Subaru: “Mas, falando sério, eu me pergunto se vai dar certo…”
Emilia: “Sério? Mas achei que nosso plano era tããão bom. Aposto que a atuação de Anne e Ryuzu-san enganou totalmente Garfiel e Frederica.”
Subaru: “Tem certeza…? Honestamente, eu achei a presunção da Ryuzu-san e o susto no último segundo do palco da Anne Rose absolutamente chocante. ”
Anne: “Silêncio, Subaru.”
Os três se sentavam à mesa de jantar, esperando para ver como seu plano funcionou, quando Anne Rose interveio nas reflexões de Subaru. Suas bochechas queimaram de um vermelho vivo de vergonha, o que a fez parecer sua idade pela primeira vez.
O plano de Anne Rose para remediar suas relações entre irmãos era extremamente simples.
O assunto era a proposta de Emilia, combinada com a parte que Subaru não conseguia entender, ou seja, como jogar Garfiel e Frederica na mesma sala e compartilhando o mesmo objetivo.
Anne Rose utilizou uma memória partilhada entre os dois para superar facilmente a questão.
Essas tortas de carne que Frederica cozinhava de vez em quando eram sua especialidade desde seu tempo no Santuário. Eles não podiam ter certeza de que Garfiel também sabia como fazê-las, mas…
Anne: “Frederica sempre mencionou isso: que sua avó a ensinou a cozinhar isso, e como ela se lembra que sua mãe cozinhava para ela. Naturalmente, Garfiel também deve ter sido criado nessa culinária, e achei muito provável que ele tenha herdado a receita da Ryuzu-san. Pelo que tenho visto, Garfiel é uma espécie de menino da vovó. ”
Subaru: “Não tenho nada contra tudo isso. Meu problema não é como você descobriu isso com perspicácia. ”
Anne: “Hrmp.”
Anne Rose estufou as bochechas, mas Subaru não permitiu que isso apagasse seu erro.
Eles conseguiram pegar Frederica e dar-lhe uma desculpa para levá-la para a cozinha sem problemas. A questão era como eles dissiparam as suspeitas de Frederica e o motivo que deram a ela.
Subaru: “É com esta aflição que se morre sem tortas. Peça desculpas à torta. ”
Anne: “Foi apenas um deslize da língua. Não há nada que me obrigue a pedir desculpas a … ”
Emilia: “Ele tem razão, também estou um pouco insegura sobre isso. Está bem, vou pedir desculpa a ela”.
Anne: “Suponho que não tenho escolha! Quando Emily diz isso, acho que não tenho escolha! ”
O rosto de Anne Rose ficou vermelho brilhante quando ela prontamente concordou com Emilia.
Subaru desviou o olhar do encantador yuri e olhou para Ryuzu, que se sentava humildemente à mesa.
Subaru: “Ryuzu-san, parece que você está se sentindo um pouco culpada por ter prendido Garfiel em sua armadilha com tanta perfeição.”
Ryuzu: “Erv, claro que não… não, não, não, espere! Explique isso, essa frase que você está usando para agravar minha culpa. Pare com isso, isso dói no coração. “
A declaração maliciosa de Subaru trouxe de volta algumas das atitudes habituais de Ryuzu.
Então ela percebeu que Subaru disse isso para energizá-la, e…
Ryuzu: “Tão tarde, depois de tudo. Não tenho certeza se estou feliz por ter feito isso. Eu queria que eles se reconciliassem, claro. Mas…”
Subaru: “Você não precisa se preocupar com isso. Eles teriam acabado como sempre dizendo que simplesmente os deixamos sozinhos. Portanto, o resultado permanece o mesmo. Tudo o que fizemos foi fazer com que esse resultado constante acontecesse um pouco mais cedo… Acho que é melhor que as coisas aconteçam mais cedo quanto possível. ”
Ryuzu: “Por que isso?”
Subaru: “Caso contrário, é uma perda de tempo quando você poderia estar se divertindo. Os humanos certamente morrerão, então é melhor agirmos enquanto ainda temos areia na nossa ampulheta, certo? “
Ryuzu: “—”
Os olhos de Ryuzu se arregalaram e ela deu um suspiro impotente.
Ryuzu: “Você é um daqueles, não é, Menino Su. Um cara que não questiona seus princípios de vida nem por um segundo. ”
Subaru: “Não, não é isso. Você mal consegue alguém que fica preso a adivinhar coisas minúsculas do jeito que eu faço. Eu apenas tento não refletir sobre isso, dizendo a mim mesmo que não há problema em não fazê-lo, e espero manter essa regra.”
Ryuzu: “Está tudo bem, apenas estou pensando ”.
Subaru: “Sim. Temos pessoas que queremos reconciliadas, e a reconciliação deixa todos felizes. Então é bom não ficar pensando, vamos reconciliá-los. Quando há alguém com quem você quer estar, guarde as preocupações para depois e vá até eles com um ‘EMT!’ É o que tenho considerado ultimamente.”
Obs:“De acordo com o que foi pesquisado, a palavra ‘EMT’ é utilizada para serviços pré-hospitalares de emergência médica, Subaru utiliza essa palavra no sentido de fazer as coisas acontecerem previamente”.
Embora, é claro, ele não pudesse aplicá-lo a tudo.
Subaru era realmente uma pessoa fraca que agonizava desnecessariamente com coisas triviais. Embora tivesse tempo limitado e apenas um punhado de opções disponíveis.
Ele gostaria, pelo menos, de remover suas dúvidas sobre as escolhas que fizesse.
Ryuzu: “Você está certo. Quando você envelhecer como eu, terá tantas coisas para ensinar e aprender que é esmagador. Duvido que eu pensasse algo assim se ficasse no Santuário até o meu fim.”
Subaru: “Você normalmente não fica entediado de estar vivo quando vive a vida. Mas espero que todo mundo tenha percebido isso sem minha contribuição?”
Ryuzu: “Então acho melhor me divertir no meu tempo limitado também. Começarei ficando animada com a fofura dos meus netos e irei os procurar para mimá-los.”
Subaru: “Honestamente, não consigo imaginá-los aceitando alguém mimando-os.”
Frederica era extremamente séria e Garfiel era um opositor.
Nenhum deles iria aceitar bem os mimos da avó. Mas, uma vez que os dois — não, os três — desejassem o amor familiar mais do que qualquer outra coisa, todos eles fariam algo bastante encantador.
???: “Peço desculpas por me intrometer na discussão. Grosseria.”
Quando a voz de um mordomo que silenciosamente apareceu nesta sala sussurrou no ouvido de Subaru. Os olhos de Subaru se abriram de surpresa quando Clind tomou seu lugar para ficar ao lado de Anne-Rose.
Anne: “O que aconteceu, Clind? Eu vou te dizer que eu estava curtindo um momento feliz com Emily agora há pouco. “
Clind: “Dói-me interromper assim. Mágoa. No entanto, devo informar que Roswaal-sama retornou. Aviso prévio.”
Anne: “Ele voltou? Outro retorno dele cronometrado tão perfeitamente a ponto de ser calculado…”
Murmurou Anne-Rose em insatisfação, com as sobrancelhas franzidas.
Enquanto Subaru chorava silenciosamente como até os parentes de Roswaal se sentem assim em relação aos seus hábitos, Anne Rose levantou-se de seu lugar.
Anne: “Parece que o meu tio voltou, por isso pedirei licença para o receber. Emily, Subaru e Ryuzu-san, peço que relaxem enquanto esperam aqui os irmãos voltarem… Particularmente Emily e Subaru. ”
Emilia: “Erm? Ok, entendi. Eu esperarei aqui.”
Emilia deu um aceno sério e Anne-Rose a encarou com afeto. Então ela olhou para Subaru, perfurando-o com seu olhar e aura negativa.
Enquanto Subaru franzia a testa com a disparidade em seu tratamento, Anne Rose saiu da sala com Clind.
Então, Subaru reparou as xícaras de chá reunidas diante dele, Emilia e Ryuzu, quase falando alto.
Subaru: “Alguém viu o Clind-san preparar este chá?”
Emilia: “Não, não vi. Clind-san fez um excelente trabalho, como sempre.”
Ryuzu: “Mhm, um verdadeiro profissional. Este chá é resfriado exatamente ao meu gosto.”
Subaru: “Quer dizer, meu chá está na temperatura perfeita para mim também, mas… e você, Emilia-tan?”
Emilia: “Eu gosto quente, então o meu é tããão quente”.
Subaru: “O que diabos é o Clind-san?”
Anne-Rose disse para apenas aceitar, porém Subaru estava tendo dificuldades. Talvez esta fosse a diferença fundamental entre viver em um mundo paralelo e nascer e ser criado em um.
… era o que ele imaginava ao olhar para Emilia e Lewes, que também pareciam se sentir oprimidas por Clind. Então ele era um desvio afinal. Quando…
???: “Inferno, então é aqui que todos estavam.”
Poucos minutos depois de Anne-Rose e Clind saírem, um homem tigre loiro abriu a porta e fez sua entrada.
Ele parecia ter notado que Subaru e os outros estavam obviamente por trás da armadilha, sua expressão era extremamente complexa. De qualquer jeito…
Subaru: “Parece que alguém descobriu que somos os vilões.”
Garfiel: “Pode dizer que tu me pegou bem, eu parecia tão idiota.”
Emilia: “Como foi, como foi? Vocês conversaram? ”
Garfiel estalava as presas ao se aproximar, quando Emilia o abordou com entusiasmo. Ryuzu aconchegou a cabeça, sem jeito, enquanto ouvia atentamente as próximas palavras de Garfiel.
Garfiel olhou para as duas senhoras e suspirou.
Garfiel: “Sim, valeu por sua intromissão excessiva e desnecessária. A mana e eu… claro, tivemos nossa conversa. Tu não precisa se preocupar com nada. “
Emilia: “Sério? Então como é que vocês não vieram aqui juntos, de mãos dadas? “
Garfiel: “Tu acha que nós é capaz dessa porcaria embaraçosa! Talvez tenhamos feito as pazes, mas isso não significa que um irmão vai dar as mãos tão facilmente. Nem brinque com isso. ”
Emilia: “Mas eu não acho que seja embaraçoso, acho que é maravilhoso”.
Emilia parecia não brincar, mas, sinceramente e infelizmente, pensava isso.
Garfiel não tinha mais nada a lhe dizer, em vez disso, olhou para a hesitante Ryuzu.
Garfiel: “Vó”.
Ryuzu: “… O que é, menino Gar?”
Garfiel: “Desculpe por fazer tu se preocupar. Tô bem agora, e minha mana também. Tu não precisa se preocupar. “
Garfiel esfregou o nariz enquanto falava, e Ryuzu ficou em silêncio. Sua boca relaxou e um sorriso envelhecido impróprio para sua aparência jovem surgiu em seu rosto.
Ryuzu: “Entendo. Isso é um alívio. Você não pode colocar muito estresse sobre os mais velhos. Faz com que eles encontrem seu fim mais rápido.”
Garfiel: “Não é uma piada quando você diz isso, vó, é melhor tomar cuidado.”
Ryuzu recuperou seu comportamento casual. Garfiel bufou.
Garfiel: “De qualquer forma, capitão e também Emilia-sama, sinto muito por tê-los feito fazer isso. “
Subaru: “Não se preocupe com isso. Eu e a Emilia-tan estávamos apenas matando tempo melhorando as relações interpessoais nesta mansão. Nada que mereça um pedido de desculpas. Certo?”
Emilia: “Subaru, você só estava matando o tempo? Este foi um problema sério para eles, você tem que levar isso mais a sério. Hpmf! ”
Subaru: “O quê?! Minha modéstia salvadora saiu pela culatra?!”
Emilia não percebeu a consideração indireta de Subaru por Garfiel. Ou assim ele pensou, quando um sorriso se desenhou no rosto de Emilia e…
Emilia: “Heehee, brincadeirinha. Eu sei o que você está fazendo. Você não é nada honesto, Subaru. ”
Subaru: “Meu Deus… Emk (Emilia-tan Maji Koakuma / Emilia-tan Diabinha Demais) ataca, e os seus compostos místicos… Ela deve estar tentando me matar…”
Garfield: “Porra, eu acabei de fazer isso, minhas desculpas.”
Disse Garfiel, atordoado. Subaru e Emilia trocaram um olhar, antes de encará-lo novamente e…
Ambos: “Ficamos felizes em ajudar.”
Os dois responderam ao seu pedido de desculpas.
Garfiel franziu a testa em insatisfação enquanto Ryuzu deu de ombros.
Subaru fez um sinal de positivo com o polegar para Emilia enquanto ela observava os dois, feliz.
Subaru: “Além disso, Garfiel, o que aconteceu primeiro com a reconciliação, mas também com o suposto gatilho de tudo, a torta de carne. Honestamente, eu estava realmente ansioso por isso.”
Garfiel: “Tu não faz uma torta tão fácil assim. O truque é cozinhá-lo bem e devagar para tê aquele sabor esplêndido. Esplêndido o suficiente para pôr um baumbem para dormir, é um ditado muito bom aqui. ”
Subaru: “O que diabos é um baumbem. É como um baumkuchen? Mas tenho certeza de que se você deixar baumkuchen sem vigilância por muito tempo, ela estragará antes de ficar esplêndida. ”
Segundo Garfiel, demoraria duas horas até que a torta estivesse pronta.
O que significava que coincidiria com a hora normal do jantar e provavelmente acabaria como um prato lá.
???: “— O que devo dizer soa tãããão bem conveniente.”
Tendo perdido qualquer maneira de se distrair de sua fome, Subaru redirecionou sua atenção para como matar duas horas de tempo, quando uma voz familiar falou.
Os quatro olharam para quem falou, unanimemente carrancudos.
???: “Minhaaaa nossaaaa. Deixo a mansão para tratar dos negócios e que oláaaaa desagradável me espera”.
Subaru: “Não que eu não seja grato pelo seu trabalho. Mas você pode, por favor, racionalizar isso enquanto você colhe o que planta, essa coisa em que fazemos essa expressão reflexivamente? Além disso, eu e eles ainda estamos sendo legais. Olhe para Garfiel, ele vai estourar uma veia. ”
Uma veia inchou na testa de Garfiel quando seus olhos começaram a ficar vermelhos.
Esta era a chegada do homem cuja expressão renovada permaneceu estável mesmo antes do brilho de Garfiel, facilmente deduzido de seu padrão de fala característico, Roswaal L. Mathers.
Roswaal foi o cérebro por trás dos eventos no Santuário e, tendo confessado isso, sofreu uma queda na amizade de basicamente todos. A raiva de Garfiel queimou particularmente quente e era impossível prever quando ele explodiria.
Subaru também sentia emoções confusas em relação a Roswaal. E depois de ouvir à confissão de Roswaal, sua incerteza apenas atingiu o pico.
Subaru sabia que Roswaal não era responsável por tudo o que aconteceu no Santuário e na mansão.
Por algum motivo, Roswaal só revelou essa informação para Subaru.
Subaru não sabia por que isso aconteceu, contudo não sentia vontade de revelar a verdade a todos de propósito.
A responsabilidade recairia inteiramente sobre Roswaal ou pelo menos 90% dela. Os 10% restantes estariam em alguma outra parte.
Subaru preferiu não encorajar nenhuma ansiedade desnecessária no momento.
Emilia: “Subaru, você está bem? A cara que você está fazendo é tããão estranha. ”
Subaru: “Ah, sério? Como é que é?”
Emilia: “Humm… bem, é como se seus olhos se tornassem mais desagradáveis, assim.”
Subaru: “Sério? Meu rosto parece tão fofo? “
Emilia: “Mas não é fofo!”
Os dedos de Emilia puxavam os cantos dos olhos para cima enquanto ela imitava a expressão de Subaru. Mesmo quando ela estava tentando reproduzir algo tão horrível, sua fofura anulava. Esse era o seu charme.
Emilia faz beicinho enquanto Garfiel se sentou com raiva. Subaru observava Ryuzu preparar chá para Garfiel enquanto ele falava com Roswaal, o único que ficou de pé.
Subaru: “De qualquer forma, bem-vindo de volta. Você terminou o que saiu para fazer?”
Roswaal: “Ahhaaaaaa, como eu sinto intensamente a bondade do Subaru-kun. E, sim, sem problema. Visitei várias aldeias dentro do meu domínio e nosso novo domicílio.”
Subaru: “Esqueça o domicílio, você percorreu o território? Para quê?”
Roswaal: “Por causaaaaa do tumulto causado pelo incêndio da mansão do Senhooooooor do território. Se eu deixar de demonstrar minha boa saúde, alguns batedores podem começar a traçaaaaaar planos. Tenho como regra zelar pela paz e segurança de minha terraaaaa ”.
Subaru: “Pensamentos sobre o Senhor da terra, sendo o pior brigão planejando os piores lotes?”
Roswaal: “Queeeee duro. Meus cidadãos não sofreram nenhum dano e os moradores de Arlam não sabem a verdade. Você não acha que essa sua atitude persistentemente espinhosa vai noooos atrapalhar no futuro?”
Subaru: “Ghnngh.”
Nunca falhava um ritmo.
Com aquela pontada de crítica, Roswaal recuperou a compostura anterior. Se Subaru revelar publicamente que Roswaal foi quem estava por trás de todo esse caso, isso só os prejudicaria, tanto no que diz respeito à Seleção Real quanto ao gerenciamento do território. E assim mesmo as pessoas da vila de Arlam ainda acreditavam que Roswaal era um bom Senhor.
Apenas Petra, que conhecia a verdade, tinha uma opinião diferente. Mas ela entendia suas circunstâncias atuais e que a única coisa a ganhar revelando a verdade era a autos-satisfação. Portanto, era duvidoso que ela fizesse algo extremo. A inteligência ocasionalmente força as pessoas a tomarem decisões cruéis.
Subaru: “Mas isso não faz com que seja bom para si utilizar isto. Você se esquece disso, e assim que Emilia-tan estiver no trono, você receberá a guilhotina.”
Roswaal: “Terríveeeel. No entantoooo, mesmo assim, posso teeeer a chance de cumpriiiiir meu objetivo. ”
Garfiel: “Não estamos falando da merda de um encontro com os teus malditos objetivos”. Vai fazer Ram chorar se continuar com mais ideias de merda, seu pedaço de merda”.
Surpreendentemente, Garfiel interrompeu as provocações de Roswaal.
As sobrancelhas de Roswaal se ergueram de surpresa e ele casualmente levantou as mãos.
Roswaal: “Meu Deuus, tudo bem. Eu não gostaria particularmenteeee de lutar com todos vocêeees. Por que isso deve se transformar em uma discussão, quando viiim aqui apenas para mostrar o meu retorno? Devo achar isso tudo muitoooo improdutivo. ”
Emilia: “É porque você está dizendo coisas que deixam Subaru e Garfiel furiosos. E posso dizer que você está fazendo isso de propósito. Chega disso, pare de provocar as pessoas. Você não é uma criança. ”
Roswaal tentou resolver a questão de maneira condescendente, quando Emilia o pressionou de cima para baixo, com a mão no quadril. Os olhos de Roswaal se abriram de surpresa enquanto Emilia continuava.
Emília: “Não precisa ficar tão ansioso, todos nós lembramos o que você fez e o que prometeu. Não faz sentido agir mal de propósito e preocupar a todos. Você está tão desesperado.”
Emilia parecia repreender uma criança desobediente.
Todavia, parecia impossível rejeitar suas declarações como incorretas ou extraviadas, e Roswaal permaneceu em silêncio, sem qualquer refutação. Na verdade, a maneira como ele estreitava os olhos e fazia uma careta estranha fez com que parecesse que Emilia acertou o alvo.
Embora Subaru não acreditasse realmente que Roswaal estivesse operando seriamente com base em sentimentos infantis.
Subaru: “Isso realmente limpou o ar. Como esperado da Emilia-tan. ”
Emilia: “…? Mm, obrigado. Além disso, houve mais razões para a sua deslocação pelo domínio do que apenas isso. O que mais você fez, Roswaal? ”
Roswaal: “Ahahaaaaaaa, você ficou mais perceptiva. Patrulhei a região pelos motivos declarados, para demonstrar minha saúde e… para preparar os residentes do Santuário para sua migração.”
Garfiel: “Os preparativos para mover!”
Essas palavras impediram Garfiel de ficar em silêncio. Ryuzu rapidamente retornou para o seu lado enquanto batia as palmas das mãos na mesa.
Garfiel: “Isso significa preparar para onde eles estão indo, hein?”
Roswaal: “Certamente. Seu tempo como refugiados significa que a aldeia de Arlam é o melhor lugar para aceitá-los. Porém, há um limite para o que a aldeia pode conter. Se sua população dobrar de seu número original, eles não serão capazes de se sustentar. Eles poderiam expandir a aldeia, é claro, mas isso esbarra no problema da barreira.”
Garfiel: “Barreira? Seu filho da puta, você colocou mais que essas malditas coisas por toda parte na porra da…”
Subaru: “Não, espere, Garfiel. Não estamos falando de uma barreira como no Santuário. Há um monte de majuus espreitando nas montanhas por ali. Portanto, há uma barreira ao redor da aldeia para mantê-los longe. É disso que Roswaal está falando. ”
Essa barreira era o que estimulou todo o desastre das bruxas.
É totalmente inviável coexistir com as majuus, e sendo assim a vila precisava dessa segregação, era difícil expandir a Aldeia de Arlam.
Roswaal: “Subaru-kun explicou perfeitamente, esseee é o problema. O que significa que o povo de Santuário deve ser distribuído parcialmente para a Aldeia de Arlam e depois individualmenteeee para outros locais. Independentemente de onde os recebam, eles não podem ficar juntos como gente do Santuário infinitamente. Eu sinto uma tristeza de partir o coração, enquanto os vejo deixar o ninho.”
Ryuzu: “Impudência e tagarelice…”
Ryuzu não conseguia segurar os insultos enquanto Roswaal fingia lágrimas.
Roswaal esboçou um sorriso e continuou…
Roswaal: “Eeee assim fiz uma rápida volta pelo território. Embora por interesses de distância e tempo, euuuu apenas visitei os locais próximooooos. Enviei mensageiros para outras cidades, vistoooo que temos uma abundância de problemas que precisam ser resolvidos. ”
Subaru: “Sim, sério. Não volte para seu escritório rápido, pois o Otto vai morrer de tanto trabalhar. É onde você morre esmagado entre o peso da responsabilidade e do trabalho.”
Roswaal: “Que maneira nova de morrer. Muitooo intrigante. ”
Subaru concordou, mas não insistiu no assunto.
Roswaal estav de volta, então Ram devia estar mais animada… era o quão longe Subaru pensou antes de inclinar a cabeça, sentindo algo estranho.
Emilia: “Na verdade, Anne disse que saiu para te receber, mas… ela não está com você?”
Parecia que Emilia se deparou com a mesma pergunta. Roswaal levantou o dedo.
Roswaal: “Isso é porque eu tinha um pedidoooo para ela. Eu estava pensando em resolver um desses problemas que exigem resolução.”
Emilia: “Problemas que exigem resolução?”
Roswaal: “Aquele no salão de banquetes. Eu acredito que você já se preparou para isso, Emilia-sama. ”
Emilia: “—!”
Os ombros de Emilia se ergueram de surpresa.
Mas o choque durou apenas um instante. Sua expressão imediatamente ficou séria, e ela olhou para Subaru com uma forte vontade em seus olhos de ametista.
Ele saboreou o formigamento na espinha enquanto inclinava a cabeça, questionando. Mas ninguém lhe deu uma resposta clara.
Emilia: “Tudo bem. Está começando agora? ”
Roswaal: “Podemos começar no instante em que você estiver pronta. E ainda temos tempo antes da torta terminar de cozinhar. Eu diria que agora é o momento perfeito para isso.”
Emilia: “Isso é uma coisa tão importante, mas não parece tão desleixado?”
Roswaal: “Atualmente é difícil para nós agendarmos horários designados. Considerando que você estará ocupada a partir de amanhã, não deveríamos aproveitar esta oportunidade? ”
Emilia: “É… tá bom. Eu vou fazer isso.”
Roswaal acenou totalmente satisfeito.
Os dois pareciam ter chegado a um acordo, entretanto Subaru não tinha ideia do que estavam discutindo. Garfiel e Ryuzu também deviam estar no escuro.
Subaru: “Ei, pare de sair concordando com as coisas sozinhos. Do que você está falando? É melhor você não tentar fazer Emilia-tan fazer nada engraçado de novo. ”
Roswaal: “Isso seria um terríveeel mal-entendido, Subaru-kun. E relaxe. Esta questão não envolve apenas Emilia-sama, mas muito você tambéeem. ”
Subaru: “O que você quer dizer com eu também…”
Envolvido? Antes que ele pudesse terminar a frase, Roswaal aproximou de seu rosto. Subaru involuntariamente recuou, suas costas batendo na parede e o dedo de Roswaal pousando em seu nariz.
Roswaal: “Estamos discutindo a cerimônia de seu querido título de cavaleiro.”
Subaru: “Você sabe! Normalmente você não mantém os detalhes de um evento importante em segredo das pessoas envolvidas! As pessoas fazem casamentos surpresa para os noivos? Os funerais surpresa são sempre uma coisa? Não, eles não são.”
Tendo sido arrastado para uma sala para se trocar, Subaru reclamava enquanto tirava seu agasalho. A notícia de Roswaal na sala de jantar foi um choque absoluto para ele.
— Cavaleiro.
A cerimônia em que o mestre reconhece seu subordinado como seu cavaleiro e todos os outros reconhecem sua mudança de status.
Ele vinha com formalidades e etiqueta extensas, que certamente diferiam de acordo com o país e a visão de mundo. Subaru testemunhou muitas dessas cerimônias em mangás e animes, contudo era nconcebível que ele se lembrasse do que eles tinham em comum e o que era diferente.
E é claro que não se podia esperar que ele conhecesse a etiqueta para um elogio lugnicano.
Subaru: “Esperamos que todos eles foram e prepararam tudo como se fosse a coisa óbvia a fazer. Talvez aquela maldita Anne Rose estivesse com ciúmes sobre como eu estarei totalmente ao lado de Emilia e está tentando me humilhar! “
Otto: “Acho que não. Embora, naturalmente, a estrela de um prêmio seja o cavaleiro que o recebe, seu mestre é quem é obrigado a informá-los. Se Anne Rose-Sama agisse com essa teimosia inútil, isso humilharia não apenas você, mas Emilia-sama. Você acredita que alguém tão inteligente quanto ela faria isso? “
Subaru olhou para Otto, que está ajudando com sua troca de roupas. Você poderia perguntar como ele possivelmente ajudava a mudar de roupa, mas essas roupas cerimoniais tinham vários modos de vestir.
Esse Subaru não sabia.
Clind: “Natsuki-sama, a forma correta de usar isto exige que se comece com este sub-vestimento, e se proceda com estas descidas. Aconselhamento”.
Subaru: “Ah, obrigado. Ou não, na verdade, essas roupas ficam tão bem em mim que é assustador, há quanto tempo essa cerimônia foi planejada exatamente? “
Clind: “Foi levantado em discussão imediatamente após sua chegada em nossa casa. E uma vez que as decisões foram tomadas para realizar a cerimônia após o retorno de Roswaal-sama… eu asseguro a vocês que Emilia-sama estudou e ensaiou a cerimônia completamente. Relatório.”
Subaru: “O relatório está atrasado! E por que Emilia-tan estava mantendo isso em segredo também?!”
Otto: “Talvez por que seria estranho? De qualquer forma, você realmente não conhece uma única etapa do processo? Isso seria um problema… ”
Subaru enfiou os braços nas mangas das roupas que Clind lhe deu, sem saber o que fazer. Otto percebeu a genuína perturbação de Subaru e pareceu começar a ver os obstáculos que impediam esta cerimônia.
Subaru: “Certo? Está condenado. Fico feliz que Emilia-tan se sinta assim, e é uma loucura como estou honrado por receber o título de cavaleiro, mas estamos ferrados se essa cerimônia fracassar, não é? Sim, ok, é melhor eu ficar de joelhos e implorar para que isso seja adia—”
???: “Dê um passo à frente quando for chamado e ajoelhe-se diante de Emilia-sama. Então você puxaria sua espada de sua bainha e passaria por ela. Emilia-sama pega a espada e coloca em seu pescoço, ela fala o juramento… então você aceita o juramento em troca. Isso é tudo. ”
Subaru: “… O quê, sério?”
Murmurou Subaru em estado de choque.
Todos na sala olharam para Garfiel, que cruzava os braços.
Garfiel: “O quê. Tu não vai acreditar em mim? “
Subaru: “Não é isso, é que estou chocado que você saiba disso. Quão estranho é para você ser versado em eventos formais como este…? ”
Garfield: “Não, capitão. Não é que eu saiba alguma coisa sobre eventos formais.”
Garfiel acenou com a mão surpreso, porém isso não eliminou o fato de que ele apenas descreveu o processo formal de um elogio. Subaru franziu as sobrancelhas interrogativamente e…
Garfiel: “É só que esse título de cavaleiro é incrível, então eu memorizei.”
Subaru: “Oh, Certo. Entendi.”
O raciocínio era tão convincente que Subaru concordou instantaneamente com ele.
Sua poderosa mente chuni ofereceu assistência mesmo aqui. Claro que Garfiel saberia sobre elogios…! Era o poder de persuasão deste argumento.
N/T: A palavra que Subaru fala “Chuni”, em Japonês significa “Chūnibyō” é um termo coloquial japonês que se traduz como “doença do segundo grau”. “Síndrome do segundo ano do ensino médio” ou “Síndrome da oitava série”, normalmente usado para descrever adolescentes que têm megalomania, definido por delírios e fantasias de poder, relevância ou omnipotência.
Otto: “Essa assunto está de acordo com o seu conhecimento, Clind-san?”
Clind: “Sou apenas pouco versado no assunto, mas os meus conhecimentos coincidem com o que ouvi. Curvo a minha cabeça perante a maestria de Garfiel-sama. Sucinta”.
Otto: “Mas isso faz parecer que você também conhece o procedimento… não, deixa pra lá. Desconsidere esse comentário. ”
A vida de Otto era abrir latas de vermes para encontrar demônios dentro.
Ninguém que testemunhasse o brilho misterioso do olho monoculado de Clind criticaria Otto pelo seu retiro.
De qualquer maneira, Subaru alisava as rugas de suas roupas, vestia sua jaqueta e começava a adorná-la com os enfeites necessários.
Subaru: “Essa roupa é uma loucura. Levei séculos para me acostumar com o uniforme de mordomo, mas acho que nunca serei dono deste visual.”
Otto: “Você não terá oportunidades suficientes para usá-lo a ponto de dizer que o ‘possui’. Seria outro caso, se você estivesse entrando na nobreza… embora eu suponho que ainda não está claro o que o seu futuro trará.
Subaru: “O que significa?”
Otto: “Emilia-sama está na escala social. Sendo que você a está seguindo, suspeito que participará de mais do que alguns eventos neste sentido. Afinal, esse traje foi feito sob medida”.
Embora sinta admiração pela obra de Otto, pensamentos sobre o futuro deprimiam Subaru.
Ele imaginava esses eventos formais e seu coração estremecia, por mais inepto que fosse para permanecer firme aos seus princípios. Embora essas preocupações só existissem se ele passasse com segurança pela próxima cerimônia.
Subaru: “Maldito Roswaal, aposto que ele escondeu de propósito para me ridicularizar…”
Garfiel: “Reclamar não vai te ajudar em nada, capitão. Agora repita o que eu disse, certifique-se de não esquecer.
Subaru: “Eu me ajoelho, tiro a espada da bainha, dou a ela e faço o juramento. Quer dizer, já passei por duas cerimônias de formatura, posso pelo menos memorizar isso. ”
Exceto que ele compareceu a essas cerimônias depois de praticar adequadamente para elas.
Subaru: “Eu sei que é tarde para dizer, mas se isso é um elogio, então todos os cavaleiros imperiais devem ter feito isso.”
Otto: “Não apenas os cavaleiros imperiais, mas todos os que detêm o título de Cavaleiro. Embora eu acredite que seja raro desconsiderar todos esses requisitos e se comprometer diretamente com um mestre. Normalmente você juraria fidelidade à nação antes de selecionar um mestre.”
Subaru: “Portanto, é a diferença entre servir o país e servir a um indivíduo. Acho que é certo servir a um indivíduo. ”
De qualquer jeito. Ele podia dizer ‘Eu sou um cavaleiro’, embora não parecesse verdade.
Subaru se proclamou o cavaleiro de Emilia várias vezes. Insistiu nisso.
Mesmo sabendo que seu falso título estava ganhando legitimidade, ele não pode aceitá-lo exatamente. Ele também questionava como exatamente ser reconhecido como um Cavaleiro o mudaria.
Subaru: “Tudo isso depois que você me vestiu com essas roupas de verdade. Sério, isso me encaixa perfeitamente, quando você tirou minhas medidas? ”
Clind: “Diariamente, intercalado entre pausas na sua consciência. Eu já havia confirmado que servia, mas me alegra em ver você se vestindo. Esplendoroso.”
Subaru: “Não estou surpreso com as medidas, mas quando você verificou o ajuste? Eu já estive vestido com essa roupa antes?”
Clind não respondeu enquanto sorria e levava Subaru, que acabou de se vestir, para um espelho. Enquanto Subaru ficava refletido no espelho de corpo inteiro, sua respiração ficou presa.
Ele usava uma roupa cerimonial preta que claramente excedia sua posição e o engrandecia, mas não era escandalosamente decorada. Não importava como Subaru posasse, as roupas cativantes faziam com que parecesse bom. E, quando ele se comportava com sobriedade, de fato esta era uma roupa para cerimônias formais.
Entretanto, sim, definitivamente parecia que Subaru era inferior às roupas.
Algo parecia estranho, como se ele estivesse frequentando Shichi-Go-San ou algo assim. Mesmo assim…
N/T: Shichi-Go-San, é um tradicional festival e ritual de passagem do Japão para meninas de três e sete anos e meninos de três e cinco anos de idade, que acontece todos os anos no dia 15 de novembro.
Otto: “Mm. Ficou melhor em você do que eu esperava. ”
Garfiel: “Parece que as roupas estão te desgastando, mas não te derrotaram totalmente. Tu pode relaxar, capitão. “
Clind: “Na verdade, combina com você. A impressão que Emilia-sama tem de você certamente alcançará alturas ainda maiores. Aumento da amizade. ”
Subaru: “Você pensa isso sinceramente? Vocês todos, sinceramente, acham isso? “
Subaru reajustaou seu colarinho várias vezes enquanto olhava desconfiado para Otto que, apesar de sua franqueza, não zombou da aparência de Subaru.
Mas a expressão de Otto permaneceu perfeitamente estável, e ele olhava para Subaru com orgulho. Nem mesmo Subaru podia responder a isso.
Garfiel: “Aqui, pegue isso, capitão.”
Nenhuma quantidade de fofoca provocaria uma mudança dramática.
Subaru suspirou enquanto se virava, e Garfiel deu a ele sua lâmina de cavaleiro para apoiá-lo. Subaru o aceitou reflexivamente, quando a coisa esguia o fez engolir o fôlego.
Clind: “Seria melhor que você usasse sua lâmina favorita, mas sendo que você não possuía nenhuma, nossa casa providenciou isso. Você pode mantê-lo, se assim o desejar. Presente.”
Subaru: “A espada de um cavaleiro… huh. E é real, naturalmente? ”
Otto: “Duvido que você encontrasse uma espada de madeira com um artesanato tão excelente. Só uma criança encontraria alegria em algo assim… hm? Estou sentindo uma nova oportunidade de negócio…? ”
Enquanto testemunhava o potencial nascimento de espadas de madeira em lojas de lembranças no mundo paralelo, Subaru sentiu o peso da espada em suas mãos.
Esta não era sua primeira vez segurando uma espada.
A última foi durante o caso dos majuus, na Aldeia de Arlam, quando ele foi para as montanhas com Ram para procurar Rem. Ele aceitou uma espada da brigada masculina da vila, empunhando a coisa sem pensar muito.
A espada quebrou antes que ele pudesse usá-la para lutar contra qualquer majuu, então, embora não tenha conseguido ser nada decisivo, deu a Subaru sua primeira experiência em esfaquear uma criatura viva com uma lâmina, o que ele nunca fez desde então.
Esta lâmina devia ser mais fina e leve do que a anterior. Mas o peso que ele sentira nas mãos era incomparável.
Ele inconscientemente estalou a garganta, uma sensação de aperto no peito.
O peso dessa espada e desta espada eram totalmente diferentes.
E Subaru sabia que todo o propósito daquela cerimônia era reconhecer esse fato.
Otto: “Natsuki-san. Vou ligar para você antes de começar. Vou fazer a inspeção final da sua vestimenta, então, por favor, certifique-se de mantê-la em ordem. “
Subaru: “… Entendido.”
Otto devia ter visto a mudança na expressão de Subaru e percebido como ele estava começando a encarar a cerimônia de maneira adequada. Com essas palavras, ele e os outros saíram da sala.
Deixado sozinho na sala, Subaru se arrastou sobre uma cadeira próxima e sentou-se diante do espelho.
Com a espada nas mãos e o rosto no espelho, ele mergulhou em pensamentos.
Cavaleiro. O peso do título pressionava os ombros de Subaru.
Subaru alguma vez considerou seriamente o significado dessa palavra que ele usou tão levianamente?
Naturalmente, ele estava falando sério naquela época. Ele não usaria isso como armadura para esconder sua ousadia em se proclamar o cavaleiro de Emilia. Contudo…
Subaru: “Julius, Reinhard.”
Subaru pensou no alto escalão de cavaleiros deste país. Um é o Cavaleiro dos Cavaleiros. Um é o Cavaleiro Impecável.
Eles são o orgulho da cavalaria e o emblema de qualquer cavalaria.
Quando Subaru chamou a si mesmo de cavaleiro, ignorante desses fatos, Julius empurrou severamente a verdade nele.
Subaru: “O que um cavaleiro precisa é de poder e fidelidade… acho que era isso.”
Se esses fossem os requisitos, então Subaru ainda não estava apto para ser um cavaleiro.
Os sentimentos de Subaru por Emilia não eram tão majestosos quanto a fidelidade. Ele era incapaz por si mesmo e não conseguia atingir as capacidades médias, mesmo com a ajuda de Beatrice. Tanto seu poder quanto sua lealdade eram insuficientes como sempre.
Todavia, agora ele tinha a vontade que antes não tinha.
Não era fidelidade, mas era comparativamente forte. Ele podia não ter poder, mas tinha o espírito e a determinação para compensar o que faltava. Ele não podia mudar que ele parecia muito estranho para ser chamado de cavaleiro, porém era isso que o tornava Subaru.
Como diabos Natsuki Subaru era adequado para qualquer coisa tão magnífica como cavalheirismo.
???: “O quê. Parece que eu não precisei visitar, afinal. ”
Aconteceu quando Subaru se encarava no espelho, tendo resolvido um ponto.
Ele via uma pequena silhueta parada ao lado dele, curvada para a frente como ele estava. A garota refletida ao lado dele no espelho, com suas longas e extravagantes tranças, era Beatrice.
Subaru: “Estou me vestindo. Sua loli suja. “
Beatrice: “Você já está vestido, suponho. E me pediram para vir aqui para fazer algo, já que você parecia tão persistentemente inseguro, na verdade. Então eu tive que vir aqui para te dar um tapa nas costas, eu suponho. — Mas parece que eu não precisava, na verdade. ”
Subaru: “Esses caras …”
Quem foi o intrometido aqui? Otto? Garfiel? Talvez até Clind? Ou talvez tivessem sido todos eles, e Subaru tinha que sorrir amargamente com o quão provável era.
De fato. Não havia ninguém mais adequado para dar uma palestra para Subaru neste momento do que Beatrice. Ela era a melhor escolha. Então ele iria se impor aos cuidados dela.
E, consequentemente, elevaria a expressão de Beatrice, pois ela lamentava a desnecessidade de sua presença aqui.
Subaru: “Minhas costas”.
Beatrice: “…?”
Subaru: “Se você vai me dar um tapa, por favor, faça. Sinto que resolvi algumas coisas… mas ainda estou procurando aquele empurrão final. ”
Os olhos de Beatrice se arregalam em choque. A expressão dela era tão incrivelmente querida que Subaru teve que se controlar para não rir.
Subaru: “Vamos, por favor.”
Beatrice: “Você não precisa se preocupar… Eu sei que não estou preocupada, eu acho”.
Subaru: “Não estou dizendo isso por preocupação. Eu só acho que, não importa quem te dê aquele tapa nas costas, isso acaba sendo o empurrão final. Então, se estou escolhendo quem é essa pessoa, quero que seja você.”
Beatrice: “…”
Subaru: “Eu quero que você me dê um tapa nas costas e seja a força final que eu preciso para ser o cavaleiro de Emilia. Parece-me mais assim. ”
Ele podia estar apenas dizendo isso para sua paz de espírito, contudo isso era ótimo, o que havia de tão ruim na paz de espírito?
Talvez fosse apenas um problema de como ele estava se sentindo. Entretanto, isso apenas tornava-o mais legítimo, claro que ele deveria fazer com que ela o fizesse se sentir melhor, então.
Porque o coração sempre se expressa com a linguagem mais simples.
Beatrice: “V-você é idiota sem esperança, na verdade. Você estaria absolutamente perdido sem Betty, suponho.
Subaru: “Sim, eu estaria. Sou totalmente inútil sem você. E quando estou com você, normalmente sou inútil. ”
Beatrice: “O que significa que você ainda é inútil, na verdade! Pura descortesia, suponho!”
Subaru: “E agora este idiota inútil vai ser o cavaleiro de Emilia e gradualmente deixará de ser tão inútil. Portanto, sempre que começo a beirar a inutilidade, coloco minhas esperanças em você. ”
Subaru levantou-se da cadeira e deu um tapinha na cabeça de Beatrice.
Beatrice pareceu insatisfeita com seu manejo vigoroso, mas não faz nenhum movimento para impedi-lo e não expressou uma única reclamação.
Subaru: “…”
Depois de saciar-se com tapinhas de Beatrice, Subaru lentamente se virou para lhe apresentar as costas.
E certamente ela entendeu o que isso significa. Ela respirou fundo e se preparou.
Beatrice: “— Hiyaah, na verdade!”
Com um grito adorável, o barulho de suas palmas ecoando pela sala surgiu.
O impacto de sua pequena mão doeu mais do que Subaru esperava. E um choque ainda maior correu de suas costas para todo o corpo.
Subaru: “Cara, você é surpreendentemente forte.”
Beatrice: “Eu não andava por aí carregando livros grandes e pesados todos os dias à toa, suponho.”
A gabolice de Beatrice o fez pensar em seu tempo na Biblioteca.
Sim, Beatrice sempre estava lendo livros grandes o suficiente para esconder seu pequeno corpo. Hoje é onde ela mostra os efeitos de suportar constantemente todo esse peso.
Embora ele não soubesse se exercícios musculares realmente fizessem algo para os espíritos.
Subaru: “Então, inesperadamente descobrimos um mágico muscular. Massiva Beako. ”
Beatrice: “Eu suspeito que você acabou de usar uma qualidade incrivelmente terrível comigo, na verdade.”
Subaru: “Apenas sua imaginação. E o homem que me estimulou. Obrigado.”
Beatrice: “… Você é meu contratante, então é claro que faria isso, suponho.”
Corando ligeiramente, Beatrice desviou o olhar de Subaru. Isso o fez querer dar um tapinha nela novamente. No entanto, antes que ele pudesse alcançá-la…
Clind: “Natsuki-sama, a hora está próxima. Preparações.”
Clind bateu na porta e espiou dentro, chamando-o. Com os segundos se aproximando, ele engoliu em seco com a tensão.
Mas seus membros e rosto pareceram menos rígidos do que esperava. A tensão reprimida o soltava de um jeito bom, e ele cantou baixinho os elogios ao tapa inesperadamente eficaz de Beatrice.
Clind: “Um assento foi preparado para você também, Beatrice-sama. Como também estarei presente, humildemente ficaria muito grato, supondo que você possa aceitar minha presença. Compreensão.”
Subaru: “Ok, entendi. Por favor, não ria se eu errar. ”
Clind: “Como você comanda. Solenidade.”
Clind esperava do lado de fora da porta para escoltar Subaru, que deu um suspiro e estalou o pescoço. Ele olhou de volta para Beatrice, sem saber o que dizer.
Subaru: “Bem, estou indo.”
Beatrice: “Como deve ser, na verdade.”
Era uma troca simples, mas o suficiente.
Suas palavras e ações já deram a ele mais do que o suficiente.
Beatrice: “Subaru.”
Mas bem no final, Beatrice parou Subaru uma última vez. Pouco antes de sair da sala, Subaru olhou de volta para uma Beatrice com o rosto vermelho.
Beatrice: “Essa roupa fica bem em você, eu suponho.”
E com isso, ela forneceu a ele o último pedaço de confiança de que ele precisava.