O pônei vermelho hesitou em se aproximar no início, mas reconheceu que não tinha perigo após circulá-los por um tempo. Depois de chegar a essa conclusão, ficou feliz em ficar na companhia do Han Sen.
Embora ainda quisesse sequestrar o pônei vermelho, não apressaria as coisas até ter certeza de que estava tudo bem. Observou a criatura andar ao redor e acenou para ela ocasionalmente, parecendo o mais amigável possível.
Quando o pônei perdeu totalmente o medo, chegou perto do Han Sen e o cheirou.
Han Sen ficou indeciso, pois, não tinha certeza se deveria levar o pônei agora ou não. Esta era sua melhor oportunidade, mas não tinha certeza se capturar uma super criatura, independentemente da idade, era uma coisa sábia a se fazer.
Além disso, o pônei vermelho parecia um pouco apreensivo. Os cavalos no perímetro do “santuário pequeno” do Han Sen também ainda estavam em um frenesi, relinchando de raiva. Se os olhos matassem, ele não seria nada além de pedaços.
Mas a raposa prateada parecia um pouco chateada, quando pulou no colo do Han Sen, cerrou os dentes e regougou.
O pônei vermelho ficou irritado com isso, o que desagradou Han Sen. Ele ficou com medo da raposa prateada assustar o pônei vermelho, então a colocou no chão.
Só que o pônei vermelho só pulou de susto. Depois de dar alguns passos, olhou com hostilidade para a raposa prateada que continuou regougando. Estranhamente, parecia mais feliz agora. O pônei vermelho se aproximou do Han Sen e enterrou seu pescoço no peito dele e esfregou.
O que deixou a raposa prateada muito brava. Se Han Sen não a impedisse agora, o pônei vermelho levaria literalmente um choque.
Estendeu a mão para acariciar os pelos do pônei vermelho, que permaneceu parada, permitindo que Han Sen tocasse o quanto quisesse. Parecia que gostou das alisadas de mão.
Mas quando Han Sen tocou, os pégasos, que continuavam observando, pareciam ainda mais irritados. Eles bateram as asas, então pegaram voo e circularam o campo. Tinha tantos deles, que bloquearam a luz do sol, e todos continuavam relinchando de raiva. Parecia que desceriam a qualquer segundo e esmagariam Han Sen, mas não desceram.
— Bom garoto. Se aproxime, venha; deixa eu te dar um abraço. — Han Sen estendeu as mãos para abraçar o pônei, que não resistiu. Na verdade, parecia ainda mais feliz.
Por mais confortável que parecesse, Han Sen ainda ficou com a mente dividida. Agora certamente era a melhor chance para sequestrá-lo, mas não sabia se o rei pégaso o deixaria sair com um refém. Se não se importassem e começassem a atacá-lo de qualquer jeito, seria o fim dele.
Portanto, não sequestrou, só soltou o pônei, que descansou perto dele; parecia realmente inocente.
Mas Han Sen sabia que seu comportamento não era algo que provavelmente permaneceria assim com o tempo. Quando crescesse, provavelmente acabaria como os pégasos violentos acima.
Enquanto Han Sen refletia sobre a ideia um pouco mais, seu coração de repente palpitou de alarme. Ele pensou que o pônei vermelho ia ficar bravo.
Recuou um passou e olhou para ele, mas o pônei vermelho ainda estava sendo fofo. No segundo seguinte, tentáculos semelhantes a videira perfuraram o chão e se moveram na direção dele.
Os tentáculos eram rapidíssimos, mas pareciam alvejar principalmente o pônei vermelho. Han Sen reagiu e pulou no céu.
Só que o pônei vermelho não teve tanta sorte. Não importava o quão forte fosse, não nasceu há muito tempo e faltava experiência no mundo. O número vasto de tentáculos o agarrou com força.
Então, o campo gramado se dividiu em dois, revelando uma ravina gigante. Os tentáculos, que se contorceram ao redor do pônei, começaram a arrastá-lo ao buraco.
O pônei começou a relinchar e ficou num tom mais jovem e brilhante. Seu corpo brilhou em vermelho como a luz rubi de uma sirene da polícia. A luz vermelha cortou os tentáculos parecidos com videiras, que depois caíram no chão expelindo sangue verde.
Porém, cada vez mais tentáculos apareceram, fazendo o possível para sufocar o pônei e arrastá-lo ao buraco.
Han Sen olhou para o buraco e só conseguiu ver vermelho lá dentro. Dentes afiados e enfileirados como engrenagens circulavam por toda parte. Han Sen não conseguiu entender que tipo de criatura miserável estava à espreita nos seus pés.
— Não é de admirar por que nem os lobos nem os pégasos se atreveram a se aproximar de mim, com uma criatura tão horrível aqui embaixo. — Han Sen viu que o pônei vermelho estava a poucos minutos de ser puxado para a boca exposta e faminta. Então, ele franziu a testa, invocou o Rex Pontiagudo Flamejante e começou a brandi-lo.
As chamas queimaram intensamente quando a arma pesada aniquilou qualquer tentáculo ao toque, rapidamente os incinerando. Os tentáculos cortados caíram no chão em chamas. Logo depois, o pônei vermelho ficou livre das garras do monstro.
O pônei ainda não tinha desenvolvido a capacidade de voar. Como ainda estava no chão, parecia que seria agarrado novamente pelos novos tentáculos.
Então Han Sen pegou o pônei vermelho e voou para o céu.
A criatura que estava no subsolo era muito estranha. Han Sen não sabia por que ela mostrava tanto interesse no pônei vermelho, mas ele e a raposa prateada mal receberam atenção. O monstro subterrâneo parecia se concentrar apenas no pônei.
Han Sen, com o pônei nos braços, começou a voar para longe. O monstro desconhecido soltou um rugido de penetrar a alma, que fez o chão tremer. Tentáculos irromperam do chão, levantando todo o campo gramado com eles. Era como ver uma criatura emergir dos buracos mais podres do inferno.
Era um verme gigante que parecia uma centopeia. Apenas uma parte do corpo foi revelada, mas já era inimaginavelmente grande. Como um trem, estava disparando de um túnel para algumas dezenas de metros no ar. A totalidade das costas era peluda e os tentáculos alvejavam Han Sen e o pônei vermelho.
Estavam vindo muito rápido, muito mais rápido do que as Asas de Linhagem Sagrada dele. Além disso, os pelos nas costas dele acabaram sendo tentáculos, que foram inflexíveis em impedir a partida da presa.
Han Sen liberou o poder do Rex Pontiagudo Flamejante e cortou um grande número de tentáculos com um ataque de raiva. Chamas então dispararam pelo céu. Em seguida, usou Aérea para voar pelo ar e evitar o ataque do monstro.
Os pégasos também estavam no céu. Desceram todos relinchando de raiva. Parecia que estavam super interessados em proteger o mestre. Sem medo, correram na direção do monstro que anteriormente estava à espreita embaixo da terra.
Os pelos do monstro parecia se regenerar. Depois de serem cortados, os tentáculos começaram a crescer novamente. Muitos dos pégasos, que entraram na batalha, foram emaranhados no mato de tentáculos. Muitos dos cavalos alados foram dilacerados e jogados para longe, lançando sangue na terra destruída.
O corpo do monstro subterrâneo era enorme, com, pelo menos, cem metros de comprimento. Sua concha era roxa e preta, e inúmeras pernas pequenas se contorciam abaixo dela, cada uma possuindo seus próprios tentáculos.
O monstro levantou seu corpo aterrorizante, enquanto os tentáculos se contorciam em uma dança medonha. Um por um, os pégasos foram despedaçados quando vieram atrás do pônei vermelho que ainda estava nos braços do Han Sen.
— Por que essa coisa está tão motivada para pegar o pônei vermelho. Só pode ter algo especial nele. — Han Sen ficou surpreso com a reviravolta. Acabou carregando a criatura, que planejava sequestrar, enquanto escapava usando a habilidade Aérea. No caminho, empunhou o Rex Pontiagudo Flamejante, que incinerou todos os tentáculos que se aproximavam.
Um relincho longo veio de longe, sinalizando a chegada do rei pégaso. Estava coberto de nuvens, evidência da ira que trazia consigo.