O sol da manhã finalmente surgiu, algumas pessoas em volta da escola lutaram para dormir à noite, e Layla foi uma delas. Ela passou a noite toda ponderando como informar os outros. Ela já havia se decidido que precisava avisá-las, mas não conseguia descobrir como.
Ela não queria imaginar o que aconteceria quando Truedream descobrisse que Peter não tinha uma habilidade que pudesse ser pega. Ela estava ciente de suas intenções, do que os garotos e a Pureza lhe disseram, Layla deduziu precisamente o plano de Duke.
A cada período, Truedream visitaria uma base militar diferente. Contudo, descobriram que ele visitava uma em particular com mais frequência que as outras, e essa era a base militar dois. Este foi o motivo de Layla ter sido enviada para este lugar.
Algo estranho estava acontecendo com a base militar dois, eles não foram capazes de descobrir o que era ainda, pois até agora cada agente que enviaram desapareceu. Assim, decidiram fazer as coisas diferentes desta vez, então, ao invés de enviar adulto, decidiram enviar um agente, que estava na idade do alistamento como estudante.
O motivo pelo qual Truedream visitava era para adquirir habilidades dos alunos. Toda vez que Truedream usava sua habilidade, ela aumentava o nível. Sua habilidade contornava quase toda a informação que tinham sobre as células mutantes.
Após tirar a habilidade de alguém, ele então poderia implantá-la numa pessoa nova. O corpo então automaticamente conseguiria o mesmo nível da habilidade da pessoa que perdeu. No entanto, ainda precisariam de tempo para se familiarizar com a habilidade e aprender todas as skills.
Foi por isto que estavam oferecendo a Peter muitos livros de habilidade, e também explicava porque estavam o apressando a alcançar o nível 4. Sempre havia certos critérios quando veio escolher quais alunos para usar isto. O primeiro critério e mais importante era, não deveriam vir de uma família de Originais.
Embora a família Truedream fosse um dos quatro grande, normalmente, os outros Originais também eram parte dos quatro grandes, ou estavam sob a bandeira de um. Assim, este critério foi acrescentado para evitar uma guerra entre os quatro grandes.
Precisavam de estudantes que não se destacavam, para que então ninguém realmente notasse, ou se importasse se desaparecessem. Outro critério era que o aluno tinha que vir de uma família pobre, uma sem apoio.
Quinn ainda estava seguro porque a escola acreditava que ele atualmente não tinha habilidade, só que as habilidades de Layla e Peter foram documentadas, e ambos se encaixavam no critério. Era diferente para eles, havia a possibilidade que junto a Peter, Layla também fosse um alvo.
Layla entrou na escola usando documentos falsos, sua família não era proeminente, porém, ela não se importava se perdesse a habilidade. Ela só havia obtido para a missão em primeiro lugar. A única coisa que não queria era acabar como Peter, e virar um cão do exército. Ela precisava de uma posição externa, onde poderia observar tudo que estava acontecendo sem ser envolvida.
Com todas as coisas ditas, não tinha que avisar do que poderia acontecer, só que queria dizer. A questão restante era, como deveria explicar o que descobriu?
As aulas de combate da manhã começaram e Layla queria formar equipe com Quinn, na esperança de conseguir dar uma dica do que estavam planejando com Peter.
Infelizmente, antes mesmo que pudesse chegar perto dele, este último já havia ido até Fex. Embora os dois não falassem muito, ela podia ver que Quinn estava gostando enquanto praticava com Fex. Talvez, fosse porque ambos eram da mesma raça ou tinham algo mais em comum.
Ela podia dizer que uma amizade de verdade estava começando a se desenvolver. ‘Espero que ter algo assim, tudo parece tão real ao invés desta falsidade.’ Layla pensou enquanto olhava para sua própria disposição.
“Por que está sonhando acordada?!” Erin gritou: “Não consigo acreditar que temos que continuar praticando estas técnicas de perna estupidas. Esta é a classe de armas bestiais, não artes marciais. E o Leo disse que não seguiria até ficar satisfeito com a performance de cada um de nós,” ela reclamou com um olhar de frustração.
As duas garotas continuaram treinando juntos as técnicas de perna, todavia, um deslize na concentração fez Layla abaixar a guarda. Ela não foi capaz de levantar o joelho a tempo, como quando normalmente fazia durante a prática, e ao invés disso, levou um chuto de Erin, bem no lado.
“Aí!” Layla disse ao cair no chão enquanto segurava o lado.
“Qual é o problema? Temos praticado esse chute várias vezes, tinha certeza de que seria capaz de bloquear algo assim.” Erin disse ao se aproximar, e ofereceu a mão para sua camarada caída.
Layla levantou a mão para agarrar a de Erin, mas sentiu mais dor. Além disso, notou uma dor aguda aumentar toda vez que respirava: “Que diabos? Sabia que suas habilidades com espada eram monstruosas, mas onde você conseguiu tanta força em seus chutes? Acho que quebrei minhas costelas.”
“Pode parar de reclamar?” Erin falou ao se ajoelhar, e colocou a mão no lado de sua amiga. Em seguida, ativou sua habilidade de gelo, mas só de leve, fazendo os músculos em volta daquela área ficar dormente devido ao gelo, o que também fez a dor parar.
“Alguém pode chamar o guarda e levá-la à enfermaria?” Leo pediu.
Erin então levantou Layla do chão, permitindo-a usar sue ombro como apoio: “Não se preocupe, vou cuidar dela. Além disso, ela precisa caminhar um pouco sozinha. Isto só a deixará mais forte,” Erin falou.
As duas garotas então começaram a sair da sala juntas. Enquanto caminhavam, Layla não pôde deixar de se sentir inútil e patética. Além de ser um banco de sangue para Quinn, qual uso realmente tinha? Ela nem foi de ajuda na luta contra o Dalki. Se não fosse por Erin, as duas teriam sido mortas naquele dia.
E Vorden, embora um pouco maluco, era muito poderoso. O único que era mais inútil que ela era Peter, e isso nem era lá grande coisa.
“Poderia parar de chorar, por favor? Não quis bater em você com tanta força. Você normalmente bloqueia algo assim,” Erin disse numa tentativa de confortar Layla.
Layla nem mesmo notou, já que seus pensamentos estavam tão confusos que lagrimas estavam fluindo lentamente de seus olhos. Ela limpou, e simplesmente exibiu um sorriso corajoso.
“Oh, não é isso. Só estava pensando em como sou inútil para a equipe sempre que estamos numa luta,” Layla respondeu.
“Bem, você não está errada sobre isso,” Erin respondeu, não percebendo de quão severa soou.
Embora Erin estivesse certa, ainda machucou ouvir isso direto da boca dela.
“Porém, você ajuda de outras formas. Você foi a única que pensou na tigela de sangue, lembra? Não posso dizer muito, mas honestamente, se não estivesse lá para me segurar algumas vezes, eu já teria enfiado alguns pregos naquele garoto.”
Layla riu: “Erin, este tipo de pergunta pode soar estranha, mas, somos amigas?”
“Bem, não carreguei todos que machuquei para fora da classe.”
Embora não Erin tenha dito, Layla a conhecia bem para entender o que queria dizer.
De volta à sala de treinamento, a lição havia acabado de terminar. Quinn conseguiu suar bastante enquanto enfrentava Fex. Verdade seja dita, Fex era a única pessoa na sala que poderia enfrentar enquanto usava apenas uma fração de seu poder, além de Leo, é claro.
Quando praticava com Layla e Erin, sempre teria que conter um pouco seu poder, contudo, com Fex, era diferente.
Agora que a aula do dia terminou, os alunos estavam livres para fazerem o que quisessem. Esse foi o momento em que Quinn notou que Fex estava olhando em volta da sala de maneira estranha, e estava chutando o chão, até que eventualmente começou a falar.
“Ei, uh… sei que isto é meio estranho perguntar após tudo que aconteceu entre nós, mas o que planeja fazer depois disto?” Fex perguntou.
Ultimamente, sempre que Fex tentava se aproximar das pessoas, elas se afastariam sempre que viam o relógio. Era uma reação estranha, mas finalmente entendeu o assunto quando viu os maus tratos ocorrendo pela escola.
Isto fez com que ele fosse um pária, porém, esse não era o único problema. Também ficou incrivelmente entediado. Sem ninguém para conversar, e nada para explorar, começou a ficar ansioso para as sessões de treinamento com Quinn.
“Eu, hmm, na verdade, estava planejando ir à sala de RV.” Quinn respondeu.
“Sala de RV, o que é isso?” Fex perguntou, com um pouco de expectativa nos olhos.
“Posso mostrar se quiser. Quer vir junto?”
“Bem, quero dizer, se realmente quiser tanto que eu vá, claro,” Fex respondeu, antecipação era clara através de seu falso comportamento tímido.
Fex só quer amigos, o que provavelmente vai fuder é a família
Nem sempre a família é boa…