Eles conseguiriam determinar via uma investigação de campo do corpo de Wendy derivou até aqui pela corrente, ou se foi simplesmente jogado.
A direção seguinte da investigação dependeria se o corpo fora jogado na praia antes de ser engolido pela maré, ou se foi despejado diretamente no oceano por um barco.
Pegando a foto da cena do crime, Luke olhou para o oceano e falou: — A corrente atual vem dali. — Ele apontou para uma direção.
Eles caminharam várias centenas de metros pela praia e subiram um declive, só para ficarem sem palavras pelo que viram.
Centenas de metros de distância no outro lado do declive estava uma fileira de mansões ao longo da costa.
Selina checou o mapa e falou: — É um distrito de mansões. Dezenas de famílias vivem aqui.
Luke cobriu a testa: — Isto significa que temos que investigar cada um deles?
Olhando para o mapa, Selina perguntou de repente: — Por que não almoçamos num restaurante de comida marinha primeiro?
Luke ficou confuso: — Hã? — Passava só um pouco das dez da manhã e era um pouco cedo demais para o almoço.
Selina deu zoom no mapa no tablet e mostrou para Luke: — Vê isto?
Luke olhou no mapa e viu vários restaurantes ao longo da praia na direção que vieram.
Luke ergueu a sobrancelha: — Tem certeza de que eles se especializam em comida marinha?
Selina respondeu: — Talvez tenham lagosta.
Luke sorriu: — Vamos lá. Se tiverem, saberemos o que teremos no almoço.
Eles dirigiram um quilômetro e então desaceleraram para checar os restaurantes próximos à estrada.
Logo, escolheram o Greer dentre os poucos restaurantes de alta classe.
Selina perguntou com um sorriso: — O que acha?
Luke assentiu: — É este.
Uma placa fora do Greer que dizia, especificamente, “Especial de Hoje: Lagosta de Boston.”
Porém, na realidade, estas eram lagostas do Maine e não lagostas de Boston.
— As Lagostas de Boston são melhores fervidas ou cozidas com queijo — expressou Luke.
Selina começou a babar: — Ah, não fale sobre isso ainda, estamos aqui num caso.
Luke não torturou mais a gulosa. Eles entraram e encontraram uma garçonete.
Após mostrar os distintivos, entregaram uma foto da vítima e perguntaram: — Você viu esta senhora antes?
A garçonete olhou para a foto e sorriu: — É claro, Sra. Wendy vem aqui a cada uma ou duas semanas.
Luke indagou: — Sozinha?
A garçonete hesitou por um momento, mas ainda respondeu: — Não, ela vem com o Sr. Swick. Ele é um cavalheiro decente.
Luke e Selina se entreolharam: — Eles vêm juntos toda vez?
A garçonete respondeu: — Mais ou menos, mas o Sr. Swick vem sozinho algumas vezes.
Luke pensou por um momento e perguntou: — Você lembra se jantaram aqui anteontem?
A garçonete assentiu: — Sim. Eles estavam na minha mesa.
Luke: — Havia algo de incomum sobre eles? Por exemplo, tiveram uma briga?
A garçonete balançou a cabeça: — Não, eles sempre tiveram um relacionamento próximo, até onde sei.
Luke murmurou em resposta e questionou: — Eles saíram juntos após o jantar?
A garçonete balançou a cabeça: — Não, Sra. Wendy saiu no nosso barco, mas o Sr. Swick dirigiu o carro. No entanto, Sra. Wendy nunca devolveu o barco após sair.
Luke e Selina se entreolharam: — Qual barco?
A garçonete apontou para um pequeno píer perto do mar: — Fornecemos aos clientes barcos para saírem e se divertirem no oceano.
Luke e Selina olharam para os barcos e viram que tinham bordas branca com verde. Cada barco podia acomodar apenas entre duas e três pessoas.
Luke pensou por um momento: — O que sabe do Sr. Swick?
Um momento depois, Luke adquiriu o endereço deste Sr. Swick. Ele sorriu para a garçonete: — Por favor, reserve uma mesa para nós. Voltaremos para almoçar mais tarde e gostaríamos que nos servisse.
A garçonete sorriu brilhantemente; sabia que receberia uma gorjeta pesada mais tarde.
O homem que se encontrava com Wendy para comer se chamava Phillis Swick. Ele vivia precisamente no distrito de mansões que Luke e Selina acabaram de ver.
Luke olhou para Selina e perguntou: — Pensou em algo?
No banco do passageiro, Selina desenhou algumas linhas no tablet: — É algo assim?
No mapa do tablet, o restaurante estava conectado a casa de Swick, e o nome de Wendy estava escrito num desenho simples de um barco no oceano, com um ponto de interrogação atrás.
Luke olhou para o mapa e assentiu: — É basicamente isso. Agora temos que descobrir onde a Wendy morreu.
Uma hora depois, saíram do distrito de mansões. Após um breve silêncio, Selina perguntou: — Você acha que ele estava dizendo a verdade?
Luke: — Não sei, mas vimos muitos criminosos que são bons atores. Só porque ele estava de luto não significa que é inocente.
Selina estalou a língua: — Minha intuição me diz que ele não matou a Wendy.
Luke não discutiu com ela. Afinal, era apenas sua intuição, não uma conclusão precipitada. Phillis Swick era razoavelmente lindo e muito bom de conversa. De fato, era fácil dele ganhar o fato de uma dama.
Porém, o marido de Wendy… que pobre coitado!
Da conversa que tiveram, este Sr. Swick lhes contou que ele e Wendy eram um casal e estavam separados de seus conjugues; eles iam se divorciar do parceiro para que pudessem ficar juntos.
Ele realmente esteve com Wendy naquela noite. Wendy velejou no barco até sua casa e então saiu da mesma maneira após seu encontro.
Selina achou isso estranho: — Por que não voltaram juntos?
Swick respondeu miseravelmente: — Ela não queria que ninguém a visse vindo em minha casa. Ela velejava de barco até minha casa toda vez. Ela não se divorciou ainda, você sabe.
Luke e Selina se entreolharam. Lembrando que o marido de Wendy não chamou a polícia para relatar seu desaparecimento por três dias, souberam que este casal não tinha o melhor relacionamento.
Luke comentou: “Vamos ver se conseguimos encontrar o barco; essa pode ser a primeira cena do crime.
Ao invés de dirigir o carro, eles simplesmente procuraram pelo litoral a pé.
Quarenta minutos depois, os dois permaneceram na praia enquanto olhavam para o barco escondido numa vegetação densa: — Okay, pelo menos tem algo que podemos investigar.
Era um barco branco com bordas verdes. Também havia sangue seco numa beirada do barco.
Foi o cheiro de sangue que levou Luke até o barco.
O vento aqui era muito forte, mas o barco exalava um cheiro incessante como um sinal, e Luke conseguiu detectar a 50 metros de distância.
Era o cheiro de Wendy.
Faço a mínima ideia de quem matou essa Wendy, e eu tô bem aí, quero que Luke saia dessa vida de detetive, e vire um vigilante ou super anti herói.
Tô começando a achar que isso não vai acontecer tão cedo, acho que ele só vai começar a se envolver ativamente com super heróis e super vilões em 2008