— Rumores sobre você e seu buraco promíscuo.
— Seu cheiro é igual ao da casa de prostituição.
— Mulher, quantas vezes você vendeu esse corpo? E com quais tipos de pessoas você fez isto?
Goku apertou o nariz enquanto olhava para Edrea com nojo.
— O-O quê?
Edrea piscou algumas vezes.
Ela não esperava que este homem lindo dissesse algo tão vulgar.
Ela o ofendeu de alguma maneira?
Ou ela realmente fedia?
Não, isso não podia ser verdade, podia?
Edrea franziu a testa.
— E-Eu ofendi você de alguma maneira, Lorde Goku? — Edrea questionou respeitosamente.
— Sabe, é assim que se pode ter certeza do que falei. Se fosse uma mulher inocente, teria retrucado alto — Goku expressou.
Desta vez, uma veia surgiu na testa de Edrea.
No entanto, ela ainda se controlou e um sorriso distorcido apareceu em seu rosto.
— Você deve estar brincando, Lorde Goku. Sou uma mulher inocente. Além disso, sou uma mulher elegante e não retruco de forma bruta. Acredito que possamos resolver todos os assuntos com conversas tranquilas. Tenho certeza de que há algum tipo de mal-entendido entre nós.
— Jesus, Edda estava certa. Você é tão cara de pau quanto seu buraco é largo — Goku exclamou.
— Edda? Empregada-chefe Edda?
— Tsk tsk, eu não falei antes? Até você não conseguiu suportá-la. Ela é repulsiva demais. — De repente, Edrea ouviu uma voz familiar.
Ela virou a cabeça e seus olhos arregalaram de surpresa quando viu Edda caminhar na direção de Goku.
Quando ela chegou aqui!?
Ela se perguntou internamente.
— Você estava certa, ela é realmente repulsiva. — Goku assentiu enquanto agarrava Edda e a colocava no colo com uma expressão apaixonada.
Então, beijou as bochechas dela e seus lábios se encontraram.
Eles ignoraram completamente Edrea.
— E-E-Edda? Por que você está aqui!? — Edrea questionou, surpresa.
Embora esperasse que Edda estivesse aqui, não esperava que ela estivesse tão… feliz.
Ela deveria estar amarrada num quarto escuro completamente sozinha.
— Hmm? Como assim, por que estou aqui? — Edda então rompeu o beijo e se virou para Edrea.
— AH, está surpresa por eu estar viva mesmo após você me matar?
— E-Eu matei você? — Edrea franziu a testa.
Quando algo assim aconteceu?
— Ah, vamos, Edda, você realmente espera que o cérebro vazio dela vai entender o que está dizendo? Simplifique.
— Ela sacrificou tanto por nós, pelo menos podemos dizer o que ela está sacrificando para mostrar nossa apreciação, não é? — Goku sugeriu com um sorriso.
— É claro, podemos. Somos boas pessoas, afinal de contas. — Edda assentiu com um sorriso.
Assim, se virou para Edrea e explicou.
— Esta é uma história sobre uma mulher chamada Edrea. Vinte anos atrás, ela entrou no Palácio Real como uma empregada.
— Entretanto, como a história pode ser interessante se a personagem principal for alguém tão sem graça?
— Nossa personagem principal também era diferente.
— Edrea não era uma empregada normal, ela era uma espiã.
— Uma espiã enviada pelo reino inimigo.
Edda contou tudo com um sorriso, fazendo a carranca de Edrea aprofundar.
— Edrea recebeu uma missão.
— Subir de posição o mais rápido possível.
— Se tornar a empregada-chefe e foi isso que ela fez.
— Ela trabalhou duro e subiu de posição.
— Todas as suas oponentes encontraram “acidentes infelizes” e Edrea teve um caminho tranquilo.
— No entanto, existe um limite para usar métodos tortuosos.
— A empregada-chefe, eu, rapidamente percebeu que algo estava errado com esta mulher chamada Edrea.
— Então, ela fez uma pequena checagem e suas dúvidas aumentaram quando percebeu quão meteórica foi sua ascensão.
— Contudo, no final, Edda era apenas uma empregada-chefe, ela não tinha autoridade alguma e nem provas.
— Portanto, contatou alguém que tinha autoridade.
— Marquês Alger.
— O Marquês entendeu seu problema e os dois trabalharam juntos.
— Então, um dia, Edda interceptou a carta que Edrea enviou e logo percebeu que era o próximo alvo!
— A carta também revelou a existência de um homem chamado Algerama.
— Não é certeza, mas é previsto que este Algerama é outro espião poderoso enviado pelo reino inimigo.
— Um espião que apoiava Edrea e o motivo por trás de todos os “acidentes infelizes” que as competidoras de Edrea enfrentaram.
— Edda e o Marquês perceberam como isto era sério. Eles simplesmente pensaram que ela era uma mulher faminta pelo poder, mas uma espiã?
— Isso era muito mais perigoso que o normal.
— Assim, Edda se adiantou e ofereceu-se para se tornar a isca.
— Ela saiu do palácio várias vezes, mas Algerama era muito cauteloso.
— Ele não atacou.
— Edda, todavia, continuou saindo, apesar de Algerama não se mover.
— Assim, ela pensou em outra ideia.
— Ela começou a intimidar Edrea.
— Edrea não conseguiu aguentar mais a tortura e ficou impaciente.
— Naquele dia, ela enviou outra carta e, desta vez, Alger descobriu onde Algerama vivia.
— Era perto do Plaza Crown.
— Alger planejava capturar Algerama naquele dia, mas Edda percebeu que, se a luta começasse, vários inocentes morreriam.
— A gentil Edda não aguentava isso e, portanto, usou a autoridade do Marquês para selar a área perto do Plaza Crown.
— No entanto, isso foi um erro.
— Algerama rapidamente percebeu que algo estava errado e, antes que Alger pudesse capturá-lo, ele fugiu.
— Todavia, como Alger poderia deixá-lo fugir?
— Ele e seus homens perseguiram Algerama e, no final, o encontraram na área da favela.
— Após uma batalha árdua, Algerama perdeu. Só que era muito leal ao reino e, no momento em que percebeu que não havia escapatória, decidiu cometer suicídio.
— No entanto, ele não foi sozinho.
— Ele levou Edda, que tinha vindo apoiar o Marquês Alger.
— Edrea, que estava no palácio, não sabia o que aconteceu, mas quando Edda não voltou no dia seguinte, presumiu que Algerama a havia capturado.
— Ela ficou animada e enviou uma carta dizendo que queria colocar as mãos em Edda.
— O Marquês colocou as mãos na carta e aguardou Edrea vir ao local em que Algerama vivia.
— Foi assim que ele capturou a vice-empregada-chefe.
— Embora a empregada-chefe, Edda, tenha “morrido” no processo, seu sacrifício altruísta possibilitou a descoberta da existência desta grande ameaça que estava crescendo no núcleo do reino.
— A empregada-chefe Edda era uma mulher egoísta e gentil.
Edda terminou a história com um sorriso e se virou para Edrea.
— Então? Como foi a história?