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Reformation of the Deadbeat Noble – Capítulo 373

Subjugar um Rei Demônio (2)

O Diabo Bufão era forte.

Esse era um fato que não podia ser negado, seja subjetiva ou objetivamente. Se todos os diabos fossem alinhados de acordo com o poder ao invadirem o mundo humano, o Diabo Bufão estaria entre os dez primeiros.

Claro, havia sofrido um grande golpe cerca de mil anos atrás e também não havia sofrido danos leves na vida anterior…

“80… não, 90% já foi recuperado.”

Originalmente, a recuperação teria sido impossível. No entanto, Godara, a pior cidade do mundo humano, cheia de caos, tornou isso possível. O Bufão saboreou a escuridão presente ali mais profundamente do que nunca e, às vezes, até devorava demônios como petiscos para se recuperar.

Não havia necessidade de estar alerta contra ninguém.

Não havia necessidade de se preocupar.

Ele seria nomeado Grão-Duque no mundo humano quando fosse transformado em Domínio Demoníaco.

Esses eram seus pensamentos, pouco antes de as coisas ficarem estranhas.

Kwakwakwang!

Sua expressão por trás da máscara se distorceu. O poder destrutivo que enfrentava agora superava muito suas expectativas. O Bufão envolveu o rosto com um manto de escuridão para tentar anular a força destrutiva da aura azul que investia contra ele. Era apenas uma camada no início, mas depois de um tempo, decidiu usar até oito camadas de escuridão como escudo.

Pupupupung!

Muitas das camadas foram rasgadas. À medida que a escuridão começava a se dissipar, as ondas também diminuíam. Mas o Diabo ainda não conseguia recuperar o fôlego.

Cada gota de água que respingava em sua direção parecia uma agulha afiada, e as poças espalhadas pareciam armadilhas para prender seus tornozelos.

E não era só isso. O pior eram as gotículas de água que se infiltravam silenciosamente nas rachaduras… aquelas que não podiam ser vistas ou tocadas. Se tentasse ignorá-las, em algum momento a água se transformaria em uma espada ou lança para perfurá-lo.

E agora…

Pung!

…Brett Lloyd avançou, brandindo sua espada.

O corpo do Diabo era apenas um boneco que fingia ser o corpo principal. Ele estava, de fato, escondido na névoa, preparando-se para um ataque surpresa.

Claro, o Bufão não era um pequeno Diabo.

Hehe

Hehehe

Hehehehehehehehehehehe

A escuridão voltou a se dissipar. O corpo do boneco explodiu devido à aura azul brilhante, e seus fragmentos se espalharam em todas as direções, liberando um fedor repugnante. Contudo, não houve fogos de artifício para os humanos verem. Bocas, línguas e olhos surgiram na superfície da carne. Todos olhavam para o espadachim humano e soltavam risadas estranhas. Era um ataque mental.

Mas Brett não entrou em pânico.

Crunch.

Ele fincou sua espada no chão.

— Ah!

Ele se concentrou e acalmou sua mente enquanto liberava a energia dentro de si.

Poof!

Uma onda de choque circular afastou a escuridão que o cercava.

O Bufão, que já havia restaurado seu corpo, riu.

— Ha, isso é absurdo, mas…

— Você pode lidar com isso? Minha imponência…

— De onde veio esse humano?

— Eu sou um recém-nascido. Acabei de romper meus limites… minha casca, e finalmente apareci neste mundo.

— …

“Eu me lembro desse cara.”

O Diabo assentiu, recordando o passado.

“Esse cara era o amigo próximo de Airen Farreira.”

No entanto, o Bufão nunca tinha se interessado por ele. Era forte para um humano, mas não forte o suficiente para chamar sua atenção. Outros, como Ignet e Karin Winker, junto com o garoto de cabelos prateados, eram interessantes para ele. Fora esses, nenhum outro jovem humano havia atraído seu olhar.

Então, ele não entendia essa situação.

Se fosse trinta anos depois, não, talvez dez anos fossem suficientes. Esses jovens sempre cresceram rápido, então poderia entender que atingissem esse nível em algum tempo.

“Mas… em apenas um ano.”

Para um diabo que vivia milhares de anos, um ano era como um piscar de olhos.

Era absurdo…

Swish!

— Huh!

Aproveitando-se de seus pensamentos, os ataques continuaram a cair sobre ele. O Bufão respirou fundo e recuou. No entanto, suas preocupações não paravam. Aquele homem era afiado e rápido, mas aquilo não era o mundo humano.

Além disso, ele havia colorido aquele espaço com seu próprio gosto ao longo do último ano. Em outras palavras, o Diabo Bufão era forte ali. Se tivesse que dar uma estimativa aproximada, ele era de quatro a seis vezes mais forte naquele lugar.

Kwaang!

— Kuak!

“Não, eu tenho apenas 45% de chance de vencer?”

Ele não podia tolerar isso.

Ele não podia aceitar isso.

O Bufão odiava isso. Sentia como se todo o seu esforço tivesse sido anulado, e o desejo de morder e despedaçar seu oponente crescia dentro dele.

— …

No entanto, ele ainda não liberou sua malícia.

Não era o momento.

Também porque outra emoção, maior que a raiva, surgia dentro dele…

Medo.

A espada do oponente parecia uma ameaça… ele sentia a possibilidade de morrer ali!

“Nunca!”

Certo.

A segurança era o mais importante. Esse era o maior desejo e instinto que o havia feito se tornar um Diabo.

Então, o que deveria fazer?

Não podia fugir. A fenda não era tão vasta quanto o mundo humano, e era perigoso, até mesmo para um grande mal como ele, mover-se livremente ali. Não queria sair dali e acabar em outro lugar. Tinha que terminar ali.

Então, como poderia aumentar suas chances de vitória?

O que poderia fazer para aumentar seu poder?

Seria capaz de reduzir o poder do adversário?

Naturalmente, o Bufão escolheu a última opção.

Toda a sua vida fora assim… encontrando prazer em enganar, iludir e pregar peças. Não parou de planejar mesmo enquanto esquivava da espada de Brett e contra-atacava.

“Ataques mentais não funcionarão.”

Era frustrante, mas era a verdade. Não era apenas a técnica com a espada que havia mudado. O homem à sua frente também se tornara mentalmente muito mais forte. As maldições do Bufão estavam tendo dificuldade para atacar a mente do humano. Parecia que as defesas de Brett estavam perfeitas, tanto por dentro quanto por fora.

Mas essa não era a única forma de vencer.

“O exterior ainda pode ser abalado.”

O Bufão sorriu por trás da máscara.

Certo. Não era necessário bater na porta trancada. Bastava fazer com que o oponente saísse por vontade própria. E isso seria suficiente para agarrá-lo. Era uma tarefa difícil porque o oponente era realmente bom.

Wooong!

— C-Como ousa desviar dos ataques de Brett Lloyd. Se você não fosse um diabo, eu até te elogiaria.

— …

— Claro, deveria se sentir satisfeito mesmo sem meus elogios. Se pudesse acabar do outro lado de uma espada tão bela e nobre, mesmo morrendo, não haveria arrepen…

— Cale a boca, cale a boca, cale a boca, cale a boca… por favor!

…apenas ouvindo como falava, era possível sentir que algo tinha saído errado.

Esse humano era incrível demais! A ponto de até o Bufão não querer lutar contra ele! A ponto de querer, de alguma maneira, fazê-lo tropeçar em seus próprios pés!

Então, precisava ter cuidado.

Não podia se precipitar.

O Bufão murmurou e mudou sua atitude.

Tinha que ser mais passivo.

Tinha que ser mais defensivo.

Era quase invisível, mas um sujeito perspicaz notaria.

E então cinco minutos se passaram.

A primeira oportunidade surgiu.

— …

No entanto, não era uma oportunidade óbvia.

Entre cada ataque, havia uma pequena pausa. Talvez o humano apenas estivesse regulando sua respiração, mas o Bufão tinha certeza de que o outro começava a se cansar.

Claro, ainda não estava feliz. O Bufão precisava de mais garantia.

Assim como antes, pouco a pouco, o Bufão focou ainda mais na defesa.

— …

Mais cinco minutos se passaram.

A situação era feroz. O humano atacava enquanto o Diabo se defendia. Claro, não era unilateral. Às vezes havia contra-ataques que faziam Brett falar novamente.

Mas Brett não conseguia alcançá-lo.

E ele pôde entender…

…por que o Bufão estava se defendendo.

A razão de não lutar ativamente. A razão do sorriso mesmo em meio ao combate, sem arriscar nada.

— …alguém está vindo?

— Uh? Você tem tempo para pensar na situação do oponente?

O Bufão não respondeu de forma amigável.

Mas a intenção havia sido transmitida. Não, a escuridão que emanava do corpo do Bufão era a prova disso. Nojo, zombaria e emoções ainda mais negativas fluíam do punho cerrado do Bufão.

Como se estivesse tentando esconder algo…

Mas a malícia estava saindo, e ele já não podia mais escondê-la.

“Ótimo. Nada mal!”

O Bufão sorriu.

Ele não estava ciente de outras coisas. Não tinha concentração nem tempo para isso. No momento, tudo o que o Bufão sabia era que seu oponente não estava feliz. Afinal, ele havia dedicado muita energia para criar essa atmosfera de cautela.

E tinha deliberadamente retardado o fluxo da batalha.

E isso deveria ter estimulado os pensamentos de Brett, levando-o a acreditar que alguém estava chegando.

E se seus amigos estivessem em apuros?

E se a situação fosse ruim?

E se os Diabos que derrotaram seus amigos estivessem a caminho?

Claro, nem todos esses pensamentos precisariam passar pela mente dele, mas mesmo um só já bastava para fazê-lo vacilar.

E a malícia que fluía no momento certo era eficaz. Pelo menos, era o que o Bufão pensava.

“A situação que estou dirigindo é uma mentira…”

O ódio que o Bufão sentia pelo oponente era verdadeiro. E enquanto Brett sentisse isso, suas ilusões se tornariam realidade na mente dele.

O Bufão murmurou e assumiu uma postura defensiva.

E o fluxo mudou.

Kwang!

Um salto explosivo e um ataque intenso surgiram!

Era muito mais intenso do que antes, e o sorriso no rosto do Bufão cresceu ao ver isso.

Finalmente, a compostura do jovem herói havia se rompido.

O Bufão finalmente conseguira bagunçar as emoções do humano. Isso criaria falhas em sua esgrima, e ele poderia mirar nelas.

O Bufão certamente poderia fazer isso!

Mas…

— …!

Era diferente do que o Bufão esperava.

Brett parecia realmente agitado.

E também havia falhas claras em seus movimentos. Até mesmo seus pontos fracos ficaram evidentes. Havia quatro pontos fracos em sua forma. E o homem poderia morrer imediatamente se algum deles fosse exposto.

Mas o Bufão não conseguia atacar!

Definitivamente não conseguia.

“E-Esse desgraçado maluco!”

“Está disposto a morrer!”

O objetivo de Brett naquele momento…

Era tirar a vida do inimigo.

Ele não se importava se uma espada atravessasse seu próprio peito, desde que pudesse derrubar seu inimigo com sua própria espada.

Aquilo era loucura.

Obsessão.

Raiva.

Vendo Brett Lloyd tão diferente de antes, o Diabo Bufão finalmente percebeu que algo estava errado.

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