Após dizer aquelas palavras, o homem convocou o oceano de energia demoníaca. Ele se deixou ser engolido por isto, desaparecendo da alma desabando…
Alex também desligou a habilidade, retornando ao seu corpo.
Após abrir os olhos, Alex notou o cadáver do Demônio Wolfen. Não virou partículas… Se tornou um cadáver, esperando alguém cuidar disto. Alex deveria deixar sozinho, o Coveiro de Almas usaria isso para seus futuros experimentos.
Alex tinha certeza disto.
— O que aconteceu? — Stella sussurrou, ainda abraçada nele.
Alex estava tão focado nas palavras do homem que não sentiu o calor dela. Porém, agora que a voz de Stella o alcançou, Alex cerrou as mãos, olhando com tristeza.
Ele acabou de aprender que Elias Deathwill era um bastardo. Era mais que um bastardo usual, pois até usaria sua família por seus objetivos. E agora, o demônio estrangeiro falou que viu através da trama de Elias Deathwill.
Que trama? O que estava oculto no corpo de Stella e de suas irmãs? Talvez não houvesse nada e o demônio só queria assustar Alex sobre o futuro iminente? Se Alex analisasse mais sobre os corpos de Stella e suas irmãs, tentando encontrar algo nelas, seguiria os passos de Elias Deathwill.
— Havia um demônio faminto que matou Demônio Wolfen… Ele era muito diferente dos outros… Conseguiu aparecer casualmente no Território da Alma da Terra, então era um assunto diferente… — Alex explicou um pouco.
Contudo, quando fez isto, entendeu que o poder do homem estava além do que conhecia. Quem poderia entrar casualmente nestas terras, afinal de contas.
Stella sentiu suas fortes emoções. Seu conflito interno não escapou de seus sentidos porque sua habilidade inata disse sobre os sentimentos dele.
Ela sussurrou em seu ouvido: — Aquelas emoções não são devido à morte do Demônio Wolfen.
— Ele falou que viu algo em você… A trama do Elias Deathwill… — Alex sussurrou.
Por mais que quisesse esconder isso de Stella para não a ferir, não gostaria que suas amadas escondessem algo dele. E desde o começo do jogo, Alex escondeu várias coisas de sua namorada e amigos.
Ele não queria continuar fazendo isso.
Stella fechou os olhos: — Cansada…
— Vamos voltar para casa — Alex afagou o cabelo dela, sentindo o poder escapando de seu corpo porque não estava no modo de batalha.
Logo, cairiam exaustos, não conseguindo se mover livremente. Isso seria perigoso numa floresta aberta, então Alex levou Stella para casa.
O corpo do Demônio Wolfen entrou no seu inventário.
*****
— Alexander… se pensar sobre isto, não é nada grande. O que moldou Elias Deathwill? O que o levou às terras superiores? Você saberá da sua trama e o que ele espera de suas filhas se pensar assim. E o que ele quer pegar — o homem falou com os olhos fechados.
Ele estava de volta no seu corpo, num lugar diferente que parecia com um castelo real. Era bem escuro porque lençóis pretos cobriam as janelas. Ele estava na cama macia, murmurando consigo.
O demônio tinha uma mulher com os mesmos olhos vermelhos ao lado. Ela segurava um objetivo peculiar que todo terráqueo reconheceria.
Era um tablet.
Ela jogou algum tipo de jogo…
— Elias Deathwill? — Sem tirar os olhos da tela, perguntou num tom jocoso: — O pináculo da força da humanidade?
O homem caiu na gargalhada: — Houve alguns pináculos da humanidade, não houve? Nenhum deles chegou perto de nós… Somos o pináculo da força da humanidade.
— Você não conseguiu ler do meu tom? — A dama estalou a língua quando o [Game Over] apareceu na tela.
O homem se levantou da cama, dando uma espiada na tela: — Você perdeu… Por que ainda gosta destes jogos? Nossas vidas são muito mais interessantes que esta merda 2D. Você até foi longe o bastante para reproduzir através de pedras mágicas.
— Porque sou uma jogadora de verdade, seu idiota — ela respondeu, encarando os olhos do homem.
— Nosso jogo de verdade começou de novo, Rikka~~ Como o novo general estava destinado a morrer, podemos continuar nosso plano. Temos que subir de nível, encontrar pessoas mais emocionantes e espalhar o medo pelos continentes e reinos.
— Ah, mas sabe… lembro que o Elias Deathwill tem três esposas… Ninguém as encontrou ainda? Elas são boas chaves para suas respectivas raças — o homem estreitou os olhos quando pensou alto.
A dama balançou a cabeça: — Apenas pergunte pelo chat. Estou jogando agora.
— Ah, bem! Vou perguntar depois — o homem sorriu.
— Por que está tão fixado no Elias Deathwill? Não, naquele Alexander? — Perguntou Rikka, seus olhos elevando para encarar seu parceiro.
O homem riu: — Porque fui igual. Também tive a classe lendária.
*****
— Isto é um funeral, papai? — Celia perguntou enquanto encarava o pequeno túmulo nos campos do castelo.
Era apenas um monte com uma cruz.
Todos os disponíveis compareceram naquele funeral.
Era o funeral do Demônio Wolfen.
Alex respondeu com atraso: — Sim.
Demônio Wolfen viraria partículas em circunstâncias normais, derrubando alguns itens. Ele daria pontos de EXP a Alex e Stella, ajudando-os a ficar fortes.
Contudo, como Alex não desejava isso, o sistema respeitou seu desejo. O mesmo valia pelo mundo.
Os moradores poderiam se tornar bolsas de experiência… ou poderiam permanecer autênticos… Mesmo em seus últimos momentos, seus corpos não pertenciam a eles… Após morrer, poderiam virar exp, recursos ou até mortos-vivos.
Essa era a cruel realidade do Mundo de Avander.
— Sabe… Stella… Não acho que quero ter a responsabilidade de ser o rei — Alex sussurrou, encarando o túmulo.
Ele acreditava que lideraria muitas pessoas no futuro porque era o dono do Castelo Deathwill. Alex também sabia que as pessoas foram engolidas pela escuridão, esperando seu rei salvá-los.
Mas quando lembrou do Demônio Wolfen, seu coração ficou caótico. As emoções tomaram conta…
Ele era, de fato, muito emocional.
Stella segurou a mão dele: — Isso é bom… Apenas se importe comigo e com quem ama… Deixe o resto para os outros.
Em sua aventura, eles encontrariam muitas pessoas. Alex também não achava que não poderia se tornar amigo de outros reis. Se aquelas pessoas aceitassem os moradores do Reino Deathwill, seria melhor.
Ele olhou nos olhos dourados de Stella: — Suas palavras se aplicam até agora.
— Palavras? — Stella inclinou a cabeça.
— Se me importar demais com os outros, não vou ter tempo o bastante para vocês — Alex riu, sentindo-se um pouco melhor.
E quando os lábios de Stella curvaram, o humor de Alex ficou muito melhor.
Era um sorriso muito suave e peculiar.
O mundo continuava se movendo.
Porém, por causa dessa curta troca com o Demônio Wolfen, as engrenagens do destino mudaram significativamente.
Alex e Stella alcançaram o feito impossível de combinar duas energias opostas. Podia-se dizer que eram um casal dos céus.
Todavia, mais importante, a visão de mundo de Alex mudou. Ele não achava que estava fugindo das responsabilidades.
Afinal, saber quando dizer não, ou parar era uma característica muito valiosa que faltava em muitas pessoas.
Ele acreditava estar progredindo bem, pisando no caminho apropriado.