Alex não gostava de perder tempo.
Se seus presentes acabassem sendo inúteis, ele iria desprezá-los totalmente. E isso não seria só porque perderia tempo preparando esse presente, mas também porque seus amigos não conseguiriam nada mais que apenas um gesto legal.
É claro, dependia do presente e das circunstâncias.
Alex não queria estragar os seus primeiros presentes para as Irmãs Deathwill em sua situação atual. Elas seriam mais como soberanas, mas o ponto ainda era o mesmo.
Ele queria construir seu relacionamento com cuidado.
Foi por isso que perguntou. Além de Sara, perguntaria a todos e anotaria seus desejos.
Ele perguntou diretamente o que Stella queria.
— Golem? — Alex repetiu.
Ele abaixou os olhos e encarou Stella profundamente.
Ela estava na cama, curvada com os olhos fechados. Ela não se virou na direção dele e manteve aquela postura preguiçosa e fofa. A coberta cobria seu corpo até sua pequena cabeça, então Alex não viu muito desta linda dama.
No entanto, esse não era o motivo de sua visita, então não prestou atenção.
— Golem — Stella respondeu no seu tom preguiçoso.
Isso levou a próxima pergunta: — por quê?
Alex não perguntou diretamente desta vez, no entanto.
Como sabia que ele provavelmente havia se distanciado um pouco de Stella, Alex queria resolver o desejo dela sozinha.
Esse era um bom movimento. Afinal, as pessoas muitas vezes lembravam de pequenos gestos mais que qualquer coisa. E fazer perguntas constantes também irritaria a dama preguiçosa.
Ele analisou e contemplou.
— Você… Você quer um golem para fazê-lo cumprir seus deveres, certo? — Alex pronunciou.
Ouvindo suas palavras, Stella abriu um pouco os olhos, ela se virou e olhou para ele com expectativas e felicidade indisfarçável.
Embora fosse uma bela vista, desde que a escolha de Alex de conter suas perguntas agradou Stella, não perguntou mais.
Em resumo, Stella queria um servo leal.
Talvez ela costumasse ter servos que cuidavam dela. Porém, isso era impossível no Castelo Deathwill devido aos inimigos nas redondezas e oponentes ainda mais desafiadores procurando por elas.
Mas um golem seria uma existência sem inteligência. Ele teria movimentos programados e serviria fielmente Stella.
— Você não quer cuidar de mim. Então, golem — Stella falou.
Alex olhou para ela, então caiu na gargalhada: — Não consigo acreditar! Haha!
Ele arrastou uma cadeira para perto da cama e sentou. Continuou rindo, deixando Stella um pouco intrigada.
Mas como ele poderia não rir? Ela realmente queria um golem que faria os deveres por ela!
— Vou cuidar de você. Eu já não fiz hoje? — Alex limpou as lágrimas e sorriu amplamente para a curandeira preguiçosa.
Stella assentiu lentamente: — Você ajudou. Obrigada.
— De nada — Alex riu.
Ainda assim, sua risada não parou. Ele continuou olhando para Stella com um sorriso largo, rindo para si mesmo de uma maneira um pouco estranha.
Stella não comentou.
Após algum tempo, Alex se acalmou e disse: — Vou continuar cuidando de você. Ainda assim, haverá dias em que estarei fora para fazer algum trabalho. Você não pode esperar que um golem ou servo cuide dos pequenos deveres na minha ausência, pode?
— Por quê? — Stella perguntou.
Embora possa ter parecido com a atitude de uma princesa, Stella estava realmente intrigada. Se tivesse um golem, essa existência funcionaria usando sua mana. Se tivesse um servo, ela pagaria.
Havia algo de errado com isto?
Alex leu bem Stella, então sua resposta foi imediata: — Sabe… Todos cuidam dos pequenos deveres sozinhos porque não precisamos da ajuda dos outros. É claro, é sempre bom se alguém ajudar.
— Acho que tomar um banho junto com suas irmãs é bom para estreitar o laço. O mesmo vale para limpar seu quarto e outros pequenos deveres. — Alex assentiu.
Porém, exibiu uma expressão séria: — Mas você nunca sabe o que pode acontecer. Um dia, seu golem pode parar de funcionar. Um dia, seu servo pode ficar insatisfeito com sua renda e usar sua ausência para negociar um acordo melhor. A longo prazo, esse servo pode ficar muito ganancioso e simplesmente aproveitar até você ir à falência.
E quando Alex começou a falar sobre os possíveis cenários, Stella se virou apropriadamente e fixou seu olhar nele.
Ele falou tanto que até pensou que algumas coisas eram besteiras. Todavia, naquele mundo mágico, ninguém sabia o que exatamente poderia acontecer.
Talvez, Stella não pensasse nas palavras como besteira devido a quão errático seu mundo era.
— E sabe… sou fraco demais até para conseguir um golem! — Alex caiu na gargalhada de novo.
Um golem seria como um animal de estimação. Do que viu na rede social, os animais de estimação eram existências raras. Eles eram tão raros e únicos que jogadores aceitariam qualquer jogador com animal de estimação em sua equipe.
Seria muito difícil para Alex conseguir um, sem falar em achar pistas sobre golens.
Stella fez beicinho.
Alex deu de ombros: — Agora que estou aqui, deixe-me perguntar… Você tomou banho hoje?
Embora Stella pudesse usar algumas de suas habilidades para limpar seu corpo, ainda não era comparável à higiene regular.
Portanto, Alex perguntou e enfatizou a informação para ela.
Stella não disse nada, confirmando que passou o dia na cama.
Alex suspirou e enfiou as mãos na coberta. Nem mesmo pediu por permissão, pois não havia necessidade disso com esta dama peculiar.
— Tome um banho e troque de roupas sozinha. Quanto ao seu presente, que tal outra coisa? — Alex perguntou enquanto carregava Stella para o banheiro.
Ela olhou em seus olhos: — Golem.
— …
Acabou que Alex precisaria consultar as outras sobre um presente para uma mulher preguiçosa. Ele só podia esperar que não esquecesse e conseguisse dar algo útil para Stella.
Após fechar a porta do banheiro, Alex se despediu de Stella.
Ele notificaria Celia e Sara sobre Stella no banheiro, apenas no caso dela simplesmente ignorar seu pedido. Seria muito ruim para ela dormir no banho, afinal de contas.
Ele então foi direto ao quarto de Schnee.
Desde que se viram pela primeira vez, Alex e Schnee se evitaram. Era principalmente a mulher gato que o ignorava, então nunca conversavam.
Toc! Toc!
— Você está, Schnee? — Alex perguntou e aguardou pacientemente por uma resposta.