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Reformation of the Deadbeat Noble – Capítulo 365

Crescimento (1)

A paz que prevalecera por 160 anos foi quebrada. Agora, ninguém sabia quando os demônios reapareceriam e causariam caos em suas vidas.

O Festival dos Guerreiros foi realizado por esse motivo. Para restringir e cortar os pensamentos negativos e espalhar esperança nas mentes das pessoas.

“Mas falhou.”

Certo, o festival planejado por Arvilius havia falhado. Ignet Crecensia deveria representar esperança para o continente, mas o Demônio do Coração impediu isso. O Reino Sagrado teve que fazer todos os esforços para que a notícia de seu sequestro não se espalhasse, mas, apesar disso, a notícia se espalhou.

E isso causou uma grande confusão.

E, junto com isso, ainda maior ansiedade.

À medida que a fenda crescia a cada dia, mais e mais demônios apareciam. Apesar da operação em Godara, outros diabos começaram a surgir.

O continente de hoje estava muito mais sombrio do que há um ano.

Por isso Lance Patterson estava mentindo.

“O fardo dado aos quatro, a Brett… já é demais.”

Quatro jovens que ainda nem tinham 30 anos receberam o dever de derrotar o Rei Demônio. Normalmente, isso seria algo absurdo, mas o mundo de feitiçaria lhes deu tempo para treinar. Ainda assim, a pressão e o estresse seriam suficientes para fazer qualquer homem comum desmoronar.

E agora, teriam que ouvir ainda mais más notícias.

Teriam que colocar mais um peso sobre os ombros daqueles que já estavam no limite?

Ele não conseguia.

Até que os quatro se movessem para subjugar o Rei Demônio, Lance decidiu não falar sobre isso. Essa era a ideia de Lance, e também o que as pessoas ao seu redor pensavam. E foi isso que Brett sentiu nos últimos três dias: consideração.

Mas.

Kwakwkawang!

Mas ele percebeu, ao sentir a força de Brett, que não precisava se preocupar com algo como ‘consideração’.

“Brett, que tipo de existência você se tornou?”

Não era apenas a sensação de que ele havia ficado mais forte. Claro, era verdade que havia se fortalecido, mas Lance não queria usar essa expressão. Ele não queria que Brett fosse avaliado apenas pela esgrima ou pela aura.

Então…

“Ele superou a si mesmo.”

Não como um espadachim, mas como um ser humano.

Vendo o amigo que havia ascendido a um nível mais elevado, Lance sentiu dois sentimentos opostos.

— …você está certo. Eu te deixei chateado. Quem sou eu para esconder coisas de alguém que é o futuro Lorde da propriedade Lloyd?

— Isso mesmo. Um homem como eu prefere a verdade nua e crua.

— Você ainda tem essa personalidade horrível.

— Tenho outra opinião sobre isso, mas vamos seguir em frente. Prioridades…

— Certo, vou contar o que você perguntou.

“Mas não haverá consideração.”

Ele respondeu a Brett Lloyd com uma expressão calma, como se nada estivesse errado.

Rumores de que algo grande havia acontecido no Reino Sagrado estavam se espalhando. Como resultado, a fenda dimensional se ampliou.

Agora, não eram apenas os diabos que já estavam escondidos que surgiam, mas novos diabos do Reino Demoníaco estavam gradualmente entrando, e o número de diabos havia aumentado.

A informação mais chocante que Lance compartilhou foi a última.

A queda de ‘Quincy Meyers’.

Quando Brett ouviu que Quincy Meyers havia perdido a maior parte de seus poderes após uma luta contra um demônio poderoso, ele, que até então mantinha a calma, ficou paralisado.

— Certo. Sir Quincy Meyers…

— Isso aconteceu.

— …

— …

— Bem, não podemos fazer nada quanto ao que já aconteceu.

Esvaziando a garrafa, Brett disse, tentando afastar a amargura que sentia no coração.

Certo. Já havia acontecido. Em vez de se lamentar por algo que não poderia ser mudado, seria melhor trabalhar ainda mais por aquele homem. Porque a luta contra os diabos estava apenas começando. Brett assentiu e olhou para Lance.

— Precisamos trabalhar mais.

— Nós…

O silêncio caiu.

Brett esvaziou as duas garrafas à sua frente e Lance ponderou sobre a palavra ‘nós’. Eles ficaram muito tempo sem se ver, mas eram próximos o suficiente para que isso não importasse.

E, para provar isso, retomaram a conversa e outro assunto surgiu. Era a história sobre o mundo de feitiçaria, e a conversa se concentrou em Brett.

— Já ouviu falar de um homem que venceu a si mesmo?

— Seu idiota, que besteira é essa…

Assim como com Judith e Illia, Brett voltou a contar sua história. Diante disso, Lance balançou a cabeça. Pediu que ele parasse de falar essas coisas estranhas, mas, honestamente, admirava o amigo e escutou até o fim.

— Vamos, levanta. Estou satisfeito.

— …não está bêbado, mas satisfeito?

— Sinto que minha tolerância aumentou.

— Então por que se dar ao trabalho de beber? Bem, é bom te ver depois de tanto tempo.

Depois de algumas horas, os dois se levantaram e seguiram caminhos separados. No caso de Brett, ele apenas caminhou pelas ruas.

Vários pensamentos passaram por sua mente.

O Rei Demônio.

Os diabos.

Quincy Meyers e os outros que fizeram sacrifícios nobres durante sua ausência.

Mas o que ficou em seu coração, mais profundo que tudo isso foi…

— Lance Patterson.

Brett Lloyd parou por um momento e chamou o nome do amigo, recordando-se da bebedeira.

Ele parecia bem hoje.

Mas não poderia ser verdade. Aquele cara estava fingindo estar bem.

Ele sabia disso porque já havia experimentado o mesmo uma vez.

— Bem… não há necessidade de se preocupar.

Porque ele não era o único que havia crescido.

Um leve sorriso surgiu no rosto de Brett enquanto seguia em frente.

Lance Patterson era um gênio.

Isso era um fato inegável.

Na avaliação final da Academia de Esgrima Krono, onde apenas os mais talentosos eram selecionados, ele ficou em quinto lugar. O que significava estar entre os cinco primeiros da Turma Dourada? Significava que ele havia nascido com talento e que não lhe faltava nada. De fato, ele alcançou o nível de Especialista muito rapidamente e era certo que se tornaria um Mestre Espadachim no futuro.

Mas ele não se satisfez com isso.

Teve que lidar com o coração, que era atacado diariamente por sentimentos de inferioridade, e, ironicamente, o maior motivo disso era a própria Krono, que lhe deu seu nome brilhante.

Airen Farreira.

Illia Lindsay.

Judith.

Brett Lloyd.

Pensando nas pessoas que haviam subido tão alto que ele sequer podia tocá-las, Lance fechou os olhos.

“Não faz sentido.”

Ele sabia que o mundo não era justo para todos. Muitas pessoas sofriam com o abismo entre seus desejos e a realidade.

Todos sentem que seu próprio trabalho é o melhor. E mais ainda? Os ideais de Lance eram ainda mais elevados, pois ele cresceu ao lado de pessoas tão fortes. Isso tornava seu presente ainda mais humilde.

Mas…

Ele não podia mostrar isso para Brett.

Era porque ele via naqueles olhos. O peso das emoções que aquele homem devia estar sentindo.

“Ele deve ter sentido isso muito mais do que eu.”

Brett Lloyd também era um gênio. Era alguém conhecido como uma joia raríssima, incomparável a Lance.

Mas ele também não estava satisfeito. Lutava para controlar emoções negativas maiores do que a própria alegria.

Ser amigo de alguém como Airen… Andar com Illia…

Conversar com pessoas reconhecidas como gênios da geração, cruzar espadas com eles…

Quanto sofrimento ele não passou para superar esses pensamentos?

“Eu nem consigo imaginar.”

Lance Patterson contemplava o caminho que seu amigo havia trilhado.

Preso na avaliação final da escola.

Os sentimentos amargos na Terra da Provação.

Derrotado no Festival dos Guerreiros mais uma vez, mesmo depois de abandonar seu orgulho.

Mas o homem não desabou. Pelo contrário, ao ver Brett hoje, com um semblante tão relaxado, Lance sabia que finalmente Brett estava enxergando apenas a si mesmo.

E Lance treinava.

Woong!

“Obrigado.”

Woong!

“Obrigado, Brett.”

Mesmo tendo alcançado um nível inalcançável para outros especialistas…

Woong!

…esse amigo nunca o ignorou. Não lhe deu pena nem consideração vazia. O tempo que passou no mundo de feitiçaria, as conquistas que obteve no final, tudo foi revelado sem tirar ou acrescentar nada.

Swish!

Swish!

Por um momento, suas emoções se intensificaram. Como resultado, sua espada se moveu de forma irregular.

Parecia que seu coração desabaria ao ver o nível do amigo, que subira ainda mais, e o sentimento de inferioridade fervia, tentando destruí-lo. Ele queria sentar e descansar. Queria fugir.

Mas não fugiu.

Em vez de se render à inferioridade, ele lutou para avançar.

“Preciso superar isso com leveza. Preciso lidar com isso.”

Porque Brett acreditava nele.

Porque Brett havia mostrado a ele.

Mais uma vez, Lance acalmou-se, controlou a respiração e a mente instável, e se reergueu.

E os golpes de espada continuaram, ainda que com pequenas pausas entre eles.

— …!

A sensação era diferente.

Não era coincidência. Não era ilusão. Algo diferente havia acontecido dentro dele, algo que ele ainda não conseguia ver. Assustado, Lance Patterson olhou para a mão que segurava a espada.

Engolindo em seco, balançou a espada do mesmo modo que antes.

Woong!

— …um!

Ele gemeu.

O golpe agora era muito mais calmo do que quando estava emocionalmente abalado, mas não tinha a mesma sensação daquele instante anterior. Lance sentiu a realização momentânea que havia alcançado se esvaindo e parou de brandir a espada. Queria gritar por não ter compreendido.

— Phew.

Woong!

Woong!

Woooong!

Com toda a sua capacidade, ele empurrou todas as suas emoções para dentro da espada.

“Quem disse que a iluminação não vem duas vezes?”

Ele resistiria.

Ele superaria. Não desistiria. Mesmo que tivesse que lutar.

Mesmo que não pudesse alcançá-lo, ele caminharia pelo caminho da espada.

Lance Patterson, que havia fortalecido sua determinação, continuou a treinar.

— …

E observando de longe estava Kiril Farreira, que parecia ao mesmo tempo feliz e triste.

Os três maiores espadachins do continente… Não, agora restavam apenas dois. Julius Hule e Ian lideravam as forças do continente, tentando repelir a escuridão que se espalhava.

Mas Joshua Lindsay não.

Ele havia ido para a capital do Reino Sagrado para se recuperar dos ferimentos que sofreu na batalha de um mês atrás. Illia pôde desfrutar da felicidade do reencontro, pois estava fora do treinamento.

Uma filha que aliviou sua dor.

Uma criança tão adorável quanto sua esposa mais bela.

Mas as palavras que fluíram de seus lábios foram poderosas.

— Eu vou terminar… o que o irmão começou.

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