Após sair da carruagem, Alex entrou em um novo mundo.
Todos finalmente chegaram na capital do Reino Verde, Roslinne. Os demihumanos mais fortes, estando no nível 150, vagavam por esta terra. Eles eram conhecidos como Louva-a-Deus Negro, Vespas Vermelhas, Aranhas Brancas e Formigas da Rocha.
Eles tinham suas terras na vasta capital, resultando neste lugar estando envolto por um encanto mágico.
Se Alex e sua família percorressem todo o canto de Roslinne, avistando cada pedaço deste lindo lugar, conseguiriam ver tudo que esta terra tinha a oferecer.
Mas, por enquanto, estavam em uma parte da capital pertencendo as Aranhas Brancas. Numa primeira olhada, esta terra tinha uma arquitetura única porque as casas eram feitas de teia de aranha, espalhadas pelos pés das grandes árvores.
— As Aranhas Brancas são similares a nós — Yumia comentou, fixando seus lindos olhos verdes no rosto curioso de Alex: — Suas casas ficam mais alto conforme sua posição. Pode ser riqueza, força ou outra influência.
— Se tiver pelo menos uma delas em abundância, pode formar uma casa no topo da árvore gigante. Desta maneira, pode ver a posição de cada Aranha Branca — a Rainha explicou.
E enquanto Alex e os outros observavam, puderam ver algumas casas levemente acima das outras. Também não desperdiçavam espaço, tendo lugar mobiliado abaixo de suas moradias.
Remia acrescentou, pois esteve neste lugar antes: — A capital é separada em quatro quartéis e cada terra é governada pela tribo de demihumano mais forte.
— Porém, há uma parte no meio, a Região Selvagem, onde todos podem se encontrar livremente e estabelecer seus negócios. Cabe a eles decidirem se podem manter seus negócios intactos e ter seus produtos protegidos.
— Nenhuma punição será dada para infratores aqui.
Para as palavras de Remia, Yumia adicionou: — Esta região sem lei foi criada recentemente, pois não podemos mais focar apenas em nós. Costumávamos realizar vários torneios perigosos por terras e os quatro clãs mais fortes não eram exceções.
— Eles permitiram a criação desta região para manter seu povo em forma.
Sara sorriu, compartilhando seus pensamentos: — Os feras devem ter algo similar, certo?
Os feras eram mais sanguinários e conhecidos por sua simplicidade. Só havia uma família que realmente tinha cérebro enquanto os outros se continham, fingindo ter algum controle e inteligência.
Yumia concordou com a mamãe dullahan, dizendo que ouviu falar de várias zonas sem lei criadas na era dos jogadores.
Porém, como tudo continuava mudando rápido após a chegada dos jogadores, a rainha acreditava que as zonas não estavam mais disponíveis e que os feras estavam afiando suas armas para uma colisão com as forças do Reino Verde.
Alex ouviu atentamente, não se intrometendo na conversa das mais lindas e experientes.
Ele fez algumas perguntas baixinhos a Remia e sua namorada respondeu com um sorriso brilhante.
Infelizmente, ninguém estava aqui para passear ou se divertir. A equipe das fadas da floresta foi direta ao palácio branco no meio da terra da Aranha Branca.
*****
— Sabia que algo estava errado, mas não esperava ver os quatro reis fera em seu palácio, Nestor — Yumia fixou o olhar no Rei Aranha Branca, o olhando com indignação.
Ela suspeitava da chamada repentina após receber. Porém, não imaginou ver os quatro reis feras do Reino Fera sentados na mesa com suas contrapartes do Reino Verde.
Era uma sensação surreal, considerando que os feras já atacaram algumas raças de demihumanos da Aliança Verde.
Em sua forma humanoide, Nestor fixou os seus olhos na rainha das fadas da floresta. Ele não conseguia ver os atributos dela e, mesmo que pudesse, o olhar dela o obrigou a levar a sério.
— Os feras ofereceram um acordo absurdo — ele disse, olhando furtivamente para eles com um dos seis olhos: — Eles querem realizar uma partida de xadrez entre os líderes e jovens prodígios. Decidiremos se devemos nos aliar com os antagonistas ou humanos desta maneira.
Isso confundiu todos, incluindo Alex e suas esposas. Yumia não conseguia acreditar no que ouviu, virando sua cabeça para os quatro reis feras.
— Estão falando sério?! — Yumia elevou o tom, ao ponto de ficar agudo. Ela jamais apostaria a vida de seu povo num jogo de xadrez!
Sim, foi o jogo que ajudou significativamente os demihumanos no passado. Costumava ser uma parte dos ensinos de todo nobre e várias brigas foram resolvidas assim. No entanto, os antagonistas e seus planos envolviam a vida de todos!
Isto era absurdo!
Após a voz de Yumia sumir, uma dama do lado dos feras chamou sua atenção ao chamar o nome da rainha: — Yumia, será que está com medo? Aguardamos por você sabendo que é boa no xadrez.
— Seus descendentes também herdaram seu amor pelo xadrez. Eles são dignos de serem nossos oponentes — ela sorriu para Remia e os outros irmãos.
Ela realmente quer jogar conosco? Yumia ponderou internamente, travando o olhar na mulher com charme único. Ela tinha nove caudas fofas, longas orelhas, um nariz fofo e curvas voluptuosas, aprimorando suas características de demihumanos.
Anais Foxtail.
Ela era uma existência de nível 150, porém, sua força estava em seus olhos, pois brilhava com esperteza. Ela era a dama fera mais esperta, guiando mais que sua tribo, pois sua voz pesava em todo o Reino Fera.
Yumia ficou surpresa ao vê-la forçando as partidas de xadrez.
— Ninguém está com medo — Yumia respondeu, passando o olhar pelos outros reis feras. Eles eram idiotas, então não acreditavam que eles se sairiam bem contra as contrapartes do Reino Verde.
A rainha não sabia dos seus descendentes, mas estava confiante quanto aos dela.
Anais assentiu, apreciando a presença de Yumia: — Nos enfrentaremos, então. Vamos nos divertir.
— Diversão, você diz… — O olho de Yumia tremeu, pois não estava no humor para se divertir. Talvez, se ela fosse uma existência de nível 150, conseguiria ter uma arrogância como a da garota raposa.
No final, força era o que mais importante.
— Por que tem um humano aqui? Hmm… — Um dos reis fera, um homem com uma longa juba, inclinou a cabeça ao se levantar. Seus olhos estavam fixos em Alex antes de se voltar para Schnee e Sara: — É fácil de diferenciar vocês porque as fadas têm orelhas estranhas.
— Porém, estas também… cheiram com humanos e algo mais! — O rei desapareceu da cena, aparecendo diante de Schnee e Sara numa velocidade atordoante.
Ele inclinou, querendo cheirá-las.
Porém, nem teve chance de dobrar as costas, pois uma mão humana pousou em seu rosto, agarrando suas caraterísticas masculinas com um aperto poderoso.
— Cheira seu cu primeiro — Alex declarou antes de jogar o fera longe. Ele usou toda sua força, pois nenhum homem poderia se aproximar de suas esposas desta maneira, fazendo seu coração se encher de indignação.
Por causa disso, o rei leão voou pelo salão, batendo na parede com as costas largas… A parede de teia rachou, pois ele era resistente. Porém, a força por trás do arremesso foi mais importante, obrigando todos a encarar o jovem.
— Ah, querido… — Schnee gemeu enquanto dobrava as pernas, as palavras e ações de seu homem quase a derrubaram.
Sara permaneceu ereta, olhando para as costas de Alex com olhos tremeluzindo de amor e orgulho. Sua reação seria igual a de Schnee se não houvesse ninguém por perto. Ela reservou isso para depois, para seu momento com seu amado.
Remia e Yumia compartilharam a mesma reação, mordendo os lábios porque mal conseguiram conter os comentários pela resposta de Alex. A rainha queria dizer a Alex para continuar e não se conter, pois o jogo de xadrez aconteceria independente da postura do rei leão.
Ela percebeu que a raposa queria isso, então brincou com esse desejo a seu favor. Entretanto, Alex se adiantou, ficando no comando de todos, incluindo ela.
A rainha viu costas confiáveis que não via há tempos, fazendo seu coração acelerar.
Remia queria expressar sua preocupação e explicar que um homem não deveria cheirar as esposas de outra pessoa assim. Contudo, como Alex avançou, cuidando do assunto com as próprias mãos, Remia ficou quieta como uma boa garota.
Era o momento de seu amado. Era o dever dele, pois outro homem queria tocar em suas esposas! Remia e as outras garotas reagiriam de maneira similar se uma mulher desconhecida fizesse o mesmo com ele.
— Quem ousa insultar e me jogar como lixo?! — o rei leão rugiu, se levantando.
Alex respondeu ao dar mais dois passos: — Eu.