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Re:Zero Kara Hajimeru Isekai Seikatsu – Arco 5 – Capítulo 7

O Pecador Zarpa

Subaru: “Seu coração foi roubado por uma Cantora… isso é um apelido? Não soa nem um pouco legal, mas ele tá usando como se fosse.”

Após ouvir a resposta de Subaru, Anastasia ri, e logo em seguida começa a brincar com as pontas de seus cabelos macios.

Anastasia: “Tem razão, soa mais como um apelido do que um título. Mas é o que ele diz: Meu coração foi roubado por uma cantora.”

Subaru: “Err, mas o que isso quer dizer?”

Anastasia: “Que seu coração foi roubado por uma mulher, e ele anunciou isso com orgulho e publicamente— por acaso isso não te lembra de algo que aconteceu naquela cerimônia da Seleção Real na capital?”

Subaru: “Deixa aquilo de fora disso. O passado fica no passado.”

O rosto de Subaru se contorce só de lembrar da humilhação que sofreu nas mãos de Julius. Foi tanta que ele queria colocar a mão no rosto e rolar pelo chão. Embora ele ainda acreditasse que estava certo naquilo que havia dito, o jeito pelo qual expressou seus pensamentos deixou muito a desejar. De qualquer forma…

Subaru: “Mas eu entendo o que você quer dizer. É difícil admitir, mas eu me identifico com ele. E aí, como que ele é?

Anastasia: “O apelido é um tanto exagerado, mas o homem em si é responsável e apto. Para ser nomeado o herdeiro da Companhia Muse não é necessário apenas ser o filho mais velho. Não há dúvidas quanto às suas capacidades como homem de negócios.”

Otto: “Eu também posso garantir isso, Natsuki-san. O jovem líder da Companhia Muse… Kiritaka Muse, é de fato famoso. Sua habilidade é assombrosa, mesmo sem a reputação da já famosa Companhia Muse de lidar de com minérios mágicos.”

Já que era um mercador, Otto também conhecia Kiritaka. No entanto, após concordar com as palavras de Anastasia, Otto vira para Anastasia com um olhar penetrante.

Otto: “De fato, Emilia-sama necessita de pedras mágicas puras de um fornecedor profissional, e perguntamos para a Companhia Muse… mas eles não estavam abertos a negócios. Me pergunto como e porque Anastasia-sama está assegurando o auxílio deles.”

Anastasia: “Talvez seja uma questão de confiança? Talvez seja uma questão de sinceridade. Seja como for, um lado deve estar disposto a se aproximar ao outro para estabelecer uma relação funcional, não concorda?”

Otto: “…Acho que é um bom ponto.”

Otto desiste de desafiar a indiferente Anastasia, que estava fingindo não entender muito bem a situação. Ele decide começar a discutir sobre as pedras mágicas em si.

Otto: “Para começo de conversa, eles realmente têm a pedra mágica rara que estamos procurando?”

Anastasia: “Entendo suas suspeitas, mas tenho certeza de que compreende como seria óbvio se estivéssemos mentindo sobre um comerciante famoso.”

Otto: “Entendo. Então, tem alguma outra condição, ou tudo bem nós negociarmos com ele?”

Anastasia: “Você está um tanto preocupado, mas está bem. Lembre-se eu simplesmente tomei conhecimento de onde encontrar o minério mágico que a chapa de Emilia-sama está procurando, e já expliquei porque te dei tal informação.”

Assim como Anastasia já havia dito, gratidão não precisa de um preço.
Otto, entendendo isso, para de questionar Anastasia. Vendo que a conversa deles havia chegado a um fim, Emilia, meio nervosa, levantou sua mão.

Emilia: “Hmm, tudo bem se eu perguntar uma coisa?”

Anastasia: “Sinta-se à vontade. Qualquer coisa envolvendo nossos negócios e relações pessoais são uma questão de confiança. Sanar dúvidas nos trará paz de espírito.”

Emilia: “Parece que isso não tem muito a ver com dinheiro, não é…”

Anastasia: “Isso é mais do que só uma simples questão sobre salário por hora, afinal. Bem, é de se esperar. Não acha, Natsuki-kun?”

Anastasia sorri para Subaru, que responde dando de ombros. Emilia continua a fazer suas perguntas.

Emilia: “Você nos contou um pouco do Kiritaka-san, mas ainda estou curiosa sobre a cantora que você tinha mencionado. Ela é famosa?”

Embora seja uma pergunta simples, Subaru também queria saber a resposta. Até onde ele sabia, o sobrenome de Kiritaka, Muse, era tipo uma Deusa da Música na mitologia de seu mundo. Era uma estranha coincidência, mas talvez ele estivesse destinado a se apaixonar por uma cantora.

Subaru: “Me pergunto se é pra ela ser alguma figura mitológica ou coisa do tipo. Claro, ela não é tão influente quanto Hoshin das Planícies. Na verdade, se Hoshin tivesse se apaixonado por alguém mitológico, provavelmente seria um desastre.”

Julius: “Não há do que se preocupar, a Cantora Liliana-san é 100% real e se encontra em Pristella no momento. Acolhida por Kiritaka-san… assim que ela está agora.”

Subaru: “No momento… quer dizer que é diferente da situação antiga dela?”

Julius: “Ouvi dizer que ela era originalmente uma barda poética que cantava e viajava por aí. Kiritaka-san viu um de seus concertos e agora ela está desse jeito.”

Ao ouvir a explicação de Julius, Subaru imaginou um pássaro engaiolado. Pássaros são animais que vivem livremente até que chamam a atenção de alguém que os captura. Era assim que era a situação dessa Liliana? Será que a afeição paranoica de Kiritaka acabou confinando Liliana?

Subaru: “É uma história desagradável. As canções dela não deveriam ser voltadas pra apenas uma pessoa, ela deveria poder cantar livremente.”

Julius: “Concordo, mas talvez seja um mal-entendido de nossa parte. Se bem que, vendo a obsessão de Kiritaka-san com Liliana, é uma conclusão inevitável.”

Subaru: “A minha impressão desse tal de Kiritaka acabou de piorar um bocado. Será que as negociações realmente vão se sair bem? É difícil imaginar a gente negociando com alguém desse tipo.”

A primeira coisa que vem em mente é a imagem de um homem rico nojento, ganancioso, gordo e lascivo. Assim como Otto havia dito antes, era estranho ele ter ignorado a busca inocente de Emilia por uma pedra mágica. A impressão que Subaru tinha do homem era de fato ruim.

Subaru: “Não tô gostando da ideia de deixar uma pessoa dessas ver a minha magnífica Emilia-tan.”

Julius: “Não deve haver nenhum problema se ele ver a Emilia-sama. Kiritaka-san é um pouco difícil de se lidar, mas ele não seria tão indiscreto. No entanto…”

Julius pausou, incerto em como continuar sua frase, essa hesitação rara deixou Subaru perplexo. Finalmente, Julius suspirou levemente e desviou seu olhar, de Emilia foi para Subaru.

Julius: “Talvez não seja uma boa ideia trazer Beatrice-sama com você.”

Subaru: “Mas o que isso quer dizer?”

Anastasia: “Bem, Kiritaka-san e eu estamos em bons lençóis, o que significa que já conversei com ele o suficiente para conseguir imaginar no que ele pensaria.”

As palavras de Julius de Julius e Anastasia.

Levam a apenas uma conclusão.
Subaru se levanta e…

Subaru: “…Ele é um lolicon!?”

Julius: “É algo que só podemos especular. Em outras palavras, um boato não confirmado. A todo modo, seus gostos não mudam o quão charmosa Anastasia-sama é.”

Anastasia: “As suas palavras não tem tanta elegância.”

Elegante ou não, Anastasia não parecia ligar para o que Julius disse. A teoria de Subaru não foi refutada então ele aceitou como sendo verdade. Ainda assim, ele pensou consigo mesmo: “Só pode ser brincadeira”.

Subaru: “Mais lolicons irritantes, como se já não bastasse o Clind…”

Relembrando aquele mordomo excepcionalmente competente, Subaru estava com vontade de enfiar sua cabeça em um buraco. No entanto, havia uma clara diferença entre os gostos de Clind e Kiritaka. Clind provavelmente não mostraria interesse em Anastasia. O que Clind buscava era a juventude de alguém por dentro, como podia ser visto em sua atitude com Emilia. Ele via como ela era imatura por dentro e a considerava uma loli mentalmente.

一Por outro lado, Kiritaka era uma pessoa que focava mais no que havia por fora. Anastasia provavelmente era mais ou menos da mesma idade que Subaru, mas parecia muito mais nova. Já que seu corpo provavelmente não irá crescer muito mais do que já está, ela pode ser considerada uma loli legalizada. Era óbvio que Kiritaka iria ter uma tendência a gostar dela. Já Beatrice…

Subaru: “A nossa Beako é uma loli versátil que pode satisfazer os gostos tanto do Clind quanto do Kiritaka…”

Beatrice: “Eu não entendi muito bem, mas sinto como se tivesse sido um comentário bem rude.”

Subaru: “Idiota! Argh, eu estou preocupado com você! Você tem uma… uma aparência perigosa. Você vai me fazer ficar preocupado se não ficar mais atenta!”

Beatrice: “Eu-, ah, hmm… s-se você está preocupado, então não tem nada de errado, eu suponho. Hehehe.”

Embora não compartilhasse do pânico de Subaru, Beatrice alegremente se agarrou à manga de Subaru. Por ora, Subaru iria segurá-la firmemente. Enquanto estivessem nessa cidade, seria uma boa ideia ficar de olho nela.

Emilia: “Então, hmm, ele gosta de pessoas baixas?”

Anastasia: “Que resposta inocente. Não, ele está mais para o tipo de pessoa que gosta de comer frutas frescas e que ainda não amadureceram…”

Subaru: “STOOOOOP!! Não diga coisas maliciosas assim para o meu anjo! Eu já entendi! Não precisa dizer mais nada! Certo? Pare, pare!”

Subaru protegeu Beatrice com a sua mão esquerda e Emilia com a sua direita. Anastasia riu do jeito superprotetor de Subaru enquanto Julius segurava o riso.

Otto: “Deixando de lado a atitude do Natsuki-san, aceitamos suas condições. Se possível, eu gostaria de me encontrar com o Kiritaka-san. Por acaso eu o encontraria na Câmara de Comércio de Pristella?”

Anastasia: “Correto. Bem, o Kiritaka-san é meio ocupado, compreensível, já que ele é responsável por administrar várias coisas nesta cidade. Me pergunto em que edifício vocês o encontrariam…”

Anastasia respondeu com uma leve provocação a pergunta séria de Otto, que não podia fazer nada a não ser aceitar a resposta. Otto coloca suas mãos no queixo e vira-se para Subaru.

Otto: “Como esperado, dar o primeiro passo já vai ser difícil. Eu gostaria de preparar um lugar seguro para conversar calmamente sobre as coisas de antemão, mas… onde devemos ir?”

Subaru: “É uma boa ideia… bem, sendo honesto, eu não faço ideia de onde fica o quê. Então eu tava pensando em dar uma volta por aí.”

Do portão principal, Pristella não parecia tão grande, mas, como alguém de fora, navegar por um cenário não familiar pode muito bem acabar sendo um pesadelo. Subaru confiava em seu senso de direção, mas o quão útil seria essa confiança em uma cidade em que o transporte era realizado principalmente por meio de canais?

Otto: “Quem sabe, tem pessoas oferecendo passeios pelos canais—afinal de contas, devem vir vários turistas aqui, é claro que algumas pessoas se aproveitarão disso para lucrar.”

Subaru: “Não vai dar, eu com certeza vou ficar enjoado. Teve uma vez no primário que eu passei tão mal na hora de atravessar um lago que começaram a rir da minha cara por parecer um bebum.”

Beatrice: “Não entendi muito bem o que isso quer dizer, mas parece que você tem más lembranças disso.”

Ao ver Subaru se recordando de tal evento, Beatrice disse essas palavras com pena. De qualquer forma, a sugestão de Otto era provavelmente a melhor, então Subaru teria que aceitar. Até que…

Julius: “Me perdoe pela intromissão, mas não há do que se preocupar.”

Emilia: “O que você quer dizer, Julius?”

Emilia virou para Julius, que estava com um leve sorriso no rosto.

Julius: “É simples. Já mandamos mensageiros para se comunicar com o Kiritaka-san.”

Emilia: “Mensageiros?”

Julius: “Joshua, o meu irmão mais novo, claramente. Ricardo o está acompanhando.”

Subaru estava feliz em finalmente saber onde que esses dois estavam, mas ainda estava um pouco irritado. Embora estivessem apenas resolvendo uma obrigação natural.

Subaru: “Seria uma boa se eles estivessem aqui pra dar boas-vindas.”

Julius: “Já que nós os convidamos, é nosso dever lidar com essas preparações. Não precisa se preocupar com as pequenas sutilezas. Não vale a pena mencioná-las.”

Subaru: “Então não toque no assunto!”

Era a mesma discussão de sempre. Por um lado, o respeito de Subaru pela chapa de Julius cresceu, pelo outro, ele está cheio de problemas por causa da falta de preparação de sua própria chapa.
De qualquer forma…

Anastasia: “Nesse caso, vocês provavelmente estão todos ansiosos, mas devemos esperar pela volta desses dois. Falando nisso, minha guarda-costas não voltou.”

Subaru: “Oh, verdade.”

Subaru relaxa sua postura e senta. Ele se prepara para responder perguntas sobre Garfiel, ausente no momento. Anastasia imediatamente se aproveita da chance…

Anastasia: “Como pode ver, Mimi não está aqui presente—o que ela está fazendo? Aquele garoto acompanhando ela… aquele tal de Garfiel. Conte-me mais sobre ele.”

Subaru: “O nome dele é Garfiel Tinsel. Ele tem 15 anos, tá naquela idade onde as crianças sonham demais. Ele tem o costume de ficar mordendo as coisas e roncando alto. Mas fora isso ele é um garoto honesto e direto. Mesmo se seus sentimentos fossem feridos, seu jeito ingênuo de ver o mundo não irá mudar. Ele é esse tipo de jovem puro.”

Anastasia: “Me parece que está dizendo a verdade.”

Parecia que Anastasia estava pensando de forma desesperada (e fofa) Eu não quero que roubem a minha irmãzinha de mim. Mesmo sem considerar sua potencial relação com Mimi, Subaru via Garfiel como um adorável irmão mais novo e queria que seu valor fosse reconhecido.

Emilia: “Me pergunto como que é a voz dessa Cantora. Estou tãããão ansiosa. Será que ela ia cantar para mim se eu pedisse?”

Julius: “Não se preocupe, Liliana é versada em costumes sociais. Se ela estiver presente na sua reunião com Kiritaka-san, tenho certeza de que ela aceitaria a proposta na hora.”

Emilia: “Wa, tem razão. Parece divertido.”

—As palavras de Julius pelo visto deixaram Emilia mais interessada na cantora. Otto suspirou ao ver o bate-papo entre os dois.

Otto: “Já que somos de chapas concorrentes, achei que seria mais tenso… será que eu acabei pensando demais nas coisas?”

Beatrice: “Não precisa ficar desencorajado. Você não está pensando demais, Subaru e Emilia que estão pensando pouco, eu suponho.”

A rara demonstração de simpatia de Beatrice confirmou as suspeitas de Otto… Ele vai ficar mentalmente e fisicamente cansado durante sua estadia em Pristella.


Joshua havia retornado, já Garfiel chegaria em breve.

Joshua: “Kiritaka-san normalmente está ocupado, porém, ao contrário de estar na prefeitura hoje, ele estará em seu escritório no Quartel General da Companhia Muse, é o momento ideal para visitá-lo.”

Anastasia: “Muito bem. Hmm, bom trabalho, Joshua.”

Joshua, assim que retorna ao seu irmão mais velho e à sua patroa, dá um relatório. Assim que Anastasia, satisfeita, acena com sua cabeça, Joshua desvia seu olhar para Subaru.

Joshua: “…Obrigado por vir tão longe nos ver. Tenho certeza de que já ouviu da Anastasia-sama, mas estabelecemos contato com Kiritaka-san.”

Subaru: “Oh, muito obrigado. Isso vai nos poupar muito tempo.”

Joshua: “Eu não gosto de te ajudar, estou apenas seguindo as ordens de Anastasia-sama. Eu realmente queria evitar que meu irmão se encontrasse com você.”

Subaru: “Quanta sinceridade, como sempre.”

Julius arregalou os olhos ao ouvir a honestidade de Joshua. Ele aparentemente não estava ciente da hostilidade que Joshua demonstrava contra Subaru.

Julius: “Joshua. Todos aqui, incluindo ele, foram convidados por Anastasia-sama. Ser rude com nossos convidados irá ferir a reputação de Anastasia-sama, então por favor se contenha.”

Joshua: “…Minhas mais sinceras desculpas, irmão.” (Usa o honorífico “-sama” junto com “irmão”)

Julius solta um suspiro a Joshua, cujo olhar demonstrou sinais de aborrecimento. Ele então virou-se para Subaru e se desculpou…

Julius: “Perdão. Isso vale por nós dois. Normalmente meu irmão não demonstra este tipo de atitude… aparenta ser por causa do ambiente com o qual não é familiar.”

Subaru: “Não me importo se vocês fizerem um de cada vez, mas ter dois irmãos me enchendo o saco ao mesmo tempo nesse lugar é assustador pra mim também.”

Julius: “Heh. Tentaremos nos lembrar disto.”

Julius respondeu Subaru com uma mistura de humor e ironia. Joshua parecia insatisfeito, mas quando Subaru foi de encontro com seus olhos, ele desviou o olhar. Será que era por ciúmes?

Emilia: “Bem, obrigada pelo favor, podemos ir falar com Kiritaka-san agora. Seria a pousada um lugar para passarmos a noite?”

Anastasia: “Sintam-se livros para isso. O Pavilhão Pluma d’Água é uma estalagem com uma reputação excelente, tanto sobre sua atmosfera quanto pelo conforto. O jantar também é incrível.”

Emilia: “Entendo. Se esse é o caso, estaremos ansiosos para o jantar.”

Emilia sorriu para a confiante Anastasia, acariciando seus longos cabelos prateados com sua mão.

Emilia: “Vamos nos certificar de discutir tudo direitinho com o Kiritaka-san primeiro para então podermos aproveitar um delicioso jantar sem preocupações.”

Assim que Emilia terminou de falar, ela levantou-se e foi em direção à saída da pousada. Com Subaru logo atrás, ela estava indo para o barco que havia sido preparado para eles por Joshua, até que…

???: “Ei Capitão! Pera aê! Tô te dizendo!”

Garfiel apressadamente pulou na frente deles para interceptá-los. Seus cabelos loiros brilhantes e suas roupas estavam levemente sujas, e estava com uma aparência cansada.

Garfiel: “Ah…h… Achei tu. Se não fosse pelo cara cachorro lá, não acho que ia tê sobrevivido.”

Subaru: “Por cara cachorro você quer dizer o Ricardo? Por acaso você tava num doce encontro com a Mimi, até que aquele tiozão assustador interrompeu vocês?”

Garfiel: “Encontro? Só pode tá de brincadeira comigo! Assim que aquela tampinha me levou pra lá, outro tampinha igualzinho me atacou e quase me matou. Se eu tivesse lutado de volta, eles provavelmente iam chorar, daí passei o dia todo correndo por aê…”

De acordo com a história de Garfiel, Subaru deduziu que foi Ricardo quem evitou a tragédia. Mimi, claramente, tinha dois irmãos mais novos que poderiam ter feito isso. Quem sabe foi Tivey, que escondia um lado astuto por trás de sua atitude calma e reservada. Ou talvez foi Hetaro, que, com medo de que sua irmã fosse tirada dele, demonstrou suas tendências siscons pela primeira vez. Seja quem for, a situação parecia estar normal agora.

Garfiel: “Então, já que eu não queria ser excluído dos teus plano, eu fui no pique até aqui, Capitão.”

Subaru: “Ah, foi mal. A gente tava planejando se encontrar com o cara que tá vendendo a mágica. Parando pra pensar, a gente deveria ter esperado pelo nosso guarda-costas.”

Garfiel: “Óbvio, né?”

Garfiel, aliviado, juntou-se ao grupo de Subaru e eles foram para as docas. O barco que iriam usar já havia sido preparado. Todos os barcos eram um pouco pequenos, com espaço para apenas oito pessoas, incluindo o marinheiro.

Marinheiro: “Aqui tem uma lei para o tamanho dos barcos. Se os barcos forem grandes demais, os canais acabam muito cheios, e é meio perigoso se os barcos chegarem muito perto um do outro.”

O marinheiro com um tom de pele escuro estava feliz em responder as perguntas de Subaru. Carruagens de dragão em estradas largas não eram muito problemáticas, já em canais, estabelecer regras de trânsito era uma necessidade.

Marinheiro: “Se houvesse uma colisão e o barco afundasse, normalmente a culpa seria do marinheiro e de sua falta de técnica. Além do mais, a maioria desses barcos foram passados de geração em geração, perder um seria como perder a sua reputação junto.”

Subaru: “Claro. Quanto aos dragões aquáticos que puxam… eles não brigam entre si?”

Marinheiro: “Os dragões aquáticos vivem aqui e, de certa forma, conseguem ser amigáveis um com o outro.”

Assim como dragões terrestres, eles têm bons instintos e podem ser confiados quando se trata de puxar um barco pequeno. “Você deveria tentar uma vez se tiver a chance”, com a recomendação do marinheiro, Subaru ficou animado e lembrou-se do jeito que se sentiu quando viu um dragão terrestre pela primeira vez. Talvez sua primeira viagem com um dragão aquático traria a mesma sensação de fascínio.

Emilia: “Essa é a minha primeira vez andando de barco, estou tãããão animada.”

Subaru: “Sério? Bem, isso parece bem diferente do que o mar.”

Emilia: “O que é mar?”

Subaru: “Imagine uma piscina infinita de água. Minha terra natal ficava bem do lado dele.”

Emilia: “Hmmm… mas seria incrível quando você ficasse com sede.”

Subaru ri da resposta infantil de Emilia. Infelizmente, beber a água do mar quando você está com sede levaria à morte. Independente disso, ele não podia dizer que a água do mar é salgada sem levantar mais perguntas.

Otto: “Onde tem um rio normalmente tem uma ponte, mas, se você precisa contrabandear algo sem ter que passar pela ponte, a única outra opção é usar um barco.”

Subaru: “Me parece que você tá dizendo isso por experiência própria.”

Otto: “N-Não é como se eu já tivesse feito algo do tipo! É-É só conhecimento de segunda mão! Parem de suspeitar de mim desse jeito, é sério!”

Garfiel: “Otto-nii, cê tá suando um monte aê.”

Como se ignorando a negação estranhamente específica de Otto, o barco seguiu os movimentos do marinheiro, virando e juntando-se ao canal principal em frente. Incrivelmente, a correnteza estava indo contra a direção dos barcos.

Subaru: “Quê? Como que a água consegue correr desse jeito?”

Emilia: “Hehehe. Isso eu sei responder. Olha, nas muralhas da cidade.”

Ela deu um toque de leve no ombro de Subaru e apontou ao longe com sua mão livre. Subaru desviou seu olhar nessa direção e viu as quatro grandes torres de pedra rentes às muralhas da cidade. Haviam quatro destas torres, uma em cada ponto cardeal da cidade.

Emilia: “Essas torres controlam o fluxo da água na cidade. Elas usam um mecanismo mágico sofisticado que opera usando o poder de uma pedra mágica da água. Parece que as comportas são controladas por isso também.”

Subaru: “Uau, isso é incrível. Ainda mais legal que as regras de trânsito.”

Graças à explicação de Emilia, Subaru mais ou menos entendeu o misterioso mecanismo por trás da correnteza. Com certeza, Pristella, a Cidade das Comportas, era bem diferente das outras, e Subaru ainda tinha muito o que aprender sobre ela, incluindo as leis da cidade.

Subaru: “As leis aqui tem a ver com a administração da cidade, né?”

Emilia: “Isso é sobre o Kiritaka-san? Como eu disse. Me pergunto que tipo de pessoa ele é… seria incrível se ele nos desse o minério mágico depois de ouvir nossa história.”

Tocando o pingente em seu peito, Emilia murmurou sobre suas esperanças com incerteza. Enquanto ouvia esses murmúrios, Subaru colocou suas mãos no queixo e fechou os olhos. Então começou a balançar sua cabeça juntamente com o movimento do barco e sussurrou…

Subaru: “————.”

Beatrice: “…Não consegui ouvir o que você acabou de dizer, eu suponho.”

Beatrice era provavelmente a única que poderia tê-lo ouvido. Após escutarem sua voz alta, todos começaram a encará-lo. Sentindo que os olhares de todos estavam fixados nele, Subaru sorriu e disse…

Subaru: “Merda, vou vomitar.”

——Em um piscar de olhos, uma confusão se desenrolou.

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