No momento em que Harry e Jim chegaram, Luke estava segurando o fugitivo de macacão prisional laranja sob sua mira: — Que coincidência, Harrelson, Jim.
Jim assentiu e exibiu um sorriso forçado: — Ei, Luke.
Ele era conhecido por ser um atirador excelente na equipe, mas nem havia conseguido uma morte nesse caso.
Harrelson não sabia se ria ou chorava. — Tudo bem, algeme-o primeiro antes de conversarmos, okay?
Luke deu de ombros e gesticulou para eles fazerem como quisessem.
Ele guardou a Glock no coldre e estreitou os olhos para o fugitivo que estava com as mãos levantadas: — Se ainda quiser correr, vai levar um tiro.
O fugitivo era um jovem magro. Ele era um tanto bonito, mas tinha um olhar sombrio.
Ouvindo isso, seus olhos cintilaram e sorriu friamente: — Tudo bem, não fugirei. Posso saber seu nome?
Luke ergueu a sobrancelha: — Você pode pensar sobre isso na prisão.
Naquela breve troca, os dois se entreolharam e pensaram a mesma coisa. Tenho que investigar esse cara e me livrar dele quando houver chance!
O jovem pensou dessa maneira porque sempre foi cruel em seus métodos, enquanto Luke poderia dizer que a outra parte buscaria vingança.
Ele não tinha problemas em se livrar deste tipo de sujeito mesquinho e vingativo. Após algemar o homem, Jim foi até o carro e repassou a situação.
Harrelson olhou para Luke e perguntou: — Trabalhando num caso?
Luke deu de ombros: — A caminho do trabalho. E você? Está tão livre recentemente que ainda está vagando pela rua às nove?
Harrelson: — Como você, estou indo primeiro checar a equipe. De forma alguma estou livre; não como se não soubesse que continuo sendo arrastado para treinar os cadetes.
Luke riu, mas não disse nada.
Desde a leitura clássica da covardice de Luke, o Diretor Remick na academia de polícia não o fez mais ensinar e desencaminhar as crianças. Em contraste, embora as palavras de Harrelson pudessem ser muito ácidas, ele era sério quando instruía os novatos.
Luke olhou para o fugitivo que estava parado obedientemente ao lado: — Pode haver um problema com a identidade dele.
Harrelson assentiu: — Quer acompanhar neste caso?
Luke balançou a cabeça: — Não tenho tanto tempo livre e ainda preciso comparecer à aula. Como chegou aqui primeiro, deve continuar nisto.
Harrelson. … Como se você precisasse daquelas aulas!
Luke zombou internamente. Quer que eu pegue isto? Este cara pode aparecer morto eventualmente; até então, o que haverá para investigar?
As viaturas apareceram rapidamente, junto de uma ambulância que levou um dos criminosos ao hospital.
Dos seis criminosos, apenas aquele baleado por Harrelson ainda estava respirando. Os outros cinco já estavam frios e não precisavam ser salvos.
Após entregar o homem à unidade de apoio, Luke e Selina se despediram e seguiram rumo ao departamento.
Quando foram procurar pela Elsa, simplesmente mencionaram a tentativa de fuga de passagem e ela não pensou demais sobre isto também.
Eram apenas cinco criminosos tentando libertar alguém; era coisa pequena.
Ela não ficaria surpresa mesmo que Luke e Selina contassem que mataram cinquenta criminosos no caminho do trabalho.
Ela gesticulou para Selina fechar a porta e então colocou um arquivo na frente dela. Em seguida, olhou para os dois e perguntou solenemente: — Vocês não precisam trabalhar muito neste caso, entenderam?
Luke riu e assentiu. Ele deu uma olhada no arquivo e questionou: — O caso da Zona Leste? Eles jogaram isto para a gente? Os camaradas da nossa Zona Leste não reclamarão que estamos pisando em seus calos?
Elsa falou zombeteiramente: — O chefão do departamento da Zona Leste está sob muita pressão. Afinal, um promotor, um juiz e uma agente do FBI foram mortos, e um detetive da Divisão de Crimes Graves envolvido no caso está desaparecido. Ele está estressado demais para se importar com orgulho. É por isso que não negou a intervenção do QG.
Olhando para o rosto de Luke, ela expressou de novo: — Mas você só está ajudando, okay?
Luke: — Okay. Iremos inspecionar a qualidade de suas funcionárias e da máquina de café.
Ele sussurrou internamente. Se eu não pegar leve, terei que me entregar ou pegar a Justiceira.
Satisfeita, Elsa assentiu.
Numa investigação conjunta destas, a outra parte proclamaria a maior parte do crédito quando o caso fosse resolvido, mas se Luke exagerasse, a maioria da culpa recairia sobre sua cabeça.
Mesmo que resolvesse o caso, o departamento da Zona Leste poderia ficar grato na superfície, mas o odiaria em segredo por expor sua incompetência.
O pedido de ajuda veio diretamente do QG.
Sob a pesada pressão das mortes do juiz, da agente e do promotor, o QG teve que chamar as elites de vários recintos para trabalhar juntas no caso.
Como a equipe com maior taxa de conclusão, o QG pediu naturalmente por Luke e Selina.
Luke também não perdeu tempo e jogou o arquivo para Selina enquanto saíam.
Eles estavam com pressa, não para investigar, mas para comer.
Eles não tiveram tempo de comer o café da manhã por causa do caso do fugitivo e estavam famintos. Eles foram à confeitaria de costume e compraram a granel antes de partir para a Zona Leste.
Após bater ponto no departamento, eles os dispensaram com muito tato e não ficaram um segundo mais que o necessário.
Eles não tiveram tempo para inspecionar as funcionárias, sem falar em ver a máquina de café. Isso porque o chefe da Divisão de Crimes Graves da Zona Leste não parecia grato pela ajuda.
Eles dirigiram até a cena do crime. Estacionando no acostamento, escoraram no capô com a caixa cheia de tipos variados de bolo entre eles.
Esta foi a rua onde Luke pegou Diego Garcia e matou Stan McCall, bem como os trinta membros da Família Garcia.
Duzentos metros daqui foi onde a agente do FBI foi morta, então vieram dar uma olhada primeiro.
Desde que a ideia era pegar leve, eles obviamente não olharam ao redor de verdade e simplesmente escoraram no capô para comer o café da manhã.
Comendo uma fatia de mil-folhas, Luke olhou para a arte no letreiro gigante na frente com um sentimento extremamente estranho.
Selina notou o letreiro também. Ela examinou com muito interesse: — Este grafite… é bem interessante. É o símbolo de uma nova gangue?
Ponderando por um momento, Luke balançou a cabeça: — Acho que não. O grafite de gangue normalmente não é tão bom.
Mastigando a comida, Selina comentou descuidadamente: — A metade inferior não parece mesmo. É um pouco sci-fi. Porém, e quanto ao topo? Aquilo é um demônio ou um fantasma?
A expressão de Luke não mudou, mas suspirou internamente. Como eu iria saber o que o artista estava pensando? Eu sou tão feio assim?
A metade inferior da arte do letreiro gigante estava basicamente inalterada. Ainda era uma mulher com uma arma, asas de armas e capuz sob a cabeça. Até a extensão vermelha acima da cabeça ainda estava lá.
Porém, o espaço preto acima dali agora estava preto.