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Paragon of Destruction – Capítulo 117

Lorde Sevaril

O homem liderou Arran e Snow Cloud pela cidade em um ritmo acelerado, embora ele se mostrasse amigável e educado, Arran não pôde deixar de notar que meia dúzia de guardas estavam seguindo alguns passos atrás deles. Mesmo que não sejam exatamente prisioneiros, estava claro que eles também não estavam livres para ir.

Mas não havia motivo para se preocupar com isso. Por ora, tudo o que podiam fazer era seguir o homem bem-vestido e esperar que ele não os levasse para a prisão – ou coisa pior. Dentro da cidade, Arran sabia muito bem que qualquer tentativa de fuga certamente levaria a um desastre.

Enquanto andavam pelas ruas, Arran olhou ao redor e ficou surpreso com o que viu. Gold Haven certamente era uma cidade rica, com ruas largas, grandes edifícios de pedra e inúmeras lojas e comércios.

As multidões eram numerosas e, embora grande parte das pessoas que Arran viu pareciam ser comerciantes e vendedores, ele também pôde ver muitos utilizando armaduras de mercenários ou bandidos e mais de alguns vestindo roupas de magos.

A escolta os conduzia entre as multidões com facilidade e Arran ficou surpreso com o fato de que, mesmo com os guardas, eles não atraíram mais do que um pequeno olhar de curiosidade. Parecia que era comum em Gold Haven as pessoas serem escoltadas por guardas sem atrair muita atenção.

A cidade era grande, talvez não tão grande quanto Hillfort, mas com sua escolta liderando o caminho, não demorou muito para que Arran pudesse ver que se aproximava do castelo do governante.

A vista do castelo despertou nele uma sensação de admiração maior do que as muralhas da cidade. O castelo era enorme, com paredes maciças e desgastadas aparentemente mais antigas que o resto da cidade. Embora as muralhas chegassem a uns 50 metros de altura, uma enorme torre de menagem se erguia acima delas, pelo menos duas vezes mais alta.

A cidade era grande, talvez não tão grande quanto Hillfort, mas com sua escolta liderando o caminho, não demorou muito para que Arran pudesse ver que se aproximava do castelo do governante.

A vista do castelo despertou nele uma sensação de admiração maior do que as muralhas da cidade. O castelo era enorme, com paredes maciças e desgastadas aparentemente mais antigas que o resto da cidade. Embora as muralhas chegassem a uns 30 metros de altura, uma enorme torre de menagem se erguia acima delas, pelo menos duas vezes mais alta.

Mas tudo isso não era nada em comparação com a torre que se erguia da fortaleza. Mesmo de longe, ela era incrivelmente alta, mas agora que Arran a viu de perto, seu tamanho imenso pareceu ser quase impossível. A torre alcançava tão alto que quase tocava as nuvens, sendo que sua base media centenas de metros, o que a fazia parecer grande o suficiente para abrigar uma grande cidade sozinha.

Ao chegarem aos portões do castelo, os guardas os deixaram passar com uma rápida olhada em sua escolta, mas aqueles que os haviam acompanhado pela cidade ficaram do lado de fora dos portões. Ao que parece, não havia necessidade de guardas dentro do castelo.

Eles passaram pelo pátio em direção à fortaleza. Arran ficou admirado com o tamanho da fortaleza, mas não teve muito tempo para apreciar as vistas, pois a escolta mantinha um ritmo acelerado enquanto eles se moviam pelos salões e corredores da fortaleza. Levou apenas alguns minutos para chegarem à parte de trás da fortaleza, onde ficava a torre.

Ao entrar na torre, Arran percebeu que ela era bem mais antiga do que a fortaleza. Isso o surpreendeu e ele se deu conta de que a torre teria surgido primeiro, com o castelo construído em torno dela por vários séculos mais tarde a cidade foi construída anos depois.

No interior da torre, eles subiram uma escadaria íngreme e Arran percebeu rapidamente que, mesmo não tendo sentido nada de incomum com a escolta, ele deveria ser um mago ou um refinador de corpos – nenhum plebeu seria capaz de subir as escadas tão rapidamente. Logicamente, por serem magos, nem Arran nem Snow Cloud tiveram problemas para acompanhá-lo.

Eles subiram as escadas aparentemente intermináveis por quase meia hora, passando por dezenas de andares, cada um com um corredor e uma série de portas trancadas. Finalmente, no que Arran pensou que fosse um dos andares superiores, seu acompanhante entrou em um corredor e correu para a grande porta no final.

Ele deu um único toque suave na porta e, pouco depois, ela se abriu. Ele fez sinal para que Arran e Snow Cloud entrassem, mas quando eles entraram, ele não os seguiu, mas fechou a porta atrás deles.

No interior, eles se depararam com um grande salão semicircular, com paredes altas contendo grandes janelas que provavelmente davam vista para a cidade. No entanto, Arran não teve tempo de examinar a câmara de perto, pois no centro do salão havia um homem alto que deu a Arran e Snow Cloud um olhar avaliador quando eles entraram.

Arran soube que esse homem devia ser o governante de Gold Haven – Lorde Sevaril.

Ele tinha cabelos curtos, usava uma túnica cinza e seu rosto estava bem barbeado, sem mostrar sinais de velhice. A não ser por seus cabelos brancos como papel, Arran podia facilmente ter confundido o homem com alguém na casa dos trinta anos. Mas quando Arran olhou para ele, notou que havia uma aparência envelhecida nos olhos do homem, como se eles tivessem visto passar incontáveis séculos.

“Jovem Senhora Snow Cloud”, disse o homem. “Você correu um grande risco ao vir aqui.”

“Lorde Sevaril”, disse Snow Cloud, fazendo uma leve reverência. “Sempre ouvi falar que de todos os lugares nas Terras Limítrofes, Gold Haven é um dos mais seguros.”

“Para outros, isso é verdade”, respondeu Lorde Sevaril. “Mas é diferente para alguém como você, de grande valor para tantos.”

“Valor?” Snow Cloud perguntou, com uma expressão desagradável. “Sou apenas uma novata humilde. Como posso ter valor para os outros?”

“Você é a neta do patriarca do Sexto Vale”, disse o Lorde Sevaril sem hesitar. “O Élder Fang se preocupa tanto com seu bem-estar ao ponto de oferecer uma recompensa pelo seu retorno rápido e seguro – um valor grande o suficiente para despertar meu interesse. Suspeito que há centenas de pessoas procurando por você neste exato momento”.

“Ele fez o quê?” Snow Cloud perguntou, sua expressão se tornou feia. “Ele não tem o direito de me forçar a voltar!”

“Talvez não”, respondeu Lord Sevaril. “Mas diante de tais recompensas, os direitos não têm importância. Mesmo assim, ele deveria ser a menor de suas preocupações.”

“A menor de minhas preocupações?” Snow Cloud o olhou de forma questionadora, com certa preocupação em seus olhos.

“Existem aqueles que estão mais interessados em você do que Lord Fang”, disse Lord Sevaril. “E ao contrário dele, eles prefeririam que você não retornasse em segurança.”

Snow Cloud ficou em silêncio por um momento, mas então, para a surpresa de Arran, ela respondeu em tom firme: “Então deixe-os vir. Eu vou queimar os seus olhos.”

Ao ouvir isso, Lorde Sevaril soltou uma gargalhada aguda.

“O sangue de sua mãe corre forte em você”, disse ele quando terminou de rir, sua voz agora tinha um calor que não existia antes. Mas então sua expressão se tornou séria e ele continuou: “Mas você deve saber onde o caminho dela o levou. Está certa de que deseja seguir os passos dela?”

“Então você sabe bem o que estou procurando”, disse Snow Cloud, sem se importar com a pergunta. “Você pode me ajudar?”

“Espere”, interrompeu Arran. Agora ele entendia que a Snow Cloud conhece o Lorde Sevaril de alguma forma, mas por outro lado tudo que está sendo discutido não faz sentido para ele. “O que diabos está acontecendo? Que caminho é esse que você está falando?”

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