Acabou que estas crianças foram levadas aqui pelas roupas ensanguentadas que Annie jogou para despistá-los.
Eles estavam familiarizados com esta área e sabia que este era o único lugar que tinha pessoas além do hotel.
Eles procuraram no hotel e descobriram que Steve e sua namorada sumiram, e graças as roupas ensanguentadas, vieram a esta cabana.
Eles encontraram Wade Davis, e em pânico e agressivo, acreditaram que Wade estava escondendo Steve e sua namorada.
Steve não só descobriu a maconha que eles plantaram em segredo, também o feriram gravemente.
Não tinha como deixarem Steve e Janet escapar.
Então, amarraram Wade e o interrogaram, fazendo a ele o que fizeram com Steve.
Após Luke terminar com suas perguntas, o garoto perguntou atordoado: — Você pode me levar ao hospital agora? Estou com frio.
Luke suspirou e balançou a cabeça: — É inútil. Você não conseguirá chegar no hospital.
O garoto parecia confuso: — Hã?
Luke explicou: — Você perdeu sangue demais e levará pelo menos uma hora daqui ao hospital.
Desespero cintilou nos olhos do garoto: — S-Socorro! P-Por favor!
Após um breve silêncio: — Quando você amarrou as pessoas e as cortou, elas devem ter implorador também, não é?
O garoto entrou em pânico: — Não… não foi de propósito. Nós… só estávamos com medo…
Luke suspirou e se levantou: — Aprenda a ser uma boa criança na próxima vida.
Naquele ponto, o garoto parou de respirar: — Então, você realmente não conseguiu — Luke murmurou para o corpo do garoto.
Pelas suas perguntas, confirmou que estas crianças tentaram matar Steve para manter sua boca fechada.
As crianças tinham um pouco de maconha plantada. Esse foi o motivo pelo qual vinham aqui com frequência.
Era apenas uma desculpa para coletarem e venderem a maconha.
Steve e sua namorada, por outro lado, invadiram o local quando estavam procurando pelo carro.
Em outras palavras, estas crianças já haviam virado traficantes.
Luke foi misericordioso o bastante para não o matar.
Quanto as outras duas crianças baleadas, uma morreu no local com um tiro na cabeça e a outra morreu antes de Luke voltar.
Então, não havia sobreviventes neste lugar.
Após descobrir tudo, Luke saiu da cabana e limpou certos pontos na floresta, antes de retornar ao Acampamento de Eden Lake. Ele fez café quente na cozinha e saiu para a varanda para aproveitar, olhando para os cabos de aço que balançavam de vez em quando.
A floresta estava escura na chuva torrencial, exceto quando era iluminada pelo relâmpago. Entretanto, o coração de Luke estava sereno.
Duas horas depois, luzes atravessaram a escuridão quando vários carros se aproximaram da cabana.
Luke se levantou e retornou a cabana.
Alguns caras saíram de quatro SUVs pretas, e um deles bateu na porta: — Detetive Luke Coulson?
Luke respondeu: — Entre. Está aberta.
O homem de preto entrou na cabana e observou Luke por um momento, antes de mostrar sua ID: — FBI. Fomos informamos para pegar o “alvo” que você encontrou.
Luke checou a identidade com cuidado, só para descobrir que o cara não era da 17ª Divisão do FBI, mas de um subdepartamento chamado Unidade de Pesquisa Avançada Conjunta.
Ele devolveu a identidade ao sujeito e falou: — Agente Flegg. Ele está lá fora. Eu o amarrei com cabos de aço.
Flegg assentiu: — Obrigado pela sua cooperação.
Luke o lembrou: — Tenha cuidado; balas comuns basicamente não funcionam nele e só consegui prendê-lo com cabos de aço.
Flegg sorriu confiante: — Fique tranquilo, detetive, somos profissionais.
Luke também sorriu: — Isso é ótimo. Pensei que a 17ª Divisão viria porque eles têm mais experiência neste tipo de coisa.
Flegg ficou atordoado: — A 17ª Divisão?
Luke continuou sorrindo: — Sim. O Capitão Wales e eu cooperamos duas vezes antes. Ele é um cara legal.
O sorriso de Flegg desapareceu. Ele encarou Luke por um momento e falou: — Nesse caso, as coisas são mais fácies.
Ele tirou um documento da mochila: — Acordo de confidencialidade. Você entende, certo?
Luke folheou o documento rapidamente; era praticamente igual ao que ele assinou com a SHIELD antes.
Ele assinou seu nome e entregou o documento: — Aconteceu numa cabana atrás da colina no lado oposto do lago. As vítimas incluem algumas crianças que estavam acampando e alguns policiais do condado. Um suspeito fugitivo de assassinar um policial foi morto por aquela coisa também. Preciso informar sobre a morte do fugitivo para fechar meu caso. Ficará tudo bem?
Flegg pegou o documento e disse casualmente: — Assumiremos a investigação. Um relatório será enviado para você em alguns dias.
Ele então lembrou que este detetive havia mencionado a 17ª Divisão e o Capitão Wales.
Após uma pausa, Flegg acrescentou: — O relatório declarará que as vítimas foram mortas por criminosos desconhecidos. Você entendeu?
Luke assentiu com um sorriso.
Ele sabia que a descrição no relatório seria a conclusão oficial.
Ele realmente não se importava muito, enquanto pudesse fechar o caso do assassinato do policial.
Mais importante, planejava espalhar a palavra sobre a morte de Wade Davis.
Se perguntou quanto tempo a empresa de Wolf Elsworth podia sobreviver.
Uma hora depois, Luke retornou ao motel perto do hospital na picape.
Quando subiu as escadas, sorriu para o dono do motel, claramente atordoado. O dono do motel tremeu e ficou um pouco assustado.
Após um momento tenso de pensamento, chamou o 911: — Alô, tem um suspeito aqui…
Alguns minutos depois, o dono do hotel largou o telefone atordoado, a resposta do operador ecoando em sua mente: — … A polícia do condado nunca enviou ninguém ao seu motel. Por favor, pare de pregar peças. Esta é uma linha para emergências. Se ligar de novo, registraremos e enviaremos uma notificação de infração.
O dono do motel ficou sem palavras.
Lembrando do leve sorriso no rosto de Luke quando subiu as escadas, o dono sentiu que ele havia se envolvido em algo perigoso.
Luke retornou ao quarto e bateu na porta: — Annie, sou eu.
Houve o som de passos apressados, e quando abriu a porta, o rosto de cheio de preocupação o cumprimentou: — Por que está aqui? Alguns policiais estavam procurando por você. Se apresse e se esconda, antes que te encontrem…