Chocado, Takagi pensou por alguns segundos e balançou a cabeça: — Detetive Luke, Sr. Weyland não pode estar envolvido nisto. Ele…
Olhando para Luke e lembrando da informação importante que o jovem contou, ele disse num tom ainda mais baixo: — O Sr. Weyland veio de uma longa linha de congressistas. Ele é um republicano ferrenho.
Luke entendeu.
Ninguém acreditaria que um figurão de uma família como essa estaria envolvido com extremistas.
Diferente da nova geração de cidadãos, que eram esquentados e facilmente provocados, as famílias como essas tinham fundações profundas e eram doutrinadas desde criança a manter o poder; eles eram mais propensos a enganar extremistas, não o contrário.
Pensamentos passaram pela mente de Luke e ele deu um aceno leve: — Se esse é o caso, peça-o para se apressar. Levarei vocês dois daqui.
Takagi, todavia, forçou um sorriso: — Bem… tem um pequeno problema.
Luke perguntou: — O que é? É muito difícil convencer este Sr. Weyland?
Takagi respondeu num tom baixo: — Quando o Sr. Weyland estava no banheiro, o vaso explodiu, enviando esgoto por toda parte. Ele está provavelmente ocupado demais se limpando para sair…
Luke olhou na direção de onde ele veio.
Após se livrar das duas bolsas grandes de explosivos, ele entrou no prédio porque todas as tampas de bueiro explodiram na área atrás do prédio, e o fedor estava insuportável.
A chuva de merda do Sr. Weyland poderia estar relacionada ao Luke?
Pensando nisso, Luke ficou solene e assentiu: — Tudo bem, farei os arranjos primeiro e contatarei você depois para sairmos. — Com isso, ele saiu instantaneamente.
Lembrando do cheiro atrás do prédio, ele não ousou imaginar a situação atual do Sr. Weyland, já que tudo isso o faria vomitar. Ele encontrou Selina na frente do prédio e contou sobre Takagi e Weyland.
Ela não ficou preocupada com Takagi, mesmo que a villa onde moravam agora tenha sido um presente dele. Ela estava mais curiosa com outra coisa: — Este Weyland causará problemas depois?
Luke respondeu com um sorriso amargo: — Eu… acho que não?
Ele não estava muito confiante quando disse isso.
Afinal, qualquer um levando uma chuva de merda tinha motivos para ficar louco!
Selina não tinha soluções também e só podia dar um tapinha no ombro dele: — É melhor começar a rezar. Contatarei os oficiais no estacionamento subterrâneo e direi para deixarem você passar depois.
Enquanto conversavam, um grupo saiu do elevador.
Vendo Luke e Selina, que estavam sussurrando, o homem sendo escoltado no centro do grupo soltou uma leve exclamação de surpresa e então falou algo ao segurança gordo. O segurança então foi até eles: — Detetives, Sr. Stark gostaria de pedir algo.
Luke sorriu: — Supervisor Happy, nos encontramos de novo.
Happy exibiu um sorriso falso e acenou num gesto “por favor”, impaciente.
Luke e Selina foram e cumprimentaram o homem com uma atitude muito formal: — Sr. Stark, olá.
É claro, o homem era Tony Stark.
Olhando para eles, ele acenou para os guardas, que dispersaram levemente para bloquear a visão das outras pessoas no local. Somente então falou: — Obrigado por tudo que fizeram hoje.
Nem Luke ou Selina consideraram grande coisa. Eles responderam casualmente: — Só estávamos fazendo nosso trabalho.
Tony, todavia, levantou a mão, indicando que não terminou ainda: — Mesmo que alguém tenha explodido meu sistema de esgoto todo e nos forçado a fechar metade dos banheiros no prédio, ainda tenho que agradecer.
Os dois ficaram sem palavras.
Tony Stark disse diretamente: — Farei com que as pessoas cuidem das consequências após o evento de hoje. Vocês não terão problemas. Isso é tudo.
Ele então caminhou e os seguranças o cercaram de novo.
Porém, Stark parou dois passos depois. Ele perguntou, sem olhar para trás: — Precisa de uma recompensa? Tipo… meio milhão?
Luke riu: — Não. Me mandaram manter a segurança aqui. O departamento paga meu salário integralmente.
Tony se virou para observá-lo cuidadosamente um momento depois e assentiu: — Parece que o dinheiro que gastei valeu a pena.
Ele se virou e saiu após dizer aquilo.
Luke e Selina se entreolharam, rindo.
Era incomum de verdade este rico elogiar alguém.
Não foi porque a personalidade de Tony Stark havia mudado, mas porque haveria problemas sérios se Luke e Selina não tivessem interferido hoje.
Agora há pouco, Tony usou seu programa inteligente pessoal para estimar aproximadamente o poder das duas bombas.
Se houvesse algum especialista proficiente em demolição entre os criminosos e tivesse ativado as bombas após montá-las em locais estratégicos na base do prédio, parte dele teria colapsado.
Felizmente, as Indústrias Stark nunca cortaram custos quando se tratava de construção.
Um prédio normal teria sido derrubado pelas duas bolsas de explosivos.
Tony Stark ficava no topo do prédio. Se a construção colapsasse, nem mesmo os seguranças poderiam salvá-lo.
Segundo, havia mais de duzentas pessoas no prédio, e pelo menos metade teria morrido se o local desabasse. Por exemplo, Takagi e o presidente do conselho da Corporação Weyland estavam no primeiro andar. Também havia outras pessoas mais importantes nos outros andares.
Se metade dos convidados fossem mortos, a responsabilidade teria sido demais para as Indústrias Stark aguentar.
Foi por esse motivo que Tony Stark parou e falou para Luke e Selina por conta própria.
Também foi o motivo dele ter brincado que a fortuna que ele gastou valeu a pena.
Luke e Selina observaram o homem entrar no Rolls Royce Phantom na entrada, antes de seguirem com seus próprios negócios.
Ser elogiado por Tony Stark? Isso não era de comer e nem poderia ajudar a manter a ordem.
Vinte minutos depois, Luke estava usando uma máscara quando entrou no carro de Takagi. Havia outro homem junto.
Vendo a máscara, o nariz do velho tremeu, pois sentiu que seu corpo ainda estava fedendo.
Sua expressão, já feia, ficou pior ainda: — Quem é ele?
Takagi respondeu baixinho: — Este é o Detetive Luke Coulson, a pessoa que mencionei mais cedo.
Luke tirou a máscara e sorriu para o homem: — Sr. Weyland, olá! Por vários motivos, preciso cobrir meu rosto agora. Por favor, me perdoe.
Weyland simplesmente assentiu sem dizer nada, mas ficou um pouco curioso pelo motivo de um pequeno detetive precisar cobrir o rosto.
O carro chegou na saída naquele ponto e alguns policiais já estavam lá. Luke abaixou o vidro, mostrou o distintivo e revelou o rosto de novo.
Um dos oficiais checou o distintivo e olhou para Takagi e Weyland no carro antes de assentir instantaneamente: — Vocês podem ir.