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Reformation of the Deadbeat Noble – Capítulo 52

Levante a espada (2)

O outro mundo em que Irene Pareira estava era um mundo que reproduzia tudo sobre ele. Porém, também não era exatamente assim. Para ser preciso, ele mudaria algumas coisas de acordo com Irene. Era como mudar a estação de primavera para outono, e agora foi o mesmo. Originalmente, havia apenas uma ampla cerca plana no lado de fora, mas agora uma pista de corrida também estava ali, e Irene correu duramente nela.

Ele normalmente nem chegaria nela. Talvez ele teria no passado, mas agora, ele não conseguia acreditar em si mesmo e estava tendo um tempo difícil saindo do quarto. No entanto, devido àquela o observando por trás, ele não tinha escolha a não ser correr. Era Ilya Lindsay.

“Não perca o equilíbrio. Sempre tome cuidado com seus tornozelos.”

“Inspire pelo seu nariz e expire pela sua boca.”

“De agora em diante, será uma pista arenosa. Você precisa trabalhar mais seu equilíbrio.”

A garota com cabelos prateados constantemente o dava conselhos enquanto mantinha o ritmo. Ele estava confuso, sem conseguia entender. É claro, ele nem mesmo tinha tempo para pensar nisso. Irene Pareira, comandado por Ilya Lindsay, se moveu e suou até o amanhecer passar e a manhã chegar.

“Coma rápido e se mova para o treino de esgrima.”

Obviamente esse não foi o fim. Ela o fez se mover, e assim que a refeição acabou, o arrastou até o jardim e entregou uma espada para ele. Irene treinava, ela olhava com olhos afiados. Ele ainda não conseguia recuperar os sentidos, mas o olhar dela era tão assustador que ele escolheu brandir a espada. Sim, não foi um ato de sinceridade, seu estado mental não estava bom o bastante para dar o seu melhor, mas ela não o deixou.

“Recobre os sentidos!”

“Esse foi bagunçado! Se concentre!”

“Você está agindo inexpressivamente. Quando você descobrir seu coração, suas ações virão. Você não aprendeu isso de Lulu?”

“Certo! Melhor do que antes.”

Uma orientação rigorosa. Era uma sensação diferente da Ilya que ele conhecia. Não, era estranho que ela sabia sobre Lulu. Entretanto, ele não tinha tempo para se preocupar sobre isso, pois todas as vezes que ele pensava em alguma coisa, ela apontava alguma coisa.

Seu coração morto começou a reviver de pouco em pouco. Com certeza não era nada comparado a antes, mas quando já era tarde da noite, Irene tinha se tornado uma pessoa completamente diferente do Irene na manhã. Pelo menos a expressão em seu rosto, que era depressiva, ficou mais brilhante.

“Bem, vejo você depois.”

Ela desapareceu como se nunca tivesse existido. Irene, que viu isso, resmungou para si mesmo.

“… Não era a Ilya verdadeira.”

Foi natural. Esse lugar foi criado por feitiçaria.

Acenando com sua cabeça, ele colocou a espada no chão e entrou na casa. Seu corpo suado foi limpo em um instante, e se sentindo renovado, ele se jogou na cama, o sono o vencendo depois de um tempo. Ontem, quando ele forçou a si mesmo a dormir, ele não gostou disso, mas agora gostava. Era apenas por um breve momento, mas não era ruim. Ele teve um sono profundo depois de muito tempo.

E no dia seguinte outro convidado chegou.

“O que é que você tá fazendo, seu vagabundo?! Levanta!”

“…”

“Já passou das cinco! Quanto tempo você vai dormir?! Você quer morrer?!”

Judith.

Irene, que a ouviu, correu com uma expressão assustada.

“Agora? Você está atrasado.”

“O que há com essa cara de idiota? É assim que um nobre deve parecer?”

Ilya Lindsay veio novamente, e Bratt Lloyd também, mantendo uma aparência digna, não a acabada da última vez que eles se viram. Olhando para eles, Irene não teve chances a não ser ficar inexpressivo.

“Devemos começar a praticar? Ou deveríamos ter um treino pessoal?”

“Você não esticou o corpo ainda. Faça isso e então me diga.”

“Esse desgraçado sempre está argumentando comigo! Quer que eu te bata?”

“Pare, como Bratt disse. Teremos lutas práticas depois. Irene? Venha.”

As três crianças olharam para ele com as palavras de Ilya. Eles pareciam fascinados. Também parecia que viviam em um mundo completamente diferente de Irene, pois ele não queria se aproximar deles. Foi aí que ele tremeu sua cabeça e estava quase dando um passo para trás.

“…”

Os olhos que mantiveram a fé. Irene, que viu os olhos pensativos deles completos de certeza, mordeu seus lábios e voltou um passo. Ele não podia trair eles. De repente, uma espada grande estava em sua mão.

“Eu não posso aguentar isso. Batalhas práticas são certamente melhores! Qual é!”

“Se você não consegue aguentar, lute comigo, mas não perturbe a criança que acabou de acordar.”

“O quê? Sim, vamos lá.”

“Deixe-os só. Devemos praticar nós mesmos?”

“… Sim.”

Irene Pareira assentiu, tomou uma postura, e balançou a espada.

Woong!

Continuava falhando, porém, estava melhor que ontem. Vendo isso, Ilya sorriu. Judith e Bratt, que estavam no meio de sua disputa, também sorriram, fazendo Irene se sentir sobrecarregado pela reação deles.

‘…  Ainda assim, é impossível.’

Ele balançou a espada novamente. Um movimento como nunca antes. Ele não gostou disso. A confiança que havia crescido nele desapareceu em um instante. Irene olhou ao redor porque ele estava receoso de que a reação dos três mudasse. No entanto, ela não mudou. Eles continuavam a olhar para ele com olhos cheios de confiança e fé.

‘Como eles ainda podem acreditar em mim?’

Ele poderia fazer algo sem a ajuda dos outros? Ele teve esse pensamento, mas logo desapareceu. Ilya fez isso impossível. A fim de não ouvir seus gritos, Irene balançou sua espada duramente.

Dois anos e cento e vinte dias no outro mundo.

Irene tinha saído de sua vida imóvel e começou a se mover para frente de novo.

______________________________________________________________________

Muito tempo se passou; um ano, talvez. Entretanto, Irene balançou sua espada e cresceu. Agora ele poderia fazer isso dez mil vezes facilmente. Naturalmente, não eram ações vazias. Cada movimento havia sido feito com fé e o coração. É claro, não foi sem problemas, e houve algumas vezes em que a ansiedade e dúvida de si mesmo apareceram na cabeça de Irene.

Alguém que não conseguiria fazer nada sozinho. Um maldito que precisava da ajuda de alguém. O cara que falhará no fim.

Bem dessa forma, foi nesse momento em que a dúvida de si mesmo reapareceu, e conteúdo da nota do Orc passou pela sua mente.

‘Você não precisa estar sozinho para ficar sozinho.’

Foi então, Irene notou o erro que cometeu.

“Não tem nada de errado em avançar com a ajuda dos outros.”

As palavras de Ian vieram a sua mente. Não siga o jeito de fazer as coisas ou a vontade de outras pessoas. Vá pelo seu caminho e estabilize-se você mesmo. Isso era verdade. Até ele receber o conselho, ele estava no caminho errado. Ele vivia uma vida vazia onde ele não pensava sobre agir independentemente, então ele tinha uma forte determinação para não viver aquele tipo de vida novamente. Contudo, isso não significa excluir a ajuda dos outros e trilhar um caminho solitário. Muito pelo contrário. Através da ajuda e da confiança dos outros, ele poderia se tornar mais forte.

‘Esteja com alguém que acredita e ama você, então o problema pode ser solucionado.’

As palavras esquecidas de Lulu vieram até sua mente. E o amor esquecido de seu pai. E a gentileza de sua mão e o coração franco de Kirill.

“Agora você entende?”

“…”

E outras conexões.

De repente, Irene olhou para os três na sua frente e percebeu. Pelos olhos deles que mostravam fé nele, ele se tornou mais forte e continuará a crescer.

“Nosso papel aqui está acabado.”

“Nunca se sabe, talvez voltemos depois.”

“Que irritante… de qualquer jeito, se você chamar, eu virei.”

“Não seja desencorajado e trabalhe duro. Não tenha dúvidas.”

“Se anime.”

Finalmente, eles desapareceram.

Illya, Bratt e Judith deixaram Irene, que estava sentando só na sala.

Mas isso não o incomodou.

O garoto, não o homem, se levantou de seu assento e vivamente andou para fora de sua casa e sacou sua espada.

E a balançou.

Com o coração nela e dedicação completa.

Seus olhos estavam completamente diferentes de quando ele praticou antes.

______________________________________________________________________

Um dia, um mês, um ano. Não, mais tempo se passou. Durante esse longo tempo, Irene seguiu em frente com honestidade e esforço. Não foi um tempo tranquilo, houve crises constantes. Porém, agora ele era capaz de se manter firme. Ele superou as dificuldades, algo que ele não conseguia fazer só, com a ajuda dos outros. Mudanças vieram com a espada. Antes disso, houve uma mudança no seu coração em relação à espada.

‘Até agora, eu ponderei em ações e em pensamentos separadamente.’

Ele era estúpido. Lulu nunca disse isso. O corpo e mente não são separados, pois assim como seu corpo se fortificava acumulando algumas ações extremas, era natural suportar as ações com a mente, e no momento em que percebeu isso, Irene compreendeu o significado de esgrima.

Whoo!

Algumas pessoas aprendem uma coisa e despertam com ela, e outras pessoas a dominam completamente. Por outro lado, algumas pessoas não conseguem aprender nada, mas Irene não era assim. Devido a sua concentração, isso o ajudou a imitar perfeitamente o que ele viu. Mas esse foi o limite. Como Ilya, Judith e Bratt, não havia um momento em que ele ganhou algo mais com ensinamentos, e agora, isso estava se mostrando errado.

Whoo!

Se concentrando nas ações com todo o seu coração, ele mergulhou profundamente em cada movimento de esgrima que foi refinado ao passar dos anos e aprendeu o significado oculto atrás disso, e então ele entendeu. Ao invés de perseguir cegamente isso, ele expandiu seu pensamento em uma grande direção sem perder a verdade. Ações seguem a mente e muitas possibilidades fechadas se abrem.

Woong!

Woong!

Irene, em êxtase, balançou a espada. O corpo movia junto de sua mente e ela o seguia. Dias e dias se passaram sem ele perder a esperança. No mundo real, ele teria colapsado em exaustão, mas não aqui. Esse mundo era feito de feitiçaria. Era um lugar de milagres que foi criado com o propósito de cumprir os desejos do criador. Graças a isso, Irene foi capaz de gastar muito mais tempo treinando nesse mundo esplêndido.

“Uff.”

Irene abaixou a espada. Não, uma luz brilhou nos seus olhos.

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