Luke assentiu e não fez mais perguntas.
Elsa mantinha relações pessoais com várias mulheres, como Sheerah e Margaret.
Como mulher, era fácil dela conquistar a confiança daquelas mulheres lindas e ricas e sua identidade como policial, além do temperamento decisivo, reforçava mais esta confiança.
Considerando seu bom relacionamento, elas muitas vezes a procuravam para acordos privados.
Sheerah, por exemplo, veio até ela e Luke com um caso antes, tudo por causa da sua amizade pessoal com Elsa. Luke se levantou e falou: — Não tenho os dados de contato dela. Envie-os para mim, chefe.
Elsa pegou um cartão e entregou a ele: — Já avisei ela. Ela está livre a qualquer momento e está esperando você ligar.
Por que ela nunca ficou preocupada com Luke? Este era um dos motivos.
Seja Sheerah ou Margaret, Luke nunca as contatou em particular fora de um trabalho.
Os outros detetives poderiam ter feito diferente.
Luke assentiu com um sorriso: — Sem problemas, chefe.
Se uma gangue estivesse por trás disto, ele realmente precisava agradecer por se entregarem e oferecer experiência e crédito.
Embora tenha feito uma fortuna no México, jamais poderia ter experiência e créditos o bastante.
Após sair da delegacia, Luke discou o número no carro.
Após uma breve conversa, sua expressão ficou estranha: — Você está sendo seguida, mas, na realidade, foi ao mar?
Quando pensou mais nisto, todavia, entendeu.
Diferente da terra, era fácil de notar uma abordagem no oceano.
Provavelmente foi isto que Margaret estava pensando.
Revirando os olhos, Luke ligou para Selina: — Ei, traga o Dollar e suas coisas para banho de sol. Estamos indo para o mar.
Selina ficou atordoada por um momento: — Você está chapado? — Ele não falou para ficar em casa e ensinar Voracious o conhecimento de vida comum?
Luke respondeu: — É uma tarefa privada. Elas estão no oceano e já falei que iriamos encontrá-los.
— Elas? — Selina ficou curiosa.
— A viúva do William Johnson. Ela morava no apartamento daquele caso que Donald foi enviado ao hospital, lembra? Ela está com sua prima agora — explicou Luke.
Selina falou: — Oh, ela. Vou arrumar as coisas agora.
Vinte minutos depois, Luke, Selina e Dollar embarcaram num barco que alugaram por celular e partiram.
Não era um barco grande. Em todo caso, era apenas duas pessoas e um cachorro, e Luke poderia dirigi-lo.
A Navegação Básica de Pequenas Embarcações estava na sua lista de habilidades e só custou 100 créditos para aprender.
Observando-o operar habilmente o barco, Selina achou suspeito: — Você veleja muito?
Luke respondeu: — Você pode me considerar excepcionalmente talentoso.
Selina revirou imediatamente os olhos para ele. Ela se virou e olhou para o vasto mar, que melhorou significativamente seu humor.
Embora estivessem em Los Angeles por bastante tempo e a Praia de Santa Monica fosse mundialmente famosa, eles dificilmente saíam para o mar.
Se não fosse pelo trabalho hoje, Luke nem teria considerado isto.
Foi a primeira vez de Dollar num barco, mas ficou bem relaxado.
Ninguém sabia como Voracious estava mantendo o cachorro calmo.
Segundo Voracious, ele e Dollar poderiam influenciar os sentimentos um do outro por causa do relacionamento simbiótico.
Quando necessário, ele poderia até ajudar a controlar o corpo de Dollar.
Luke repreendeu quando ouviu isso. Isso não era possessão? Era uma divisão de cinquenta-cinquenta em uma empresa no máximo, não uma propriedade total.
Porém, é claro, não era uma coisa ruim para Dollar, que agora estava velho; isto poderia alongar significativamente a vida do cão.
Além disso, os cães não exigiam muito.
Na maioria do tempo, eles estavam livres para brincar, não fazem nada ou apenas dormem. O tempo não era tão importante para eles.
Por outro lado, se fosse um ser humano preso com um cara que podia controlar seu corpo a qualquer momento, com certeza não pareceria ótimo.
Ainda mais assustador era que este cara conseguia ler a mente dos hospedeiros e se comunicar com eles telepaticamente.
Embora Voracious tenha dito que era simbiose, Luke achou que era muito mais como possessão.
Não havia como ele deixar este cara o possuir.
O barco percorreu a água e logo chegaram nas coordenadas que Luke recebeu.
Selina olhou ao redor e perguntou: — Onde elas estão?
Luke respondeu: — Ela só me deu as coordenadas de encontro; ela não me deu sua posição.
Selina estalou a língua: — Esta Margaret é realmente cautelosa. Espera, não acho que isso seja da personalidade dela, né?
Luke deu de ombros: — Não. Não tem como ela pensar num plano tão cauteloso para um encontro. Deve ser coisa da prima dela.
Selina finalmente ficou curiosa: — Quem é a prima dela?
Luke respondeu: — Não sei, mas veremos ela logo. As duas estiveram juntas nos últimos dias.
Enquanto conversavam, viram um iate emergir de uma baía na distância.
Luke gesticulou: — Bem ali. Elas chegaram. — Ele já conseguia ver Margaret; esta estudante de arte ainda estava linda como sempre.
Porém, sua expressão mudou imediatamente; pois ouviu disparos esporádicos: — Alguém está perseguindo elas. Leve o Dollar para baixo e não deixe o garoto sair. — Por garoto, ele naturalmente queria dizer a cabeça de cachorro alienígena, Voracious.
Selina rapidamente desceu e Dollar a seguiu obedientemente.
Antes de descer, todavia, deu um olhar insatisfeito para a fala “o garoto” de Luke.
Selina afagou a cabeça do cachorro e sinalizou para ele ficar quieto antes de tirar sua arma e observar a atividade na distância pela janela.
Luke estreitou os olhos.
Com sua visão aguçada, conseguiu ver claramente o que estava acontecendo e ficou surpreso.
Isso porque não era apenas um barco perseguindo o outro.
Uma pequena lancha vinha logo atrás dos dois barcos.
Havia o som incessante de disparos da lancha no meio. Porém, não estavam sendo disparos em Margares que estavam perseguindo, mas na lancha atrás.
Luke não ouviu os disparos antes por causa da distância e porque foi bloqueado pelas montanhas ao redor da baía.
Das três partes nesta perseguição, o iate de Margaret era o maior e mais lento.
A lancha atrás dela era menor e muito mais rápida e aquela na retaguarda, contudo, estava assediando como louco para que não pudesse perseguir o iate de Margaret a toda velocidade.
— Uma batalha real de três vias? — Luke murmurou consigo.
No entanto, olhando para o iate que estava fugindo, ele sentiu que só poderia ser considerada uma luta entre duas partes porque a terceira estava fugindo em pânico.
Não era Margaret que estava conduzindo o iate, era uma jovem.
Se Luke estivesse correto, esta era a prima.
Luke ligou o barco e acelerou lentamente.
Se não fizesse isto, seria provavelmente deixado para trás.
Acelerando na direção dos três barcos, Luke fez uma curva fechada quando se aproximou, para que assim o barco ficasse na mesma direção.