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Return of the Frozen Player – Capítulo 211

Dois Esquadrões (2)

O Cavaleiro Comandante Trevor engoliu em seco e se mergulhou em pensamentos.

‘O que foi isso?’

O poder dos dois homens ameaçando a família era aterrorizante. Apesar de ser uma cidade da periferia, eles eram mais poderosos do que ele, o Cavaleiro Comandante da cidade. Além disso, eles estavam em dois.

‘Mas um assassino em algum lugar da cidade conseguiu eliminá-los sem som nenhum.’

Algo não estava certo. Parecia que algo grande estava acontecendo em Porto Lane, uma cidade que sempre foi pacífica.

‘Não, talvez…’

Trevor tinha uma forte sensação de que algo ainda maior iria acontecer. Ele fechou sua boca, embainhou sua espada e se aproximou da família.

“Vocês estão bem?”

“C-Cavaleiro Comandante Trevor…”

“Conseguem se levantar?” Ele ajudou o casal a se levantar e ordenou seus subordinados. “Levem-nos para o abrigo de emergência primeiro.”

“Entendido. E você, Líder?”

Trevor virou a cabeça e olhou para as nuvens sombrias cobrindo a cidade. “Tenho um mau pressentimento. Vou salvar os que não conseguiram evacuar.”


“…”

As sobrancelhas de Pride se contraíram com seus olhos fechados. Ao mesmo tempo, a entrada da tenda foi aberta e um demônio entrou correndo.

“P-Pride-nim! Agora há pouco…”

“Apresente-se primeiro.”

“S-Senhor! Eu sou Astic, o 13º membro do Esquadrão do Orgulho!”

“Descansar!” Pride dispensou a agitação de seu subordinado e abriu seus olhos lentamente. “Eu também senti. Tem outras pessoas aqui.”

“Sim. E os que morreram não eram demônios normais. Eles eram membros do nosso Esquadrão do Orgulho.”

Poder era a justiça e a lei entre os demônios. Fazer parte de um “Esquadrão” significava ser reconhecido por ter poder. A diferença de poder entre demônios “normais” e membros de um Esquadrão era enorme. Apesar disso, aqueles dois tinham sido facilmente derrotados.

“É meio estranho que tenham pessoas nessa cidade tão pequena que conseguem matar demônios, e ainda por cima membros de um Esquadrão… Isso é ridículo.” Astic engoliu em seco. “Na minha opinião, a informação que veio do Pavilhão Lua Negra alguns dias atrás parece estar certa.”

“Pavilhão Lua Negra… É a informação sobre a Arquimaga e o Enviado Cinzento?”

“Sim, eles também disseram para termos cuidado com o Espectro, porque não conseguiram descobrir a localização dele ainda.”

“Hmm.” Pride se levantou e saiu da tenda. A brisa do mar fez seu uniforme tremular. “Solte todos.”

“O quê?”

“Exceto os membros do Esquadrão do Desespero que são necessários para continuar com a operação, solte todos os nossos homens na cidade.”

“Quer dizer que…”

Pride assentiu levemente com um sorriso sutil. “Mesmo que o Espectro não esteja aqui, a Arquimaga e o Enviado Cinzento são sacrifícios suficientes para aumentarmos nossas conquistas.”

A energia demoníaca densa sendo emitida pelo corpo de Pride fez o penhasco vibrar. O demônio ao lado dele e Astic inconscientemente se ajoelharam. Com as mãos atrás de suas costas, Pride murmurou enquanto observava a pequena cidade portuária pacífica.

“Hoje, nessa cidade, mataremos aqueles que costumavam ser chamados de heróis da humanidade.”


“O que diabos está acontecendo?!”

Harveson Ward, o lorde de Porto Lane, perguntou enquanto ia com sua família para o abrigo de emergência. Os cavaleiros que o estavam escoltando resumiram rapidamente a situação.

“Invasores? Uma parede transparente? O Cavaleiro Comandante Trevor confirmou a situação?”

“Sim.”

“…”

Harveson franziu as sobrancelhas. Ele sabia melhor do que ninguém como o Cavaleiro Comandante Trevor era leal. Naturalmente, Harveson possuía uma confiança infinita pelo Cavaleiro.

‘Se ele pediu para que todos evacuassem, significa que algo extraordinário está acontecendo.’

Ele viu os moradores reunidos no abrigo de emergência e disse: “Quantas pessoas conseguiram evacuar para cá?”

“Um total de 1.218 pessoas foram evacuadas.”

Porto Lane tinha uma população de 1.852 pessoas. Isso significava que 65% dos moradores tinham sido evacuados. Harveson agonizou por um momento e então tomou uma decisão.

“Cavaleiros, escutem. Deixem o abrigo com o número mínimo de pessoas para protegê-lo. Juntem-se ao Cavaleiro Comandante Trevor e tragam o resto dos moradores para cá em segurança.”

Os cavaleiros protestaram.

“É muito perigoso…”

“Como espadas que juraram lealdade a você, nós nunca sairemos do seu lado.”

“Isso mesmo! Temos que proteger o senhor, meu Lorde, aqui. Essa também foi a ordem do Líder.”

Enquanto Harveson estava tentando pensar em como convencer seus cavaleiros teimosos, o abrigo tremeu.

“Kyaaaa!”

“O que foi isso?! Um terremoto?!”

“Não… Não foi o chão que tremeu, foi o abrigo.”

O abrigo tremeu mais uma vez enquanto todos estavam gritando.

“Não faz sentido…” Harveson balançou a cabeça.

O abrigo em que eles estavam tinha sido construído com a tecnologia da Terra.

“Era para ser forte o suficiente para que nem dez magias de larga escala conseguissem fazer com que se mexesse…”

Vroong, vrooong!

Poeira caía do teto sempre que o abrigo vibrava. Os moradores abraçaram uns aos outros e ficaram olhando para o teto com expressões ansiosas.

“As vibrações pararam.”

“Acabou?”

No momento em que soltaram o fôlego que estavam segurando…

Booooom!

Uma das paredes do abrigo desmoronou e dois homens e uma mulher entraram.

“Por que esse abrigo construído nessa cidadezinha do interior é tão resistente?”

“Você viu a marca na parede do lado de fora? É um abrigo construído pelo grupo Myungho.”

“O quê? Foi feito na Coreia? Por isso que é resistente.”

Os dois homens e a mulher entraram enquanto conversavam em voz alta.

“Não precisamos de uma ordem para ver quem vai primeiro, não é?”

“Não. Só precisamos nos livrar de todas as evidências.”

“É só matar todos.”

A mulher com uma maquiagem pesada levantou sua mão. Gotas roxas se formaram nas pontas de suas unhas e evaporaram em um instante.

“… Ugh!”

“Uwaaah!”

Não muito tempo depois, vozes de angústia começaram a ecoar.

“Isso é um veneno mortal chamado nirtine e não possui nenhum antídoto. O veneno só desaparece se eu morrer.”

Ela falou com um sorriso enquanto Harveson andava entre os cavaleiros.

“O que vocês estão esperando? Cuidem deles!”

“Hmm, para estar falando com tanta autoridade, você deve ser o lorde daqui?”

“Sim, sou Harveson Ward, o Lorde de Porto Lane.”

Quando ouviu a apresentação do lorde, a mulher do veneno sorriu. “Aaa-aahh, deve ser legal ser um nobre, né? Mas e daí? Você vai morrer mesmo.”

“Que tipo de pessoas hediondas vocês são…”

Harveson foi pego de surpresa. Normalmente, o certo seria tentar tirar o que você queria do seu oponente antes de matá-lo, mas parecia que eles não estavam planejando fazer isso.

‘É como se… tudo que eles quisessem fossem as nossas vidas.’

Infelizmente, esse era exatamente o caso. A mulher do veneno ordenou: “Ei, tem uns cavaleiros ali. Eles têm magia, então vão conseguir aguentar um pouco. Deem um jeito neles.”

“Você está falando como se fôssemos seus subordinados.”

“Deixa quieto, você sabe que ela sempre foi assim.”

Os demônios chacoalharam as cabeças e deram um passo para frente. À primeira vista, o número de moradores reunidos no abrigo parecia passar de mil.

‘Com esse número, provavelmente grande parte da população da cidade deve estar aqui. A maioria deles vai morrer pelo veneno…’

‘Vai ser meio difícil, mas mesmo se tivermos que lidar com alguns cavaleiros, provavelmente não vai fazer o hábito dela de ficar mandando na gente piorar.’

Quando os cavaleiros vieram correndo com suas espadas e escudos levantados, os demônios deram de ombro.

“Esses caras que nem sabem quais são seus limites…”

“Cara, tem pessoas assim aonde quer que a gente vá.”

Eles sorriram enquanto usavam suas habilidades. Os cavaleiros diante deles desapareceram sem deixar nenhum osso para trás… ou foi o que eles pensaram.

“Eu concordo totalmente com vocês. Está cheio de pessoas assim por aí. É um saco.”

Uma voz muito irritada veio de trás deles.

‘Uma voz estranha!’

‘Uma mulher?’

Quando os dois demônios viraram as cabeças com expressões rígidas, eles viram uma mulher de pé entre os dois. A mulher estava usando um manto elegante que não combinavam em nada com esse abrigo velho e sombrio, tinha um enorme chapéu de bruxa em sua cabeça e estava de braços cruzados.

“Tem até umas pessoas assim do meu lado…”

O sorriso da maga era realmente encantador, muito mais do que o sorriso da mulher do veneno. Os dois demônios, que normalmente teriam atacado sem hesitar, pararam por um momento. Essa foi a última visão que tiveram.

Brrrr buuuuuuum!

O relâmpago mágico penetrou suas cabeças.

Quando seus dois aliados morreram em um instante, a mulher do veneno deu um passo para trás.

“O-O que foi isso?!”

“Um milhão de volts.” A mulher no manto se virou e levantou levemente seu chapéu de bruxa. “Sabia que existe um ditado na Coreia que diz para ter cuidado com relâmpagos que caem do teto?”

“Eu sou da Coreia e não existe nenhum ditado assim. Não saia dizendo coisas do nada assim sem saber…”

Buuuuuuum!

Mais uma vez, um relâmpago caiu do teto e, dessa vez, acertou a mulher do veneno.

“Ahem, eu sei disso. Eu só estava brincando. Por que respondeu achando que era sério?” Skaya murmurou se sentindo com vergonha e abanou suas bochechas coradas. “Ah, é mesmo!”

Depois de vasculhar seu inventário, ela puxou algo enorme e volumoso.

Harveson perguntou com um tom de voz cauteloso: “Quem é você?”

“Sou Skaya Killiland. Não precisa ficar com medo, sou uma maga muito legal que veio salvar todos vocês.”

“Então o que é essa coisa esquisita que você está segurando?”

“Ah, isso?” Skaya disse, segurando uma máscara de soldagem. “É um perfurador de portais! É uma arma secreta que pode perfurar as paredes transparentes cercando a cidade.”

Skaya acenou para as pessoas dentro do abrigo. “Venham comigo se quiserem viver.”

“Mas ainda tem algumas pessoas na cidade…”

“Não se preocupem.” Ela respondeu com uma voz suave e alegre. Era uma voz gentil que fazia com que quem estivesse ouvindo acreditasse nela. “Nós estamos aqui, não precisam mais se preocupar.”


Bang! Bang!

Os olhos de Gilberto viravam de um lado para o outro e toda vez que paravam, seu dedo puxava o gatilho. Ele continuava com esse jogo difícil contra os demônios na cidade como se estivesse jogando um jogo de tiro.

‘Tem muitos.’

Havia muitos demônios. Atualmente, deveria ter cerca de 60. Mas diferente da primeira vez, a sua taxa de acerto não era tão alta.

‘Eles perceberam que tem um sniper.’

Naturalmente, os demônios tinham suas próprias contramedidas.

‘Mesmo que tentem evitar as minhas balas, elas podem segui-los para sempre, mas…’

A solução deles foi surpreendentemente simples. A perseguição acabaria se simplesmente destruíssem a bala. Suas balas teleguiadas consumiam magia. Era difícil para ele manter mais do que algumas dezenas de balas teleguiadas ao mesmo tempo.

Zzzzk.

As costas da mão esquerda de Gilberto brilharam em azul.

“Jun-Ho, onde você está?”

[Estou esperando.]

“Um cavaleiro está levando oito residentes para o parque. E atrás deles…”

[Tem um demônio? Desgraçados.]

Gilberto estava se comunicando com Seo Jun-Ho através da magia de comunicação de Skaya. “Vou continuar a atrapalhar e irritar o inimigo. Cuide do resto.”

Espectro e Rahmadat sempre eram as vanguardas dos 5 heróis. Mas Rahmadat não estava aqui e nem Espectro.

“Seo Jun-Ho.”

O Jogador que estava com eles hoje era Seo Jun-Ho. Ele não era o dono do Vigia da Escuridão, mas sim de Congelar.

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