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Supreme Magus – Capítulo 1190

A Tão Aguardada Reunião (4)

“Eu inventei esse conjunto especial de correntes só para manter Ripha em uma mesa tempo suficiente para ter um encontro de verdade.” Pensar naqueles tempos em que Mogar ainda fazia sentido fez Silverwing rir de alegria.

Suas palavras evocaram algumas das memórias perdidas de Solus, onde ela estava sentada com seus pais em seu aniversário de casamento ou aniversários e as correntes impediram Menadion de voltar correndo para seu laboratório no momento em que teve uma inspiração repentina até que finalmente desistiu.

Aquelas visões mostraram a Solus o quão feliz sua família era, fazendo-a rir também por alguns segundos antes de parar abruptamente. Ouvir tantos detalhes sobre seus passado deixou Solus feliz, mas também preocupada.

‘Meus pais se casaram depois de três anos. O terceiro aniversário de Lith e Kamilla está cada dia mais próximo. Isso vai acontecer com eles também?’ Pensou ela.

“Só tenho algumas memórias restantes, mas nenhuma do Papai. O que aconteceu com ele? Ele morreu de velhice?” Solus disse.

“Não. Sua mãe não me escutou e acabou despertando Threin para que eles pudessem envelhecer juntos e verem você crescer e se tornar uma maga poderosa.” Com aquelas palavras, tristeza velou os olhos de Silverwing.

“Ele só usava a técnica de respiração para estender sua vida, mas nunca realmente praticou magia ou treinou o corpo.”

“O que quer dizer com ela não te ouvir?” Qual o problema em despertar a pessoa que você ama?” Solus só não se enfureceu por causa do sofrimento sincero que Silverwing estava demonstrando.

“Para um Desperto, a magia deve ser natura, porque uma vez que o núcleo de mana passa do laranja, cada avanço se torna exponencialmente mais perigoso. Seu pai precisou de ajuda para sobreviver quando alcançou o núcleo verde e eu os avisei várias vezes que, a partir dali, as coisas só iriam piorar.”

“Mesmo assim, seu pai tinha uma fé inabalável na habilidade de sua mãe, assim como Ripha acreditava que ela poderia controlar tudo simplesmente mantendo sua condição sob controle. Threin começou a praticar magia somente depois que Ripha despertou você aos seis anos de idade e só para conseguir voar com voce sua mãe.”

“Você sempre foi uma criança talentosa e com os ensinamentos de Ripha, você levou apenas um mês para aprender os três primeiros níveis de magia. Você passava tanto tempo no céu voando e sua mãe era tão cabeça-de-vento que sem Threin, você teria se perdido inúmeras vezes.”

“Em algum momento, todos nós suspeitamos que você fazia isso de propósito, para chamar a atenção de pelo menos um de seus pais.” Lochra suspirou. “Aconteceu rápido demais para qualquer um intervir. Em um momento você estava brincando de pega-pega com Threin, no outro ele se foi.”

“Como ele se foi?” Solus começou a soluçar, sentindo um sentimento de culpa ressurgir através das areias do tempo.

“O uso constante de magia acelerou o desenvolvimento do núcleo dele e ele já havia alcançado um núcleo verde brilhante. Quando o avanço para o ciano começou, bastou apenas um pulso de mana para seu corpo explodir.”

“Chegamos ao local no momento em que você pressionou a chamada de emergência em suas roupas, mas já era tarde demais. Você nos implorou para salvá-lo, mas tudo o que restava de Threin era uma Abominação recém-nascida.”

“Seu desejo de não deixá-la era tão forte que ele recusou a morte, pelo menos até ver eu e Ripha protegendo sua pequena figura ainda coberta de sangue com nossos corpos. Só então Threin entendeu o que havia acontecido e se deixou desaparecer.”

“Agradeço aos deuses todos os dias pela força que ele demonstrou ao não me forçar a matá-lo e a você a vê-lo morrer novamente.” Os olhos de Silverwing derramaram lágrimas de tristeza, mas sua voz permaneceu firme e seu rosto não transpareceu nenhuma emoção.

“Eu matei meu pai? Ele ainda estaria vivo se eu não voasse tanto?” Solus perguntou.

“Não, você não fez isso. Era apenas uma questão de tempo e era a razão pela qual eu não queria que Ripha despertasse Threin. No entanto, você era muito pequena para entender isso. Você se culpou por forçá-lo a brincar com você tantas vezes e sua mãe por estar ausente, como sempre, quando seu pai mais precisava dela.”

“Ripha também se culpou e nunca se casou novamente. Como ela não podia lhe dar nenhum irmão, ela aceitou muitos aprendizes, esperando que eles preenchessem o vazio em suas vidas e os ajudassem a superar sua dor.” Lochra respondeu.

“O que aconteceu depois disso?”

“Você sorriu muito menos e estudou muito mais. Mesmo sempre ressentida com sua mãe, você se tornou igual a ela, gastando todo o seu tempo praticando magia e treinando seu corpo.”

“Você encarava cada avanço como uma batalha como se quisesse se vingar do que aconteceu com Threin. Você cresceu considerando seus colegas aprendizes como rivais em vez de amigos e nunca deixou ninguém entrar em sua vida.” Lochra disse.

“Eu namorei?”

“Sim, mas você recusou qualquer um que ainda não tivesse alcançado o núcleo azul, com medo de que eles sofressem o mesmo destino que seu pai. Isso limitou bastante seus pretendentes, já que apenas Despertos poderosos entravam na lista.”

“A maioria deles você largou porque eles estavam apenas usando você para chegar até sua mãe.” Silverwing disse.

“E os outros? Aqueles que eu amei e que me amaram de volta?”

“Você os largou mesmo assim. Quanto mais você gostava de alguém, mais a cena da morte de seu pai passava diante de seus olhos sempre que você estava…”

“Como vocês, crianças, dizem isso hoje em dia? Dormir juntos? Indo para o quinto ano? Deixando-os entrar em sua câmara secreta?”

“Já entendi, então, por favor, pare!” Solus mudou para um tom de roxo, assim como todas as luzes da torre. “Como você sabe todas essas coisas sobre minha vida pessoal?”

“Porque você me falou, Epphy. Sendo seu relacionamento com sua mãe complicado na melhor das hipóteses, a quem você acha que pediu conselhos sobre paixões, amor e sexo?” Lochra disse.

“Quantos anos eu tinha quando… desapareci?”

“Vinte e oito anos e acredite em mim quando digo que você era um prodígio. Você alcançou o núcleo violeta sozinha aos vinte e seu gênio rivalizava com o de sua mãe. Você estava tão à frente de seus colegas que eu ainda não entendo quem ou o que poderia ter superado você e Ripha.”

“Agora é a sua vez de me contar o seu lado da história.” Lochra disse.

Solus contou a ela tudo o que ela lembrava sobre o tempo antes de conhecer Lith, o que não significava muito. Silverwing estremecia toda vez que Solus descrevia para ela o medo e o isolamento de seu núcleo ficando mais fraco a cada dia.

Então, ela conheceu Protetor e Lith. Silverwing esperava que ela expressasse ainda mais dor ao contar o tempo em que ela não tinha corpo nem liberdade, forçada a viver nas sombras como uma Abominação.

No entanto, Solus sorriu muito ao falar sobre a família de Lith e falou sobre os anos que passaram juntos com tanta ternura que causou arrepios na espinha de Lochra.

Solus não mencionou as reencarnações de Lith, mas compartilhou com sua madrinha suas preocupações sobre sua força vital e seus planos para encontrar uma maneira de consertá-la. Enquanto elas conversavam, Solus inconscientemente procurou por sua mão mais de uma vez e ela acariciou sua cabeça escamosa de vez em quando.

“Criança, vou ser honesta com você. Você está louca ou o quê?” Silverwing levantou-se tão abruptamente e sua voz continha tanto desprezo que Solus instintivamente começou a tecer seus melhores feitiços.

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kurumiD
Membro
kurumi
1 mês atrás

kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk essa foi boa, imagina sua sobrinha/neta fazendo tudo o que ela fez pelo Lith

Ramareqo
Membro
Ramareqo
1 ano atrás

Obrigado pelo capitulo! S2

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