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Supreme Magus – Capítulo 12

Encontros (2)

 Enquanto Lith ia em direção a casa de Selia, ele sentiu um profundo sentimento de arrependimento.

“É uma pena deixar pra lá equipamentos tão bons, e carne de cavalo, mas eu tenho uma desculpa plausível para isso. Nossa fazenda poderia ter alguns cavalos, mas e se alguém reconhecer eles? Muitos riscos por uma pequena recompensa, destruir tudo foi a coisa certa a se fazer.”

 Uma vez que ele terminou com seus experimentos, lith usou magia negra para limpar as provas do que aconteceu, transformando tudo em pó.

 Selia ficou tão animada ao ver os dois coelhos, que deixou aparecer sua necessidade deles, para cumprir o pedido de um cliente muito generoso.

 Respeitando o ensinamento de sua mestre. Lith explicou a situação.

“Caçadores não fazem favores, eles fazem acordos.” Ele citou.

 Em troca dos coelhos brancos como a neve, lith conseguiu lotes inteiros de pele de baixa qualidade, e Selia bronzearia de graça o restante da pele.

 Isso e os três coelhos prontos para assar garantiram a ele muitos elogios de sua família, excerto de orpal. Com o passar do tempo, ele começou a considerar garantida toda a caça que lith trazia para casa, então o ódio e a inveja voltaram mais fortes que nunca.

“Aquele sanguessuga! Caçar com magia é fácil, qualquer idiota poderia fazer isso. Tudo que ele faz é um tapa na minha cara. Eu nunca recebo o respeito que mereço como primogênito, e é tudo culpa dele! Primeiro, ele mostra sua sorte na caça, depois ele se faz de mártir, pedindo à mãe e ao pai para que Tista fosse a primeira a ter o casaco de pele. O que Tista poderia possivelmente fazer com isso? Ficar doente com estilo? Não, lith fez de propósito.

Ele sabe que meus pais estúpidos ainda se ressentem de mim por contar a verdade sobre aquela aleijada. Lith só fez isso para me fazer parecer pior comparado a ele.”

 A verdade era muito diferente da interpretação auto-centrada de Orpal.

 Lith realmente amava Elina (a mãe), Eliza (irmã mais velha) e Tista (irmã doente), enquanto Orpal nunca passava pela mente dele. Ele curava qualquer pessoa da família sem que pedissem, exceto Orpal. Mas não por raiva, era simplesmente porque Orpal não era relevante na perspectiva de lith.

 Se orpal vivia ou morria, não era problema dele. Ele não faria nada para machucá-lo, mas também não o ajudaria. Para Lith, eles dois eram completos estranhos vivendo na mesma casa.

 A razão do porque ele queria que Tista fosse a primeira a se beneficiar da sua sorte, era que lith esperava que com roupas quentes o suficiente, sua irmã finalmente pudesse passar mais tempo com ele e Eliza durante o inverno, brincando na neve.

 Aos olhos de lith, a imagem de Carl se sobrepunha a de Tista. Ele os amava profundamente, e os dois eram vítimas de um destino cruel.

 Lith não estava disposto a deixar nem nada nem ninguém, nem mesmo uma condição congênita tirar as pessoas que ele ama dele.

 Ele sofreu com o pensamento do quão pouco sua irmã poderia aproveitar a vida. Para dar a Tista a oportunidade de experienciar velocidade, e a sensação do vento batendo em seu rosto, Lith, com a ajuda do pai deles, Raaz, construiu um balanço.

 Não era nada especial, era apenas uma prancha de metal presa por quatro cordas apertadas, pendurada em uma estrutura de madeira em forma de U invertida, com suportes triangulares. No entanto, o resultado foi impressionante para sua família.

“É incrível. Porque três vigas de madeira em vez de apenas uma?”

“Razões de segurança.” Lith explicou ao usar a magia de terra para fazer os últimos 10 centímetros (3,9 polegadas) das vigas afundarem no subsolo, tornando impossível derrubar o balanço devido ao mau tempo ou a um movimento muito forte.

“Dessa forma, ambas as extremidades são como uma cadeira. Múltiplas pernas significam que o peso é distribuído igualmente entre as múltiplas vigas, tornando a tensão em cada viga significativamente menor.”

“Claro! Agora que você explicou parece simples. A propósito, como nós chamamos essa coisa?”

 Lith estava sem palavras, ele não fazia ideia de qual era a palavra para o movimento de balanço, e não podia perguntar isso agora.

“Err…. Uma cadeira de balanço.”

“Merda, porque eu sempre estrago tudo com pequenos detalhes? Isso não é uma cadeira de balanço, mas era a coisa mais próxima que tinha no meu vocabulário na qual eu consegui pensar.”

 Tista amou o presente, e a cadeira de balanço logo se tornou um passatempo popular entre a família, ao ponto em que Raaz teve que construir vários para evitar brigas.

 Além disso, após seus experimentos com magia negra, Lith passou os meses seguintes tentando aplicar Visão de Vida e Revigoramento enquanto tratava os sintomas de Tista.

“Se eu conseguir ter pra Tista a mesma imagem que a Revigoração garante para o meu próprio corpo, eu poderia ter um entendimento melhor da condição interior dela. Isso aumentaria as chances de achar uma cura!”

 Em um piscar de olhos já era quase inverno novamente, o quinto aniversário de lith estava chegando.

 Lith estava determinado a aproveitar todos os dias antes que o frio chegasse, para caçar o máximo possível, até que o depósito da casa estivesse cheio até o teto.

 Ele não fazia ideia do quão frio seria o próximo inverno, e mesmo que ele fosse forte o suficiente para sobreviver a uma tempestade, ele duvidava que seus pais o permitissem testar essa teoria.

 Durante o ano passado, lith explorou mais e mais a fundo a floresta de Trawn, aprendendo a como se mover sem alarmar os animais. Ele também tinha descoberto novos usos para a magia negra.

 Seu mais novo feitiço, A Mortalha, ela o permitia cancelar o cheiro e a aura de seu corpo, envolvendo lith em uma fina camada de energia escura, fazendo com que fosse impossível para a maioria dos animais notar ele, seja por cheiro ou extinto.

 Mas não era uma tarefa fácil, mesmo um pequeno passo em falso transformaria A Mortalha em uma intenção assassina total, tornando toda a floresta consciente de sua presença.

 Um dia Lith estava explorando uma nova área, nas profundezas da floresta de Trawn, investigando um pressentimento estranho que o atormentava a dias.

 Em certas áreas da floresta, lith podia ouvir um barulho de zumbido, e até aquele dia ele tinha ignorado. Lith sempre pensou que era algum tipo de chamado estranho, um animal desconhecido, mas nos últimos dias o barulho ficou mais forte e mais persistente.

“Caramba, seja lá o que for isso, me lembra do barulho da tv a cabo quando ficava sem sinal. É irritante.”

 Lith não podia parar de pensar nisso como um grito desesperado por ajuda. Ele não entendeu como teve essa ideia, mas seu instinto o dizia que era algo importante.

 De volta à terra, desde que Lith aprendeu artes marciais, ele sempre seguiu seus instintos e sentimentos à risca, e esse era o mesmo caso.

 Quanto mais perto ele chegava, mais alto ficava o barulho. Lith sabia que estava no caminho certo.

 Ele estava correndo a toda velocidade quando ouviu um barulho de Uivo arrepiante. Lith imediatamente usou dois de seus feitiços salva vidas, A Mortalha para se esconder, e o feitiço de pés de luz para flutuar alguns centímetros acima do chão, fazendo seus movimentos serem inaudíveis.

 Os dois requerem muita concentração, mas era melhor gastar um pouco de mana, do que estupidamente se pôr em perigo. Calmo e focado, ele procurou pela origem de todo esse barulho.

“Merda! Isso é um Ry!” Lith exclamou sem querer, antes de se esconder atrás de uma grande árvore.

 O Ry era uma criatura mágica lobo, o maior predador da floresta de trawn. Bestas mágicas eram mais comuns, e mais fracas que monstros, mas eles ainda podiam facilmente lidar com um exército de soldados inteiro.

 Não muitos animais podiam se transformar em bestas mágicas, eles precisavam de um grande talento mágico, e tempo suficiente para se alimentar de energia mundial.

 Uma vez que um animal se tornasse uma besta mágica, ele poderia usar mana para aumentar suas habilidades físicas, e até mesmo desenvolver feitiços que empregassem elementos com os quais estavam sintonizados.

 O Ry era quase tão grande quanto um cavalo, com pelo cor de fogo.

 Lith não entendia porque um Ry iria chegar tão próximo de um habitat humano, Rys são bestas inteligentes que evitam problemas desnecessários. Se humanos não os perturbassem, eles também não os perturbariam.

 Lith sentiu pena de sua presa. Depois de se certificar de que estava contra o vento, ele cancelou os dois feitiços para economizar mana, entendendo melhor a situação.

 O Ry continuou uivando e rosnando, parecendo estar com dor. Lith percebeu que toda vez que o focinho do Ry chegava perto do chão, o zumbido ficava agudo e o lobo mágico choramingava de dor.

 Agora mais curioso do que com medo, lith ativou o feitiço Visão da vida para estimar o poder do Ry.

 O que ele viu o fez suspirar de forma 

audível.

 O Ry era incrivelmente forte, com o fluxo de mana quase igual ao de lith. Mas a verdadeira razão para a surpresa era um segundo fluxo de mana, que vinha da fonte do zumbido.

 Era uma pequena pedra, menor que um dedo.

“Mas que diabos? Essa pedrinha está viva? Isso explica tudo! O barulho que ela emite deve ter atraído o Ry até aqui, como fez comigo. Levando em conta a reação dele, o barulho é muito mais irritante para o Ry do que para mim. Eu nunca ouvi falar sobre pedras com fluxo de mana, essa coisa deve ser um item mágico. Eu não posso deixar esse bruto destruí-la.”

 Jogando a cautela ao vento, Lith decidiu agir e salvar a pedra mágica.

“A força vital do Ry é incomparável à minha, mas se eu conseguir evitar que ele se aproxime, sei que posso vencer. O fluxo de de mana dele é inferior ao meu, e pelo que Selia me disse, bestas mágicas não tem feitiços ofensivos.”

 Primeiro, lith ativou A Mortalha novamente, depois começou a tecer seu feitiço mais forte.

“Flecha de Praga!” Um raio de energia escura voou de suas mãos unidas, atingindo o Ry de seu ponto cego enquanto ele tentava novamente quebrar a pedra barulhenta com os dentes.

 O som estridente e o feitiço atingiram o Ry ao mesmo tempo, fazendo com que a fera mágica quase perdesse o equilíbrio.

 A Flecha de Praga é um feitiço que injeta uma densa quantidade de magia negra na vítima, interrompendo tanto o fluxo de mana quanto a força vital. Lith usou o máximo que pôde, para obter o máximo de vantagem possível.

 Antes que Ry pudesse se virar para procurar seu inimigo, uma torrente de relâmpagos irrompeu das palmas das mãos de Lith, atingindo a fera mágica com força suficiente para derrubá-la.

 Ao aumentar a distância entre eles, Lith cancelou A Mortalha e ativou a Visão da vida. Apesar dos ataques furtivos, o Ry ainda estava vivo e forte.

 Lith concentrou sua magia espiritual, usando as duas mãos, tentando quebrar o pescoço do Ry, como já havia feito inúmeras vezes.

 O Ry não era estúpido, assim que sentiu a sensação sinistra em seu pescoço, contraiu os músculos, reforçando-o com mana e tornando-o mais duro que o aço.

“Merda! Eu tinha tanta vantagem. Se eu pudesse usar magia de fogo, você já estaria assado até a morte. Você poderia, por favor, ir embora? Essa coisa é minha! Minha!”

 Lith conjurou vários dardos de gelo, jogando-os na fera mágica de vários ângulos simultaneamente.

 O Ry facilmente se esquivou de todos eles, retaliando com um poderoso rugido mágico.

 Lith só foi salvo pela distância, tendo tempo para perceber que uma forte rajada de vento estava vindo em sua direção. Ele recuou no momento do impacto, usando sua própria magia do vento para dissipar a explosão.

 Suas mangas se transformaram em confetes, mas, fora alguns ferimentos superficiais, ele estava bem.

“Dane-se! Muito obrigado, Selia. Bestas mágicas não têm feitiços ofensivos, claro. Parece que esse Ry nunca recebeu o memorando.”

 O Ry atacou Lith, usando suas rajadas de vento para atrapalhar seu ritmo. Lith fez o possível para manter a fera sob controle, mas a diferença nas proezas físicas era avassaladora, era apenas uma questão de tempo antes de ser pego.

“Ok, quando você não puder vencer, apenas corra. Plano B, lutar sujo!”

 Lith parou de fugir para preparar seu último plano de ataque, antes de agir.

 Ele conjurou muitos dardos de gelo, mas não os jogou, ele os deixou flutuando no ar ao seu redor.

 Após um momento de hesitação, o Ry optou por ignorá-los atacando diretamente aquela praga insolente.

“Que bom menino! Coma isso! Feitiço gêmeo! Flash & Bang!”1

 A mão direita de Lith produziu um enorme flash de luz, por um momento foi como se um segundo sol tivesse aparecido. Sua mão esquerda, em vez disso, usou a magia de vento para produzir um ruído comparável a uma explosão.

 O Ry caiu de dor, com olhos e ouvidos sangrando, enquanto Lith saiu ileso. Ele aprendeu há muito tempo que, desde que fosse infundido com sua mana, seus próprios feitiços não lhe fariam mal. Ele poderia se cobrir de fogo, gelo ou relâmpago sem sofrer nenhum arranhão.

 Quando o Ry bateu contra uma árvore, Lith finalmente usou os dardos, jogando-os com toda a força que tinha. Todos eles acertaram o alvo, mas o grosso pelo mágico os impediu de empalá-lo, perfurando apenas alguns centímetros de carne.

 Lith imediatamente verificou com o feitiço Visão da vida, os resultados er terríveis.

 O Ry estava definitivamente ferido e enfraquecido, mas longe de estar morto.

“Droga! Tanto esforço por tão pouco dano. Se continuar assim, sou eu quem provavelmente perderá o fôlego ou a sorte. O Ry só precisa de um golpe para me matar. Não vale a pena o risco.”

 Lith usou magia espiritual para recuperar a pedra mágica antes de fugir para salvar sua vida. A pedra estava cheia de marcas de dentes, sua superfície afiada formigou a pele de Lith.

“Até logo, otário!” Lith gritou com a fera mágica ainda atordoada.

“Vejo você novamente em alguns anos, vamos ver se você ousa me atacar de novo!” Pequenas gotas de sangue tocaram a pedra e o barulho parou.

 O Ry ainda estava tentando entender o que acabara de acontecer. Ele só queria que o maldito barulho parasse de machucar seus ouvidos quando aquele filhote agressivo apareceu.

 O Ry tentou assustá-lo e lhe ensinar uma lição, mas acabou sendo ele que foi educado.

“Bah, quem se importa.” O Ry pensou. “Eu queria me livrar daquela pedra estúpida e de uma forma ou de outra consegui fazer o trabalho. Mas aquele era um filhote mal-humorado. Rezo para que ele mostre mais consideração por sua matilha do que por mim. Caso contrário, quando ele crescer e se levantar, ele será um estorvo para seus parentes. Humanos estúpidos e sua ganância só trazem problemas. Eles são incapazes até de cuidar dos seus próprios.”

 O Ry, líder de todas as matilhas na floresta de Trawn, ignorou os dardos antes de retornar para sua família.


Nota:

[1] Eu achei que fica mais estiloso escrito assim do que “Flash e Bang” ou algo do tipo.

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kurumiD
Membro
kurumi
2 meses atrás

Bah, é os guri kkkkkkk

Shiba WhiteD
Membro
Shiba White
6 meses atrás

“Me fode de lado” 🤨🏳️‍🌈?

Ramona
Visitante
Ramona
9 meses atrás

“Bah” os lobos fluentes no sotaque dos GURI

XisyonD
Membro
Xisyon
9 meses atrás

Bah

Danilo Torres
Membro
Danilo Torres
10 meses atrás

kkkkkkkkkkkkkkkkkkk o lobo falando

Aquele acima de tudo e todos
Membro
Aquele acima de tudo e todos
10 meses atrás

O logo fala, que porra

mathh_01
Visitante
mathh_01
10 meses atrás

Ate os lobos falam “Bah”, é os guri

LOPES
Membro
LOPES
1 ano atrás

Bomm

Última edição 1 ano atrás por LOPES
Dissimulado
Visitante
Dissimulado
2 anos atrás

Lobo mineiro família, cabô.

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