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Return of the Frozen Player – Capítulo 310

Aqueles Que se Encontram Devem Partir e Aqueles Que Partem se Encontrarão Novamente (4)

“… Enquanto lutava, eu percebi que tinha um longo caminho a percorrer ainda.”

“… Entendo.” Seo Jun-Ho assentiu e olhou para fora da janela. A noite já estava chegando, rastejando como uma aranha.

‘Nós conversamos por muito mais tempo do que eu esperava.’

No começo, ele planejava ir embora cedo, pois não tinha confiança de que conseguiria manter uma conversa com aquela atmosfera estranha. Mas quando começaram a conversar sobre caça e técnicas de espada, o olhar no rosto do Santo da Espada mudou.

‘Isso foi surpreendente. Ele é bom de conversa quando é algo que ele gosta.’

O homem de poucas palavras na verdade era bastante tagarela. Seo Jun-Ho não achou que acabaria ouvindo a história sobre como Kim Woo-Joong derrotou o Mestre do 3º Andar, Phanactos.

“Meu Deus, que tipo de combinação é essa?”

Seo Jun-Ho e Kim Woo-Joong se viraram para a porta do quarto. Uma garota entrou sem bater e se aproximou deles, parecendo estar se divertindo.

“Eu não achei que alguém viria te visitar aqui no hospital.” Ela disse.

“Você realmente acha que eu… não tenho nenhum amigo?” Kim Woo-Joong olhou para Seo Jun-Ho, medindo sua reação enquanto falava. Ele parecia preocupado que Seo Jun-Ho se ofendesse.

“O Santo da Espada me ajudou bastante no passado. É claro que eu viria visitá-lo.” Seo Jun-Ho disse. Ele se levantou e começou a se preparar para ir embora. A garota diante dele o observava com interesse.

‘Essa pessoa é… a estrategista que mais contribuiu para derrotar Phanactos.’

Ela era a Mestra da Guilda Lua Silenciosa, Son Chae-Won. Seo Jun-Ho sabia que ela era amiga de Kim Woo-Joong e o conhecia desde que eram pequenos.

“Já está indo? Sinto muito se você achou que estou te expulsando…” Ela disse.

“Não se preocupe. Eu já estava planejando ir porque já está tarde e o Santo da Espada deve estar cansado.”

“Mas eu não estou cansado…” Kim Woo-Joong murmurou atrás dele, mas Seo Jun-Ho fingiu que não ouviu porque suspeitava que acabaria dormindo ali se ficasse mais.

“Tudo bem então. Espero que você se dê bem com o Woo-Joong no futuro também.”

“Sim…” Seo Jun-Ho sentia como se estivesse falando com a mãe de um amigo. Ele se despediu dos dois e saiu do quarto.

Assim que ele foi embora, Son Chae-Won olhou para seu amigo de infância e deu uma risadinha de desdém.

“Quanta sorte você tem, Woo-Jong! O homem que você disse que era o futuro veio até aqui para te visitar.”

“… Eu disse isso muito tempo atrás. Como você ainda se lembra?” Ele disse, um pouco envergonhado.

Son Chae-Won o pressionou de novo. “Então o que você gostou nele? O passado ou o futuro?”

“…” Kim Woo-Joong considerou por um momento e olhou para fora da janela em silêncio. Ele observou Seo Jun-Ho entrar em um táxi automático e disse: “Quem sabe?”

No começo, o futuro de Seo Jun-Ho definitivamente tinha sido digno de atenção, mas conforme o tempo foi passando, Kim Woo-Joon começou a ter uma ideia do passado de Seo Jun-Ho.

Mas nada disso importava agora…

Kim Woo-Joong observou o taxi ficando cada vez menor. “… O presente é mais importante.”

Um sorriso misterioso apareceu em seu rosto.

***

Seo Jun-Ho entrou na sala, coçando seu cabelo desgrenhado.

“Quem quer café?” Gilberto perguntou.

“Eeeeeu! Eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu!”

“Um para mim também.”

Skaya e Rahmadat responderam.

Seo Jun-Ho esfregou os olhos quando se deparou com a cena agitada. “Eu também… Haa, por favor.”

“Finalmente acordou.” Gilberto disse.

O apartamento de Seo Jun-Ho estava animado logo de manhã cedo. Eles estavam todos agitados, parecendo com crianças na noite anterior a uma excursão.

‘… Olha só esses desgraçados.’

Seo Jun-Ho sorriu. Ele não ficou nem um pouco surpreso pelo comportamento deles. Na verdade, ele sabia melhor do que ninguém o que estavam sentindo.

“Ainda falta uma hora. Que pressa toda é essa?” Ele disse.

Hoje, eles acordariam sua última companheira que por acaso também era uma dorminhoca. Como a pessoa mais próxima dela, Skaya estava tão energética que nem se comparava ao seu eu normal.

“Aqui, Vossa Majestade! Quer café?”

“… Café é amargo demais. Prefiro café com leite. Aquele que tem o formato triangular na embalagem.” Na verdade, a Rainha Gélida parecia até um pouco desapontada que Skaya não veio correndo para cumprimentá-la.

“Isso faz eu me lembrar dos velhos tempos.” Gilberto disse, dando um gole em seu café.

“Sim. Quando um de nós se atrasava, os outros quatro bebiam chá enquanto esperavam.”

“Mas os membros são diferentes dessa vez. A Mio sempre chegava cedo e a Skaya sempre era a última.”

“Nem vem, você também se atrasava de vez em quando.”

Rahmadat e Skaya começaram a discutir. Gilberto se recostou na cadeira e os observou se divertindo.

‘É uma visão familiar.’

Sempre que essa cena ocorria diante dele, Mio se aproximava dele e murmurava: “Eles nunca se cansam disso.”

“…”

Seo Jun-Ho estava feliz. Esses momentos triviais e insignificantes eram inestimáveis.

A luz do sol entrando pela janela parecia mais quente e suave do que o normal. Essa poderia ser a primeira vez desde que deixou de ser um aluno do fundamental que ele não tinha nada com o que se preocupar ou ficar ansioso.

Seo Jun-Ho se aproximou da janela e olhou para as ruas tranquilas.

Um momento depois, ele falou: “… Vamos.”

Quando ouviram essa palavra, eles abaixaram suas xícaras meio vazias e se reuniram ao redor de Skaya. No momento em colocaram suas mãos no ombro dela, o cenário ao redor deles mudou.

“Você ainda não limpou esse lugar?” Rahmadat perguntou.

“Eu te disse. Ela nunca limpa.” Gilberto falou.

“Parem de reclamar do meu Covil!”

Eles conversavam enquanto andavam. Quando chegaram na única estátua de gelo que restou, todos se calaram.

Os três se viraram e fixaram seus olhares em Seo Jun-Ho.

“…”

Eles o observaram caminhar para frente, com um passo atrás do outro. Seo Jun-Ho não se sentiu tão nervoso assim quando lutou contra Janabi e nem mesmo contra a Rainha Gélida. Mas quando seus amigos assentiram silenciosamente para apoiá-lo, ele encontrou a coragem para levantar sua mão.

[O efeito da habilidade ‘Congelar (EX)’ foi verificado.]

[O selo de gelo pode ser removido com Congelar (EX).]

[A sua estatística básica de magia é alta o suficiente para remover o selo.]

[O seu entendimento da habilidade Congelar é excepcional. Você não receberá uma penalidade.]

[Tem certeza de que deseja remover o selo?]

“…”

O tempo e memórias surgiram em sua cabeça. Não eram somente dois anos de memórias de quando retornou. Eram muito mais antigas, de 26 anos atras. Elas sopraram em sua mente como se fossem uma brisa refrescante.

Essas memórias eram preciosas porque era de quando eles estavam juntos.

Os olhos de Mio estavam fechados enquanto dormia. Seo Jun-Ho aproximou sua mão e disse lentamente.

“Você já dormiu bastante, é hora de voltar para casa.” Ele agarrou o gelo sem hesitação.

Crack!

O gelo se quebrou com um som agudo, libertando a garota esguia. Seo Jun-Ho a pegou enquanto caía para frente e se virou rapidamente.

“Ela precisa se deitar—” Quando ele estava prestes a pedir para que eles abrissem um espaço para que ela se deitasse, ele bufou. Em algum ponto, Skaya já tinha preparado sua cama e estava dando tapinhas nela.

“O colchão dessa cama é perfeito! Traga ela aqui!”

“Tem um cobertor aqui.”

“Eu também trouxe um aquecedor.”

“Cara, vocês parecem com pais superprotetores.” Seo Jun-Ho comentou, mas ele entendia suas ações. Mio era dois anos mais jovem do que ele e era a mais nova dos Cinco Heróis. Ele a deitou com cuidado na cama.

“Ah…” Mio fez um som enquanto dormia. Suas sobrancelhas continuavam franzidas.

Finalmente, seus longos cílios se levantaram lentamente e seus olhos puros brilharam como joias.

“Kyaaaa!” Imediatamente, ela gritou e puxou o cobertor junto com ela para o canto da cama enquanto olhava para as quatro pessoas abaixadas na frente dela.

“O-O-O-O que é isso?” Ela gaguejou.

“… Ah.”

Só então Seo Jun-Ho percebeu seu erro. Era impossível ela não ficar surpresa se a primeira coisa que visse quando acordasse fosse quatro pessoas agachadas ao redor dela.

“Não, espera, eu—” Quando sua expressão ficou confusa, o rosto de Skaya ficou sério.

“Por que você dormiu tanto? Levanta, vamos para o Ninho.” Ela disse.

“O Ninho… Vocês não podem ir para lá!” Ela exclamou, chocada. Quando ela estava prestes a dizer algo, Seo Jun-Ho acertou Skaya na cabeça.

“Ai!”

“Por que você está fazendo uma piada de mau gosto quando ela literalmente acabou de acordar?” Ele a repreendeu.

“D-Desculpa… Mas essa era uma oportunidade única, então achei que seria um desperdício se não fizesse isso…” Skaya murchou.

Seo Jun-Ho passou por ela e se aproximou de Mio.

“Mio.”

“Jun-Ho-nim?” Ela claramente ainda estava em choque. Isso fez com que Seo Jun-Ho lançasse um olhar feio para Skaya de novo.

“Haa… Sinto muito. Eu deveria ter avisado para ela não fazer nenhuma piada.” Ele se desculpou.

“Eu ainda não estou entendendo o que está acontecendo…” Mio olhou ao seu redor com nervosismo e mordeu os lábios. “Entendi… Esse lugar terrível deve ser… o mundo pós vida.”

“É o meu Covil! Eu sei que é horroroso, mas é o meu Covil! Você ainda está viva!” Skaya gritou, sentindo-se ofendida. Rahmadat a segurou e olhou para Seo Jun-Ho com expectativas, esperando que ele continuasse.

“Mio, qual é a última coisa que você se lembra?”

“… O Ninho. Só uma pessoa podia entrar, então votamos em você.”

Felizmente, não parecia ter qualquer problema com as memórias dela. Seo Jun-Ho puxou uma cadeira e se sentou. Ele começou a explicar a situação gentilmente.

“Então… 26 anos se passaram?” Mio perguntou de novo com os olhos arregalados.

“Sim.”

“Hm… Não acho que você faria uma coisa dessas, mas se for algum tipo de piada—”

“Hm.” Como ele pensou, seria difícil para ela acreditar imediatamente. Seo Jun-Ho se virou e chamou Skaya. “Vamos, Skayamon.”

“Pode deixar comigo.” Ela invocou sua magia e os teletransportou para outro lugar. Agora eles estavam no último andar da Torre Namsan em Seul. Dava para ver a cidade inteira dali, era possível ver as pessoas se divertindo lá embaixo.

Pais segurando as mãos de seus filhos enquanto passeavam…

Casais de mãos dadas enquanto aproveitavam o encontro…

E até pessoas fazendo caminhadas…

“…”

Mio andou para frente sem dizer nenhuma palavra. Ela agarrou a grade de proteção e absorveu essa visão, tremendo.

Ela não podia ver nenhum Portal na cidade. Em todos os lugares, as pessoas estavam sorrindo felizes e as flores de cerejeira recém-desabrochadas eram lindas.

“… Nós costumávamos conversar sobre isso no passado.” Seo Jun-Ho disse enquanto todos estavam maravilhados pela visão. “Nós falávamos sobre como o mundo se tornaria pacífico algum dia se nos esforçássemos. E como conseguiríamos criar um lugar onde as famílias poderiam andar livremente e as crianças poderiam ir para a escola.”

Os pessimistas achavam que um futuro assim nunca chegaria. Aqueles anos eram cheios de tanto desespero que eles nem se atreviam em sonhar sobre um futuro assim. Os Portais continuavam a aparecer sem fim e os monstros aterrorizavam constantemente as pessoas.

“Mas olha…”

No fim, esse dia tinha chegado. O inverno se foi e a primavera chegou. As flores secas tinham desabrochado lindamente.

“Desde que voltei, eu sempre quis compartilhar essa visão com vocês.”

Ele queria mostrar a eles a paz que criaram com suas próprias mãos.

Quando ouviu isso, Mio começou a chorar. Seo Jun-Ho deu tapinhas em seu ombro.

“Bem-vinda de volta, Mio.”

Era um dia brilhante de primavera. E isso fez com que eles sentissem como se a felicidade fosse durar para sempre.

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