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Reincarnated With The Strongest System – Capítulo 67

Irmãozão, Você Está Feliz Com sua Nova Vida?

Um dia depois, eles finalmente chegaram nas Montanhas Ellisfel, onde o Panteão da Coragem estava localizado. Precisariam viajar por mais quatro horas para alcançarem o terreno do templo, o qual estava situado no meio da montanha.

William, montado nas costas de Ella, tomou a liderança para checar se havia qualquer perigo escondido ao longo do caminho. As cabras andavam atrás dele, formando duas linhas, vigilantes com seus arredores.

“Eu nunca vi Cabras Angorás tão bem treinadas na minha vida”, Nana disse com admiração. “Se, uma semana atrás, alguém me dissesse que Cabras poderiam enfrentar e afugentar um Troll da Montanha, eu teria cuspido na cara deles.”

“As Cabras Angorá são realmente tão violentas?” Est perguntou. Depois de ver a batalha de William e seu rebanho, ele ficou tentado a criar tais cabras em sua propriedade.

“Claro que não”, Nana respondeu firmemente. “Eu já vi muitas Cabras Angorás e todas elas eram tão dóceis quanto ovelhas. As que estão aos cuidados de William são meio anormais, especialmente aquela que ele chama de Mama Ella.”

“Que estranho.” Est franziu. “Durante a batalha, Ella assumiu uma forma diferente. Ela estava mais larga e intimidante que sua aparência atual. Nana, você reconheceu a forma a que ela se transformou?”

“Sim.” Nana confirmou. “Se não estou enganada, ela assumiu a forma de um Íbex de Guerra Angorá. Ao Norte do Reino, há um tribo de guerreiros que vivem nas montanhas. Eles são guerreiros bem ferozes e sua montarias são os Íbex de Guerra Angorá selvagens que vivem nas grandes montanhas de Kyrintor.”

“Esses Íbex de Guerra são mais violentos e mortais que os cavalos de guerra que foram criados para o campo de batalha. Tentar conquistar a terra deles à força só vai resultar em incontáveis mortes. Este é o porquê do Rei decidir deixar a tribo manter sua autonomia em troca de uma aliança. Você não consegue imaginar o quão surpresa estou por ver um Íbex de Guerra Angorá aqui na Região Ocidental.”

“Talvez seja uma criatura evoluída?” Ian perguntou. “Ouvi que algumas bestas podem mudar sua aparência depois de subirem sua classificação.”

“A possibilidade existe… Não, esta é a única possibilidade”, Nana concordou. “De todos os jeitos, Ella parece com uma Cabra Angorá comum. É bem provável que…”

Os olhos de Nana se arregalaram quando uma compreensão a atingiu. Ela não foi a única. Est também pensou na mesma possibilidade, o que o fez olhar para Nana em descrença.

“Não me diga…” Est engoliu seco. “Há uma chance de que aquelas cabras seguindo William também vão evoluir para Íbex de Guerra?”

Ian e Isaac trocaram olhares. A batalha que aconteceu um dia atrás ainda estava fresca na mente deles. Ainda podiam se lembrar de como Ella lutou contra o Troll da Montanha em pé de igualdade enquanto as outras cabras atacaram dos flancos.

A batalha anterior terminou em empate, mas se todas elas fossem evoluídas, o Troll definitivamente teria perecido!

“Impossível.” Ian refutou imediatamente. “Muito poucas criaturas conseguem esse feito e aquelas cabras são claramente animais domésticos. Nunca ouvi de uma Cabra Angorá evoluindo para um Íbex de Guerra. Talvez Ella é um Íbex que foi trazido do Norte. Como o avô de William é uma pessoa poderosa, conseguir um não está fora de questão.”

Isaac acenou com a cabeça ao ouvir a conclusão de seu irmão. Mesmo Nana achou a explicação bem lógica. Se as Cabras Angorá pudessem facilmente evoluir para Íbex de Guerra, o Reino Hellan já teria uma legião deles sob seu comando.

“Quando voltarmos, mande alguém visitar Lont”, Est ordenou. “Precisamos aprender mais sobre esta cidade que sobreviveu à Maré de Bestas.”

“Entendido.” Nana acenou com a cabeça. “Também devo procurar por informações pessoais de William?”

“Sim, mas seja discreta quando o fizer. Além disso, quero que descubra mais sobre a Mestra dele. Aquela a que ele está vinculado como escravo.”

“Entendido.”

Quatro horas depois, a carruagem parou na frente dos portões do Panteão da Coragem. Os guardas posicionados neles os disseram para desembarcar porque carruagens não eram permitidas dentro do território do templo.

William estava preocupado que eles não fossem permitir a entrada de seu rebanho. Felizmente, os guardas pareciam não se importar e até o disseram que o atual Sacerdotisa Chefe que residia no Panteão da Coragem gostava muito de animais, especialmente cabras.

Depois de algumas verificações iniciais, o grupo finalmente foi autorizado a passar pelos portões.

“É maior do que eu pensei”, William disse ao olhar para a estrutura gigantesca na sua frente.

Mesmo que o design do templo não pudesse se comparar às construções do mundo moderno, ainda deu a ele um sentimento surreal que o fez observar com admiração.

De repente, a entrada principal foi aberta e vários sacerdotes saíram para os receberem.

“Meu nome é Sarah e a Sacerdotisa Chefe pediu para que eu desse boas-vindas a todos vocês, visitantes de longe”, disse com um sorriso. “Todos, com exceção das cabras, podem me seguir para dentro do templo.”

Est e sua comitiva seguiram Sarah enquanto a mesma voltava para dentro. Outra sacerdotisa andou em direção a William e ofereceu-se para guiá-lo para os estábulos onde as cabras iriam descansar e serem alimentadas enquanto esperavam pelo seu retorno.

“Obrigado, Irmãzona”, William se curvou em respeito. “Vou aceitar sua proposta.”

“Uma criança fofa”, a sacerdotisa sorriu e apertou as bochechas dele levemente. “Me siga.”

Quando chegaram aos estábulos, William pediu a Ella para cuidar dos outros enquanto ele estivesse lá dentro. De acordo com a sacerdotisa que o guiou para os estábulos, William deveria seguir o protocolo e realizar um ritual de limpeza antes de ser autorizado a entrar no templo interno para conversar com os Deuses.

Ela explicou que iria levar um dia inteiro para que o ritual fosse feito porque envolveria algumas horas de jejum.

“Mama Ella, cuide de todas por um ou dois dias”, William disse enquanto abraçava seu pescoço. “Certifique-se de que eles não causem nenhum problema.”

“Meeeeeeh.”

“Todos vocês, comportem-se, ok?”

“Meeeeeh.”

“Meeeeeh.”

“Meeeeeh.”

“Meeeeeh.”

Depois de obter a promessa do rebanho, William seguiu a sacerdotisa para o templo. Ela o levou para o banheiro em que ele deveria limpar seu corpo. William se despiu e se banhou apropriadamente.

Quando terminou, ela lhe deu um conjunto de vestes brancas para vestir e o guiou para o templo interior, onde começaria o jejum.

William sentou em um tapete de oração enquanto olhava para uma estátua de mármore de uma bela cavaleira segurando uma espada em ambas as mãos. Seu longo cabelo estava amarrado em um rabo de cavalo e seus olhos estavam preenchidos de misericórdia e compaixão.

William havia se ajoelhado no tapete por apenas dez minutos antes de repentinamente se sentir sonolento. Ele tentou lutar contra a sonolência, mas seus olhos ficaram mais pesados a cada segundo.

‘Acho que vou tirar um cochilo primeiro’, pensou enquanto sonolentamente se deitou no tapete de orações. Um minuto depois, o garoto ruivo estava dormindo.

01

“Ufufufu. Irmãozão, se você não acordar logo, Lily vai te beijar~”

‘Umm? Lily?’ Os pensamentos nebulosos de William aos poucos clarearam ao ouvir a voz familiar que o acordou.

“Irmãozão, você pode continuar dormindo. Prometo que Lily vai te fazer sentir muuuuuuuuuuuito bem~”

William abriu seus olhos no momento em que Lily iria dar um beijo em seus lábios. Se não fosse pelo fato de já ter visto sua forma verdadeira, teria aceitado alegremente o beijo e até mesmo poderia devolvê-lo.

Infelizmente, o que William viu não poderia ser desvisto e ele apressadamente usou suas mãos para bloquear os lábios da loli de tocarem os dele.

“Lily, se comporte.” William disse no momento em que empurrou o rosto da Deusa para longe dele.

“Che~ Você é tão mau”, Lily fez biquinho.

“Espera, Lily?” Os olhos dele se arregalaram ao olhar para a pequena Deusa na frente dele. “O que está fazendo aqui? Onde estou?”

William escaneou os arredores e se encontrou flutuando em um espaço cercado por incontáveis estrelas.

“Este é o lugar onde os Deuses conversam com seus seguidores”, Lily explicou. “Você pode até dizer que este lugar é o limiar entre a vida e a morte. Acredito que vocês na Terra chamavam aqui de Limbo.”

“Um? Um lugar onde Deuses falam com os seguidores?” William franziu. “Se este é o caso, por que Gavin não está aqui?”

O beicinho de Lily aumentou e seus dedos se moveram na velocidade da luz para beliscar a cintura de William.

Ele gritou como uma garotinha porque Lily não se segurou quando o beliscou. Isso fez o garoto perceber que ele não estava sonhando e a loli na frente dele era real.

“Irmãozão, você é mau. Isso significa que você não quer me ver?” Lily estreitou o olhar.

William pôde sentir que se desse a resposta errada, outra rodada de beliscões aconteceria.

“C-Claro, eu queria ver você”, respondeu.

Ele não estava mentindo quando deu sua resposta. Mesmo que a forma verdadeira de Lily parecesse uma anã velha, a Deusa Loli o tratou bem durante sua estadia no Templo dos Dez Mil Deuses. Se William olhasse além de sua aparência, Lily era alguém com que ele podia se dar muito bem.

“Sério? Você queria ver Lily?”

“S-Sim.”

“Yay!” O Deusa pulou e abraçou a cintura dele. Ela então olhou para cima com os olhos arregalados adoráveis e cheios de fofura. “Gavin vai estar aqui logo. Ele só está cuidando de alguns assuntos junto de Issei e David, então pediram para eu vir e te encontrar primeiro.”

“Entendo.” William suspirou e endureceu seu coração. Lá dentro, ele queria aceitar Lili independentemente de como ela parecia.

Ele então tomou a iniciativa de afagar a cabeça dela, o que a fez fechar os olhos como um gatinho satisfeito. William continuou a esfregar seu cabelo por dois minutos. Poucos segundos depois, ele escutou um suspiro vindo da Deusa.

“Irmãozão, você realmente é gentil”, Lily murmurou enquanto empurrava William para longe suavemente.

“Lily?”

“Vamos sentar primeiro e conversar. Tenho certeza que tem muitas perguntas para fazer.”

Assim que ela disse essas palavras, uma mesa de jantar apareceu na frente de William. Diversos pratos estavam nela e todos pareciam deliciosos.

“Vamos conversar enquanto comemos, Irmãozão.” Lily fez um gesto para William se sentar.

Ele obedientemente aceitou o convite e se sentou na cadeira que estava bem à frente de Lily.

“Você não vai comer?” Lily perguntou.

“Vamos esperar os outros chegarem”, William respondeu. “Vai ser mais divertido comer em um grupo.”

Lily deu um sorriso doce para William que fez com que seu coração pulasse uma batida.

“Irmãozão, eu tenho uma pergunta.”

“Vá em frente. Enquanto não for matemática, estou confiante que posso te dar a resposta correta.”

Lily riu enquanto descansava seu queixo nas costas de sua mão. Ela então olhou para ele com seus adoráveis e brilhantes olhos vermelhos. Queria perguntar a ele algo que estava atormentando sua mente desde que William acidentalmente entrou no portal vermelho por causa da interferência de Truck-Kun no Ciclo da Reencarnação.

“Você está feliz com sua vida atual?”

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