O homem propõe, mas Deus dispõe! Luke suspirou internamente.
Sem informações precisas, seria difícil dele se livrar deles numa rápida operação.
Se demorasse em os eliminar, alguns dos criminosos mais suspeitos poderiam fugir.
E isso seria uma queda no lucro líquido! Um pouco deprimidos, Luke e Selina foram trabalhar como de costume no dia seguinte.
Eles foram ao departamento mais cedo que no dia anterior, mas quando entraram na Divisão de Crimes Graves às oito, ainda foram os últimos a chegar.
Dustin realizou outro briefing.
Ele primeiro elogiou todos pelo trabalho duro do dia anterior. Ele então revisou suas tarefas para hoje.
Os resultados dos detetives saindo ontem para passar o recado foram ótimos. Hoje, era hora de focar novamente na ordem pública e ajudar os oficiais de patrulha a prender os inquietos.
Dustin designou todos para áreas diferentes, mas mandou Luke e Selina irem aonde fosse necessário para acabar com a agitação.
Os tiroteios não aconteciam com muita frequência quando detetives trabalhavam em casos. Não era incomum os detetives não terem baleado um suspeito por vários anos.
Porém, a situação não seria muito estável nos próximos dias.
Dustin lembrou a todos para estarem preparados e não esquecerem do colete enquanto estavam na busca por problemas.
O briefing, mais uma vez, durou menos de dez minutos e dezenas de detetives da Divisão de Crimes Graves saíram do departamento.
Foi outro dia ocupado e barulhento. Luke ganhou muitos pontos de experiência e crédito.
Eles lideram com vários casos triviais e pequenos, como assalto, roubo, brigas e vandalismo.
Os ganhos de Luke de mais de mil e quinhentos pontos demonstravam muito como o povo “simples e honesto” de Los Angeles confiava em sua diligência para se sustentar.
Naquela noite, Luke saiu de novo.
Ele ia eliminar uma gangue esta noite e, de passagem, obter todas as informações que o chefe tinha daqueles bandidos de fora da cidade.
Dirigindo o Toyota usado preto, evitou as câmeras enquanto dirigia pelos becos. No final, enquanto o Toyota passava por um beco do centro, algo aconteceu.
O chão começou a tremer e os prédios dos lados do beco também tremeram. Houve o som de todo tipo de lixo caindo e quebrando, junto de vidro sendo destruído.
As luzes nos prédios ligaram uma atrás da outra. As crianças choraram e os adultos gritaram.
Era como se a cidade toda tivesse ganhado vida.
Infelizmente, esta não era apenas uma figura de linguagem e veio com consequências severas.
De cima, um prédio alto e parcialmente iluminado balançava como se estivesse dançando.
Pensamentos passaram por sua mente e um plano que Luke vinha ponderando por muito tempo surgiu em sua mente. Agora era a melhor hora para isto?
Decidindo-se rapidamente, colocou o conjunto de equipamento do inventário. Ele também enviou uma mensagem para Selina para confirmar que estava segura.
Selina respondeu instantaneamente que ela e Claire estavam bem.
Luke simplesmente falou para Claire e Dollar ficarem em casa, enquanto Selina podia fazer o que quisesse.
Eles definitivamente ligariam do departamento para mandar ir manter a ordem. Selina poderia comprar algum tempo para ele ganhar mais pontos de experiência e crédito.
Se aparecesse com a verdadeira identidade e não usasse sua força total, sua eficácia de resgate diminuiria em mais de dez vezes.
Luke colocou todo o equipamento em menos de um minuto. Garantindo que não havia deixado nada em seu carro, saiu, jogou o gancho e subiu até o terraço do prédio.
O terraço do prédio de seis andares tremeu ainda mais, só que Luke estava estável na beirada. Ele olhou ao redor e então saltou.
Dois carros na rua bateram.
Por causa do terremoto, a motorista de um carro desviou para a faixa oposta e atingiu outro carro.
Os motoristas foram protegidos pelos airbags e cintos de segurança, mas o carro da motorista estava vazando óleo. Luke saltou rapidamente. A capa que estava usando ficou rígida antes de pousar, permitindo-lhe planar nos últimos metros.
A capa então ficou mole quando pousou bem perto dos carros.
A janela da porta da frente foi quebrada. Ele agarrou a porta e arrancou, antes de tirar a mulher zonza.
Segurando com a mão esquerda, abriu a porta traseira com a direita e agarrou uma garota de sete anos.
Ele levou a mãe e a filha até o outro carro, uma em cada mão. O homem no banco do motorista estava gritando: — Socorro! Minha perna está presa!
A perna esquerda do homem azarado foi pregada sob o carro esmagado.
Após examinar a situação por um momento, Luke arrancou a porta. Empurrando para cima e para baixo no batente da porta ao mesmo tempo, ele criou uma abertura grande o suficiente para arrastar o homem do carro. Enquanto o homem gritava de dor, olhou grato para Luke. Ele fedia a óleo; quem sabia se seu carro estava vazando?
Luke não esqueceu de pegar um celular da área dos pés ao lado do motorista e entregou ao homem.
Depois, com o homem numa mão e a mãe e filha na outra, os levou para dentro de um prédio ao lado da rua.
O terremoto já havia parado.
Apesar das pequenas rachaduras no prédio, estava intacto e era muito mais seguro que ficar fora. Não prestando atenção à expressão atordoada da senhora que era administradora do prédio, Luke se virou e saiu.
As vidas estavam em jogo na emergência e salvá-los significava experiência e crédito. Ele não tinha tempo para conversar.
Após Luke sair, a velha administradora finalmente perguntou cuidadosamente: — Ele… roubou vocês? Querem que eu chame a polícia?
O homem e a mulher não sabiam se riam ou choravam. O homem foi mais tenaz, apesar da perna quebrada, respondeu: — Não, ele nos salvou. Ele é um herói.
A velha administradora ficou surpresa: — Então, por que ele está vestido assim? Ele é como um… — Ela não conseguiu encontrar a palavra adequada para descrevê-lo.
A garota, contudo, disse de repente: — Ele é um super-herói! Ele definitivamente é um! É por isso que está vestido assim!
A velha senhora não argumentou, mas não pôde deixar de murmurar consigo. — Não importa como olhe, ele parece com um supervilão vestido de preto daquele jeito!
Luke não tinha ideia de que a velha administradora estava o criticando. Ele estava ocupado correndo para o próximo lote de ponto de experiência e crédito.
Após correr dezenas de metros, lançou o gancho, escalou até o terceiro andar e entrou numa janela.
Dentro, uma mulher, que estava agitada, gritou de medo e as duas crianças atrás dela fizeram o mesmo.
Luke simplesmente a ignorou e analisou rapidamente a cozinha antes de desligar a válvula de gás num canto.
— Fechei a válvula. Abra a janela para ventilação e chame a polícia. — Uma voz mecânica e profunda ressoou, antes de Luke saltar da janela.
— Ah! — A mãe e as crianças gritaram de novo.
Este era o terceiro andar e não havia saída de incêndio.
Eles correram até a janela só para ver que Luke não havia sido esbagaçado no chão, mas estava correndo a dezenas de metros de distância.
A criança mais velha, que era um garoto, perguntou curiosamente: — Mãe, quem era aquele homem? Ele é o pai?