Luke não ficou ansioso.
Se Ryback não conseguisse vencer, Luke sempre poderia disparar no inimigo do escuro.
Isso não era algo incomum para ele.
Naquele momento, William girou a faca para bloquear a faca de cozinha de Ryback, antes de estocar.
Ryback recuou e desviou a faca militar, antes de cortar em troca.
William recuou e ergueu a mão esquerda para proteger o caminho do peito para o pescoço.
Chila!
Parte do punho da jaqueta de couro foi cortada pela faca de cozinha.
William recuou de novo e recuperou o equilíbrio. Se protegendo com a faca militar, comentou: — Ryback, suas habilidades estão enferrujadas…
Ryback não disse nada, mas seus lábios curvaram em zombaria.
Ele avançou meio passo, girando a faca para distrair William.
No momento seguinte, acelerou e deu outro meio passo enquanto suas facas colidiam repetidamente.
Como um jogo de pique-esconde, eles balançaram as mãos em círculos perturbadores.
Suas facas, por outro lado, eram como presas de uma víbora e colidiram várias vezes.
Luke observou com grande interesse.
Ele não sabia que vários truques podiam ser realizados com facas!
Ele decidiu trocar as facas de cozinha em casa pela do modelo de Ryback quando voltasse.
Os dois caras se envolveram numa batalha tão feroz que não notaram o espectador.
Uma batalha de lâminas era o mais perigoso tipo de luta com arma fria.
Numa luta entre profissionais, um leve erro significava morte certa.
Enquanto as facas colidiam, suas mãos livres continuaram realizando pequenos movimentos, ambos para distrair o inimigo e buscar por uma oportunidade.
Se conseguissem agarrar o pulso do inimigo com a mão esquerda livre, teriam a vantagem na luta.
William estava claramente com medo dessa possibilidade.
Ele tinha por volta de 1,85 de altura e não era tão musculoso quanto o oponente. Uma vez que o seu pulso fosse pego, poderia perder numa batalha de força. Como velhos conhecidos, se conheciam muito bem.
William sabia que Ryback era bom com facas e extremamente forte numa briga física.
Se agarrasse seu pulso, sua mão seria provavelmente quebrada.
Ambos eram rápidos e ágeis, mas as solas de seus pés mal saíam do chão e dava pequenos passos.
Por outro lado, seus torsos e braços se moviam loucamente ao som de colisões metálicas.
Crueldade cintilou nos olhos de Ryback.
No momento seguinte, avançou de repente, colocando ele e William numa posição precária.
Naquele momento, os dois precisaram estender completamente o braço para apunhalar o outro.
A faca de William balançou sem hesitação.
Ryback recuou abruptamente, sofrendo um longo corte no seu peito.
Sangue começou a manchar de vermelho o tecido ao redor da ferida.
Luke franziu a testa. Nem ferrando!
Ryback era claramente mais habilidoso e seus braços mais longos. Como poderia perder?
A arma de Luke já estava erguida.
Após aquele golpe bem-sucedido, William pressionou quase instintivamente para dar outra apunhalada.
Ryback, entretanto, parecia ter previsto este ataque. Após evitar a maior parte do dano do primeiro ataque de William, ele pisou para o lado no momento que William golpeou.
Estendendo a mão esquerda, pressionou no pulso direito de William e puxou, enquanto cortava o pescoço de William com a faca em sua mão direita.
Chocado, William ergueu a mão esquerda subconscientemente para bloquear, somente para gritar quando foi cortado.
Não foi de alegria. Seus olhos esbugalharam de medo. William soube instantaneamente que estava numa posição perdedora!
Em qualquer tipo de luta, isto poderia ser extremamente perigoso.
Ele foi atraído na armadilha de Ryback ao preço de se machucar.
Naquele momento, Ryback estava bloqueando a mão direita de William com a mão esquerda. William puxou instintivamente a mão esquerda após ser cortado e não conseguiu se defender.
Ele não tinha mãos livres para defender e também não conseguia recuar para reajustar a postura.
E embora o ataque de Ryback parecia vicioso, não era muito poderoso.
A faca de cozinha cortou o pulso de William e não parou, pois Ryback girou habilmente e roçou no braço de William como uma presa venenosa.
Quando a lâmina e o braço de William estavam num ângulo certo, Ryback estocou cruelmente.
Pu!
Com um barulho abafado, um cabo foi deixado no crânio de William.
Os olhos de William esbugalharam e reviraram, e ele caiu prontamente. Limpando o sangue no peito, Ryback murmurou: — Viu? Você me disse para ir em frente e eu fui.
Isto aconteceu num piscar, levando menos de dois segundos e William já havia virado um Teletubbies com a faca enfiada na cabeça.
A faca de combate era realmente muito perigosa! Boquiaberto, Luke abaixou a arma e saiu com passos suaves.
Ele murmurou: — Hmph! Que poser! Você poderia ter apunhalado ele sem dizer nada.
Com isso dito, Luke não pode deixar de esfregar a cabeça, que parecia um pouco fria.
Muito rapidamente, retornou porão de carga.
Ele agarrou a mão que o Soldado Nash levantou para impedi-lo de puxar o gatilho: — Sou eu.
Somente então o nervoso Nash relaxou: — Como está lá?
Ajustando o humor, Luke respondeu com surpresa agradável: — Fui ao convés agora há pouco. Parece que os criminosos estão fugindo e ouvi alguém dizer que a SEAL está vindo.
Nash ficou completamente aliviado: — Sério? Então estamos salvos!
Luke: — Então vou deixar as mulheres saberem das boas notícias. Continue de vigia. Verdade, não dispare rápido demais, no caso de ser a SEAL.
Nash assentiu com vergonha.
Ele teria disparado em Luke se o último não reagisse rápido o bastante.
Animado e esperançoso, o jovem Nash ficou de olho na porta do porão de carga. Sorrindo, Luke retornou ao canto onde as três mulheres estavam escondidas. Todas ficaram felizes ao vê-lo. Ele repetiu o que falou a Nash e as três também ficaram animadas.
De repente, houve uma explosão. Luke ficou atordoado. O que estava acontecendo? Por que soava com… um canhão? Mas por que o navio de guerra abriria fogo? Luke foi perguntar ao Soldado Nash, que confirmou sua suspeita.
O barulho agora há pouco foi realmente o navio de guerra disparando um canhão.
No entanto, Nash falou que era o canhão secundário e como Missouri estava aposentando, não havia nada além de sinalizador nele.