— É a Lady Candice!
Manya exclamou animada quando viu Candice e outros quatro estudantes que estavam a seguindo na direção dos três alunos.
— É a Lady Candice!
— Uau, estou com sorte hoje!
— Hahaha~ Que dia adorável!
— Ela é tão linda quanto os rumores dizem~
— Hmph! Você tem pedras no lugar dos olhos?! Como pode não ver que ela é mais linda do que os rumores dizem?! Seu retardado!
— Ahh, erro meu, ela é realmente mais linda que os rumores dizem.
— Vocês dois! Calem a porra da boca! Acha que a Lady Candice se importaria com seus elogios baratos? Vocês só a irritarão mais.
Assim que Candice e seus homens caminharam até a cena, os estudantes circundantes, praticamente ignorando tudo que estava acontecendo, começaram a conversar enquanto seus olhos brilhavam em deleite.
Candice Waters, uma linda mulher de olhos azuis, um pequeno nariz e lábios rosa-claro. Ela usava um uniforme acadêmico preto com padrões dourados igual a todos os outros estudantes, mas da forma que caminhava, com seus longos e belos cabelos esvoaçando e a elegância que emanava, ela parecia estar em outro nível.
Ela era adorada por todos na escola e tratada como uma deusa não só pelos homens, mas também pelas mulheres.
É claro, ela ser linda não era o único motivo pelo qual era reverenciada por todos. O principal motivo para isso era seu talento.
Ela, de forma alguma, era a estudante mais forte da Academia Real, mas sem dúvidas alguma, era a mais brilhante.
Ela foi a primeira estudante nos últimos duzentos anos a se tornar uma cultivadora do Estágio Mestre tendo apenas vinte e dois anos.
Um prodígio que também era conhecido como o futuro pilar do reino.
Ela também poderia ser chamada de Rainha da Academia Real.
— O que está acontecendo aqui? — Candice questionou num tom nobre e rigoroso.
— N-Nada, Lady Candice. — O garoto chamado Oswald respondeu enquanto curvava a cabeça.
— Se introduza — Candice expressou.
— M-Me chamo Oswald Bourkee, segundo filho do Conde Bourkee — Oswald se apresentou.
Candice franziu a testa e olhou para um dos homens a seguindo antes deste assentir.
— Sou Harold Wescott, filho do Conde Wescott.
— Sou Bardley Greem, filho do Conde Greem.
Os outros dois estudantes também se introduziram.
Candice então olhou para Royce, que estava deitado no chão. Ele entendeu o que tinha que fazer.
Ele forçou seu corpo, que ainda estava arqueado, a ficar de pé e então se introduziu.
— M-Me chamo R-Royce Alveye, filho da Viscondessa Alveye.
— Uma Viscondessa? — Candice ergueu a sobrancelha.
— S-Sim. — Royce assentiu.
— Então, Royce, o que aconteceu aqui? — Candice perguntou.
— Lady Candi…
— Não lembro de te perguntar nada, Sr. Bourkee. — Oswald queria falar, mas Candice o cortou no meio da sentença e então se virou para Royce de novo.
— Responda à minha pergunta, o que aconteceu aqui?
Um raio de luz passou nos olhos de Royce quando respondeu.
— L-Lady Candice, t-trabalhei duro por um mês para ganhar algumas moedas acadêmicas para comprar uma Poção de Cura, só que os três me atacaram e me roubaram.
— Esta não é a primeira vez. Estes três estiveram me intimidando por um ano inteiro e todos pegam o dinheiro que minha mãe me envia e continuam me espancando — Royce reclamou, fazendo os olhos de Oswald brilharem de raiva.
— Ele está men…
— Calado. — Oswald queria retrucar, mas Candice mandou calar a boca.
— Então está me dizendo que eles pegaram sua poção? — Candice se virou para Royce e questionou.
— Sim. — Royce assentiu quando olhou para Oswald antes de evitar contato visual.
— Onde está a prova?
De repente, Candice questionou.
— Hã? — Royce franziu a testa quando olhou para Candice.
— Perguntei onde está a prova? Como vai provar que pegaram sua Poção de Cura?
Candice repetiu a pergunta.
— E-Eles pegaram! Todo mundo viu! Eles estavam me espancando porque não queria dar, mas ainda pegaram à força! Você pode perguntar a qualquer um que estava presente.
Royce então se virou e olhou para os outros estudantes.
— …
No entanto, ninguém foi ajudar.
A expressão de Royce mudou.
— E-Eu não estou mentindo!
Ele gritou.
— Gritar não tornará verdade, Sr. Alveye. Eu preciso de provas — Candice expressou com calma.
Vendo isto, Nux e Manya franziram a testa.
— Ela não devia ajudar? — Nux perguntou.
Manya, todavia, balançou a cabeça em confusão.
— Não sei o que está acontecendo também…
— V-Você pode checar no anel de armazenamento dele! Ele guardou minha Poção de Cura lá!
— Que prova você tem de que é sua poção? E se fosse dele, para começar?
— V-Você pode perguntar ao dono da loja! Eu comprei dele algumas horas atrás!
— E se já tiver usado e está apenas tentando se aproveitar dos três?
— …
Royce ficou quieto e rangeu os dentes.
Oswald, todavia, estava sorrindo e jurou internamente que se vingaria por expô-lo dessa forma.
— Você entende o que estou tentando dizer, Sr. Alveye? — De repente, Candice perguntou.
— Hã? — Royce franziu a testa.
— Neste mundo, o fraco não tem direito de dizer ou reclamar sobre nada. Você sabe por que estes estudantes não estão ajudando?
— É porque você é fraco.
— Você achou que poderia me usar para se vingar das pessoas que atacaram você.
— É assim que os fracos pensam. Se fortaleça e se proteja sozinho. É assim que se vive neste mundo.
— Não conte com ninguém, porque se fizer, você será esmagado pelos outros.
— Estes três estudantes não estão errados. Eles só estão mostrando como o mundo funciona. Aprenda com isto.
— Fique mais forte e revide.
— Ignorarei o que aconteceu hoje porque você não tem provas da sua inocência, entretanto, espero ver um você mais forte.
Candice expressou e Royce ficou quieto.
— Aahh, então esse é o motivo de Lady Candice não ajudar o garoto. Ela queria ensinar a ele como o mundo funciona.
— Como esperado da Lady Candice, ela é realmente digna de ser o futuro pilar do reino.
Manya assentiu consigo, mas a carranca de Nux só aumentou.
— Tudo bem, dispersem agora. Não quero criar uma cena aqui — Candice falou e, com sua ordem, todos começaram a ir embora.