“Minha cabeça dói.”
O Deus da Espada comprimiu a sensação de aborrecimento que continuava crescendo dentro de si. Depois que ele declarou independência da tribo dos unichifres com o Deus da Lança, o mundo se tornou uma série de muros para ele. Onde quer que ele fosse, havia obstáculos e provações.
No entanto, ele sempre venceu no final, ele derrotou seus inimigos, roubou deles, pisou neles e sempre se ergueu vitorioso no final. Eventualmente, ele foi cercado por pessoas como ele e agora, eles serviam como a fundação do Cheonghwado.
O mundo pode ser uma série de muros, mas o Deus da Espada queria superá-los todos. No passado, tinha sido Arthia e agora, era Dragão Vermelho. Mas ao contrário de Arthia, que ele havia destruído facilmente, o Dragão Vermelho era como uma parede de ferro que ele não podia derrubar. Como o Dragão Vermelho era um clã considerado o governante da Torre e era o único grupo forte o suficiente para enfrentar All for one, ele esperava que fosse difícil. As lutas sempre foram difíceis, mas embora o Cheonghwado fosse menor em número, eles tinham jogadores mais habilidosos. Isso levou algumas pessoas a dizer que os únicos em pé de igualdade com o Dragão Vermelho era o Cheonghwado.
No entanto, o Deus da Espada, líder do Cheonghwado, sabia ser tudo mentira. Mesmo que o Cheonghwado reunisse todas as suas forças, eles ainda eram novatos em comparação com o Dragão Vermelho. Os famosos Oitenta e Um Olhos eram apenas o começo. Havia milhares de rankings associados ao Dragão Vermelho e isso nem incluía os milhares de jogadores inativos.
Mais do que qualquer outra coisa, o Dragão Vermelho tinha algo que os outros clãs não tinham: história e cultura. O nascimento do Dragão Vermelho aconteceu há muito tempo quando os rankers se reuniram no septuagésimo sétimo andar para derrotar o All for one. Eventualmente, eles se tornaram um clã e o clã acabou se transformando em uma grande organização bem estruturada que poderia deixar um poderoso legado.
Os jogadores que haviam sido despachados para o décimo primeiro andar eram apenas a ponta do iceberg, mas com isso sozinhos, eles já conseguiam se opor ao Cheonghwado e até enfrentá-los. O Cheonghwado até se uniu a tribo dos unichifres através do juramento do chifre feito pelo Deus da Lança, mas mesmo assim, o Cheonghwado seria esmagado se o Dragão Vermelho quisesse. A única razão pela qual o Dragão Vermelho ainda não tinha feito um movimento era sua relutância em sofrer perdas. No entanto, eles definitivamente não estavam planejando recuar.
O Deus da Espada pensou cuidadosamente. Ele nem queria estar em guerra com o Dragão Vermelho em primeiro lugar. Ele só continuou com isso porque atacaram Leonte primeiro. Se ele não tivesse, os Nove Reis desapareceriam e sua rendição ao Dragão Vermelho se espalharia, arruinando a reputação do Cheonghwado. Ele queria terminar a guerra o mais rápido possível.
O Cheonghwado era famoso por duas coisas: confiança e autoestima. Ele não podia deixar isso desaparecer e então o Deus da Espada estava preocupado.
“A única solução é a espada?”
Mesmo que o Cheonghwado fosse menor que o Dragão Vermelho, eles ainda eram um dos grandes clãs e tinham uma arma secreta. No entanto, eles precisavam de uma grande quantidade de poder mágico para ativá-la, a quantidade era tão absurda que nem mesmo o próprio Deus da Espada conseguiria sozinho. Embora ele chamasse a arma de espada, ela poderia se transformar em uma lança, uma flecha ou um machado. Era um item de um deus que era como um deus. Ele nunca imaginou usá-la antes, mesmo que a possuísse, mas agora estava começando a ter pensamentos diferentes.
“Ainda está incompleta. Mas eu deveria tirar Leonte de lá.”
Ele permaneceu em silêncio, embora soubesse sempre o que Leonte estava fazendo. A pedra de Leonte era um objeto flexível que poderia ajudar com a espada e então, o Deus da Espada tomou a decisão de jogar Leonte de lado e pegar a pedra, mesmo que estivesse incompleta.
— Tem alguém ai fora?
Ele precisava emitir ordens imediatamente. Um subordinado entrou na sala com a cabeça baixa.
— Me chamou?
— Tenho algo a dizer ao Deus do Punho.
— Sim, senhor. Seu subordinado se misturou nas sombras.
No entanto, em vez de Leonte, foi o subordinado de Leonte que chegou com uma expressão chateada.
— Há um problema.
— O que é?
— O Deus do Sabre está tentando atacar o Deus do Punho.
— O quê?
A expressão do Deus da Espada congelou.
Clang!
— Seu desgraçado! Quantas vezes tenho que dizer que não a tenho!
— Eu não perguntei onde estava. Eu disse para dá-la para mim.
Leonte nervoso, engoliu em seco, com olhar ardente do Deus do Sabre. Sua aura crua girava em torno de Leonte como um tornado e as nove espadas no chão vibravam como se fossem atacar a qualquer momento. Até Arthia achava difícil lutar contra ele e a intenção assassina do Deus do Sabre parecia sufocar Leonte. Quando ele se aproximou de Leonte mais cedo, ele só disse as seguintes palavras:
— Dê-me a pedra.
Leonte ficou branco ao perceber que o Deus do Sabre havia descoberto seu segredo. Ele estava com vontade de chorar. Ele lutou tanto pela pedra e o Deus do Sabre esperava que ele a entregasse assim. Era inacreditável. Ele respondeu dizendo que não sabia sobre o que o Deus do Sabre estava falando. O Deus do Sabre só respondeu com intenção assassina, seus olhos ferozes fazendo parecer que ele iria rasgar Leonte.
— Dê para mim.
O Deus do Sabre rosnou.
Leonte tremeu. Ele estreitou os olhos, querendo gritar. Ele também era um ranker e ser ameaçado assim feriu seu orgulho.
— Eu não…
Antes que Leonte pudesse terminar sua frase, o Deus do Sabre o virou.
Suas espadas de repente brilharam e dividiram o ar enquanto corriam em direção ao pescoço de Leonte. Leonte recuou, ele estava preocupado por reagir muito devagar. Seu rosto ficou pálido. No entanto, algo caiu do céu como um raio.
Boom!
As espadas ricochetearam e o Deus do Sabre endireitou suas costas, olhando ferozmente para a lança que havia pousado na frente dele. Ele olhou para o Deus da Lança, que se meteu entre ele e Leonte.
— O que você está fazendo? Mexa-se, Deus da Lança. Isso não tem nada a ver com você.
— Deus do Sabre, o que você está fazendo? O Dragão Vermelho está bem no nosso quintal, mas você está brigando com um de nós? Você realmente enlouqueceu?
O Deus da Lança torceu os lábios. Ele não gostava de Leonte, mas achava que era necessário manter as boas maneiras com um membro do clã.
O ataque do Deus do Sabre seria uma distração para o clã e era simplesmente inaceitável.
— Mova-se.
O Deus do Sabre agiu como se não tivesse ouvido e deu um passo à frente, puxando outra espada. O Deus da Lança se posicionou novamente, mas o Deus do Sabre parou por pouco tempo, sentindo algo nos arredores. Quando ele virou a cabeça, viu o Deus do Arco sorrindo friamente para ele do topo de uma árvore.
A habilidade do Deus do Arco de usar um arco era incomparável na Torre. Algumas pessoas o compararam ao caçador de cobras Galliard e sua habilidade garantiu que ele tivesse uma vaga como um dos Deuses Marciais. Com o Deus da Lança na frente dele e o Deus Arco nas costas, o Deus do Sabre decidiu que ele teria que cuidar dos dois ao mesmo tempo.
Mesmo o Deus da Espada teria achado difícil vencer uma luta como essa, mas o Deus do Sabre não se importava e avançou, levantando a quantidade imensurável de poder mágico que ele tinha enquanto erguia suas espadas.
O rosto do Deus da Lança endureceu. Ele sabia que o Deus do Sabre iria lutar com todas as suas forças e quando ele usava todas às nove de suas espadas, a situação era extremamente perigosa. Os três Deuses Marciais se enfrentaram. Todos os outros começaram a recuar, com medo de se envolver na luta.
O Deus do Sabre estava prestes a correr para o Deus da Lança quando uma voz alta soou do céu.
— O que está acontecendo aqui?
Uma enorme pressão caiu sobre eles, destruindo as auras dos três Deuses Marciais de uma vez só.
O Deus da Lança se sentiu tonto e se afastou. O Deus do Arco abaixou o arco e tentou recuperar o fôlego, seu rosto estava pálido. Já o Deus do Sabre, que havia sido mais impactado, vomitou sangue e tentou recuperar o equilíbrio, mas ele já havia se ajoelhado.
O Deus da Espada pousou silenciosamente no chão usando uma máscara de leão de madeira que a tribo dos unichifres usava com frequência. As quatro espadas que eram famosas na Torre o rodeavam.
— Qual é o problema? Fale, Deus do Sabre.
O Deus da Espada olhou em volta e se virou para o Deus do Sabre, seus olhos brilhando atrás da máscara. Como um defensor das regras, ele não podia tolerar as ações do Deus do Sabre.
O Deus do Sabre cerrou os dentes e se forçou a se erguer. Seu poder mágico começou a secar e ele só conseguiu sobreviver com o Neidan que havia tirado das Quatro Bestas Lendárias.
— Eu só quero uma coisa. Eu só pedi ao Deus do Punho para me dar.
O Deus da Espada não entendeu o que o Deus do Sabre imaterialista poderia desejar tanto que ele chegasse tão longe.
— O que o Deus do Punho tem?
— A pedra.
Por um tempo, o Deus da Espada ficou em silêncio.
— Deus da Espada, então você sabe de algo?
Perguntou o Deus do Sabre.
— Eu nem sei o que é a pedra, mas eu preciso dela.
— Por quê?
— Porque eles sequestraram meu filho.
Todos pareciam confusos, mas os olhos do Deus da Espada se arregalaram. O filho de segunda categoria do Deus do Sabre, Hanbin, havia sido feito refém e os sequestradores estavam pedindo a pedra como resgate.
— Me dê a pedra. Aceitarei qualquer punição, mas devo resgatar meu filho primeiro.
Ficou claro pelos olhos ardentes do Deus do Sabre que ninguém poderia detê-lo. No entanto, o Deus da Espada não respondeu imediatamente. Ele também precisava da pedra, mas também não podia desconsiderar alguém tão necessário quanto o Deus do Sabre. O Deus da Espada percebeu que eles haviam caído em uma armadilha ridícula. Ele não sabia quem havia armado isso, mas eles fizeram um trabalho espetacular. Era óbvio o que aconteceria a seguir, então o Deus da Espada rapidamente reorganizou seus pensamentos.
— Eu não entendo a situação, então vamos nos acalmar primeiro e falar sobre isso.
— Cada segundo é importante para mim!
— Eu disse para esperar Deus do Sabre!
O Deus do Sabre iria gritar mais um pouco, mas ele fechou a boca com a voz fria do Deus Espada. As espadas do Deus da Espada se viraram para cercar o Deus do Sabre. Havia uma tremenda lacuna entre suas forças, e o Deus do Sabre mordeu seu lábio inferior. Não importa o quão zangado ele estivesse, ele tinha que se acalmar. Se ele morresse antes de pegar a pedra, seu filho morreria com certeza. Além disso, os outros jogadores estavam em formação para atacá-lo.
Frustrado, o Deus do Sabre jogou suas espadas, desabafando sua raiva. O Deus da Espada pegou suas espadas e relaxou.
— Vá para o seu quarto primeiro e se acalme. O chamarei assim que tudo estiver resolvido.
Ele falou respeitosamente, mas foi um comando claro.
O Deus do Sabre rangeu os dentes e voltou para seu quarto com seus subordinados segurando as mãos atrás das costas.