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Reborn: Evolving From Nothing – Capítulo 122

Família

Trajano estava sentado no telhado de uma das casas de madeira de estilo tradicional, com os olhos vazios brilhando levemente avermelhados. O telhado tinha quatro longos arcos, em cada canto, e estava coberto de telhas que estavam manchadas de cinza. Ele estava sentado perto do meio, suas mãos estavam juntas.

Ele respirou fundo e depois as soltou.

Lágrimas escorram pelo seu rosto, caindo no teto silenciosamente, com a última luz da noite desaparecendo na escuridão.

Probus estava morto.

“Meu amigo… meu irmão…” As mãos de Trajano tremiam quando ele olhou para elas com sua visão de energia, mãos que ele cerrou e segurou em torno de si mesmo, abraçando-se.

“O que eu vou fazer sem você?” Ele sussurrou baixinho, sua voz era rouca,

“Você era tudo que me restava.”

“Meu único irmão…”

Alguns minutos antes, Trajano andava de um lado para o outro dentro da pequena casa.

Os outros magos que estavam aqui com eles eram todos praticantes da Magia de Sangue. Enquanto a maioria deles tinha um foco em rastreamento prático, vários deles haviam estudado algumas formas de Magias de Cura, para um maior grau de eficácia do que uma única Magia de Cura conhecida.

Seus esforços, especialmente em um companheiro Vampiro, superariam em muito qualquer pessoa que eles pudessem encontrar na cidade em tão pouco tempo.

Vários minutos se passaram desde que eles se retiraram. Naquela época, os Magos tinham limpado a sala, entrando em vários Rituais e Magias de emergência, retirando cada pedaço de seu poder para tentar salvar Probus.

As feridas que Probus tinha tomado eram horríveis, mas se fosse apenas um golpe normal, mesmo que esmagasse sua garganta, ele seria capaz de se regenerar. Talvez ele precisasse de uma pílula de luz ou alguma outra forma de Magia Curadora ou Magia de Luz para ajudá-lo, mas a proeza regenerativa natural de um Vampiro Verdadeiro estava longe de ser fraca.

O Mago de Diamante, no entanto, infundiu seu ataque com o Poder da Lei.

Trajano esfregou as mãos enquanto olhava ao redor da sala em que estava, capaz de distinguir as coisas distintamente, apesar de ser ostensivamente cego. Estava escassamente decorado, apenas um pequeno tapete no chão, com uma grande mesa de madeira e algumas cadeiras ao redor no centro. Algumas pinturas aleatórias penduradas nas paredes.

Uma abertura de porta chamou sua atenção.

Helena entrou, com o rosto pálido, lágrimas caiam de seus olhos. O vestido que ela usava estava manchado de marrom e cinza com poeira e pedra, as bordas dele levemente rasgadas da confusão selvagem.

Trajano acenou para ela e depois voltou a andar.

Helena observou isso, limpando seu rosto.

“Tenho certeza que ele vai conseguir, Trajano.” Ela começou, sua voz tentando projetar confiança.

Trajano simplesmente deu de ombros, olhando para ela com os olhos vazios.

Helena foi até o meio da sala e sentou-se, pensativa, esperando.

A dupla não teve que esperar muito, no entanto. Apenas alguns minutos depois, um Magos de Classe Grande Mestre de Magia de Sangue saiu da sala.

O Mago, um Vampiro idoso conhecido como Panon, e um dos Magos de Sangue que normalmente estudavam o Rastreamento do Destino, falou em voz alta, sua era voz solene.

“Os ferimentos que Lorde Probus sofreu foram extremos. Os restos de energia da Lei conseguiram se espalhar por todo o seu sistema, destruindo seus órgãos internos, músculos e nervos.” Panon começou, sua voz continuava solene.

Trajano o interrompeu, lentamente se fechando e abrindo os olhos,

“Basta ir direto ao assunto. Como ele está?” Ele diminuiu a marcha e ficou parado, os olhos vazios olhando intensamente para Panon.

Helena engoliu em seco ao ver isso, sua mão esquerda apertando seu braço direito com força. Lágrimas ressurgindo lentamente em seus olhos.

Panon olhou de novo para Trajano. Ele quebrou o contato visual, no entanto, olhando para baixo depois de um momento.

“Os ferimentos que ele sofreu o colocaram em choque imediatamente. Eles eram funcionalmente equivalentes a um ataque da Classe Rei que se espalhou por todo o corpo de Probus.” Panon começou, mas foi cortado novamente.

“Como o meu irmão está?” As palavras de Trajano eram aço frio.

Panon olhou para cima e sacudiu a cabeça.

“Ele está morto…”

“…”

Panon se curvou em silêncio e recuou quando ele terminou de falar, voltando para onde o restante dos Magos estavam, no outro cômodo.

Trajano ficou parado, sem mover um músculo.

Helena, por outro lado, apertou o braço direito com tanta força que seu pulso ficou pálido, o sangue incapaz de passar por ele. Ela não traía nenhuma emoção em seu rosto, mas seu braço esquerdo tremia ligeiramente.

Um silêncio tenso avançou, uma Helena tentou quebrar.

“Eu sinto muito, Traj…”

“Cale-se.” Trajano sussurrou baixinho.

“Eu não quis dizer…” Helena começou novamente, mas foi imediatamente cortada.

“CALE-SE!” Trajano se virou, seus olhos brilharam vermelhos quando ele olhou para Helena. Sangue escorria de seus olhos enquanto a raiva o dominava. O ar ao redor dele explodiu com energia desenfreada quando ele deu um passo à frente, a energia bruta flutuando descontroladamente no quarto esmagou tudo a sua volta.

“Pro… Probus não deveria ter morrido hoje.” Trajano começou, acenando com o dedo na frente de Helena. Sua voz era alta e distorcida, cheia de ira.

“Eu sei. Eu sinto muito. Eu nunca quis…”

“Não, claro que você não quis dizer isso.” Trajano a cortou novamente, seus olhos vazios apunhalando a alma dela,

“Mas isso… isso é culpa sua, Helena. Dependíamos de você para nos liderar e VOCÊ MATOU O MEU IRMÃO POR CAUSA DA SUA INCOPETÊNCIA!” Ele cuspiu, seus olhos brilhando com um vermelho mais brilhante,

“Quando a situação deu errado, coube a você assumir o comando e alterar o plano. Adaptar-se.” Ele continuou,

“Nós deveríamos ter recuado IMEDIATAMENTE assim que os Sombras e os Borrelianos ficaram juntos lá. Não havia chances realistas de conseguirmos nada. Esperar lá foi uma decisão suicida que custou a vida do meu melhor amigo.” Ele terminou, sua voz tremia. O sangue que escorria de seus olhos pingava lentamente no chão como lágrimas de arrependimento.

“Você está certo. Eu estava errada. Foi um erro meu.” Helena não fugiu da culpa, fechando os olhos ao reconhecer suas palavras.

“Hahahahahahahahahahaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa!”

“UM ERRO QUE ROUBOU MEU IRMÃO DE MIM!”

Helena apertou o braço direito atrás das costas ainda mais apertado, as unhas cavando em sua carne. Uma pequena linha de sangue escorreu por seu braço, lentamente pingando no chão atrás dela.

“Eu sinto muito.” Ela sussurrou baixinho, sua voz rouca.

Lágrimas caíram de seus olhos enquanto a dor e a culpa a consumiam lentamente.

Houve uma pausa tranquila por um momento.

“…”

“Você sente muito? Você sente muito?” As palavras de Trajano cortaram diretamente para ela quando ele começou a se afastar, a energia gritante ao redor dele fluia poderosamente. Ele se moveu até a porta, quase explodindo-a quando a abriu.

“Eu espero que você chore por ele todas as noites, Helena.” Trajano disse, voltando-se para olhar para ela,

“Porque se você morresse, aqui e agora, eu não derramaria lágrimas por você.”

Trajano fechou a porta atrás dele com tanta força que ela se desintegrou parcialmente, deixando para trás a figura solitária de Helena, com os ombros caídos, o sangue escorrendo pelo braço direito, enquanto lágrimas caíam de seus olhos.

De volta ao telhado, Trajano suspirou, esfregando os olhos cegos, sua visão de energia tensa sob todo o estresse.

“Eu fui muito duro, Probus. Deixei meus sentimentos me dominarem.” Ele sacudiu a cabeça devagar,

“Meu amigo, como eu queria que você estivesse aqui comigo agora.” Os ombros de Trajano caíram, a cabeça baixa enquanto seu coração se contorcia, sentindo-se vazio.

Tap! Tap!

Trajano olhou para cima quando ouviu um som de batida, alguém pousando no telhado perto dele.

Ele olhou com um rosto cansado e sem brilho para a figura que estava a apenas alguns metros de distância, incapaz de reunir a emoção de se sentir surpresa. Em sua visão de energia, o ser parecia basicamente o mesmo, nada de especial.

“Trajano, do Aurelius Reavers, certo?” A voz da figura era melódica enquanto falava, cheia de carisma. O tom era neutro, nem inteiramente masculino nem inteiramente feminino.

Trajano olhou de volta para a figura.

“Quem é você? Deixe este lugar. Me deixe chorar em paz.” Ele olhou para o telhado novamente, juntando as mãos.

A figura deu de ombros, dando um passo para trás.

“Eu poderia sair, se é isso que você realmente quer, Trajano.” A figura falou, acenando com a cabeça.

“Mas eu não acho que você quer isso. Afinal, você não quer salvar seu amigo?”

Trajano olhou para cima, pela primeira vez desde que Probus morreu, um fogo aparecendo em seus olhos vazios.

“Eu quero salvar meu amigo? Claro… mas meu amigo… ele já está morto.” Ele falou em voz alta, suas palavras pareceiam estranhamente surreal para ele. Sua cabeça e seu coração estavam atualmente em fluxo, tornando o pensamento normal difícil.

A figura parou, e então lentamente começou a desvendar o capuz que cobria seu rosto e o manto que o cobria. As tiras de pano que estavam amarradas debaixo do manto, ajudando a completar o disfarce, desapareceram lentamente.

Revelando um belo humanoide de pele dourada, com orelhas levemente pontudas e longos cabelos dourados. O rosto do ser era apenas ligeiramente masculino, de pura e absoluta beleza.

O homem sorriu, revelando um conjunto de dentes pontiagudos.

Quando Trajano olhou para ele, sentiu uma agitação no sangue, que ele podia ignorar, mas só depois de um pequeno esforço. Foi um fraco desejo de olhar para este ser…

E obedece-lo.

Ele piscou devagar quando reconheceu o que estava olhando.

O Original. O Primeiro. O antepassado. O rei.

Ele estava olhando para um Vampiro Ancestral.

O Vampiro Ancestral sorriu para Trajano, sua voz calma e gentil,

“Seu amigo está morto. Mas não é tarde demais para salvá-lo, para realmente trazê-lo de volta à vida. Assim como ele era antes, exatamente o mesmo.”

Trajano olhou para trás, suas mãos tremiam. Em parte, por excitação, em parte por preocupação.

Em parte da esperança.

“Como?” Sua voz falhou quando ele respondeu, instintivamente sabendo que o ser na frente dele, um ser de mito e lenda, estava falando a verdade.

O homem continuou a sorrir quando ouviu a resposta de Trajano,

“Você deve simplesmente pegar minha mão e se juntar a mim. Seu amigo merece o melhor, assim como você.” Ele estendeu a mão para Trajano,

“Reviver seu amigo será tão fácil quanto…” O Vampiro Ancestral levantou sua outra mão, juntando dois dedos,

SNAP!

“O que?”

Trajano olhou para o estranho e depois para a mão, com os olhos piscando mais uma vez. Memórias correram em sua mente, das aventuras que ele teve com seu melhor amigo, os anos que eles compartilharam, a amizade que eles construíram. A irmandade que eles tinham criado.

O senso de família que ele sentia, um sentimento que ele sentia com ninguém mais.

Instintivamente, mais uma vez, Trajano sabia que tudo o que o Vampiro estava lhe dizendo era verdade.

Trajano olhou para a mão do estranho… e então ergueu a mão, agarrando-a.

Imediatamente, uma luz vermelha de sangue começou a fluir entre Trajano e o outro Vampiro, que carregava consigo uma sensação de realeza e poder. Esta luz sangrenta girou em torno de cada um de seus braços, girando e girando. Símbolos místicos apareceram dentro dele, brilhando com uma promessa sombria.

A habilidade mágica que somente os Vampiros Ancestrais mantinham. Uma habilidade conhecida como contrato de sangue.

“Quem é você?” A voz de Trajano soava estranha aos seus ouvidos enquanto ele falava, a cabeça pesada.

O Vampiro Ancestral sorriu mais amplamente, ajudando Trajano a ficar de pé.

“Meu nome é Mello.” Ele deu a Trajano um caloroso abraço

“Bem-vindo à minha família.”

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