No início, Han Sen pensou que eram as roupas dele que estavam brilhando. Talvez tenha sido feito de alguns materiais fluorescentes. Porém, logo teve certeza que não eram as roupas, mas sim a pessoa que estava brilhando.
Depois de verificar melhor, Han Sen ficou surpreso ao descobrir que era um cadáver. Parecia exatamente uma pessoa viva, mas era óbvio que o seu rosto exposto e as mãos estavam ressecados. Era impossível para uma pessoa viva ter essas características.
Diferentemente de um cadáver ou um esqueleto, o homem tinha pele e músculos intactos, mas as células dele estavam sem água. E como a sua pele estava brilhando, ele não parecia nem mesmo uma múmia.
— Está vivo ou morto? Responda se tiver vivinho! — Ele não tinha certeza se a pessoa estava morta.
Han Sen ficou curioso sobre esse homem morto, estava se perguntando o motivo de ter morrido num lugar estranho desse.
Em seguida, olhou para a esquerda e para a direta, estava garantindo que não tinha mais nada anormal, depois bateu as asas e se aproximou com cautela.
Han Sen examinou, enquanto se aproximava do cadáver. As roupas dele eram muito estranhas, eram bem diferentes das roupas modernas. O material e o estilo pareciam mais as roupas antigas, que os humanos vestiam antes de sair do planeta Terra.
Só que Han Sen achou que essa ideia era ridícula. Os humanos não conseguiam nem mesmo sobreviver no Universo naquela época, muito menos se teletransportar para o Santuário de Deus.
Quando ficou a 5 metros de distância do cadáver, Han Sen parou de se aproximar. Depois foi para a esquerda e para a direta, enquanto observava o corpo de todos os ângulos.
Um homem morto que parecia ainda estar vivo, esse era o único jeito que Han Sen conseguia descrever essa pessoa. Ele parecia mesmo estar vivo, com exceção do fato de que o corpo tinha ressecado. No entanto, parecia mais uma estátua feita de jade ou algo do tipo, pois estava brilhando com uma luz fluorescente.
De repente, seus olhos notaram algo próximo da mão esquerda do cadáver, que parecia ter pertencido ao homem.
O homem morto estava sentado de pernas cruzadas e braços pendurados naturalmente numa plataforma com 2 metros de comprimento, que estava saindo da parede de pedra. E tinha algo que parecia um pergaminho ao lado da sua mão esquerda.
Neste momento, Han Sen já tinha certeza que o homem estava morto. Como não sentiu nenhum perigo, ele hesitou, pousou na plataforma e pegou o pergaminho.
O pergaminho parecia que foi feito de seda, mas teve mais a sensação que era couro ao toque.
Han Sen olhou primeiro para o morto, e depois abriu o pergaminho. Tinham muitos caracteres de miniatura escritos lá, pelo menos uns 30.000 no pergaminho de 1 metro.
A maioria dos caracteres foram bordados com alguns tipos especiais de fio, enquanto a última parte foi escrita com algum tipo de líquido. A caligrafia das duas partes também era diferente. Então acreditou que foi escrito por duas pessoas diferentes.
Han Sen tentou ler o pergaminho, mas descobriu que os caracteres que conhecia eram bem limitados. Estava familiarizado com alguns, mas não tinha certeza se o significado deles eram os mesmos dos que conhecia.
‘É alguma linguagem antiga dos primeiros dias da humanidade?’ Han Sen pensou nisso. A linguagem universal da Aliança veio de um certo país dos primeiros dias da humanidade. Porém, ela já tinha passado por vários ajustes. A maioria das pessoas não conheciam as linguagens mais antigas.
Só que em algumas obras antigas, as linguagens mais antigas ainda podiam ser encontradas, e elas pareciam semelhantes aos caracteres no pergaminho.
— Que morto estranho. — Han Sen verificou o cadáver de novo. O morto parecia ter tido cerca de 30-40 anos. Podia estar ressecado, mas ele ainda conseguiu dizer que o cara era bonito quando estava vivo.
— Cara, você já morreu, então não tem mais uso para os seus pertences. Tenho certeza que prefere fazer um trabalho de caridade para um pobre coitado como eu. — Han Sen estendeu a mão para o cadáver.
Não estranhava ver pessoas mortas, e não se importou de fazer algo assim.
Mas o material se desfez em pó imediatamente, assim que Han Sen tocou nas roupas do cadáver. Elas foram completamente destruídas quando foram tocadas por ele. De repente, não sobrou nada que o cadáver estava usando.
— Como é que essas roupas são tão velhas? — Han Sen fez uma pausa e olhou para a pessoa de novo. O cadáver estava nu agora, mas todo o seu corpo parecia sagrado.
Ele examinou o corpo todo, e não encontrou nada além do pergaminho.
‘Quem que era ele. Sem chance que veio dos tempos antigos, né?’ Até Han Sen achou ridículo seu pensamento.
A tecnologia era muito limitada nos tempos antigos. Era simplesmente impossível para alguém se teletransportar naquela época.
Além do cadáver, não tinha mais nada sobrando. Em seguida, invocou a Adaga do Lobo Ominoso e fez um buraco grande na parede de pedra. Depois colocou o corpo lá dentro, tampou o buraco com pedras e disse: — Vou fazer um lugar para descansar em paz, já que destruí as suas roupas. E sobre o pergaminho, bem… um morto não precisa disso. Vou levar comigo para dar uma olhada. Talvez eu descubra quem você era, aí posso pedir para a sua família fazer um enterro adequado.
Em seguida, olhou em volta. Não tinha outro lugar para ir além da caverna profunda.
Han Sen se aprofundou e tentou descer voando. Mas ainda não conseguiu ver o fundo da caverna depois de alguns quilômetros. Ele ficou com medo de ver a escuridão que parecia mais uma entrada ao inferno.
Depois hesitou e percebeu que não era necessário se arriscar. Han Sen voou para cima e voltou ao Deserto Sobrenatural pelo caminho que tinha pegado.
Obrigado pelo capítulo!