— Nos encontraremos de novo — o antagonista sussurrou, lembrando do único propósito de sua existência.
E enquanto Yasir lembrava da pessoa que amava, ele fechou os olhos. Uma figura floresceu em sua mente.
Todos permaneceram em silêncio, aguardando pelas suas palavras seguintes.
Contudo, como estava perdido em suas memórias, possivelmente devido à lembrança de seu velho amigo, Harvey Mao, Yasir passou bastante tempo naqueles pensamentos.
Um dos demônios famintos, Roy, que participou do primeiro evento em grande escala, sussurrou: — Não gosto de como somos iguais.
Erik olhou para ele, não falando nada, pois já havia conversado o bastante sobre isto com seu amigo.
Contudo, Yasir abriu os olhos, sorrindo para o homem em roupas elegantes: — Algumas coisas estão fadadas a serem iguais.
— Entramos no jogo da mesma maneira, procurando por aventuras. Estávamos alheios, assim como os jogadores atuais. Enfrentamos demônios famintos similares, pois tinham que nivelar de novo como nós.
— Mas não somos iguais. Não sou igual. — Os olhos de Yasir brilharam numa luz misteriosa, encorajando todos na mesa.
Ele se levantou, seus olhos fixos em Roy: — Não gosto disso porque seguimos as mesmas práticas. Ainda lembro da minha indignação de quando aprendi como eles controlavam o sistema para ganhar vantagens e atrair jogadores malignos para seu lado.
— Fizemos o mesmo com olhos nítidos… Mas não mais. — Yasir abriu os braços: — Os antagonistas que enfrentamos como jogadores não podiam visitar nosso mundo.
— Eles estavam fadados ao novo mundo, pois seu mundo não existia mais.
— Nós atualmente somos iguais, mas com uma diferença.
— Encontrei uma maneira para ir à Terra, o mundo dos jogadores atuais. — Os lábios de Yasir curvaram num sorriso vilanesco.
E quando aquelas palavras ressoaram nos ouvidos de todos, seus corpos se levantaram por instinto, como se os bancos tivessem algo afiado. Seus olhares fixaram em Yasir, cuja expressão ficou mais sinistra.
Ele acalmou rapidamente o coração, pois sabia das tramoias do mundo: — Harvey e os outros se tornaram guardiões.
— Não podemos tratar a Terra com casualidade ainda. Apenas eu posso ir agora. Com minha força fraca, seria escravizado pelos guardiões — Yasir explicou.
Ele sabia que os traidores encontraram uma nova casa e sua responsabilidade era cuidar dos moradores de alto nível fazendo Missões Terráqueas.
Seu objetivo principal era impedir estas pessoas de lutarem e se matar.
Sua força permaneceu a mesma, então Yasir sabia que não tinha chance contra eles ainda.
Contudo, isso mudaria porque ninguém poderia impedir seu progresso.
— Semearemos o caos no continente de baixo nível. Deixarei o gerenciamento com você, Erik e Roy. O Reino Perdido me dá uma sensação familiar, então vocês devem prestar atenção a isto e não deixar ninguém o pegar — Yasir sussurrou: — Atacarei pessoalmente em outro lugar.
E como estava de olho em alguma potência, todos olharam para ele com curiosidade infinita. Eles se perguntaram onde seu líder faria o movimento e, enquanto pensavam, Yasir apreciou a atenção.
Ele gostava de estar no holofote.
Assim, lançou linhas memoráveis: — Há um continente onde a religião do reino superior importa mais.
— Naquele continente, os crentes acreditam e confiam na existência do reino superior, lutando contra mortos-vivos.
— E nós, que viemos do mundo moderno, sabemos… que aquela religião é nada mais que propaganda profundamente enraizada — Yasir riu, pronto para usar isso em sua vantagem.
*****
Alex ajudou os entregadores com seu pai.
Por causa dessa ajuda, rapidamente carregaram as capsulas VR até os quartos das garotas. Eles foram tão rápidos que as garotas nem haviam saído do banheiro ainda.
Porém, como garotas levam algum tempo, nenhum dos homens imaginava serem eficientes.
E como Sara estava de fora, olhou o processo com curiosidade. Ela parecia fofa e adorável, parada ao lado cautelosamente, então não incomodaria as pessoas trabalhando.
Também foi engraçado quando um dos entregadores a localizou, esquecendo momentaneamente do trabalho.
A mamãe dullahan era adorável demais!
Alex riu quando aquela garota linda e sua esposa se sentia imensamente bem. Ele recebeu olhares similares quando estava na escola. Porém, parecia totalmente diferente porque até adultos podiam exibir expressões invejosas.
— E terminamos — Alex sorriu enquanto observava as capsulas. Ao lado, fez Sara segurar sua mão enquanto ela encarava tensa o objeto.
Se ela de alguma forma falhasse em cruzar o mundo, não conseguiria encontrar sua filha por muito tempo. Também era estressante porque o casal ainda precisava determinar se tinham que subir de nível do zero.
Contudo, como Alex estava otimista, Sara não conseguiu se impedir de sorrir. E como nenhuma irmã e Remia estavam por perto, Sara aproveitou a chance para beijar Alex.
Eles beijaram por algum tempo até outro entregador bater na porta da casa.
Desta vez, o entregador trouxe roupas das meninas. E como era o sonho de Alex vê-las em roupas modernas, foi o primeiro a parar o beijo, levando Sara pelas escadas.
Alex suspirou e pegou os pacotes: — Vocês compraram muito…
— Hmm… Sogra falou que não precisávamos nos conter — Sara riu estranhamente, segurando um grande pacote com algumas menores em cima.
Eles foram ao quarto de Alex, pois todas com certeza queriam experimentar as roupas novas diante de seu marido.
Porém, antes disso, comeram o café da manhã. A mãe de Alex foi rigorosa sobre isto, forçando todos a descer.
E só após isso que as garotas tiveram tempo para si.
Elas lotaram o quarto de Alex com as caixas, abrindo tudo lentamente.
— O senso de moda deste mundo é excelente! — Schnee falou enquanto segurava um top peculiar com uma abertura no peito.
Ela gostava particularmente de roupas que revelavam mais pele ou provocavam um pouco, pois sem dúvidas tinha orgulho do seu corpo.
E enquanto olhava para o lado, Schnee zombou: — Irmãzona comprou um suéter com abertura nos peitos. Precisamos ver estes peitos leitosos, não é?
Todas tinham pares volumosos, porém, apenas Sara e Schnee pegaram roupas com aberturas nos peitos. Remia as achou muito estranha, enquanto Stella preferia vestidos totalmente inocentes.
Contudo, como Stella também tinha melões amplos, jamais permaneceria 100% inocente em seu vestido, exceto se ela se cobrisse da cabeça aos pés com mantos longos como suas roupas de batalha.
Remia gostava de vestidos sem alça, então também revelava sua pele macia, só que numa maneira mais padrão.
Alex estava observando com um sorriso descontrolado. Suas garotas pareciam adoráveis demais, trocando comentários felizes sobre suas roupas. Elas mostravam frequentemente com perguntas, querendo ouvir sua opinião.
E no seu bom humor, Alex continuou assentindo, concordando com todas. Ele realmente não havia achado nenhum vestido ruim ou revelador demais.
Até Schnee sabia dos limites.
É claro, era hora de experimentar as roupas mais importantes.
— Pareço com uma secretaria? — Sara sussurrou enquanto amarrava o cabelo num coque e usava uma saia apertada e camisa branca, parecendo com uma garota de escritório.
Alex riu: — Aquelas roupas se adequam a nossa mamãe responsável.
— Haha! — Sara sorriu, não se incomodando mais com o título. Ela mostrou suas roupas, exibindo suas curvas de vários ângulos, até o abraçando para que ele pudesse espiar o quanto quisesse.
Alex a segurou carinhosamente, observando-a.
Em seguida foi Stella, cujo vestindo inocente exibia um pouco da suavidade do seu busto. Não era provocativo e com certeza não perturbaria nos deveres de dona de casa. É claro, seria melhor se tivesse roupas mais simples que pudessem ser sujas, mas Alex sabia dos gostos da sua garota de cabelo branco.
Ele a segurou, seguindo a mesma rota de passar os olhos pelo corpo dela, assim como fez com Sara.
Stella sorriu levemente e se aninhou nele enquanto o resto colocava suas roupas.
— Vou ficar no topo do mundo das celebridades com minha beleza sensual — Schnee falou ao seu amado, sorrindo amplamente enquanto vestia suas roupas de modelo.
Ela pegou algo da última moda, usando jeans apertados e um top revelando seu braço direito todo.
Schnee até estava pronto para tirar uma foto sua e enviar para alguma empresa!
Alex revirou os olhos: — Devo checar minha garota primeiro.
— Sim, querido! — Schnee riu, estendendo as mãos para ele. Após envolver o pescoço dele, Schnee encarou silenciosamente o rosto de Alex enquanto ele movia os olhos pelo seu corpo.
Ela sorriu, confiante em si.
Alex assentiu: — Garota gostosa, não seja enganada pelos outros.
— Terei ajuda da irmãzona — Schnee respondeu com um sorriso tranquilo, olhando para Sara, que com certeza começaria sua pesquisa logo.
E por fim, Alex segurou Remia. Seu objetivo era ter pontos fortes semelhantes ao do Mundo de Avander, então suas roupas pareciam mais casuais. Ela tinha uma camisa xadrez fofa e calças compridas.
Seu cabelo estava amarrado num rabo de cavalo baixo que balançava em suas costas. Exalava a aura de uma trabalhadora.
Alex a pegou em seus braços, analisando seu humor e roupas peculiares. É claro, no caso de Remia, ela realmente precisava se tornar um membro de sua família.
Ela ainda tinha algo que as Irmãs Deathwill perderam.
Assim, como Alex estava infectado pelo humor, sussurrou no ouvido dela: — Quando retornarmos ao Mundo de Avander, quero comer a fruta da minha garota na árvore mais alta.
— … — Os olhos de Remia brilharam quando percebeu que era sua hora!
No entanto, ela entendeu errado Alex…
— Okay… concordarei com tudo… — Remia sussurrou sem perguntar nada, pois acreditava que ela havia entendido seu desejo.
Era um desejo bem estranho, mas ela ficou um pouco animada.
E embora Alex só queria ter a primeira vez dela em sua casa, que com certeza era a árvore mais alta da capital da floresta das fadas, Remia entendeu errado, pensando que queria fazer isto no quarto da mãe dela.
Porque aquele quarto era realmente… a árvore mais alta.
Aqueles eventos eram para o futuro. Por agora, era hora de ter mais diversão no mundo de Alex. Ele soltou Remia, cujas bochechas estavam tão vermelhas que todas podiam dizer do que estavam falando.
Ele sorriu para Remia e depois olhou para Stella: — Convido oficialmente minha esposa alada para um encontro. Vamos nos divertir, Stella.
Ele agiu com elegância igual cavalheiros do mundo medieval, pegando a mão de Stella e dando um beijo nela.
Stella sorriu levemente, respondendo em seu humor normal: — Ok.