Alex encarou o homem com os olhos arregalados e dentes cerrados. Não conseguia se aproximar de Erik e também não conseguia entender o processo por trás da criação do demônio.
Porém, entre aqueles gritos, Alex ouviu os pensamentos de Erik.
[Seu bastardo maldito! Você sacrificou ela… para se tornar um demônio faminto?!]
[Eu… não tive escolha…]
[Seu bastardo sem coração! A irmã te amava! Ela lutou ao seu lado para que você pudesse viver num mundo normal!]
[Calado! Eu encontrarei… alguém melhor no Paraíso!]
[Paraíso…]
[Erik… Sinto muito… negligenciei você, não é? Eu sou… uma irmã idiota…]
[Irmã…]
[Hehe… Pelo menos você encontrou… bons amigos… Roy e Rikka são pessoas legais… Até consigo ver você e a Rikka ficando juntos… Você então saberá… como é difícil… cuidar… de al… guém…]
Alex ouviu aqueles gritos com dor no coração. Aqueles sentimentos por trás das vozes do irmão e irmã eram genuínos, cheios de mais emoções que alguém poderia lidar.
Entretanto, como Alex teve a fase onde sentia vontade de abandonar o mundo, ficou muito melhor contra aquelas memórias.
O demônio de Erik se inclinou, sua pele envolvendo o corpo de Erik. A mão direita virou uma luva para segurar a espada vermelha. A esquerda, um escudo, desapareceu no corpo de Erik.
Logo, ele se tornou uma versão menor e humanoide de seus medos.
Seu demônio sussurrou: — Você nunca a verá de novo. Essa espada não matará o bastardo se falhar em entrar no Paraíso.
— Você não reviverá sua irmã se não entrar no Paraíso. Seu escudo se tornará sem sentido.
[Você nunca a verá de novo… — O demônio continuou a repetir aquelas palavras.]
[Irmã… Aqueles bastardos nos traíram… Acho que nos tornaremos antagonistas… Após me tornar um, me tornarei tão forte quanto Yasir.]
[Eu te trarei de volta…]
[Paraíso… Realmente… não quero… ir lá…]
[Por quê?]
[Meu Paraíso foi… quando podia… cozinhar para você… quando podíamos… dormir… com as barrigas cheias… Quando não… tínhamos que nos preocupar… sobre… aluguel… Esse… é o Paraíso…]
[Eu vou lá, no entanto… trarei você de volta e aplicarei o castigo! Não importa quantas vidas eu tome, verei o Paraíso com você! Quero que seja feliz!]
[Idiota…]
— Um mundo chamado Paraíso não soa com um paraíso — Erik falou num tom rouco, se aproximando lentamente de Alex, em sua armadura vermelha: — Acho que assassinos como eu só tem um paraíso, que é a morte.
— Contudo, contanto que eu tenha este medo, um medo de não realizar minha promessa e não ver minha irmã, continuarei a andar neste mundo como um assassino.
— Esta imortalidade sumirá quando eu ver o sorriso da minha irmã — Erik acrescentou, sua presença ficando mais pesado a cada passo: — Para alcançar tudo isto, devo eliminar os inimigos que podem potencialmente destruir nossa vitória. Você deve ser eliminado, Alexander Mao.
E então, como se esperasse por aquele momento, uma voz veio da alma de Alex: — Se perder uma de suas esposas, quantas vidas sacrificaria?
Alex respondeu imediatamente, permanecendo egoísta como sempre: — Sacrificaria quanto fosse necessário. Se eu tivesse que destruir dois mundos, encontraria uma maneira de achar o terceiro mundo, só para poder viver com minhas esposas e famílias.
— E então, sacrificaria dois mundos — Alex explicou seu coração para a dama vivendo nele.
Ivonne sorriu adoravelmente enquanto sua mana envolvia os braços de Alex: — Sou seu demônio. Por mais que odeie tentar você, aquelas perguntas te tornarão mais forte.
— Contudo, como se recusa a usar a mana, compartilharei a minha com você.
Após a pergunta, Ivonne desbloqueou uma maneira de liberar um pouco do seu poder.
Os Braços de Asura ficaram mais fortes, seu poder físico aumento vertiginosamente. A mana fluiu por eles com muito mais facilidade, se misturando com as habilidades de Alex.
— Você encontrará muitas pessoas como ele nas classificações de antagonista. Porém, neste caso em particular, vocês se parecem. Vocês com certeza se entenderiam… Entretanto, você não pode mudar de lado.
— Então não se contenha… e o escravize — Ivonne disse no tom de uma boa mãe.
Alex cerrou as mãos, e as Mãos de Asura seguiram o movimento; — Os antagonistas e os guardiões… são iguais, não são?
— Os guardiões queriam um recomeço… e ter uma vida confortável por um tempo… Os antagonistas querem entrar no Paraíso, ver seus amados e começar uma nova vida lá — Ivonne explicou.
Ninguém sabia o que exatamente era o Paraíso. Entretanto, não era difícil de dizer que era um local com batalhas e alguma hierarquia de fantasia. Afinal, os antagonistas de todos os mundos poderiam se encontrar.
Como Erik queria matar um bastardo, vários outros tinham sua lista de abate.
— Aqueles conceitos vieram da mesma fonte! Eles são dois lados da mesma moeda, então tem que haver uma maneira de fazê-los coexistir! — Alex comentou enquanto seus olhos estreitavam porque Erik estendeu a mão para realizar um golpe.
Após seu corpo sem cabeça bloquear, o demônio e jogador entraram numa batalha veloz e pesada de inteligência e esgrima. Faíscas piscaram, o céu tremeu, e nada mais apareceu no elevado campo de batalha, pois Alex e Erik se tornaram rápidos demais a olho nu.
Ivonne balançou a cabeça no oceano da alma de Alex: — Eles não podem coexistir… De qualquer forma, o demônio deste cara é do tipo batalha, aumentando seus atributos. Se me lembro bem, Erik tinha um movimento de assinatura para duplicar suas técnicas de espada. Fique de olho nisso.
Alex ouviu sinceramente, mas não desistiu da sua ideia: — Minhas esposas se tornaram jogadoras, entrando no meu mundo. Elas se tornaram residentes da Terra, não é?!
— Isso é por causa do desejo do seu pai — Ivonne expressou, mas as palavras seguintes de Alex a congelaram.
— Posso cortar o conceito deles! — Alex gritou, lembrando das suas ideias anteriores.
Ele contou a Sara sobre o exército imortal. Na época, queria conseguir o conceito dos demônios famintos para seus espíritos de batalha e esposas.
Queria ajudá-las.
Isso era impossível, agora que conhecia melhor os antagonistas.
— Vou cortar o conceito dele e pegar para mim! — Alex declarou, suas palavras fazendo Ivonne ficar assustada!
Ao mesmo tempo, Erik uivou: — Vou roubar sua classe lendária.
Alex sorriu: — Você nunca a roubará de mim. Por outro lado, pegarei seu conceito do antagonista, misturarei com a Mana do Guardião e escravizarei todos vocês.
— Se não tiver um vitorioso claro, os dois mundos continuarão a existir! Se ninguém fez isto antes, serei o primeiro a fazer isto! — Alex jurou porque resolveria tantos problemas desta maneira!
Ele queria aquele poder!
No entanto, ninguém são iria atrás de tal poder. Até Erik parou momentaneamente de atacar, pensando que Alex estava dizendo aquelas palavras para tirá-lo do fogo.
Ele o ignorou daquele momento em diante, disparando como uma flecha. Sua espada estava no comando, pronto para estocar o corpo sem cabeça.
Entretanto, enquanto Alex estava envolto na aura sagrada, com o nevoeiro lhe dando espaço o bastante para se esconder dos sentidos de Erik, obrigou Erik a exercer mais força para lidar com ele.
Quando entrou no denso nevoeiro, Erik ergueu a espada: — Chega de suas piadas e ideias ingênuas, Alexander Mao!
[Você usou a Chuva das Mil Espadas (SSS)]