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Second Life Ranker – Capítulo 256

Crescimento (6)

‘Ainda tenho muito o que melhorar.’ Yeon-woo murmurou para si mesmo enquanto olhava para o punhado de terra em sua mão. Ele conseguiu preservar sua forma, mas não estava satisfeito porque ainda não conseguia usar sua Consciência para controlar sua força. ‘Mas pelo menos a minha Consciência me acompanha naturalmente agora.’ Yeon-woo deu um sorriso enorme, se sentindo orgulhoso e desapontado ao mesmo tempo.

Enquanto movia seu corpo depois de seu treinamento cansativo, ele definitivamente podia sentir a diferença. Era especialmente evidente quando ele pulava no ar. Sua Consciência criava automaticamente várias mudanças diferentes e era evidente que seu corpo tinha mudado de um jeito fundamental.

Os músculos de Yeon-woo eram duros como pedras porque ele fazia muitos treinos físicos antes. Mas agora, eles estavam mais suaves e flexíveis, como uma borracha. A Pedra Filosofal e o Circuito Mágico estavam fornecendo-o mais poder mágico, sua Percepção Extrassensorial estava mais clara do que o normal e ele até podia sentir o pulso de cada célula e músculo.

No entanto, Yeon-woo precisava treinar mais. Apesar de ter conseguido internalizar sua Consciência, ele ainda não conseguiu sincronizá-la completamente com seu corpo. Ele precisava controlar a Consciência tão naturalmente quanto fazia com a Aura.

“Parece que você dominou os básicos.” Galliard chegou ao lado de Yeon-woo com um sorriso satisfeito.

Yeon-woo riu incrédulo. O sistema disse a ele que a proficiência da sua habilidade estava em oitenta por cento, mas Galliard tinha acabado de dizer que ele finalmente terminou com o básico. Isso significava que ele ainda tinha muito o que aprender.

“Como você já tem uma ideia de como andar agora, vamos aprender a correr.”

Yeon-woo se lembrou dos diferentes movimentos que Galliard usou quando atacou Elohim no 23º andar. Eram todas aplicações diferentes do Shunpo. Seus inimigos não conseguiram revidar, era como se Galliard fosse um fantasma.

Yeon-woo não conseguiu ver muitos dos movimentos de Galliard naquela hora, mas sabia agora que Galliard tinha usado sua Consciência amplificada. Os olhos de Yeon-woo brilharam. Esse era o começo de verdade de como usar a Consciência. Se essa era só a parte de “caminhar” da Consciência, como seria a parte de “voar”? “O que preciso fazer?” Yeon-woo perguntou ansioso.

“É simples. Tudo depende de como você entendeu bem o básico, hm?” Galliard levantou um dos cantos de sua boca. “Na verdade, é melhor simplesmente tentar.”

Bang! Galliard tentou acertar Yeon-woo com o galho em sua mão. Ele tinha reunido tanta Consciência no galho que o ar deu um estalo enquanto condensava e explodia. Yeon-woo se moveu para trás instintivamente e o galho errou por pouco a sua testa. Ele contorceu seu corpo e puxou sua Baioneta Mágica.

Boom! O galho e a Baioneta Mágica se cruzaram com uma explosão. As duas sombras recuaram e se encontraram no ar de novo. Boom!

***

Phante estava perdido em pensamentos. “Quero que vocês se tornem minhas asas.” Ele se sentiu feliz ao ouvir isso de Yeon-woo. “Tornem-se fortes o suficiente.” Então sentiu como se alguém estivesse apertando seu peito. “Tornem-se fortes o suficiente para que nós não sejamos esmagados, independentemente de quem tente nos enfrentar.”

Phante xingou. “Merda.” Ele não estava xingando Yeon-woo, mas a si mesmo. Quando ouvi isso de Yeon-woo, Phante teve a coragem para dizer que se tornaria os dentes dele, não suas asas. Mas aquilo foi só sua arrogância falando mais alto, porque sua mente estava uma bagunça naquela hora.

Phante podia sentir a distância entre ele e Yeon-woo se tornando maior conforme o tempo passava, então ele estava preocupado que pudesse ficar completamente para trás. Ele continuou treinando seu Mugong, mas não conseguiu ir muito longe e o medo de ser fraco demais e não ser bom o suficiente o assombrava. Ele não sabia por que não conseguia se concentrar e o que o estava fazendo sofrer tanto.

Quando ele viu Yeon-woo pulando por aí, Phante não disse nada. Ele percebeu qual era a emoção que o estava fazendo sofrer esse tempo todo: ‘Inferioridade’.

Para Phante, Yeon-woo era como um exemplo. No começo, ele o considerava um rival e o seguia para lutar com Yeon-woo, mas Phante começou a admirar Yeon-woo e queria aprender com ele. Phante usava sua inveja de Yeon-woo como um modo de se motivar, acreditando que ele o alcançaria um dia.

Mas agora, Phante sentia uma mistura de inferioridade e respeito em relação a Yeon-woo. ‘Por que eu não consigo nem chegar perto do nível dele?’ Por que aquele cara conseguia, mas ele não? Desde que era jovem, Phante só ficava satisfeito quando estava no comando. Quando brincava de guerra com seus amigos, ele sempre tinha que ser o comandante e sempre precisava ser melhor do que qualquer um durante os treinamentos em grupo. Era impensável alguém ficar na frente dele.

Phante só desejava uma coisa quando era mais novo: o trono. Ele acreditava que não podia ficar para trás de ninguém se quisesse se tornar rei. Ele adorava a inveja dos outros e zombava deles quando o acusavam de ser arrogante. Ele nunca pensou que também olharia desse jeito para alguém, então ele encontrou Yeon-woo.

Durante sua luta, Phante sentiu seu mundo desmoronando. Ele tinha cometido um erro achando que era o centro do mundo. Na verdade, havia várias pessoas na frente dele. Ainda assim, ele se esforçou para alcançá-las e então acabou passando a observar Yeon-woo com respeito.

Ele colocou Yeon-woo em uma posição que nunca teria colocado quando era mais novo. Porém, ele nunca conseguiu alcançar Yeon-woo e a distância entre eles só parecia aumentar. Conforme o tempo passava, Phante começou a se conformar com a situação. Ele suspirava e dizia, ‘Lá vai ele de novo.’ Ele se acostumou a pensar que nunca o alcançaria. De certa forma, ele tinha desistido. Foi aí que as coisas claramente começaram a dar errado.

Yeon-woo era alguém que Phante respeitava e ele tinha orgulho de Yeon-woo por estar seguindo por um caminho tão difícil. Mas ele não deveria ter desistido. ‘Isso não é o certo.’ Algo fez Phante levantar a sua cabeça: o desejo de vencer. Esse era o desejo que ele tinha descartado depois de se acostumar a estar sempre em segundo lugar.

Phante cerrou os dentes. Ele deixou a sensação de inferioridade de lado e a paixão de querer vencer queimou. Ele queria derrotar Yeon-woo.

“Oppa. Eu vou subir a Torre.” Edora que estava observando Yeon-woo em silêncio ao lado de Phante, falou de repente. Phante acordou de seus pensamentos e se virou para sua irmã. O que Edora estava pensando enquanto observava Yeon-woo? Estava claro que ela também tinha mudado.

A expressão em seus olhos, que estava com a Perspicácia ativada, era profunda. Por um momento, Phante pensou que estava olhando para sua mãe, a Médium Psíquica. Uma coisa que ele sabia com certeza era que eles não tinham os mesmos motivos. Phante queria vencer e o objetivo recém-descoberto de Edora provavelmente vinha do amor.

Porém, Phante não se intrometeu. Assim como ele também tinha seus pensamentos particulares, ele deu espaço a ela. Tudo que Phante podia fazer era torcer para ela como seu irmão. Ele concordou e Edora se virou, dizendo, “Obrigada.”

A Espada Mágica Divina nos braços de Edora soltou um som e calor começou a emanar dela. Por algum tempo depois que Edora saiu, Phante observou Yeon-woo e Galliard em silêncio. Então ele se virou e saiu para algum lugar.

***

O Ancião Chefe ajeitou seus óculos e franziu a testa. “O quê?”

“Por favor me dê o seu Relâmpago de Sangue.” Phante disse com confiança como se ele tivesse voltado para pegar algo de volta de uma loja de penhores.

O Ancião Chefe olhou para ele surpreso e abaixou o livro que estava lendo. Ele achou que teria uma chance para descansar agora porque o Rei Marcial estava quieto, mas parecia que era a vez do filho dele vir falar besteira. Ele queria dar um tapa nesse rosto que se parecia tanto com o do Rei Marcial, mas se conteve e fez uma pergunta a Phante com os olhos estreitos. “Você está me dizendo que sabe o que o Relâmpago de Sangue é?”

“Sim.” Phante concordou. O Relâmpago de Sangue representava o Filósofo Escarlate. Era uma arma marcial que veio da Divinação da família Cheongram, o Controle do Relâmpago. Os sentimentos de competitividade de Phante em relação a Yeon-woo tinham se transformado no desejo de se tornar mais forte e esse foi o primeiro passo em que ele conseguiu pensar em dar.

No entanto, o Ancião Chefe bufou como se fosse impossível ele entregá-lo assim sem mais nem menos. “Não, você não sabe.”

“Eu sei sim.”

“Não sabe não.”

Phante estava prestes a dizer algo de novo, mas calou a boca. O Ancião Chefe sorriu enquanto olhava para Phante com um brilho de desdém em seus olhos. “Quer que eu te diga a verdade?”

Phante concordou com um aceno de cabeça.

“Você é fraco.”

Phante arregalou os olhos. Suas costas se enrijeceram e ele apertou seus punhos.

O Ancião Chefe continuou a zombar dele. “Nem pense em negar. Eu estou certo, não é? Os seus irmãos… sim, a maioria deles é mais fraca que você, mas alguns são mais fortes. Não se esqueça que a sua mãe e a sua irmã foram uma grande influência para a sua candidatura ao trono.”

Phante não conseguia falar.

“Mesmo você sendo famoso por ser um dos irmãos Cheongram, está cheio de monstros nesse mundo. A vila em si está cheia de guerreiros mais fortes do que você e na Torre tem muito mais.”

Phante cerrou os dentes. Mas o Ancião Chefe não parou por aí. “E mais uma coisa. Você não é nem mesmo esperto.”

Os olhos avermelhados de Phante tremeram. As pessoas sempre diziam que ele era simples e agressivo, que era um modo mais gentil de dizer que ele era idiota e não pensava direito nas coisas. O Ancião Chefe estava sempre trabalhando em seu escritório, mas não havia ninguém mais arrogante que ele. Até mesmo o Rei Marcial tinha que respeitá-lo, porque o Ancião Chefe tinha o direito de se comportar desse jeito.

“Eu sou forte e esperto. Quando ele estava vivo, o Alvorecer Negro do Exército Demoníaco não podia dizer uma única palavra contra mim. Quem você acha que limpou esse arquivo? Quem ajudou o seu pai a chegar aonde está agora?” O Ancião Chefe não estava emitindo nenhuma aura em particular, mas Phante sentia como se ele estivesse sendo pisado e como se alguém estivesse apertando seu coração. Estava ficando mais difícil de respirar. Seu coração quase saltou de seu peito e suas roupas estavam encharcadas de suor.

A fama do Filósofo Escarlate foi obscurecida pela do Rei Marcial, mas ele ainda era um pilar da tribo. Ele também provou que ainda tinha suas habilidades recentemente e até Waltz teve que se render a ele.

Phante rangeu os dentes e cuspiu as palavras: “Você, senhor.”

“Isso mesmo.” O Ancião Chefe assentiu de forma arrogante e continuou. “E o Relâmpago de Sangue me representa. É algo que consegui depois de lutar minha vida inteira, cair, pensar, aprender, perder e lutar de novo, tentando diversas vezes. O Relâmpago de Sangue sou eu.” O Ancião Chefe começou a franzir a testa. “E agora?” Uma raiva bestial fez a atmosfera tremer. Phante não podia dizer com certeza se era a atmosfera ou ele que estava tremendo.

“Um cara que não é forte e nem esperto quer algo meu? Dá o fora.” Era uma ordem estrita e um aviso para não cobiçar algo que não pertencia a ele quando ele nem a merecia.

Os ombros de Phante tremeram. Ele sentiu como se estivesse caindo de um penhasco, a mesma sensação de quando se encontrou pela primeira vez com Yeon-woo. Seu mundo estava desmoronando de novo e a última gota de seu orgulho foi completamente destruída. Ele encarou o Ancião Chefe. Normalmente, ele teria feito birra e chutado a porta para ir embora, mas ao invés disso, ele curvou sua cabeça. “Por favor me dê uma chance.”

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FaeliD
Membro
Faeli
7 meses atrás

AEH! Foi aqui que eu parei, agora é começar a ler antes que o manhwa atualize demais XD

Danilo Torres
Membro
Danilo Torres
10 meses atrás

krl

bruno
Visitante
bruno
1 ano atrás

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Danilo Torres
Membro
Danilo Torres
10 meses atrás
Resposta para  bruno

olha, uma alma viva

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