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Second Life Ranker – Capítulo 285

Ilha (2)

“Cain?” Heidi chamou o nome de Yeon-woo cuidadosamente quando percebeu que ele estava encarando a torre. Havia todos os tipos de emoções passando por seus olhos: raiva, irritação, ódio e ressentimento. As emoções intensas rapidamente desapareceram, mas ela ainda ficou chocada por vê-las vindo de Yeon-woo que era frio e lógico.

Quando Yeon-woo se virou para olhar para ela, seus olhos já estavam sem emoções. Parecia que ele queria perguntar por que ela o tinha chamado. Heidi se recompôs e balançou a cabeça. “N-Não é nada. Você só estava quieto demais.”

Yeon-woo deu um aceno de cabeça. “Vou dar uma olhada por ali, então fique aqui. Além disso—”

“Sim. Vou avisar todos para que não vão até lá. Não se preocupe.” Heidi adivinhou o que Yeon-woo estava prestes a dizer, seus olhos estavam sérios. Yeon-woo assentiu e passou por ela, indo em direção à torre. Depois de observá-lo por um tempo, ela rapidamente se virou e mandou os jogadores irem para outras áreas. Ela não ouviu Yeon-woo rangendo os dentes e murmurando enquanto entrava na torre, “Aquele filho da puta…”

***

Yeon-woo estava furioso. Ele já estava se segurando mesmo antes de ver a torre. Ele estava com raiva por ter visto que todos os vestígios do seu irmão tinham desaparecido, mas resolveu investigar de forma lógica para ver se ele conseguia encontrar alguma pista.

Bayluk era um dos melhores toxicologistas da Torre. Ele emitia um ar tão venenoso que qualquer um que passasse por ele se sentiria mal. Ele também podia matar uma árvore com um sopro. Yeon-woo tinha que estar realmente preparado se quisesse desafiar alguém assim. Ele tinha a propriedade do fogo, que era diretamente oposta ao veneno, mas Bayluk tinha elementos estranhos que não eram afetados por nenhuma outra propriedade.

Yeon-woo queria vasculhar cada canto da ilha enquanto se recuperava. Se Bayluk esteve fazendo experimentos com diferentes venenos aqui, ele poderia descobrir várias coisas. Só pelo modo como a ilha foi organizada já deu a Yeon-woo um palpite de que ele conseguiria descobrir vários segredos.

Mas onde estavam todos? Ele precisava descobrir por que e como eles tinham saído da ilha. Quando conseguiu recuperar sua compostura, Yeon-woo começou a organizar todas as informações que tinha descoberto. A torre era onde Bayluk residia e era impossível Yeon-woo não ficar com raiva por ver o símbolo de Arthia nela.

Bayluk criou o veneno que corroeu o corpo do seu irmão. E não foi só isso, ele também apunhalou Jeong-woo no coração e matou todos que queriam ajudar. Leonte e Bahal tinham se rebelado e se juntado a outras forças, mas Bayluk e Vieira Dune foram os verdadeiros responsáveis pela queda de Jeong-woo. Ele não podia acreditar que alguém que não tinha o direito de dizer o nome de Arthia havia colocado seu símbolo na torre.

Ele queria destruir tudo na ilha, especialmente a torre. Ainda assim, Yeon-woo conseguiu se segurar. Ele não sabia por que Bayluk tinha colocado o símbolo de Arthia nela – talvez ele estivesse zombando de Jeong-woo ou só estivesse aborrecido. Não poderia ter sido como uma homenagem. No entanto, Yeon-woo tinha que se preocupar com os problemas na sua frente. ‘Não teve nenhuma reação, mesmo com intrusos na ilha.’ Apesar de ele ter cortado o canal que levava ao mundo exterior e destruído as barreiras mágicas, não houve nenhuma reação. Bayluk não tinha agido.

Yeon-woo se perguntou se ele tinha abandonado a ilha, mas se esse fosse o caso, ele a teria destruído. Ainda havia documentos e experimentos não finalizados na ilha. ‘Alguma coisa com certeza aconteceu.’ O que quer que fosse, tinha que ter afetado Bayluk também. ‘Algo fez com que ele saísse do seu laboratório às pressas. O que poderia ter sido?’

Enquanto Yeon-woo se fazia essas perguntas, ele caminhava pelos corredores da torre, passando por diferentes salas que não pareciam importantes. Porém, um lance de escadas apareceu diante dele e Yeon-woo começou a descer para o porão.

Fazia bastante tempo que eu não via a ilha e fiquei surpreso por ver que tantas coisas tinham mudado. Agora entendo por que ele saía de tempos em tempos. Ele estava ocupado trabalhando nisso.

Não era como se seu irmão nunca tivesse visitado a ilha depois de dar as coordenadas para Bayluk. Ocasionalmente, Bayluk saía de Arthia e uma vez seu irmão o seguiu por curiosidade. Aqui era onde Bayluk morava.

O segundo andar era para visitantes e o terceiro andar estava cheio de depósitos e arquivos. Ele me disse que seus experimentos aconteciam em uma sala subterrânea com uma barreira defensiva especial.

O porão era enorme e ridiculamente complicado. Era praticamente um labirinto, ugh.

Havia uma porta de ferro grossa no fim das escadas. Ela só podia ser aberta com uma senha mágica especial, mas Yeon-woo tentou destruir a fechadura com sua Baioneta Mágica. Clang! A porta de ferro era tão resistente que não deixou nem um arranhão. “Tsk.” Yeon-woo estalou a língua e se preparou para atacar com sua Baioneta Mágica mais uma vez, mas com a Consciência dessa vez. Aura Negra surgiu e ele fez um arranhão profundo na porta. Boom!

Ele explodiu a porta e viu um corredor com várias curvas e ramificações como um labirinto, assim como o diário havia dito. Parecia que tinha ficado ainda mais complexo do que o labirinto que seu irmão viu e seria difícil de encontrar o caminho certo mesmo com as instruções do diário. No entanto, Yeon-woo tinha uma solução. “Se espalhem.”

A sombra de Yeon-woo se esticou e cerca de 30 Espíritos Familiares se espalharam. Yeon-woo estava planejando mover tudo que encontrasse para dentro do Intrenian e deixar Boo e Brahm analisar as coisas para ele. Yeon-woo se sentia um pouco mal por aumentar a carga de trabalho deles, mas essa era a melhor opção.

Porém, Yeon-woo tinha um objetivo. Ele queria encontrar uma certa coisa. ‘Aqui.’ Enquanto caminhava pelos corredores sinuosos, ele encontrou uma porta que levava a um laboratório cheio de frascos e recipientes.

Yeon-woo deixou seus subordinados coletando esses objetos e foi na direção da parede do outro lado da sala. Quando ele deu uma batida na parede, ela fez um som oco que indicava que havia algo por trás dela. Ele puxou um livro que estava ao seu lado e a parede se virou para revelar um grande cofre.

“Bingo.” Yeon-woo atacou a fechadura com sua Baioneta Mágica. O cofre estava configurado para se autodestruir se alguém tentasse abri-lo à força, mas a Baioneta Mágica evitou que isso acontecesse. Creak!

Dentro dele havia dez frascos selados com cores diferentes.

Eu fiquei curioso para saber por que os experimentos de Bayluk precisavam de uma ilha inteira. Fazia sentido um alquimista precisar de um espaço tão grande para fazer experimentos e como um toxicologista, ele precisava criar venenos longe das pessoas. O fato de que ele precisava de tanto espaço fazia parecer que ele tinha um objetivo específico. Era como o meu objetivo desesperado de conseguir o Elixir.

Quando perguntei a ele, Bayluk pensou profundamente por um tempo antes de dizer, “Humano Divino.”

Bayluk não explicou mais que isso e tudo que Jeong-woo conseguiu adivinhar foi que Bayluk estava tentando recriar uma lenda do mundo em que ele vivia. Os venenos que ele usava faziam parte do processo de criação do Humano Divino, ou o que quer que isso fosse. Os frascos dentro do cofre continham os resultados dos experimentos e eles eram basicamente versões atualizadas da Poção de Fortalecimento que Yeon-woo criou quando fazia parte da Legião de Mercenários do Dragão Vermelho. ‘Mas uma coisa é certa.’ Os olhos de Yeon-woo brilharam. ‘Não existe coisa melhor do que isso para fortalecer poder sagrado ou Fatores Divinos, já que foi feito para recriar uma lenda.’

“Boo.”

「Sim… Mes…tre.」Acima de sua sombra, Boo apareceu e fez uma reverência.

“Pegue isso e analise os benefícios e possíveis efeitos colaterais. Guarde os que são inúteis em algum lugar.”

「Sim… Mestre.」Boo pegou os frascos e voltou para sua sombra.

‘É impossível um cara tão cauteloso ter deixado seus resultados para trás assim.’ Yeon-woo achava que metade dos frascos continham veneno. Apesar de parecerem com elixires, eles poderiam derreter seu corpo instantaneamente. Era algo que Bayluk faria.

Nesse momento, os Espíritos Familiares o avisaram que tinham reunido todos os itens dentro da torre. ‘Coletem tudo que encontrarem na ilha também.’ Eles voltaram para sua sombra novamente. Agora que ele já tinha conseguido o que precisava da ilha, Yeon-woo lentamente saiu da sala.

***

Yeon-woo saiu do porão e vasculhou o segundo e o terceiro andar. Os Espíritos Familiares já tinham pegado tudo, mas era útil observar como Bayluk vivia. Quando ele entrou na sala no fim do terceiro andar, que era um escritório, ele não conseguiu evitar de dar um sorriso irônico. Havia uma janela de vidro na frente dele que mostrava a vista do Rio das Almas reluzindo com a luz do sol.

Yeon-woo achou que Bayluk passava todo o seu tempo em laboratórios sem janelas. “Então ele também tinha um lado normal, huh?” Não havia nada sobre Bayluk que ele gostava. Yeon-woo sentiu um impulso de encontrá-lo e esganá-lo. Era uma boa coisa ele não estar por perto, pois Yeon-woo teria transformado tudo em ruínas para matá-lo, sem se importar com sua pesquisa. Yeon-woo cerrou seus dentes novamente e olhou para o Bracelete Negro e as correntes que começaram a zumbir de repente. Urrrng, urrng.

Parecia que estavam dizendo algo. O grilhão no seu tornozelo esquerdo também vibrava. Depois que ele conseguiu a Mágoa do Rei Obscuro, Yeon-woo sentiu que sua conexão com o bracelete tinha ficado mais profunda. Ele conseguia controlar os Espíritos Familiares com mais facilidade e até mesmo o Terceiro Espírito parecia diferente.

Era como se ele conseguisse sentir algo pegajoso e escuro nas postas dos seus dedos, era algo que ele não conseguia explicar. Será que foi porque seu entendimento do Desespero do Rei Obscuro ficou mais profundo que ele conseguiu o grilhão?

[Azrael está te observando em silêncio.]

O olhar de Azrael tinha ficado mais intenso depois que Yeon-woo conseguiu o grilhão. Ele era um deus da morte que definitivamente sabia algo sobre o Rei Obscuro. Quem era o Rei Obscuro? ‘E o outro lado está bem quieto também.’

[A sociedade divina <Olimpo> mantém seu silêncio.]

Apesar do Bracelete Negro ter consumido o Astrape de Zeus e a Triaina de Poseidon, os olimpianos estavam estranhamente quietos. Yeon-woo esfregou o grilhão com olhos pensativos.

[Azrael está te observando.]

[Azrael insiste silenciosamente que você verifique o artefato.]

Yeon-woo deixou esses pensamentos de lado e abriu a janela de informações do grilhão.

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