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Re:Zero Kara Hajimeru Isekai Seikatsu – Arco 1 – Capítulo 7

Uma Reunião Incompreensível

???: “Qual é o problema…? Por que você de repente viajou ?”

Subaru: “Hah…?”

Um homem de meia-idade com feições severas o chamou, e assim sendo ele respondeu distraidamente. Essa resposta fez com que a testa já franzida do homem ficasse ainda mais franzida enquanto ele fazia cara feia.

Comerciante: “Estou te fazendo uma pergunta! Você vai comprar a moçã ou não?”

Subaru: “Hah…?”

Subaru: “A moçã! Você quer comer, certo? Você veio aqui falando isso e seus olhos de repente ficaram vidrados, e isso foi bem estranho. Mas então, e aí?”

Ele era bem musculoso e tinha cicatrizes no rosto, mas na palma de sua mão estava uma linda fruta vermelha. Em sua mente, ele comparou o rosto do homem com a fruta parecida com uma maçã que ele estava segurando.

Subaru: “Ah, sabe, estou completamente quebrado.”

Comerciante: “… Sério, só está olhando? Sai daqui! Estou trabalhando, não tenho tempo para curiosos.”

O homem o enxotou e ele saiu obedientemente.

Ele… Natsuki Subaru examinou as proximidades e…

Subaru: “Eh? Eh? O que está havendo aqui?”

Meio à confusão, tudo que ele pôde fazer foi lançar aquela pergunta dirigida a ninguém em particular.


A rua principal estava lotada, como de costume, exceto pela passagem ocasional de alguma carruagem puxada por lagartos, e a estrada estava lotada de pedestres.

O sol ainda estava queimando. A temperatura não estava exatamente elevada, mas olhando para o lobo humanóide passando – deveria chamá-lo de lobisomem? Olhando para seu pelo, pensamentos como, “Isso deve ser quente, hein?” flutuaram por sua mente. Parecia, mas…

Subaru: “Não é hora para agir igual um caipirão. Hmm, o que é isso?!”

Ele agarrou a própria cabeça e torceu a cintura. Enquanto executava essa pose de corpo inteiro exibindo sua angústia, vários olhares curiosos foram dirigidos a ele.

Esses olhares lhe pareciam extremamente familiares. Apenas algumas horas antes, havia bastante gente olhando para ele da mesma maneira… Ou melhor, exatamente da mesma maneira.

Subaru: “Certo, bem mais cedo… Deve ter sido isso.”

Ao dizer isso, ele voltou a olhar ao redor e, em seguida, para o céu, inclinando a cabeça.

O sol ainda estava queimando. Pelo que Subaru lembrava, o sol já tinha se posto.

Essa sensação também não lhe era estranha.

Quando ele chegou neste mundo pela primeira vez, viu a noite virar dia. Portanto, isso não era novidade, mas desta vez havia uma clara diferença.

Subaru: “Minha ferida… sumiu.”

Ele sussurrou enquanto rolava sua camisa e confirmava a condição de seu abdômen.

Ele tinha sido dilacerado pelo que presumiu ser uma lâmina enorme, espalhando sangue e vísceras por todas as partes, e ainda assim não havia sinais de que aquilo tivesse acontecido. Como não tinha cicatrizes, obviamente também não havia vestígios de sangue em sua camisa.

Na verdade, sua camisa, já bastante usada, não tinha sequer manchas de poeira ou sujeira. A sacola da loja de conveniência em sua mão estava em boas condições e seu bolso ainda guardava seu telefone e sua carteira. Ele estava, em todos os sentidos, de volta à estaca zero.

Parecia que ele estava enlouquecendo.

Subaru: “Ser invocado aqui já foi demais para mim, o que é que está acontecendo agora…?”

No que diz respeito a sua ferida sumida, ele já tinha visto o que Satella era capaz de fazer, então não ficou confuso a respeito disso.

Entretanto, ele claramente sofreu um ferimento fatal na casa de saques. Foi tão ruim que, quando perdeu a consciência, ele tinha certeza de que havia morrido.

Se até mesmo um ferimento com aquele pudesse ser curado, parecia-lhe que a magia deste mundo poderia inclusive ressuscitar os mortos.

Subaru: “Acho que então o valor da vida cai um pouco… Espera, quem era naquela hora?”

Percebeu que podia ver algo em suas memórias nebulosas. Subaru tentou se lembrar do que aconteceu antes de perder a consciência com todas as suas forças.

Certo, ele estava morrendo com o estômago todo aberto. A voz de uma mulher, ele pensou.

Encontrou um cadáver na casa de saques e foi atacado pelo suposto assassino. E quando estava à beira da morte…

Subaru: “Isso mesmo, a Satella!”

A garota de cabelo prateado acabou entrando na casa de saques para ver como ele estava se saindo.

Tendo lembrado do que tinha acontecido, Subaru se arrependeu. Ela tinha sido bem clara ao avisar para não tentar nada sozinho, que deveria chamá-la imediatamente caso algo acontecesse.

Essas palavras não foram apenas por preocupação com ele. Com certeza também significavam que ele deveria informar se a situação ficasse perigosa.

E, ainda assim, quando a hora chegou, Subaru não conseguiu nem levantar a voz. Como resultado, não apenas falhou em escapar, como até Satella foi envolvida na tragédia.

Enquanto ele se afogava em seu próprio sangue naquela escuridão, definitivamente viu o agressor a cortando.

Ela desabou naquele mar de sangue, igual a ele, e parou de se mover primeiro…

Subaru: “Merda… Ele não disse que estava a deixando comigo?!”

O garoto lembrou das palavras que Puck disse antes de desaparecer.

Aquelas não foram palavras ditas ao acaso. Subaru mesmo não as levou suficientemente a sério e, como resultado, as coisas aconteceram como Puck temia.

Apesar de todos os avisos, Subaru falhou completamente em notar qualquer coisa e perdeu a sua chance.

Sua situação atual era um resultado final disso.

Jogado na rua totalmente inconsciente do que estava acontecendo, não sabia nem se estavam em segurança. Ele estava completamente perdido.

Subaru: “Sou algum tipo de idiota…? Não, definitivamente sou um idiota. Não tenho tempo para ficar emburrado. Por enquanto, é melhor procurar por eles…”

Os dois podiam estar até mesmo mortos… Subaru balançou a cabeça para se livrar desse pensamento terrível.

Ele era completamente inútil, sem sequer uma característica para salvar. Diria até mesmo que era um estorvo que só servia para converter oxigênio em dióxido de carbono, e ainda assim sobreviveu.

Sendo esse o caso, ele não podia imaginar que aquela usuária de magia super gentil, super útil, não muito aberta sobre seus sentimentos e ainda assim uma beldade virtuosa, com aquele espírito estranho e indiferente, tinha morrido.

Ou melhor, não queria imaginar isso.

Subaru: “De qualquer forma, por enquanto vou…”

―― Vou para a casa de saques, decidiu Subaru.

Já que foi lá que perdeu a consciência, poderia ser capaz de encontrar algumas pistas.

Uma vez que colocasse algo em sua mente, começaria a fazer isso na mesma hora. Era nesses momentos que a velocidade de sua tomada de decisões brilhava. “Não vou mais para a escola”, costumava ser o tipo de decisão que ele tomava em seu antigo mundo, mas isso agora seria útil para agir primeiro e pensar depois.

Entretanto, sua determinação era…

???: “Ei, garoto. Vamos nos divertir.”

Três homens bloquearam sua saída do beco, com clara intenção de incomodá-lo.


???: “Ei, que cara de idiota é essa?”

“Ele provavelmente não entende o que está havendo aqui. O que acha de irmos em frente e ensinar a ele uma lição?”

Testemunhando sua falta de reação às ameaças, os lábios dos homens se torceram como se estivessem zombando dele. Para Subaru, isso era quase como assistir uma peça de comédia.

Havia três deles. Não seria possível dizer que estavam bem vestidos e nem bajular, e a falta de educação e caráter vulgar deles estavam claramente evidentes em seus rostos, eram basicamente estereótipos ambulantes.

Suas cicatrizes pareciam mostrar experiência em combate, e a disposição geral deles era evidentemente inclinada à violência.

Subaru se lembrava muito bem disso. Afinal, esses caras eram…

“Vocês… Será que bateram a cabeça em algum lugar?”

A razão pela qual ele foi capaz de encontrar Puck e Satella algumas horas mais cedo.

Esses caras eram típicos personagens quaisquer, mas como este era um mundo 3D, ele não duvidava que estivessem reutilizando-os. Então podiam ser pessoas diferentes com a mesma aparência.

Subaru: “Será que pode mesmo ter outros três caras com a mesma aparência andando por aí e dando uma de bandidos?”

Se fosse só um, quem sabe, mas havia três deles. Pensar que até o grupo fosse igual era um absurdo. Em outras palavras, só podiam ser aqueles mesmos caras.

Subaru: “Vocês bateram a cabeça ou… será que estão procurando vingança pela derrota instantânea? Acho que esse tipo de coisa não muda nem em outro mundo. Vocês não trouxeram seus amigos, querem uma revanche justa ou o quê?”

No mundo real, quando se bate em alguém, essa pessoa aparece com os amigos para se vingar. No final, seria necessário enfrentar uma onda de inimigos atrás da outra, não importa quantos derrotasse, e acabaria morrendo pelas mãos de um adversário absurdamente forte, assim perdendo o jogo. Esse tipo de coisa acontecia com bastante frequência.

Considerando a cadeia de sofrimento criada por esse padrão, esses caras talvez merecessem ser elogiados por confiar em suas próprias habilidades em vez de sair pedindo ajuda.

De qualquer forma, ele não pôde deixar de pensar que, se estivessem mirando nele, estavam latindo para a árvore errada.

Subaru: “Bem, entendo que é melhor ir atrás do mais fraco, então não posso criticá-los por isso. Mas agora não é um momento conveniente para mim, ou devo dizer…”

Bandido B: “Do quê esse cara tá falando? Será que não entendeu nada?”

Os homens zombaram de Subaru enquanto ele procurava uma forma de resolver as coisas amigavelmente por meio de diálogo.

Claro, isso o irritou. A única razão pela qual ele estava tentando resolver as coisas pacificamente era por estar com pressa, na verdade, em circunstâncias normais, estaria meio mal-humorado.

Ainda assim, considerando a gravidade da situação, estava preparado para lidar com um pouco de zombaria, mas…

Bandido A: “Certo, garoto. Entregue tudo que você tem e talvez a gente te deixa ir.”

Subaru: “Sim, claro, claro. Tudo o que tenho, certo? Estou com pressa, então vamos deixar por isso mesmo.”

Bandido C: “Agora se comporte igual um cão! Fique de quatro e implore por ajuda!”

Subaru: “Não se empolguem, seus desgraçados!”

Eles começaram a ficar arrogantes demais, e a paciência de Subaru acabou.

Os homens ficaram abalados com sua súbita explosão de raiva. Enquanto ficavam lá, estupefatos, Subaru mirou na testa do que estava no meio.

Era o homem com a faca que havia o impedido com sucesso da última vez. Naturalmente, ele deveria ser tão rápido quanto antes ao sacar a faca. Portanto…

Subaru: “Vou começar por você! Odeio desgraçados que não valorizam a vida! Morra!!”

Ele colocou todo o peso de seu corpo por trás da mão enquanto batia na mandíbula do homem. Então enfiou o braço esquerdo no torso do homem indefeso na mesma hora, jogando-o contra a parede e instantaneamente o nocauteando.

Aconteceu tudo em um instante e os outros homens demoraram a reagir, Subaru então derrubou um deles com um golpe de perna. Ele então aproveitou o momento para mirar no último homem e avançou contra ele.

Tendo o alcançado, Subaru o empurrou contra a parede com todas as suas forças. O homem gemeu com o impacto enquanto o garoto o chutava, mas quando ele se virou o homem começou a se levantar.

Bandido A: “Tch… Seu desgraçado.”

Subaru: “Vamos lá, agora é um contra um. Já derrubei o cara com a faca e a nata, o que você vai fazer?”

A adrenalina correndo pelas veias de Subaru o encheu de confiança, e isso pareceu oprimir o homem, fazendo com que sua expressão mudasse. Na verdade, ele era o cara que foi nocauteado por Satella no confronto anterior. Ele era o único cujo armamento Subaru não conseguiu identificar, mas, a julgar por sua reação, não se tratava de algo letal.

Subaru: “Se é briga que você quer, então não vou ficar só de joelhos, sabe.”

Banidido A: “Não faça idiotices, seu desgraçado. Aah! Não me menospreze, pirralho!!”

Subaru o provocou balançando a mão, e o homem respondeu correndo em direção dele enquanto saliva voava de sua boca.

Enquanto o homem tentava agarrá-lo, Subaru recepcionou sua abordagem com o punho. Sua pontaria foi certeira e cravou o punho bem no peito do homem, que ainda assim o atacou violentamente e o forçou contra a parede. Porém…

Subaru: “Veja!”

Subaru agarrou os pulsos do homem e forçou-o a soltá-lo, exercendo uma força ainda maior do que a dele. Vendo o choque evidente na expressão do sujeito, o rosto com olhos malignos de Subaru formou um sorriso diabólico.

Subaru: “Não me subestime só porque sou um recluso. Balancei uma espada de madeira todo santo dia sem nenhum motivo e, como resultado, minha força de aperto supera os 70 quilos. E também consigo até os 80.”

Certa vez, ele arruinou a atmosfera de uma reunião de família ao esmagar uma maçã com a mão, um dos incidentes de seu passado sombrio. Sua vida como recluso consistia em um treinamento diário que ele nunca negligenciou. Sua força era tanta que, se ele enfrentasse um adversário de tamanho semelhante, só seria derrotado em circunstâncias excepcionais.

O homem uivou quando seu pulso foi esmagado e, no momento em que Subaru afrouxou o aperto, deu uma joelhada na direção dele. O impacto no abdômen fez com que o homem se dobrasse em forma de <. Subaru então rapidamente ficou atrás dele.

Subaru: “Não me culpe se você morrer. Sempre quis tentar isso, um arremesso por cima da cabeça no chão duro!”

Ele passou os braços ao redor da cintura do homem e o jogou violentamente para cima enquanto se inclinava para trás. Parecia com um suplex do wrestling profissional, mas ele maliciosamente o soltou no meio do caminho. O homem estava indefeso quando sua cabeça bateu na parede, e ficou completamente imóvel quando seu corpo desabou no chão.

Confirmando que os outros dois continuavam caídos, Subaru foi até aquele que derrubou primeiro, o homem com a faca.

Ele não tinha sofrido muitos danos e, embora parecesse ter desmaiado de agonia, de repente tentou puxar a faca quando Subaru se aproximou. O garoto impiedosamente pisou em seu rosto quando tentou fazer isso, nocauteando-o no mesmo instante.

Subaru: “Hmph, isso foi fácil! Neste mundo, o mal nunca vence!”

Em uma pose triunfante, Natsuki Subaru comemorou sua vitória sozinho. Ele ficou aliviado ao saber que todo seu treinamento sem objetivo não foi um desperdício. Mesmo assim…

Subaru: “A situação não mudou nada. Me atrapalhei um pouco, mas é melhor eu ir logo para a casa de saques.”

Após confirmar que os homens não estavam mortos, Subaru saiu do beco.

Vários pedestres pareceram bastante surpresos ao vê-lo sair ileso. Ele os notou sussurrando como se esperassem outro resultado. Isso fez com que ele quisesse gritar com todos que viram o que estava acontecendo, eles deveriam ter relatado tudo.

Claro, sendo tímido como era, Subaru não pôde fazer nada disso e acabou correndo para longe da área.

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