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Only I Am a Necromancer – Capítulo 498

A era após o fim (12)

Antes que percebessem, a lua desapareceu e o nascer do sol coloriu a destruída cidade cinzenta.

Z estava parado em uma estrada de quatro pistas quebrada com seu grande e solitário legado destruído.

— …

Ele olhou para o nada por um momento, como se estivesse perdido em pensamentos. Mas considerando que ele lentamente inclinou a cabeça, ele estava tentando detectar alguma coisa.

— …

Alguém estava sussurrando em seu ouvido com uma voz urgente.

‘Quanto tempo durou?’

Tum… Tum… Tum…

Ele abaixou lentamente a cabeça e olhou para frente.

Tum… Tum… Tum…

A vibração vinha daquela direção. Era o som dos passos de alguém.

Um chefe monstro, do tamanho de uma casa, estava se movendo atrás do prédio à esquerda.

O piso de asfalto rachado se distorcia sempre que aquela criatura gigante andava. Seu pêlo cinza podia ser visto pelas janelas quebradas.

Tum… Tum… Tum…

Claro, Z não estava interessado no chefe monstro, pois não tomou a iniciativa no Terrorismo Feral, nem era o tipo de operação que gostava de fazer.

Porém aceitou a operação dos ‘juízes’, porque achava que não poderia atravessar a muralha sozinho para entrar na sombra da Árvore do Mundo.

— … Que atitude nojenta…

Ele não gostou dos que os ‘juízes’ decidiram, no entanto.

Mas cenas mais repugnantes ainda estavam para começar. Ratos começaram a sair de todas as fendas dos prédios, estradas e becos. Cada um deles era tão grande quanto um cachorro grande. Eles eram ratos que os monstros dos senhores da guerra dominaram.

Os ratos estavam correndo, enredados uns nos outros e pisoteando o que estivesse na frente.

Z olhou atentamente para a procissão dos ratos.

‘Eles estão correndo em direção a mãe…’

Mas no momento seguinte ocorreu uma explosão.

Bam!

Um lado do prédio desabou e um raio de luz saiu de dentro.

Cerca de trinta feixes de luz moveram-se rapidamente, perseguindo a procissão de ratos em fuga e os trituraram como um liquidificador.

Quando os raios de luz, os Einherjar, passavam rapidamente, a rataria, com milhares desses seres, foi reduzida a cinzas em um instante. Eles destruíram os ratos escondidos em árvores cobertas de vegetação, prédios rachados e veículos enferrujados.

Grrrrrrrr… Grrrrrrrrr…

O chefe monstro que não havia aparecido, que estava liderando esses ratos, gritou em estado de choque. Até a ‘mãe das pragas’ estava sendo massacrada.

Shussh!

O sangue que jorrou da ‘mãe’ respingou e se espalhou por toda a estrada.

Sua carne foi rasgada em pedaços e os carros, estacionados na beira da estrada, ficaram manchados de sangue vermelho pegajoso.

Não demorou muito para que os Einherjars matassem a mãe rato.

Bam…

Logo, uma cabeça de rato do tamanho de uma casa inclinou-se lentamente e caiu sobre a poça de sangue.

A cabeçorra tinha sua língua comprida à mostra, com os olhos lentamente revirados. A ‘mãe’ estava morta

Pouco depois, alguém pousou próximo à cabeça. Uma mulher, trajada com uma armadura vermelha escura, limpou o sangue de seu rosto e sacudiu a espada manchada de sangue.

Quando ela levantou lentamente a cabeça, a aura verde escura de seu poder divino envolveu sua cabeçorra. Era a Valquíria e Baridegi, Jisu.

Ela lentamente se virou, olhando diretamente para Z, o gigante roxo parado no final da estrada.

— …

Os dois se entreolharam, em silêncio. Ambos eram muito quietos para começarem uma conversa.

Jisu alinhou os Einherjar nas costas e tentou identificar o oponente que estava diante dela.

‘Esse cara está longe de ser comum.’

Ela podia sentir instintivamente que ele era bem diferente dos muitos jogadores que conheceu.

‘Não será fácil acabar com ele.’

Foi a primeira vez que ela se sentiu assim depois de conhecer o assassino Vivona, um dos subordinados do Rei Demônio há muito tempo.

Ela instantaneamente se viu nervosa e finalmente começou um diálogo.

— Acho que sei quem você é.

— …

— Você é o líder dos Originais, o cara que foi escolhido pela ‘voz ajudante’ antes do Necromante, não é?

O homem com o nome estranho, Z, não tinha algo místico em volta de si. No entanto, ninguém o tinha visto antes.

‘Mas tenho certeza de que é ele.’

Ela estava convencida de que, dada a sua incrível energia, deveria ter uma reputação tão boa.

— Você sabe falar, certo? Afinal, você costumava dizer às pessoas que você é ‘o primeiro escolhido’, não é? — ela exigiu.

Ele ainda não respondeu. Em vez disso, ele deixou cair a enorme caixa de ferro que segurava na mão esquerda, que caiu livremente.

Bam…

No momento em que a caixa atingiu o asfalto, sua mão direita se moveu em grande velocidade tocando a cintura,para que no momento seguinte estendesse a mão em direção a ela de maneira incrivelmente rápida.

Suas sobrancelhas se contraíram, enquanto ela olhou para o cano de metal refletindo o sol do amanhecer. Era uma arma incrivelmente grande.

Bam!

Ele disparou uma bala preta com esse revólver de grande calibre.

A bala preta traçou uma linha reta e o espaço ao redor da bala foi instantaneamente distorcido como um líquido.

Ting!

A cabeçorra da ‘mãe’ rato caída, vinda de um monstro senhor da guerra, foi esmagada apenas pelas ondas da bala, espalhando seu cérebro morto em todas as direções.

Mas Jisu não estava lá.

— …

Z levantou ligeiramente a cabeça, olhando para a esquerda e para a direita. Ele não viu para onde ela tinha ido.

— Acho que eu sei o porquê de você não ter sido escolhido.

Ela estava atrás dele. 

Ela ergueu a mão direita, balançando a espada em uma linha curva, mirando no coração dele em um instante.

Z evitou, mas foi um pouco lento. Quando seu ombro esquerdo foi tocado pela espada, sua armadura de escamas foi arranhada pela lâmina. As escamas de ferro caíram uma por uma.

— …

E não foi apenas a armadura que foi danificada, pois sangue vermelho escuro escorria de seu ombro indo até os dedos.

Ela ergueu a ponta da espada que havia o esfaqueado e avançou novamente, mas agora mirando no pescoço. 

No entanto, ele ergueu o revólver.

Tung!

A espada e o revólver colidiram, emitindo faíscas.

— Bem, é por isso que você não foi escolhido. Você nunca conseguirá chegar perto do Necromante com esse nível…

Jisu havia feito comentários provocativos, mas foi ela, e não ele, que franziu a testa naquele momento porque sentiu uma dor inesperada.

Um brilho preto estava grudado em seu ombro, infligindo-lhe ‘danos de ponto’.

‘Que? Certamente eu evitei isso.’

Era uma maldição. Ela evitou a primeira bala que Z disparou, mas apenas o simples roçar parecia ter o efeito de causar maldições por toda uma área.

Como se isso não lhe causasse grandes danos, ela deu um passo para trás e ergueu a espada.

‘Como esperado, ele não é fácil de lidar.’

Então, pela primeira vez, algo parecido com um som veio de dentro da máscara de ferro roxa. Foi uma risada baixa. O tom de Z era grave e profundo1, com um toque de frieza.

— Sim, Valquíria, você pode estar certa até certo ponto. O Necromante é um oponente difícil para mim.

Ele riu novamente e olhou diretamente para ela. Um brilho de olhos vermelhos surgiu de dentro daquela máscara de ferro roxa.

— Mas mesmo assim… você morrerá por minhas mãos.

Ela soltou um suspiro sem demonstrar qualquer reação. Ela estava determinada a confrontá-lo com todas as suas forças.

Mas naquele momento uma grande vibração veio de algum lugar, e algo como uma enorme onda passou sob seus pés. O asfalto rachou com marcas profundas.

Com o impacto, as janelas foram quebradas, espalhando pedaços de vidro por toda parte.

Jisu e Z tiveram que se segurar para não cair com o tremendo impacto.

— Que foi isso?


Nota:

[1] Voz de locutor de rádio, sabe?

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