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Release that Witch – Capítulo 709

Uma Chave Diferente

Phyllis passou a noite toda acordada.

Ela se trancou no quarto e esperou silenciosamente pelo resultado. Ela elaborou diversas teorias sobre o desaparecimento da Escolha Divina; ela até mesmo suspeitou que Roland aprisionou secretamente a bruxa como um brinquedinho e escondeu a verdade da União das Bruxas.

Quando Wendy e Agatha chegaram no Edifício de Relações Exteriores na manhã seguinte, Phyllis mostrou-se cansada, o que era algo raro. O consumo mental era extenuante para a alma, e ela sabia que o controle dela sobre o corpo estava enfraquecendo. Até mesmo as mãos e os pés dela haviam perdido um pouco de flexibilidade.

Contudo, ela sabia que não iria conseguir fechar os olhos para descansar até saber o resultado.

Ao cortar a consciência, ela conseguiria se livrar temporariamente dos grilhões do corpo, mas a alma dela ainda permaneceria acordada.

— O resultado…

— Nós encontramos o feixe de luz que você mencionou.

Ela não esperava que as primeiras palavras de Agatha fossem retirar o fardo de seu coração. Phyllis piscou os olhos e murmurou com medo de ter entendido errado:

— Um feixe de luz que se parece com uma muralha?

— Isso mesmo, como se fosse uma muralha. E realmente está no castelo. — Wendy disse. — Mas não temos certeza se ele realmente é a Escolha Divina que você procura.

Em outras palavras, ela não estava errada.

Elas encontraram a dona da imensa luz laranja!

— Não… O anel nunca erra. — Phyllis disse, ouvindo a voz em seu coração celebrar. — Glória às Divindades! Glória à Cidade Sagrada de Taquila! — Em seguida, ela continuou: — Se aquele feixe de luz é dela, então com certeza ela é a Escolha Divina que estamos procurando! Ela é uma Bruxa Sênior? Qual é o nome dela?

Ao invés de responder, Wendy revelou uma expressão estranha no rosto. Parecia que ela estava fazendo de tudo para segurar a risada, e ao mesmo tempo sentindo pena.

— Bem, isso… Receio que eu tenha que te desapontar. — Wendy cobriu a boca e tossiu levemente.

— Será que não tem algo de errado com o Anel Mágico? — Agatha devolveu o anel a ela e disse. — Acho melhor você entrar em contato com Pasha rapidamente.

Algo de errado? O que diabos aconteceu?

— Espere… — Phyllis de repente sentiu como se tivesse sido atingida por um raio.

O que foi mesmo que Wendy disse antes?

[“Mas não temos certeza se ELE realmente é a Escolha Divina que você procura.”]

Ele?

Phyllis não conseguiu acreditar no que ouviu e abriu a boca, surpresa.

— O feixe de luz é…

— É de Sua Majestade, Roland Wimbledon. Eu vi com meus próprios olhos. — Agatha disse, dando de ombros. — Rouxinol, Anna, Wendy… e todas as bruxas também confirmaram. Eu testei Roland com a Pedra da Aferição, mas não encontrei nenhum vestígio de poder mágico.

— A arma que você disse que derrota os demônios… Será que o manipulador realmente tem que ser uma bruxa? — Wendy finalmente deixou escapar uma risada. — Seria ótimo ver Sua Majestade se tornar o herói que derrota os demônios.

O coração de Phyllis apertou. — Embora o Instrumento da Retribuição Divina não exija tanto poder mágico da Escolha Divina, não significa que pode ser ativado sem poder mágico. Afinal, ele é um tipo de núcleo mágico, e o total de poder mágico do manipulador determina quantas vezes ele pode ser usado. É impossível… Tem algo de errado aí.

— Mas ontem eu não vi nenhum feixe de luz na cabeça de Roland.

— É realmente estranho. O feixe de luz desapareceu depois que Roland acordou. — Agatha disse, esfregando o queixo. — E foi por isso que você só conseguiu ver durante a noite. Claro, nós também perguntamos isso a Sua Majestade. A resposta dele foi que a Batalha das Almas de Zero levou ele para um mundo fictício de sonho, como se fosse uma parte extra da memória dele.

— Zero? Batalha das Almas? — Phyllis perguntou rapidamente. — O que é isso?

— Zero foi a última Papisa da Igreja de Hermes. — Wendy fez uma breve explicação sobre a batalha na qual Roland derrotou a Igreja. — Talvez isso tenha causado uma anomalia que confundiu o Anel Mágico. Sua Majestade também ficou bastante surpreso com o resultado. Ele também disse que, se você quiser verificar, você pode ir lá hoje ao meio-dia.

Após um longo silêncio, ela rangeu os dentes e disse:

— Sim, eu quero ver.

Agatha e Wendy não enganaram ela. Sob a supervisão das bruxas e guardas, Phyllis mais uma vez viu aquele feixe de luz que era tão largo quanto a muralha de uma cidade, e a fonte da luz era o adormecido Rei de Castelo Cinza.

Naquele momento, ela sentiu que toda a energia em seu corpo havia sido drenada, e em seguida, uma tontura bem forte a atingiu. Ela tremeu e desabou no chão. Ela já estava mentalmente exausta, e naquele instante, a escuridão infinita a engoliu.

Quando Phyllis recobrou a consciência, ela notou que estava deitada numa cama. Pelo vidro da janela, ela percebeu que lá fora já estava escuro, mas não viu nenhuma estrela ou lua no céu. O vento forte do norte fazia a janela tremer bastante.

— Você acordou?

Uma voz familiar soou perto de seus ouvidos.

Ela virou a cabeça e viu Agatha sentada ao lado da cama.

— Por quanto tempo estive desacordada?

— Metade de um dia ou mais. — A Bruxa do Gelo disse, estendendo a mão para alisar o cabelo de Phyllis. — A forma como você reagiu chocou Rouxinol.

— Desculpe-me, estou bem agora… — Phyllis falou em voz baixa.

Embora ela tentasse se confortar, ela não se sentia nada bem. Ela finalmente havia encontrado a tal Escolha Divina, mas no fim das contas era uma pessoa comum. Isso não foi menos chocante do que a perda de Natália e Alice juntas.

A crença da Lady Natália, a persistência das sobreviventes de Taquila… e o plano da Escolha Divina, foram os motivos pelos quais elas haviam se preparado por centenas de anos, mas tudo isso havia terminado de forma bastante dramática. Embora houvesse centenas de bruxas em Ilha Adormecida, ela sabia que as chances de encontrar a Escolha Divina eram mínimas.

— Eu não sei muito bem o que a Escolha Divina representa para vocês, mas… mesmo sem ela, nós sempre lutamos contra os demônios, não foi? Eu pensei que as bruxas que já sobreviveram a grandes desastres conseguiriam lidar com qualquer situação. — Agatha disse lentamente.

— Mas nós já fracassamos duas vezes, e fomos forçadas a recuar para este canto do continente. Se nós perdermos de novo…

— Então vamos derrotar os demônios. — Agatha a interrompeu. — Eu não sei o que vocês encontraram nas ruínas subterrâneas, e também não sei por que vocês depositaram suas esperanças nisso. Mas pense bem, se isso fosse realmente efetivo, não deveria fazer parte das “ruínas”. Durante esses quatrocentos anos, as pessoas comuns fizeram progresso, e agora existe mais de uma forma de derrotar os demônios. Assim como Roland disse, as pessoas comuns também podem derrotar os demônios usando o poder invisível da natureza.

Phyllis olhou para Agatha, sem saber o que dizer. Ela queria expressar suas dúvidas, mas não tinha a coragem de confrontar a confiança de Agatha.

— A propósito, Roland me pediu para lhe dizer que existem outros tipos de “Chave”. Por exemplo, a “Chave” dele. Talvez você deva dar uma olhada antes de entrar em contato com as bruxas de Taquila.

— A Chave… dele? — Phyllis ficou chocada.

— Bem, eu diria: “A Chave da Arte”. — Agatha respondeu.

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