— O que você quer?! Dinheiro? Ou outra coisa? Posso dar o que quiser! — A voz de Garcia ressoou; ele já tinha aberto a porta do carro.
Bang! Bang!
Luke disparou duas vezes, deixando dois buracos no para-brisa.
O rosto de Garcia mudou enquanto se escondia atrás da porta. Rangendo os dentes, pressionou seu cinto e um item preto e cinza saiu silenciosamente.
— Tenho dois milhões em casa e diamantes que valem três milhões. Posso dar tudo, contanto que me poupe. Que tal?! — Enquanto falava, apertou o item na sua mão e gotas de suor apareceram de repente na sua testa.
Até então, Luke chegou na frente do carro e apontou a arma para onde Garcia estava se escondendo.
De repente, Luke torceu o corpo e virou a cabeça enquanto se movia para o lado. Uma sombra passou onde seu pescoço estava.
Luke emitiu uma exclamação interna de surpresa. Atrás dele, a sombra arqueou ao redor do carro e disparou nele de novo.
Ele girou e empurrou com os pés, cobrindo instantaneamente sete a oito metros ao evitar a sombra novamente. Ele então disparou duas vezes em Garcia, que estava agachado perto da porta do carro.
Bang! Bang!
No momento em que disparou, Garcia sorriu maliciosamente e também disparou sua arma que tinha acabado de ser recarregada.
Bang! Bang! Bang! Bang!
O sorriso de Garcia congelou porque seu ataque planejado falhou completamente.
A alguns metros de distância, Luke piscou de repente para a esquerda e direita num padrão irregular enquanto avançava novamente.
Neste alcance, Luke poderia ver claramente a trajetória de suas balas.
Seu sorriso ficou ainda maior, pois… Garcia saiu ileso de novamente.
Chocado e furioso, Garcia disparou sem parar enquanto abria a porta com a outra mão e entrava no carro.
A figura de Luke tremeluziu quando chegou na porta e pisou na perna esquerda de Garcia, que ainda estava fora do carro.
Crack!
A perna esquerda de Garcia ficou na forma de um “L”, fazendo-o gritar de dor.
Luke estendeu a mão e agarrou o homem pelo pescoço para puxá-lo do carro.
Garcia ficou ansioso e não teve tempo para se importar com a dor excruciante na perna quando rugiu: — Vá pro o inferno, seu monstro!
Para suas palavras, uma sombra elevou-se e disparou na nuca de Luke pelo lado.
Luke zombou e curvou o dedo.
Paft!
Com um super peteleco na têmpora, Garcia desmaiou.
Aquela sombra prontamente desacelerou.
Luke guardou a arma e se virou para pegar aquela sombra no ar.
Examinando o item com cuidado, sorriu. Então, era essa coisinha.
Entre os dedos estava uma lâmina de barbear fina e afiada.
Era uma lâmina de barbear de ferro fosco que tinha uma cor cinza e preta indiscreta. Tinha a mesma textura que um cortador de papel, exceto que era mais pesada. Suas bordas eram muito afiadas e as pontas eram mortais.
Agora há pouco, esta lâmina o atacou por trás várias vezes, mirando em suas partes vitais.
Luke olhou para a notificação do sistema.
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Você derrotou Diego Garcia e recebeu uma lista de suas habilidades.
Habilidades de Diego Garcia: Arma de Fogo Básico, Combate Básico… Controle Magnético Elementar (Indisponível)
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Olhando para o Controle Magnético Elementar que estava cinza, o coração de Luke sentiu dor.
O Controle Magnético definitivamente era uma habilidade extraordinária.
Contanto que o usuário fosse experiente e forte o bastante, seria uma super habilidade que poderia ser usada na ofensiva e defensiva, para controlar a situação ou reforço. Porém, no final, ele não podia aprender.
Após incontáveis experiências com habilidades indisponíveis, Luke já tinha uma ideia sobre as regras as cercando e esta não foi exceção.
Ainda assim, Luke sentiu uma dor profunda.
Era como assistir alguém queimando dinheiro; você acharia inacreditável mesmo que o dinheiro não pertencesse a você.
Após se sentir deprimido por alguns segundos, deixou de lado os arrependimentos sem sentido e se virou.
As pessoas, observando silenciosamente a batalha, viram que a figura preta robusta e alta pegar Garcia como um cachorro e desaparecer pelo lugar de onde veio.
Luke não notou a enorme arte de grafite num outdoor próximo.
Iluminado por dois holofotes no topo, nele estava uma mulher num capuz preto, de pé com a cabeça abaixada e duas asas estendidas nos lados. Sob ela estava o horizonte escuro da cidade.
No entanto, as asas da mulher não eram de penas, mas armas.
Não havia auréola acima da cabeça também, mas uma pequena extensão brilhante vermelho-sangue.
Quando Luke pegou Garcia com a mão e saiu, ele projetou uma longa sombra dos faróis brilhantes do carro para o outdoor.
Isso foi o que as pessoas ao redor viram.
Somente após Luke desaparecer, que um bando de gente emergiu lentamente dos barracos próximos.
De repente, um velho vagabundo disse: — Levará pelo menos meia hora para a polícia chegar aqui. Há algo que podemos fazer.
Todos ficaram em silêncio por um momento, antes de começarem a se mover de repente.
Em menos de dez minutos, exceto por uma grande extensão de água suja que tinha detergente e desinfectante misturado, a rua estava pacífica como antes, como se nada tivesse acontecido.
Em outro local, Luke jogou Garcia no carro e pegou alguns atalhos antes de encontrar uma fábrica.
Pegando Garcia com uma mão e apoiando a Justiceira com a outra, ele entrou na fábrica abandonada.
Ele jogou um lençol numa bancada e colocou a Justiceira nela. Em seguida, examinou o ambiente com uma luz de acampamento e assentiu satisfeito. Voltando, molhou uma toalha e colocou na testa dela.
Não demorou muito até o corpo da mulher estremecer de repente, como se fosse ficar de pé.
Luke a pressionou pelo ombro e tocou a mensagem pré-digitada: — Tudo bem, ainda sou eu, Puncher.
O olhar da Justiceira clareou novamente e não perdeu mais o foco.
Vendo a máscara preta familiar e óculos de sol amarelo, ela ficou aliviada, mas então perguntou tensamente: — Que horas são?
Com muita preguiça para digitar, Luke simplesmente levantou um dedo.
A Justiceira gritou: — Uma hora? Não, tenho que ir.
Mas seu ombro foi pressionado de novo: — Diego Garcia está bem aqui. Se estiver com pressa de sair, terei que cuidar dele.
A Justiceira ficou atordoada com a voz do âncora e virou a cabeça.
Somente então notou Garcia olhando para ela. O senhor das drogas que suprimiu o lado leste da grande Los Angeles e que matou várias pessoas estava com a boca tapada e mãos e pernas presas. Ele estava sentado no chão coberto de poeira: — Não precisa ficar animada. Ele não vai a lugar algum. Você pode ir com calma — disse o âncora sem pressa. A mão pressionando a Justiceira ajudou a se levantar. Mesmo assim, ainda causou dor no ferimento na cintura, o que a fez ranger os dentes de dor.