Os primeiros dias de Derek como bebê foram pacíficos, porém entediantes. Ele não tinha responsabilidades, tudo que ele fazia era comer, dormir, fazer cocô, e os ocasionais barulhos de bebê ou a rotina de tentar agarrar alguma coisa.
Isso deixou ele com todo o tempo que precisava para pensar sobre o seu futuro.
Na terra, não era um mistério que crianças tinham um potencial maior que os adultos para aprender, e já que sua família parecia humana, ou pelo menos humanoide, ele só podia esperar pra que isso também fosse verdade nessa dimensão.
Pelo que ele pode ver, seu corpo era diferente de um bebê do planeta terra. Ele conseguia ouvir seu coração batendo, seu peito inflando e descendo enquanto ele respirava.
Até mesmo a parte reprodutiva era a mesma.
O mesmo podia ser dito sobre sua nova família. Se não fosse pela existência da magia, ele teria pensado que viajou no tempo, mas as coisas claramente não eram tão simples assim.
Derek rapidamente dispensou toda a hipótese de “Que espécie eu sou agora?” Como pensamentos aleatórios.
Uma das vantagens de ser um bebê era que a ignorância estava perfeitamente bem, quando a hora chegasse, alguém ensinaria a ele.
Ele determinou que tinha duas prioridades: número um, aprender a linguagem deles. Todos os bebês deveriam aprender sua linguagem nativa, e ele só tinha certo tempo antes de ser considerado retardado, então ele não podia relaxar.
Número dois, ele tinha que de alguma forma descobrir a magia, ou pelo menos suas fundações. E também tinha um prazo, já que seu potencial de aprendizagem só estaria no auge até seu cérebro parar de crescer.
Depois disso, ele não seria diferente de ninguém com o mesmo talento e disposição mágica.
Então ele fez da magia sua prioridade. Ser considerado um aprendiz lento era melhor que ser fraco pelo resto da vida, e forçado a ir para outra rodada de reencarnação.
Derek passou o seu primeiro dia no novo mundo em uma cama, junto com sua mãe, enquanto seu pai dormia no quarto dos meninos.
Toda vez que alguém tentava falar com ele, ele prestava muita atenção, tentando descobrir palavras em comum, ou padrões.
O resto do tempo, quando ele não estava comendo, ou estivessem trocando a fralda dele, ele tentaria fazer um dos três feitiços: Ekidu, Vinire Lakhat e Vinire Rad Tu.
Todas as tentativas foram falhas, ele não conseguiu sentir nem uma gota de poder dentro dele. Comparando seu conhecimento da terra sobre dungeons e recompensas, esses feitiços claramente tinham um componente verbal e somático.
Mas isso não podia ser tudo, ou pelo menos ele esperava, caso contrário, até ele ser capaz de falar, todos os seus esforços teriam sido em vão.
Falha atrás de falha, sua ansiedade aumentou. Medo do desconhecido e do amanhã começaram a aparecer. E também, se acostumar a fazer cocô e mijar em uma fralda não era um sentimento muito agradável.
Ainda bem que sua mãe não mostrou nada além de amor e afeição por ele, fazendo seu dia não ser uma perda total. Apesar de sua oposição sobre mães, devido a sua experiência na vida anterior, Elina conseguiu fazer ele se sentir amado e protegido. Não era nem um pouco ruim.
O resultado do seu primeiro dia foi, nenhum progresso em magia, e nenhum progresso na linguagem. Mas a sua mãe parecia ser uma boa mãe, e ele finalmente descobriu seu novo nome: Lith.
O segundo dia fez seu mundo virar de cabeça pra baixo.
Elina, mostrando a força de um touro selvagem, decidiu que estava cansada de descansar e se levantou para ajudar nas tarefas diárias.
Lith teve a oportunidade de ver a sua figura completa. Apesar de ter dado à luz no dia anterior, ela era uma mulher de boa aparência, nos seus vinte e poucos anos. Ela era definitivamente bem dotada em todos os lugares certos, com um corpo em forma, aperfeiçoado pelo trabalho duro. O cabelo comprido abaixo dos ombros era de uma bela cor castanho claro, com tons de vermelho por toda parte.
A luz da vela fez parecer que seus cabelos eram chamas dançantes. “Ver a mãe com seu cabelo solto em um dia ensolarado deve ser uma linda visão.” Derek pensou.
Talvez fosse porque Lith ainda era um bebê, talvez seja por causa da relação mãe e filho, mas Lith sentiu muito orgulho dela.
Ele também descobriu que ela parecia não usar sutiã ou calcinha.
Uma vez que ela terminou de se vestir, ela enrolou Lith em uma toalha, fazendo com que seja impossível para ele se mover. Depois Elina o colocou em uma faixa pendurada em seu ombro, pra que pudesse segurá-lo facilmente com apenas um braço, e usando o mínimo de esforço.
Ela saiu do pequeno quarto e viu sua filha mais velha, Eliza, mexendo na lareira.
*“O que em nome da grande mãe você acha que está fazendo Lily? O sol nem nasceu ainda, você deveria estar dormindo. Você sabe que não tem permissão para mexer com fogo!”*
Ela falou sussurrando, tentando não acordar os outros.
*“Me desculpe, mamãe. Eu só queria fazer uma surpresa pra todos vocês. Pra quando você acordasse, a casa estar quentinha e ter café da manhã pronto.”* O rosto de Eliza mostrava uma sincera preocupação.
*“Não precisa se preocupar, abelhinha. Sua mãe é profissional com crianças.”* Elina disse enquanto fazia cafuné no cabelo dela.
Eliza, junto de seu irmão gêmeo, eram os filhos mais velhos. Ela tinha oito anos de idade, e seu cabelo loiro com tons de preto era a razão para seu apelido.
Elina afastou ela da lareira, e com um estalar de dedos, o fogo acendeu.
“Infiro!”
“Graças aos céus!” Lith se alegrou. “Eu tinha esse sentimento estranho quando descobria um novo tipo de magia. Isso prova que eu não estava apenas imaginando coisas!”
Elina enviou Lily para abrir as cortinas das janelas, para deixar a luz da manhã entrar enquanto ela preparava o café da manhã.
Elina pegou vários vegetais de uma cesta, e depois os cortou usando uma faca. Alguns tinham uma aparência familiar para Lith, como algumas semi batatas e cenouras de cores estranhas. Os outros eram um mistério.
A ideia de tomar café da manhã assim fez Lith quase querer chorar. Na sua vida passada ele nunca gostou de vegetais, todos eles tinham um gosto enjoado. Não importa o quanto deles ele comesse, em meia hora ele estaria com fome novamente.
Elina jogou tudo dentro de um pequeno caldeirão, e com a ajuda de um pequeno gancho pendurou numa barra de metal, em cima do fogo.
Depois, com um estalar de dedos ela conjurou água do nada, enchendo o caldeirão.
Os dois, Lith e Lily ficaram felizes, mesmo que por razões completamente diferentes.
Para Lith, significava esperança. Feitiços podiam ser lançados sem palavras ou movimentos precisos das mãos, isso dava pra ele uma chance de praticar a magia enquanto ainda era bebê.
Para Eliza, era questão de orgulho. Magia era comum, mas toda vez que Elina lançava um feitiço, era como assistir a um verdadeiro show de mágica.
*“Você é tão incrível mãe!”* Os olhos de Eliza estavam cheios de admiração. *“Eu vou ser tão boa quanto você em magia?”*
*“Claro que vai, abelhinha.”* Elina respondeu com um sorriso gentil, enquanto acrescentava interiormente. *“Depois de dez anos de puro esforço, todos os dias.”*
Depois de um tempo, todos acordaram para tomarem café da manhã juntos. A família consistia em: Raaz(o pai), Elina(a mãe), duas filhas(Eliza e Tista) e dois filhos(Orpal e Trion).
Lith pode então estabelecer, com uma certeza depressiva, que não existia coisa como banheiro interno.
Pelo que ele podia ver, a casa consistia em um grande quarto, usado como sala de jantar, uma cozinha, e três portas que levavam a vários quartos, e nada mais.
O café da manhã foi relativamente quieto, então ele não teve problemas em aprender a palavra mágica para invocar água que seu pai usou para encher algumas jarras.
“Jorun!”
Depois que todos saíram para fazer sua rotina diária, Elina se moveu junto com Lith para uma cadeira de balanço. Durante a manhã, Lith teve o prazer de descobrir que todas as tarefas diárias como lavar os pratos ou varrer o chão, eram todas feitas usando magia.
Da sua cadeira de balanço, Elina simplesmente precisava estalar seu dedo indicador e seu dedo médio, enquanto falava “Brezza!” Para gerar três pequenos redemoinhos que ela moveria pela casa inteira, para coletar a sujeira e se livrar da poeira.
Toda vez que alguém sujasse o chão com terra ou lama, bastava um estalar de dedos e um “Magna!” enviaria a sujeira de volta pela porta que ela entrou.
Lith ficou encantado ao descobrir o quão comum era o uso da magia. Todos na família, mesmo os mais jovens, usavam magia para facilitar a vida.
Quando chegou a hora de dormir, Lith estava morrendo de vontade de tentar um pouco de magia. Ele esperou tanto tempo para que suas mãos e pés finalmente estivessem livres.
Elina adormeceu quase que instantaneamente, mas Lith estava tão impaciente, que pra ele foi como se tivessem demorado horas.
Depois de um dia inteiro pensando, ele decidiu tentar apenas a magia de vento, até estar confiante o suficiente em suas habilidades de controle de magia.
O fogo era muito perigoso, e a água ou a luz acordariam facilmente sua mãe. Na penumbra do quarto ele não conseguia ver nenhuma sujeira para controlar, e estava com muito medo de mexer com a magia das trevas até que conseguisse entendê-la melhor.
Então ele girou o bracinho e disse: “Eaa”. Nada aconteceu.
Lith tentou e falhou inúmeras vezes antes de desistir. Ele não sabia quanto tempo seu corpinho de bebê demoraria para adormecer, então ele parou de se movimentar e começou a pensar.
Magia era comum, toda vez que ele ouvia uma palavra mágica, algo dentro dele estralava, como se criasse uma conexão com a energia elemental.
Todas essas eram boas notícias, mas ele ainda não conseguia descobrir porque ele estava falhando. Ele nunca esperou ter sucesso na primeira tentativa, mas ele pensou que pelo menos algo se manifestaria.
Uma partícula de poeira aleatória, uma partícula mágica, qualquer coisa.
Então, ele começou a pensar em quando a curandeira o encheu de poder. Aquele sentimento não era novo pra ele, mas ele nunca o experimentou tão intensamente.
Lith tentou puxar na memória, até achar a resposta. Foi a mesma sensação que ele teve quando começou a praticar aikido, enquanto aprendia a técnica básica de respiração.
“Bem, eu não tenho nada a perder. Vamos dar uma chance.”
Lith respirou pelo diafragma, o ânus relaxado, para absorver a energia mundial.
Depois contraia o ânus, prendendo a respiração por alguns segundos, para deixar a energia se instalar, antes de expirar relaxando todo o corpo.
De volta à terra, ele sempre pensou que o sentimento intoxicante que ele experimentou durante seus primeiros dias de prática eram apenas um efeito placebo.
Sua jovem e ingênua mente se iludindo, como se os fracos pudessem milagrosamente se tornar fortes apenas acreditando e praticando toda aquela energia interna/KI sem sentido.
Mas e se ele depois parou de experimentar essa sensação apenas porque sua energia mundial nativa era muito fina?
Depois de algum tempo, Lith começou a sentir cócegas por todo seu corpo, e depois a energia pareceu se mover e se condensar no seu plexo solar.
Quanto mais ele performava a técnica de respiração, mais claramente ele podia sentir a energia ficando mais estável.
Em seus antigos vídeo games, a mana sempre era azul. Então, ele visualizou uma esfera azul dentro de seu plexo solar.
Depois de um tempo, Lith se sentiu transbordando de poder. Depois de segurar sua respiração uma última vez, ele girou seu bracinho, antes de dizer: “Eaaa!”
O vento gerado mal balançava os cabelos da sua mãe, enquanto ele mirava no lençol.
E ainda assim ele não conseguia parar de sorrir.
“Esse é realmente um ótimo começo!”
Esse autor coloca uns detalhes meio estranhos kkkk
Uns negócios querendo time Skip e eu amando essa explosão de fofura
Legal, mas cadê o timeskip?
Sempre confundo o nome dele com Lich ou Lilith
Pensei que era o único kkkkkk
eliza e elina é foda
Né kjkkkk
O autor ainda usa na mesma linha kkkkk
Foda, já tá usando magia o cara, só espero que quando ele crescer mais, ele se exercite e não fique só em magia, treine artes marciais também, e transe um pouco.
mano tu quer mto transar ne pqp kkkkkkkkkkkkkkkk
Essa segunda parte do comentário… VSF kkkkkk
Não dá, toda que falarem o nome dele vou lembrar de um Mago Esqueleto
Ainda bem que o nome dele n é lilith pq ai eu desconfiaria que ele na realidade estaria no inferno.
Lilith me dá flashbacks misteriosos de LOTM