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Re:Zero Kara Hajimeru Isekai Seikatsu – Arco 4 – Extra 5

Armadilha de Anne Rose & Relações de Irmão e Irmã

Por que eles estavam concordando prontamente com as tramas nefastas de uma criança de nove anos?

Subaru observava as costas da garotinha que conduzia-os pelo corredor, irritado com sua própria falha em evitar isso.

— Anne-Rose Miload

Sendo de um ramo da família Mathers que Roswaal chefia, ela compartilhava muitas características distintas em relação a ele. Como seu notavelmente cabelo azul-marinho e seus olhos azuis.

Seu cabelo está em uma trança em forma de coroa, mas como Subaru não sabe como se chama esse penteado, ele mentalmente se refere a ela como tranças de Loli.

Ela possuia uma inteligência aguçada, inadequada para uma criança de nove anos. Sua esperteza e inteligência a fazem parecer parente de Roswaal, mas o que mais lembra Roswaal transparece:

Anne: “Emily, você se importaria de segurar minha mão?”

Emilia: “Hã? Oh, claro, Anne. ”

Anne: “Além disso, Emily. Você se importaria de me deixar abraçá-la? “

Emilia: “Hã? Oh, claro, Anne. ”

Anne: “Além disso, Emily. Você se importaria de me carregar em seus bra….”

Subaru: “Chega.”

Subaru pegou em Anne Rose que estava procurando segurar a mão de Emilia e abraçá-la em prol dos seus desejos, contudo ele a quis longe de Emilia.

Os olhos de Emilia se arregalam. Anne Rose limpava seu colo, sem se abalar, antes de dar tapinhas exagerados em seus ombros onde Subaru a tocou.

Anne: “Quão brutalmente você separa as pessoas que desejam se tocar, Subaru”.

Subaru: “Aonde obteve essas estatísticas? O questionário me pareceu ser sobre andar na propriedade da Miload sozinho”.

Anne: “A sua estatura deve ser limitada, Subaru, se você é incapaz de ignorar a travessura cativante de uma criança.”

Subaru: “Exceto que eu teria mantido minha boca fechada se fosse apenas travessura infantil!”

Anne Rose friamente tentou justificar suas ações. Apesar de suas palavras, ela ainda tentava agarrar a mão de Emilia sempre que surgisse uma oportunidade,  então Subaru não podia se descuidar.

Anne-Rose é uma parente consanguínea de Roswaal, um prodígio com mais de nove anos.

E ela contém uma idiossincrasia…. Por algum motivo, ela gosta demais de Emilia.

Desde o dia em que o grupo veio para ficar nesta mansão e se apresentaram, Anne Rose mostrou um carinho excessivo pela Emilia. Emilia é uma cabeça de vento crédula, então ela podia ver isso como uma bela demonstração de afeto, mas Subaru via de outra forma.

Afinal, ela era parente de Roswaal. Embora sua fantasia de demi-humano tenham sido derrubadas por sua real fantasia de Echidna, pode não ser o mesmo para seu parente.

Muitos dos servos da casa de Miload são demi-humanos. Aqueles que Roswaal reuniu de todas as suas terras que aparentemente sofreram perseguição e estavam efetivamente recebendo asilo na residência de Miload por testamento de Roswaal.

Simplificando, Subaru estava tentando impedir Anne Rose de roubar Emilia. E Anne Rose estava tentando impedir Subaru de monopolizar Emilia, tornando-os rivais pelo afeto de Emilia. Apesar…

Emilia: “Vamos, Subaru. Não sei o que está te irritando, mas você não pode ficar bravo com Anne assim, quando ela ainda é tão pequena. Você está sendo imaturo.”

Subaru: “Quem ainda é imaturo…? Não, quero dizer, deixa pra lá, Emilia-tan. Dito claramente, o olhar de Anne-Rose não é o tipo que você pode descartar, já que ela ainda é jovem e…”

Emilia: “Sem desculpas! Sinto muito, Anne. Acho que Subaru ainda está perturbado por estar na mansão de outra pessoa. ”

Subaru: “… e ainda se aplica mesmo quando você age como se eu não pudesse me acomodar em camas desconhecidas!”

Subaru e Emilia tinham posturas divergentes em relação à Anne Rose;  então sempre que o assunto era atingido, suas opiniões divergiam de como eles se sentiam sobre ela. Isso se transformava em uma dessas discussões que não leva a lugar algum.

Por que Emilia não percebia como o olhar de Anne-Rose era enjoativo?

Subaru: “Aposto que é uma daquelas coisas em que apenas as pessoas que buscam o afeto de Emilia-tan podem perceber quando os outros estão fazendo o mesmo, sim, é definitivamente isso!”

Anne: “Emily. Subaru acaba de confessar que deseja você. Que indecente. ”

Subaru: “Sua escolha de palavras é a coisa indecente aqui! Como você tem apenas nove anos?!”

Enquanto Beatrice era apenas superficialmente ofensiva, Anne Rose na verdade era ofensiva. Subaru poderia descartar aquele ‘indecente’ como uma simples réplica, supondo que viesse da boca de Beatrice, mas de alguma forma parecia um verdadeiro insulto quando Anne Rose dizia isso.

Emilia: “Por que vocês dois não se dão bem? É tão desconcertante… ”

Subaru: “É porque nós dois, eu… ”

Emilia: “Vocês dois?”

Subaru: “—Mhn, nh.”

Emilia inclinou a cabeça. Subaru não conseguiu pronunciar o resto da frase.

Ele declarou seu carinho por ela inúmeras vezes, mas expressar isso quando outras pessoas estão por perto faz com que pareça barato. Ele também estava dizendo isso sem querer enquanto perdia o ímpeto, o que o torna barato e embaraçoso.

No canto do olho, Anne Rose sorriu vitoriosamente.

Anne: “Agora, então vou abster-me de provocar mais o Subaru. Pois falemos dentro do meu quarto, ao qual já chegamos”.

Disse Anne Rose à pura Emilia e ao Subaru de rosto vermelho.

De repente, Subaru percebeu que eles caminharam por todo o corredor e, de fato, estavam diante de uma porta excessivamente ornamentada. Era o quarto de Anne Rose. Aparentemente, Emilia foi convidada muitas vezes antes, mas esta era a primeira aventura de Subaru ali.

Anne-Rose pegou a mão de Emilia e facilmente se moveu para recebê-la na sala. Mas Subaru interveio e puxou os freios nisso.

Subaru: “Espere. ‘Quarto de Anne Rose’ é uma série de palavras suspeitas, então vou primeiro. ”

Anne: “— Huum. Muito bem, prossiga. Você é livre para fazer o que quiser. ”

Embora parecesse incomodada no início, Anne-Rose concedeu a permissão Subaru com um suspiro. Subaru colocou a mão na maçaneta e, ligeiramente tenso, entrou na sala. Onde…

Clind: “Tenho esperado sua presença, Natsuki-sama. Chá e biscoitos foram preparados. Por favor, encontre um assento e relaxe. Powwow. ”

Clind recebeu-o com uma reverência formal.

Atordoado e sem palavras, Subaru olhou para trás, para ver que Anne Rose parecia totalmente imperturbável.

Emilia: “Hã, Clind-san? Mas eu pensei que você tinha saído para comer com Beatrice e Petra? “

Clind: “Assim o fiz, Emilia-sama. No entanto, parecia que a Senhora achou em sua mente a ideia de realizar uma festa de chá no seu quarto, e, assim, eu participei desses preparativos. Urgência.”

Emilia: “Você tem razão, Anne disse algo assim”.

Clind: “Realmente, a Senhora assim pensou em mim. Percepção. ”

Emilia espreitou a cabeça ao lado do Subaru congelado enquanto falava com Clind. Mas parecia que a conversa deles não combinava.

É quase como se Clind tivesse dito “pensou em mim” em vez de “pediu-me”.

Anne: “Isso o levará à loucura, se você tentar compreender racionalmente as peculiaridades de Clind. É melhor para a mente que você simplesmente aceite isso. ”

Clind: “Estou sempre vigilante para estar um passo à frente de minha convocação. Objetivo.”

“Como diabos a vigilância consegue isso?”

… É o que Subaru estava pensando, contudo Anne Rose e Emilia pareciam despreocupadas quando começam a se sentar. Enquanto inclinava a cabeça mentalmente, Subaru também se juntou ao chá.

Anne: “Visto que Clind preparou o chá, podemos prosseguir com a nossa conversa”.

Clind: “A que diz respeito à melhoria da relação entre Frederica e Garfiel-sama. Conciliação”.

Subaru: “Clind-san, você é um daqueles mordomos onde há vários de vocês?”

Clind: “Essa posição já foi preenchida por Lewes-sama. Arranjo. ”

Clind pareceu pensar que sua inclusão na conversa só iria atrapalhar. Ele preparou o chá com biscoitos para todos antes de ir para um canto da sala onde ficava imóvel como uma estátua.

Seu olhar se fixou em Anne Rose, mas ela ignorou-o, há muito tempo acostumada.

Anne: “Agora, a avaliação de Clind está correta, isso diz respeito ao nosso interesse mútuo em melhorar rapidamente o relacionamento de Frederica e Garfiel…  seria um pensamento válido?”

Emilia: “Sim, isso mesmo. Estivemos quebrando a cabeça tentando fazer algo, mas ainda não tivemos nenhuma ideia maravilhosa. Tem sido uma verdadeira confusão. ”

Anne: “Você fica adorável quando está estressada, Emily. — Então, agora que vocês se aventuraram na mansão para discutir o assunto e se viram paralisados, vocês vieram até mim. ”

Subaru: “Pare de lançar subliminarmente seus motivos ocultos aí.”

Anne-Rose, indiferente, não parecia ser afetada pelo golpe de Subaru. De qualquer forma, ela pareceu entender a situação de Subaru e Emilia, o que economizava na exposição.

Subaru: “Mas de qualquer maneira, você quer que eles façam as pazes também? Qual é a ocasião? Todos os outros apenas insistiram em deixar o tempo resolver isso.”

Anne: “Talvez porque eu esteja menos inclinada a renunciar e menos acostumada a esperar? Devo dizer que as pessoas com quem você falou são em grande parte dessa disposição. ”

Subaru: “Francamente, não é você… Não, mas também pedimos ao Otto.”

Anne: “Então eu corrijo isso para incluir aqueles que são ignorantes para o sucesso.”

Subaru: “Harsh!”

E como é triste que Otto tenha conseguido ter esta impressão de Anne Rose, quando eles só se conheciam há uma semana.

Mas era melhor que Subaru ficasse em silêncio, considerando que não podia refutá-la.

Anne: “Não posso negar que o tempo vai resolver o problema. Uma divisão de dez anos os separa…  dada mais uma década, o problema se resolverá. Mas isso é muito demorado. Porque, dez anos, esse é o mesmo período de tempo desde que minha mãe e meu pai se beijaram pela última vez!”

Subaru: “gggggggn?”

No meio de um discurso nada infantil, ela chegou abruptamente a uma conclusão infantil.

Subaru gemeu, incapaz de acompanhar a mudança repentina das engrenagens, o que levou Clind a colocar o dedo na boca, pedindo silêncio.

Subaru não tinha uma compreensão completa da situação, mas talvez seu conhecimento nesses tópicos fosse o de uma criança de nove anos. Embora ele preferisse não investigar, já que Emilia estava bem aqui e também sob o mesmo equívoco.

Anne: “Importa-se de explicar esse seu gemido bizarro, Subaru?”

Subaru: “Não é nada. Apenas um pouco de catarro e desânimo preso na minha garganta. “

Anne: “Entendo. O que a puberdade traz… Independentemente disso, não tenho intenção de fazê-los esperar por uma década. ”

Emilia: “Estamos pensando da mesma forma. Mas você tem alguma ideia, Anne? ”

Anne: “Quais foram as tuas ideias sobre o assunto, Emily?”

É responder a uma pergunta com outra pergunta, mas, mesmo assim, Emilia franziu as lindas sobrancelhas e levou o dedo aos lábios.

Emilia: “Ermm…”

Emilia: “Acho que eles querem fazer as pazes. Sinto que Garfiel está tentando encontrar tempo para que eles possam conversar e, embora Frederica esteja desconfortável, acho que ela quer conversar. ”

Anne: “Eu vejo, entendo. E então?”

Emilia: “E então tenho me perguntado se seria mais fácil trancá-los juntos em uma sala.”

Subaru: “Com certeza estamos indo para os planos bárbaros, hein, Emilia-tan!?”

Embora Subaru não tivesse ideias melhores, era chocante ouvir isso vindo da boca de Emilia. Ele também apoiava a ideia, mas há algumas questões a serem respondidas. Particularmente…

Subaru: “Quer dizer, poderíamos jogá-los em uma sala, mas esses dois podem escapar de basicamente qualquer sala quando trabalham juntos. Eu preferia que não destruíssemos metade da mansão fazendo isso. Então, em vez de uma mansão destruída, temos uma semana para deixá-los juntos, o que é isso, um speedrun? “

N/T: Speedrun — pelo que foi pesquisado, refere-se a finalizar um determinado jogo no menor tempo possível, seria algo nesse sentido, por isso a palavra foi deixada em inglês.

Emilia: “Então o que devemos fazer, Subaru? Devo usar gelo para fazer um quarto onde possamos trancá-los dentro?”

Subaru: “Não acho que precisamos usar tais condições extremas para relembrar o amor familiar deles, não! Apenas olhe! Algo como fazer com que eles entrem em uma sala compartilhando exatamente o mesmo objetivo! ”

Emilia: “O mesmo objetivo…?”

Emilia inclinou a cabeça, perplexa.

Subaru conseguiu fugir de qualquer ideia criminosa, porém sua proposta não foi mais longe do que isso.

Ele foi concebido para fazê-los compartilhar um objetivo, mas não tinha nenhuma ideia concreta de qual seria. Eles deveriam derrotar algum monstro que eles só podiam enfrentar juntos? Onde exatamente eles iriam encontrar um monstro tão conveniente?

Anne: “Na verdade, meus pensamentos são idênticos aos de Subaru.”

Subaru: “Hã? Você sabe onde contratar ciclopes e quimeras?”

Anne: “Esqueça.”

Anne Rose olhou com desprezo para Subaru, que se desculpou esticando a língua e afundando a cabeça. A menina de nove anos suspirou enquanto as bochechas de Emilia ficaram vermelhas, os olhos brilhavam de expectativa.

Anne: “Partilhamos os mesmos pensamentos, quando se trata de os fazer partilhar um mesmo objetivo. Mas espero que o que sabemos sobre eles seja diferente, e assim diferem as ideias que concebemos, Emily”.

Emilia: “O que sabemos sobre eles?”

Anne: “Pois você conhece melhor Garfiel do que Frederica. Embora eu conheça Frederica por mais de oito anos. Esse rosto com presas é familiar para mim desde que tomei conhecimento.”

Subaru mais ou menos entendia o que Anne Rose estava tentando dizer.

Seu relacionamento com Frederica significava que ela podia fornecer as informações necessárias para preencher a lacuna que Subaru não conseguiu resolver.

— Isto é, quais pontos iguais podem levar a um objetivo comum entre Frederica e Garfiel.

Subaru: “Você tem certeza que isso vai funcionar?

Anne: “Desde que eu possa assegurar ajudantes, sim. Agora, Frederica não apresenta nenhum problema, mas Garfiel sim. ”

Subaru: “Garfiel?”

Anne: “Se a personalidade de Garfiel for exatamente a que observei nestes poucos dias, então não devemos ver problemas.”

Subaru não sabia com que intensidade Anne Rose tinha prestado atenção à atitude de Garfiel, porém pelo que pôde dizer, Garfiel havia sido totalmente ele mesmo durante sua estadia ali.

Ele não estava sendo inutilmente teimoso como no Santuário, ou tentando esconder sua imaturidade de quatorze anos. Subaru podia garantir isso.

Subaru: “Garfiel está sendo totalmente genuíno, então não há problemas.”

Anne: “Excelente. A seguir está a questão dos ajudantes… Talvez possamos pedir ajuda a Ryuzu-san, a sua família. ”

Subaru: “Da Ryuzu-san?”

Ela é quem você nomearia primeiro se listasse as pessoas mais relacionadas a eles.

Mas ela não pareceu totalmente cooperativa e não se sabia se ela aceitaria isso. Apesar de tudo, Anne Rose pareceu pensar o contrário e acenou para que seu mordomo se aproximasse.

Anne: “Clind.”

Clind: “Podemos atrasar os preparativos para o jantar desta noite em duas horas e usar a cozinha. Proposta.”

Anne: “Entendo. Muito bem. Informe quem está cuidando do jantar sobre isso.”

Clind: “Como você comanda, eu irei prontamente. Pressa.”

Depois dessa troca rápida, Clind saiu silenciosamente da sala. Subaru e Emilia observaram surpresos enquanto Anne Rose tomou um gole de chá, sorrindo.

Anne: “Agora, vamos ver este problema resolvido rapidamente. Para outros que ainda permanecem devem ser atendidos.”

Ela disse, mergulhando Subaru e Emilia ainda mais na confusão.


No segundo que Garfiel entrou na cozinha e avistou aquela estatura infamiliar, ele suspirou, reconhecendo que foi pego em uma armadilha.

Garfiel: “… Porra, todo mundo tá ficando tão envolvido.”

Apesar de sua maldição, um sorriso surgiu em seu rosto.

O nariz de Garfiel foi feito sob medida. Seu olfato era tão forte que não tinha comparação com o do homem comum, e ele sentiu o cheiro antes mesmo de entrar na sala.

Mesmo assim, ele se manter inconsciente foi a última gota de teimosia de Garfiel, ou talvez seu orgulho como homem.

???: “Garf?”

Garfiel coçou a cabeça enquanto a mulher olhava para trás e o chamava como uma voz desconhecida.

Diante de Garfiel estava uma mulher com cabelos louros longos e brilhantes. Ela era mais alta do que ele e sua constituição era seguramente robusta. A horda de presas decorando sua boca, combinada com seu corpo poderoso, a fazia parecer um tanto selvagem e violenta.

Se não fosse por sua voz suave e o brilho em seus olhos, as pessoas constantemente teriam uma impressão totalmente errada dela.

Frederica Baumann. É como ela estava se apresentando, ou é o que Garfiel Tinzel ouvia. Tinzel é o nome de sua mãe, e Baumann, de seu pai.

Garfiel não sabia por que Frederica insistia em usar o sobrenome do pai e optou por não pensar nisso.

Ele duvidava que aqueles que planejaram esta reunião tivessem levado em conta esses sentimentos complicados. Ou talvez Garfiel estivesse apenas exagerando a coisa toda, e para quem estava de fora isso não parecia um grande problema.

Garfiel: “Não é sempre que vejo tu aqui, mana.”

Frederica: “E eu poderia dizer o mesmo. E pensar que você se encontraria aqui… O jantar ainda não foi preparado, você não encontrará nada aqui para roubar.

Garfield: “Não tô aqui pra comer. Pare de me tratar como um maldito miúdo.”

Frederica: “Mas não é infantilidade recusar-se a ser tratada como criança? E eu suspeito que você ainda é jovem o suficiente para desejar ser um bebê assim, Garf.”

Garfiel: “Nah, tenho quatorze anos e superei esse obstáculo. Quem diabos é um bebê aqui!?”

Sentindo-se picado, Garfiel uivou em rejeição.

Frederica balançou a cabeça com a reação exagerada de Garfiel e voltou seu olhar para a frente para olhar para a cozinha.

Frederica: “Estou ocupada com uma tarefa neste momento. Garf, não posso dedicar todo o meu tempo ao relaxamento como você pode.”

Garfiel: “Não é como se eu estivesse gastando todo o meu maravilhoso tempo jogando tudo fora também. E eu não tô aqui pra matar o tempo…  Acho que tô aqui pelo mesmo motivo que tu, mana. ”

Frederica: “Pelo mesmo motivo?”

Garfiel: “Embora pareça que tu deveria perguntar a outras pessoas.”

Só por essas palavras, Frederica pareceu entender.

Frederica: “Então é isso…”

Ela murmurou em compreensão.

Frederica: “Eu achei estranho. Do nada, Anne Rose-sama começou a dizer que ela morreria se não comesse uma das minhas tortas de carne.”

Garfiel: “Como diabos isso conseguiu enganar tu, mana.”

Frederica: “O que eles falaram… não, o que a vovó disse que te trouxe aqui?”

Garfiel: “Ela disse que se não comesse minhas incríveis tortas de carne, ela ficaria mais senil”.

Frederica: “Eu também devo me perguntar como você conseguiu encontrar credibilidade nessa declaração.”

Garfiel fechou a boca.

Ouvi-la dizer isso o fez questionar, mas ele não estava sinceramente preocupado, então não havia nada a ser feito.

Garfiel: “Bem, talvez tu simplesmente não consiga entender quando tu desistiu de cuidar dela. Não é estranho aparecer pedindo que o jantar esteja pronto, mesmo depois de ela tê acabado de comer. Claro que me preocuparia, porra.”

Na verdade, é um triste mal entendido vindo do fato de que, quando a personalidade de Ryuzu muda sua rotação para a próxima, as novas Ryuzu não herdam memórias tão extensivamente a ponto de discernir se o jantar aconteceu ou não. Mas Garfiel nunca notaria isso, nem Frederica.

A preocupação dos irmãos com os compostos de saúde mental de Ryuzu.

No entanto, a declaração de Garfiel feriu Frederica de uma maneira diferente da descrita. Porque, embora sem intenção, ele atacou a questão de sua ausência de uma década.

Frederica: “… Sim, nunca voltei ao Santuário nem mesmo uma vez nessa década. E você é quem protegeu o Santuário durante esse período… Eu não tenho o direito de falar como se soubesse o que aconteceu lá, ou o que aconteceu com a vovó. ”

Garfiel: “Não, eu… não é isso que eu quis dizer, não quero dizer isso. Eu só…”

Frederica: “…”

Frederica olho para trás, forçando Garfiel a encará-la novamente. Seu rosto permaneceu desconhecido.

Já fazia uma década. Durante todo esse tempo, a imagem mental de Garfiel de sua irmã permaneceu constante desde dez anos atrás. Mesmo que ele tenha tido esse reencontro e passado algum tempo com ela, ele estava tendo problemas para aceitar isso. E a situação era a mesma para Frederica. Ela devia estar olhando para ele com apreensão, assim como ele a via. Mas isso incomodava Garfiel. Por que a ansiedade dela estava lançando ondas tão intensas quanto as dele?

O que foi que ele a fez sentir?

Garfiel: “… Oh.”

Com aquele olhar sobre ele, Garfiel deu um suspiro. A resposta bateu em seu coração.

Entendi.

Ele conseguiu. Ele sabia exatamente o que espelhavaa emoção nos olhos de Frederica.

É a mesma aparência que Ryuzu teria ocasionalmente, no Santuário. O mesmo olhar que Garfiel veria em seu próprio rosto, refletido na água.

O que significa que é tristeza. Combinado com desculpas.

Garfiel: “Claro que seria.”

Garfiel presumiu que os eventos de dez anos atrás haviam sido resolvidos. Dentro da túmulo, ele se lembrou da despedida com sua mãe de quando ele era jovem. Ele agora entendia o que sua mãe sentia ao deixá-los, e isso resolveu o problema para Garfiel. Ele presumiu que tudo estava igualmente resolvido para Frederica.

Mas não.

O que aconteceu dentro do tumulo afetou apenas Garfiel.

Garfiel veio a entender seus sentimentos por sua irmã e o amor de sua mãe. Ele nunca contou ou informou sua irmã sobre eles, por mais distante que ela fosse.

E então Frederica olhou para Garfiel sem qualquer resolução para os acontecimentos de uma década atrás.

Mesmo que ela tivesse amadurecido, seu olhar era idêntico ao de dez anos atrás.

Garfiel: “Mana.”

Frederica: “….!”

Garfiel: “‘Lamento não ter dito nada. Mas está tudo bem. Não faz mal. Eu sei o que aconteceu com a mãe e com tu também”.

Frederica: “Garf…”

Os olhos de Frederica ficaram marejados e úmidos com a emoção violenta.

O que ele deveria dizer? Embora frustrado consigo mesmo por sua falta de capacidade de se expressar, Garfiel procurou as palavras que iriam transmitir seus sentimentos com precisão.

Ele procurava em sua cabeça e em todos os livros que já leu, as palavras que deveria dizer.

Garfiel: “Eu entendo por que tu deixou o Santuário e por que tu nunca mais voltou depois disso… Não é o que eu realmente posso dizer, mas tô tentando entender. Então é… bem, sabe … ”

Frederica: “Você está… pronto para perdoar a mamãe?”

Garfiel: “O que há para perdoar?”

A boca de Garfiel relaxou em um sorriso enquanto ele respondia a Frederica com um aceno de cabeça.

Exatamente: o que havia para perdoar?

O amor e o ódio que Garfiel guardou em seu coração todo esse tempo foram perdidos. Ele não sabia nada da verdade, nem mesmo conhecia seus próprios sentimentos, explodindo de raiva na escuridão impenetrável — tudo uma birra, nada mais.

Agora que ele sabia a verdade, tudo era insignificante. Não havia nada a perdoar ou ressentir.

Garfiel: “Eu sei agora que a mãe me amou… que ela nos amou.”

Frederica: “….”

Garfiel: “Então, não adianta tentar me manter longe do que aconteceu. Não tem nada a ver comigo mesmo. Que tal começarmos a falar sobre algo um pouco menos porcaria, mana?”

O padrão de fala de Garfiel voltou ao normal enquanto ele esfregava o nariz avermelhado.

Frederica deu um suspiro longo e profundo. Ela enxugava as lágrimas dos olhos.

Frederica: “Garf… você realmente cresceu.”

Garfiel: “Porra de sarcasmo! Eu não cresci nem um centímetro em comparação com tu! Não aconteceu nada! Como tu ficou tão maldita – ghhhah!? “

Frederica: “Podemos ser família, mas isso não é desculpa para dizer essas coisas às mulheres, Garf, seu idiota.”

Frederica agarrou-o pela perna e o jogou no chão, com a parte de trás da cabeça a bater contra o chão. Os olhos de Garfiel giravam enquanto ele olhava para o teto, e Frederica em sua visão acima dele. Seu rosto voltou a ser um sorriso.

Frederica: “Vem, se levanta”.

Garfiel: “Foi tu que me virou, porra.”

Garfiel pegou sua mão estendida. Ele ficou de pé.

Ele se limpou levemente e olhou para o balcão que Frederica estava usando.

Garfield: “Então? Até aonde você chegou com sua torta de carne, mana?”

Frederica: “Juntei os ingredientes e tinha acabado de começar a cortá-los. Porém, me impressiona que você se lembre de como fazê-lo, considerando que você só comia quando era jovem. ”

Garfiel: “É porque alguém deixou a receita para trás para que eu pudesse sobreviver, depois dessa pessoa ter partido. Então, meu incrível eu vai amassar a massa. ”

Frederica: “Então eu vou cortar.”

Garfiel ficou diante dos ingredientes enquanto enrolava uma toalha em volta de sua cabeça sentindo-se preparado. Frederica trouxe os utensílios de cozinha para ele enquanto fazia aquilo, passando-os suavemente para ele.

Os irmãos começaram a trabalhar em conjunto, sem divisões de uma década à vista, uma vez que se ocuparam facilmente do trabalho familiar em conjunto.

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