Supreme Magus – Capítulo 1137

‘As minas de cristal não estão vinculadas ao povo Desperto, caso contrário o segredo do Despertar teria sido descoberto séculos atrás por mineiros e ferreiros.’ Lith aumentou o aperto no ombro de Phloria enquanto usava uma conexão mental.

‘Eu sei que você deve estar com medo, mas não se esqueça de que esse tipo de erro pode nos matar.”

“Nossas minas não são um risco para a cidade, senhorita.” O Tyr esperou que Phloria completasse sua frase, mas depois de um tempo, ele ficou entediado. “Reghia foi construída aqui exatamente por causa da presença de metal e pedras preciosas.”

“Dessa forma, a cidade é completamente autossuficiente e pode suportar tanto os rigores do inverno quanto os cercos. Além disso, as minas só se formam na presença de gêiseres de mana excepcionalmente poderosos.”

“Lorde Aren aproveitou a energia mundial produzida para abastecer não apenas todas as fileiras defensivas de Reghia, mas também todos os tipos de magias lançadas dentro da cidade. Tente lançar um feitiço. Qualquer um serve.”

Lith executou um pequeno Hexagrama de Silverwing e, para sua surpresa, não desapareceu no momento em que parou de alimentá-lo com magia. A mana fluindo pelo solo penetrou na formação, aceitando-a como parte da cidade e mantendo-a estável.

“Isso é incrível!” Todos os três disseram juntos enquanto Solus só conseguia pensar.

“Isso é.” Menon assentiu. “É por isso que as casas são fáceis de construir, mas tão seguras quanto um Palácio Real. Você é livre para definir suas próprias matrizes sem a necessidade de cristais para abastecê-las. Isso reduz ao mínimo a necessidade de manutenção das formações mágicas.

“Além disso, não se preocupe com as minas, senhorita. Elas são protegidas 24 horas por dia, 7 dias por semana, por nossas melhores matrizes e mais antigas Bestas Imperador. A propósito, chegamos ao nosso destino. Este é o distrito em que vocês irão morar.” O Tyr acenou com o focinho ao seu redor.

Ao contrário dos quarteirões que tinham visto até aquele momento, havia muitos espaços vazios. Além de algumas casas de desenho estranho, o restante dos prédios era feito de madeira e cercado por jardins exuberantes.

“Este é o distrito humano ou apenas o dos Despertos?” Tista podia entender que os animais desconfiavam de estranhos, mas ela ainda considerava tal tratamento rude.

“Não, este é apenas o espaço desocupado mais próximo que temos. Você pode ir mais fundo na cidade se quiser mais privacidade, mas então você ficaria completamente isolada.” O Tyr disse.

Antes de Meno partir, eles trocaram suas runas de comunicação e então os três começaram a escolher o local para seu lar temporário.

‘Esta é a primeira vez que você mantém sua forma híbrida por tanto tempo. Como é?’ Solus perguntou enquanto Tista e Phloria discutiam se deveriam construir uma casa cada ou apenas morar todas juntas.

“É estranho.” Lith respondeu. “Andar com minhas garras em vez de usar sapatos é desconfortável, enquanto ver tudo através de quatro olhos me deixa tonto. Posso olhar para coisas diferentes ao mesmo tempo, mas a visão dividida me deixa doente.

“Ei, mano, tudo bem para você e Solus se vivermos todos juntos?” perguntou Tista.

“Claro.” Lith assentiu depois de perguntar a ela.

“Excelente. Então precisamos de um prédio alto como os de Belius.” Phoria disse enquanto fazia as pedras do chão subirem até tocarem o teto.

“Tudo isso?” Lith ficou pasmo. “Só somos três. Que necessidade temos de um prédio de dez andares?”

“Não se preocupe e siga nossas instruções.” Phoria piscou.

Graças à sua educação, ela tinha visto muitos palácios no passado. Isso permitiu que ela moldasse uma parede após a outra, dando à estrutura geral uma aparência digna, em vez da vibração mágica de homem das cavernas que as casas de seus vizinhos tinham.

Enquanto Phloria cuidava da estrutura, Tista tecia várias matrizes que envolviam seu novo prédio. Uma matriz de Silêncio para não ser ouvida, uma matriz de bloqueio de terra para impedir que a rocha fosse adulterada por outras pessoas, e a matriz que ela desenvolveu para não ser espiada em seu quarto por alguém com Visão da Vida.

Gerava ondas constantes de calor, mana e vibrações que bloqueavam todos os tipos de sentidos místicos que ela conhecia.

Olhando de fora, Lith teve que admitir que tal edifício não estaria fora de lugar mesmo na Terra e que depois de colocar algumas barreiras defensivas, atenderia até mesmo aos seus padrões paranóicos.

“Ótimo trabalho, Phloria. Só precisamos pedir a um dos funcionários do povo planta para colocar um pouco de verde em nosso gramado e talvez no telhado para torná-lo perfeito. A propósito, por que não há janelas nos andares inferiores?” Isso lembrou Lith de um daqueles prédios de escritórios com sua própria garagem.

“Primeiro, sem vegetação. Não há como saber se o pessoal das plantas pode se comunicar com elas ou usá-las como dispositivos de vigilância. Segundo, entre e você entenderá.” Phloria piscou novamente, dando-lhe um sorriso caloroso como nos velhos tempos.

“Bem, Phloria parece ter me perdoado. Vamos torcer para que nossa coabitação não faça as coisas…”

“Mas que porra?” A linha de pensamento de Lith descarrilou quando ele viu um enorme buraco bem no meio do prédio.

“Oficialmente, esta é a nossa primeira camada de defesa. Vamos fingir viver nos andares superiores e moldá-los de acordo. A verdade, porém, é que vamos viver na torre de Solus.” disse Tista.

‘Elas estão certas.’ pensou Solus. ‘A rocha bloqueia a visão normal, enquanto as outras matrizes bloqueiam os sentidos místicos. Posso usar a energia mundial que vem de baixo para assumir a minha forma de torre.’

O processo demorou mais do que o normal porque mesmo que as meninas tivessem escolhido o local mais próximo do gêiser de mana, Solus absorveu a energia aos poucos para não levantar suspeitas.

“Solus, dá para abrir uma dobra para casa com a torre?” Lith perguntou.

“Acho que sim.” Ela apareceu em sua forma humanóide, feliz por poder falar novamente.

“Mas reunir a energia para isso pode demorar um pouco. A matriz de Aren reabastece a energia mundial no solo no momento em que é consumida, mas é provável que, se eu drenar muito ou muito rápido, ele vai perceber. É por isso que eu formei a torre devagar.”

“Além disso, se eu tiver que manter uma baixa produção de energia, nossas minas mal receberão energia, assim como nossos sistemas defensivos”.

“Eu não me importo com essas coisas. Priorize a restauração do núcleo da torre e do seu próprio. Depois disso, apenas mantenha energia suficiente para uma dobra de emergência, só por segurança.” Lith disse. “Excelente ideia, meninas. Agora realmente me sinto em casa.”

“Não duh, irmãozinho.” Tista abraçou Solus, verificando se tinha energia suficiente para formar seu corpo adequadamente. “Nunca gostei de limpar, cozinhar ou decorar. Assim tenho meu chef pessoal, minha cama confortável e minha melhor amiga. O pacote completo.”

Lith bufou com essas palavras. Ele apreciava a engenhosidade de sua irmã, mas não seus motivos.

“Sobre isso, eu tenho algo para perguntar a vocês duas.” Solus disse para Phloria e Tista. “Normalmente, fora da torre, a única pessoa com quem posso falar é Lith. Agora, no entanto, sabemos como criar uma ligação mental com a Magia Espiritual.”

“Eu gostaria de mantê-la aberta com vocês o tempo todo, para que eu possamos conversar e eu seja realmente parte do grupo, em vez de apenas um extra.”