A única nota amarga era que Rena e as crianças gostavam de passar mais tempo na casa Verhen devido aos vários aparatos mágicos que tornam a vida de uma mãe muito mais fácil, como água na torneira ou um banheiro em vez de uma casinha.
“Entre, Nalrond. Brina vai descer em um minuto.” Rena suspirou aliviada enquanto checava sua nova roupa. “Graças aos deuses você não é igual ao meu irmão. Eu estava com medo de que você apareceria com as roupas de sempre depois de limpá-las com um feitiço.”
“Lith tem esse luxo por causa da armadura Multiforme. Faluel não liga pra remendos e marcas de garras que as crianças deixam, mas se Brina às vir, ela perguntará coisas que não estou a fim de responder.” Nalrond invejava Lith por várias razões e o auto-reparo das roupas estava entre elas.
“Como vai Selia?”
“Nunca a vi tão feliz. Ela voltou a caçar e está colocando o papo em dia com todos os seus velhos amigos. Imagino que ela estava cansada de ser uma dona de casa no meio do nada.” disse Nalrond.
“E as crianças? Com Prot– Ryman estando frequentemente longe e você completamente preso no seu aprendizado, quem cuida das crianças enquanto ela está fora?” Rena perguntou.
“Ela faz exatamente a mesma coisa que você. Selia deixa Lilia e Leram com Zinya e o pequeno Fenrir com Elina. Sua mãe é ótima com crianças e ela diz que está feliz com a oportunidade de aprender a cuidar de crianças híbridas.”
“Lith está se metendo em problemas.” Rena balançou a cabeça. “Zinya está se tornando parte da nossa família. Se isso continuar assim, ele também terá que encarar a ira de Selia se ele estragar seu relacionamento com Kamila.”
“Realmente. Aproveitando que estamos nisso, como diabos Lith conseguiu namorar enquanto escondia tudo sobre si mesmo? Talvez isso seja um erro. Se Brina começar a perguntar as coisas erradas, posso acabar com muitas vidas.” Nalrond estava ficando apreensivo.
“Relaxe. Brina já aceitou sair com você então a parte difícil já passou.” Rena endireitou sua camisa e espanou seus ombros igual uma mãe mandando seu filho para o baile de formatura.
“Lith não escondeu tanto, só o Despertar e a coisa sobre o híbrido. Só seja você mesmo e converse livremente, mas lembre de não mencionar essas duas coisas…”
“Desculpe pelo atraso. Você esperou muito?” Brina desceu as escadas.
Ela tinha 1,54m de altura com um cabelo dourado até a cintura e olhos azuis claros. Brina vestia uma blusa de linho branca e uma saia bege que realçava sua pele bronzeada. Ela era muito fofa, especialmente porque sua pequena estatura enfatizava suas curvas.
“Não, acabei de chegar.” Nalrond respirou fundo e ofereceu seu braço que ela prontamente tomou.
“Caramba. Você tem se exercitado?” Brina perguntou enquanto sentia seus músculos.
“É uma longa história.” Só pensar em seu treinamento fez ele estremecer.
“Então é bom termos a noite toda à nossa frente. Estou muito curiosa para saber tudo sobre o deserto de sangue e por que você veio para Lutia só pra virar babá. Você realmente é tão bom com crianças igual todo mundo fala?”
As perguntas de Brina, ela pressionando seu braço contra o peito e Rena piscando em resposta ao seu pedido silencioso de socorro, fizeram Nalrond entender o quão lascado ele estava.
Arquiducado Ernas, algumas horas depois.
Lith e Kamila tinham saído do Ninho da Fênix há algum tempo e estavam passeando pela cidade de Assar antes de voltar para casa.
Tirando a conversa sobre o passado de Kamila, eles haviam tido uma noite agradável e ela estava feliz em dar uma olhada nas vitrines.
“As grandes cidades no sul são como outro mundo.” Kamila disse. “Não consigo acreditar que ainda tem tantas pessoas ao redor e tantas lojas abertas. No norte, só os restaurantes não fecham ao pôr do sol e somente porque as pessoas precisam comer.”
“É porque as pessoas aqui se sentem seguras. As lâmpadas mágicas iluminam as ruas e os Portais permitem que os guardas intervenham prontamente. Vilas pequenas como Lutia não são diferentes do norte, mesmo no medo de estranhos.”
Lith queria se oferecer para comprar algo, mas depois de ouvir como o dinheiro era a raiz de todos os problemas dela, ele decidiu o contrário.
“Sempre um estraga-prazeres.” Kamila suspirou. “Te mataria ser menos pragmático e mais romântico? Estamos caminhando por uma das principais ruas desta bela cidade, abaixo de um lindo luar, e tudo em que você pensa é–”
Uma flecha coberta de runas e revestida com uma substância de cheiro pungente mirada em suas costas cortou Kamila.
Lith a empurrou e interceptou a flecha no meio do ar com a mão nua. Na verdade, ele havia usado Magia Espiritual para pará-la e magia de água para congelar o veneno, impedindo-o de deixar a ponta da flecha, apenas por segurança.
Sua audição aprimorada tinha percebido a corda do arco estalando e isso o permitiu reagir a tempo. Os projéteis físicos normalmente eram mais lentos e barulhentos que os místicos. Essa era uma das razões pelas quais armas de fogo nunca foram desenvolvidas em mogar.
Mesmo assim, alguns profissionais ainda preferiam flechas a varinhas porque podiam ser encantadas com feitiços de perfuração de armadura e revestidas com venenos mortais. Dessa forma, mesmo se o franco-atirador errasse o órgão vital, o momento que o alvo percebesse que havia sido envenenado, já seria tarde.
“Morto-vivo!” Lith disse, fazendo todos os transeuntes correrem em pânico.
Não só a força do braço puxando a corda do arco era desumana, mas Visão da Vida havia reconhecido vários núcleos de sangue em algumas das pessoas disfarçadas de transeuntes. Lith tentou Piscar, apenas para descobrir que magia dimensional havia sido selada.
‘Solus, onde…’ Só então ele lembrou que estava sozinho.
Amaldiçoando a cronometragem perfeita dos assaltantes, Lith tirou Guerra da sua dimensão de bolso em uma explosão de chamas esmeralda e atacou todos que ainda não haviam fugido com magia espiritual.
A maior parte deles eram apenas pessoas comuns paralisadas pelo medo e o golpe os nocauteou. Alguns deles, contudo, se levantaram como se nada tivesse acontecido, revelando sua natureza de escravos.
“Não consigo chamar reforços!” Kamila tinha aprendido a sempre manter seu amuleto de comunicação à mão, mas o conjunto que os cercava também o selava.
Lith olhou em volta, procurando o caminho mais rápido para sair da formação mágica e descobrindo que eles estavam no centro.
‘Isso não é apenas azar, alguém está mirando em nós. O problema é que não sei qual de nós é o alvo dos assassinos. Se for eu, então isso será fácil. No entanto, se estiver relacionado ao trabalho de Kamila, o ataque pode ser apenas uma distração para me atrair.’ Ele pensou.
Lith ouviu um segundo estalo e soube que outra flecha havia sido disparada. Ele conjurou um escudo de vento e ativou seu anel de barreira, criando uma cúpula esmeralda que cercava ele e Kamila.
O projétil encantado passou pela primeira camada defensiva como se não existisse, mas se chocou contra a barreira de Magia Espiritual e se despedaçou em incontáveis lascas quando seus feitiços se extinguiram.
Outra das razões pelas quais as armas de fogo nunca foram desenvolvidas era que quanto menor o item, mais difícil era gravá-lo com runas. Além disso, feitiços poderosos colocam muita pressão nos materiais aos quais foram aplicados.
Obrigado pelo capitulo! S2
Achei essas mudanças bruscas demais , 1092 capitulos e começa a mudar os vocabularios so agora , acho melhor deixar como estava antes mesmo
Eu também me sinto mais confortável com o de sempre, quando muda eu tenho que raciocinar em dobro pra lembrar o nome das coisas
Sim, algumas coisas eu agradeço por mudarem mas outras fica no mínimo esquisito