeu seu propósito, matando os demônios famintos para sanar sua intenção assassina.
Se Alex o encontrasse tarde demais, não teria conseguido conversar com ele. Ele teria que matá-lo… e após isto, o Demônio Wolfen renasceria como a mesma máquina de abate insano.
A mandíbula do Demônio Wolfen continuou abrindo e fechando a boca enquanto estava sem palavras.
Alex sentou: — Quero confirmar algumas coisas com você… Então, acredito que o Coveiro de Almas usa demônios famintos como itens de saque… Ele os permite subir de nível aqui para que logo consigam derrubar tesouros da mais alta qualidade.
— Após aprender um pouco sobre as masmorras, tenho uma ideia sobre o sistema de poder do Coveiro de Almas… — explicou Alex, olhando direto nos olhos de Wolfen.
Ele então acrescentou: — Os moradores das masmorras não têm memórias. Eles são existências cujo propósito é lutar. Eles sabem como lutar e sobreviver… Mas suas memórias estão vazias.
— Isto é similar aos mortos-vivos do Coveiro de Almas. Ele remove as emoções da alma, transformando-os em mortos-vivos cujo único propósito é caçar seres vivos. Sem quaisquer emoções e memórias, eles não têm ligações ao mundo. É fácil de controlá-los desta maneira — explicou Alex.
Ele sabia do primeiro morto-vivo e suas origens. Alguém pode chamá-los de bons mortos-vivos porque eram muito leais. O zumbi queria realizar o sonho de sua vida, o esqueleto protegeu seu país e o fantasma queria ser fiel a sua esposa.
Eles eram leais às suas crenças…
Alex engoliu saliva: — Seu Território da Alma da Terra é similar a masmorra… não é?
Nas terras do Demônio Wolfen, Alex e suas amadas conseguiram encontrar lobos negros. Isso era tudo. E depois, a origem de Bo era dos lobisomens reais, porém, tinha o mesmo olhar daqueles lobos negros. Olhando para o Demônio Wolfen, Alex teve certeza de que sua teoria estava correta.
O Coveiro de Almas era como Elias Deathwill; seus poderes trabalhavam com o sistema.
— Os monstros renascendo começaram a aparecer após o sistema surgir neste mundo… e como você vive nesta terra, os monstros renascendo são… da sua raça — Alex falou: — O Coveiro de Alma pode trazer as memórias de cada monstro renascido. Se ele puder coletar suas almas, pode trazer de volta sua família.
— É por isso que está trabalhando para ele — Alex sussurrou.
As existências como Elias Deathwill e o Rei do Submundo poderiam usar o sistema como seu poder, no entanto, isso era apenas parcialmente. Caso contrário, Elias Deathwill não teria ficado com medo das suas mentiras e promessas vazias sendo expostas.
Eles tinham limites pesados.
— Você está certo — Demônio Wolfen respondeu: — Minha raça fugiu para esta terra, esperando ficar mais forte sob a proteção dele. Ele não teve objeções de virmos aqui. Na verdade, nos ajudou.
— Só tínhamos que lutar — disse Demônio Wolfen.
Alex expressou: — Estranhamente similar à situação que estamos agora.
Wolfen assentiu: — Ele precisa de gente? Ele pode criar quantos mortos-vivos quiser hoje em dia… Minha família sabia que eles eram experimentos, mas ainda esperavam serem notados por ele e conseguir mais fé.
— Eles lutaram, realizando todos os seus excessos. Contudo, no final, todos morreram antes que pudessem pensar por si — sussurrou o Demônio Wolfen.
Alex não disse nada.
A situação deste cara era difícil de aguentar. Antes de crescer, sua família lutou contra outras raças no Território da Alma da Terra. Eles morreram sem ensiná-lo, deixando seu conhecimento para uma criança ingênua.
— Acabou… matei todos os demônios famintos por perto… — Demônio Wolfen fechou os olhos, se enrolando como um pequeno lobo.
Ele estava, de fato, preparado para morrer.
Alex sorriu: — Ei… você pode trabalhar para mim-
Seria ótimo se Alex pudesse recrutar Demônio Wolfen… Esse cara tinha o conceito do demônio faminto que o permitia se tornar imortal. Também tinha os meios para absorver esse poder, então seria um cara útil em suas classificações.
No entanto, Alex foi parado pelo redemoinho demoníaco!
Um homem de pele pálida e olhos vermelhos saiu daquele mar de energia vil. Parecia similar ao Demônio Wolfen, porém, liberava a sensação de perfeição.
Era como se não fosse apenas um demônio faminto… era como se fosse alguém que conseguisse manejá-lo apropriadamente!
— Pensei que veríamos outro general em nossas fileiras… Mas acabou que você… se desviou — o homem sussurrou.
Alex ergueu o olhar: — Quem é você?
Seus olhos se encontraram.
O homem sorriu brilhantemente: — Eu costumava ser um jogador. Prazer em te conhecer, Alexander Deathwill.