Antes que Shiro pudesse dizer qualquer coisa, ela viu Maria ranger os dentes com raiva e pegar uma espada próxima.
“Lixo!” Ela gritou e quebrou a espada ao meio.
Arregalando os olhos, Shiro fez uma pausa por um momento e se perguntou se ela deveria deixar Maria em paz.
Apesar de sua aparência delicada, seu súbito ataque de raiva deu-lhe segundas ideias sobre a aproximação casual.
No entanto, Maria já tinha visto Shiro e era tarde demais.
Cough!
“Peço desculpas por essa exibição feia. Como posso ajudá-la?” Maria sorriu docemente no que Shiro balançou a cabeça depois de uma breve pausa.
“Certo… Está tudo bem. Então, alguém me disse que eu deveria procurar por você se quisesse uma boa arma de lâmina.” Shiro respondeu.
“Oh. Tudo bem, venha, sente-se!” Maria acenou com a cabeça com entusiasmo ao lembrar Shiro de como Silvia agia quando falava sobre um bom equipamento de cura.
Arrastando Shiro até uma cadeira, Maria começou a procurava em seus equipamentos.
“Bem, você veio para o lugar certo. Diga-me o que você quer. Espadão? Espada longa? Adaga?” Maria perguntou enquanto pegava alguns exemplos de sua pilha de armas.
“Ah uma boa espada e uma adaga, eu acho. Espada para uma fonte de dano principal e adaga para algo que eu possa arremessar. Não precisa ser nada chique.” Shiro respondeu.
“Isso eu posso fazer. Mas eu não faço várias armas ruins como uma adaga descartável. Não, não, não, eu vou fazer uma boa para você. O que acha de uma com encantamento de retorno? Você ativará sua energia e chamará a adaga ao seu lado. Quanto à espada, terei que ver como você luta. Aqui, dê uma volta nesta espada. Cada tipo de espada tem sua própria história e, dependendo de como o usuário a usa, um novo legado pode nascer. Um exemplo seria uma espada que poderia ser usada por um herói. Se está nas mãos de alguém incompatível, então poderia muito bem ser uma ferramenta de celeiro. Mas se usada corretamente, pode se tornar uma lenda!” Maria sorriu.
“Agora mova essa espada e verei que tipo de história você poderá criar.” Ela disse enquanto entregava a Shiro uma espada longa normal.
Surpresa com seu entusiasmo, Shiro piscou os olhos antes de acenar com a cabeça.
Segurando a espada em suas mãos, ela fechou os olhos e imaginou a imagem do Minotauro na frente dela.
Lembrando de sua força e velocidade, ela respirou fundo.
Entrando em uma posição ofensiva, ela ‘pulou’ em direção ao Minotauro.
Apertando a mão, ela cortou contra o peito dele enquanto ele balançava para trás com o taco.
Deslocando seu peso, ela trouxe a espada para o lado e aparou o taco, deslizando-o para o lado, antes de cortá-lo com sua lâmina.
Reabrindo os olhos, ela olhou para o lado e viu Maria observando com um olhar intenso.
“Bom, acho que eu entendi. Seu estilo de luta é altamente reativo e você gosta de tomar a ofensiva. Você evita ou melhor, redireciona golpes quando pode. Uma espada que você precisa não é algo que possa ajudá-la a bloquear, mas algo que possa ajudá-la a aparar. Com sua técnica, uma espada fina também é boa, já que você quer poder de ataque em vez de poder de defesa. Hm… Mas uma espada fina pode não ser capaz de aparar bem para você. Vai ser uma espada difícil de fazer. CONTUDO! A história potencial que esta espada pode criar em suas mãos vale a pena.” Maria disse com uma expressão séria que lentamente se transformou em um sorriso.
“Então eu vou fazer-lhe uma espada e uma adaga. Volte em um mês.” Ela acenou com a mão e começou a procurar entre seus materiais.
“Huh? E quanto ao pagamento?” Shiro perguntou.
“Ah, certo. Pagamento. Normalmente, isso custaria cerca de 800 a 1000 ouros, mas eu vou cobrar 300 em vez disso. Não é sempre que posso fazer uma espada única como a que você quer.” Maria deu de ombros.
“Então você pode comprar a espada e a adaga?” Ela olhou para trás.
“Ah sim, eu posso.” Shiro acenou com a cabeça.
“Então volte em um mês.”
Vendo isso, Shiro foi mais uma vez surpreendida.
“Não se importe com ela, ela é sempre assim. Ela é um pouco entusiasmada demais com armas de lâmina.” Uma voz suspirou atrás dela.
Olhando para trás, ela viu que era o mesmo homem que a apresentou a Faidon e Maria.
“Ah, muito obrigada pela ajuda.” Shiro sorriu.
“De nada. Mas não é sempre que Maria dá um desconto para as pessoas. Ela deve ter visto um bom potencial em você.” O homem riu.
“Mn.”
Conversando com o homem por um pouco mais de tempo, ela se despediu e começou a sair da cidade.
Depois que deixou os portões da cidade, ela abriu as asas e começou a voar em direção às fronteiras.
Agora que tinha o poder de voo, ela era capaz de usar os túneis de ar para aumentar sua velocidade ainda mais.
Uma viagem que deveria levar alguns dias foi reduzida a apenas um dia graças ao seu poder de voo.
Infelizmente, no caminho, ela viu a cidade que foi transformada em uma ilha flutuante. A única coisa que vivia na ilha agora eram monstros e cadáveres humanos podiam ser vistos em todos os lugares. Alguns estavam meio comidos, enquanto outros estavam incompletos. Havia até alguns cadáveres sob a ilha, fazendo Shiro deduzir que eles pularam ou foram jogados para fora.
Dando às pessoas falecidas da pequena cidade uma oração silenciosa, Shiro continuou sua jornada.
Pousando perto da fronteira onde estavam os cinco túneis de ar, Shiro olhou para a floresta que representava sua entrada para a Área da Vida.
“Espero que o Minotauro não tenha morrido ainda.” Shiro murmurou para si mesma já que a última vez que encontrou o Minotauro, ela tinha ferido os dois olhos e perfurado seu corpo com um monte de flechas.
Balançando a cabeça, ela decidiu descansar na fronteira durante a noite, já que tinha viajado o dia todo.
Matando alguns pássaros para uma refeição à noite, ela comeu até se sentir cheia e dormiu em uma das árvores.
Acordando na manhã seguinte, Shiro voou sobre a floresta e tentou lembrar onde ela tinha visto o labirinto da última vez.
Rastreando sua posição através do mapa mental que ela havia construído, Shiro finalmente encontrou seu local anterior.
Andando por aí um pouco, ela ficou desapontada ao ver que o labirinto já tinha sumido.
“Hmm… bem, ele deve estar por perto. Leva um tempo para um Minotauro mover seu labirinto para um novo local, já que é preciso alguma preparação. Mesmo para um monstro como o Minotauro, ele entendeu inatamente sobre como realizar o ritual para seu labirinto.”
Suspirando suavemente, Shiro começou a correr ao redor da floresta na tentativa de descobrir onde seu novo labirinto estava.
Procurando toda a área com o melhor de suas habilidades, Shiro ficou triste ao ver que não havia nenhum sinal do labirinto.
Franzindo as sobrancelhas, Shiro voou para o ar e olhou para toda a floresta do céu.
Olhando ao redor em busca de vários sinais do labirinto, ela ficou surpresa por nem precisar se esforçar tanto, pois havia algo cintilante à distância. Entendendo que era o sinal do Minotauro tentando construir um labirinto, Shiro voou em direção a ele o mais rápido que pôde.
Ao chegar, Shiro ficou chocada com o local.
O Minotauro estava à beira da morte com os dois olhos ainda cegos enquanto uma besta enorme que parecia um monstro estava sobre ele rosnando.
A besta era uma estranha amálgama de monstros diferentes e era semelhante a uma quimera, mas não uma realmente.
Sua cabeça estava um pouco deformada, pois era semelhante ao crânio de um carneiro com a pele bem esticada ao longo da superfície. Quatro olhos âmbar giravam ao redor das órbitas oculares afundadas enquanto todos se concentravam no Minotauro que estava lutando para escapar. Suas mandíbulas tinham ossos saindo para fora que esticava bem a pele ao ponto de quase rasgar.
Havia apenas um único conjunto de dentes em torno de sua boca, mas sua língua era um pedaço horrível de carne que parecia que poderia bifurcar em várias direções. Se Shiro tivesse que descrevê-la rapidamente, seria algo como uma nojenta fusão de várias línguas.
Em cima de sua cabeça estavam dois grandes chifres enrolados atrás de suas orelhas antes de apontar para a frente. Um dos chifres foi lascado na ponta enquanto o outro ainda estava ameaçadoramente afiado.
Ele não tinha muito pelo, mas havia alguns tufos que podiam ser vistos ao redor de seu corpo. Sem o pelo cobrindo seu corpo, as deformidades foram exibidas à vista de todos.
Tinha asas rasgadas salientes de suas costas que pareciam uma fusão de asas de aves e morcegos. Com buracos rasgados espalhados pela membrana da asa, era difícil imaginar que ele poderia continuar a voar.
Olhando para a parte de trás, podia-se ver sua coluna em detalhes claros e também a sua cauda. Neste ponto, parte da pele tinha sido rasgada, mas nenhum sangue podia ser visto. A única coisa que podia ser vista era o branco arrepiante que representava o osso. Com cascos de cabra como pernas e longas garras afiadas sem carne, a monstruosidade demoníaca caminhou em direção ao Minotauro com intenção sinistra.