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Sword God in a World of Magic – Capítulo  221

Não O Quê, Mas Como

Após um minuto completo, Shang finalmente fez sua escolha.

Não foi uma escolha fácil, mas Shang acreditava que era a correta.

— Eu escolho…

— 19.

O sorriso do bobo da corte se alargou enquanto ele olhava para Shang.

— Agora, isso é interessante — disse ele ao aparecer diretamente na frente de Shang, olhando profundamente em seus olhos.

Por um instante, Shang sentiu o medo surgir em seu coração.

— Mesmo tendo bloqueado seus pensamentos da minha percepção, eu ainda estava muito certo de que poderia prever sua escolha, já que sei tudo sobre você.

— No entanto, quem diria que eu estaria errado? — o bobo refletiu, olhando nos olhos de Shang com um sorriso insano.

— Eu tinha certeza de que você escolheria 22.

— Diga-me, por que escolheu 19? — o bobo perguntou sem se afastar.

Shang se sentiu muito desconfortável com o bobo tão próximo de seu rosto.

Shang respirou fundo para organizar seus pensamentos.

— Há várias razões para minha decisão.

— Originalmente, eu queria escolher 22. Afinal, é um aumento de poder em troca de um sacrifício. Isso é exatamente o que venho dizendo a mim mesmo. Eu disse a mim mesmo que é assim que quero viver minha vida.

O bobo esperou pelas razões.

— Mas, por enquanto — Shang disse lentamente. — Eu não quero me comprometer com um caminho.

— Comprometer? — o bobo perguntou com interesse.

— Sim — disse Shang. — Você me disse que eu já perguntei a questão que quero fazer antes e que eu deveria esperar pelo Estágio de Comandante. Isso significa que vou obter a resposta para minha pergunta.

— A resposta para a pergunta: Qual tipo de atitude seria mais eficaz na minha jornada?

— Bem — disse o bobo — você formulou a pergunta um pouco diferente, mas é essencialmente a mesma.

Shang assentiu. — Eu fiquei preso entre dois caminhos nos últimos dois anos. Devo ajudar os outros ou machucá-los?

— No entanto, não é tão simples. Se eu ajudar os outros, também receberei sua ajuda, mas em algum momento, a ajuda que os outros podem me oferecer valerá menos do que o que eu dou a eles, o que prejudicará meu crescimento.

— Isso significa que não posso me comprometer totalmente com esse caminho.

— Se eu machucar os outros, ganho muitos recursos que aumentam meu poder, mas, por outro lado, também estarei sob constante perigo, e esse perigo pode custar minha vida. O perigo é bom para o crescimento, mas muito perigo me matará.

— Isso significa que também não posso me comprometer totalmente com esse caminho.

— Como Deus deste mundo, você deve saber melhor que tipo de atitude funcionaria melhor para mim, e até eu ter essa resposta, não vou me comprometer com nada.

— Agora, se eu escolhesse 22, poderia fazer algo que me forçasse a seguir um desses dois caminhos.

Nesse momento, Shang olhou para o bobo.

— E não seria muito divertido me ver ouvir sobre o caminho correto sem poder segui-lo?

— Assim como o professor ouviu sobre as mortes gratuitas no julgamento depois de já ter se tornado velho demais para tirar proveito disso.

O bobo apenas sorriu.

— Mas essa não é toda a minha razão.

— Outra razão é que me sinto um pouco mal por contornar as regras da minha Afinidade. Claro, me sentir um pouco mal não me impede de fazer o que preciso para me tornar poderoso.

— Conquistei esses três pontos não com meu poder, mas trapaceando. Não quero receber algo que não mereço.

— Claro, como eu disse, continuo disposto a fazer isso, mas essa razão também desempenhou um pequeno papel na minha decisão.

— E então, há mais duas razões.

— Mais duas? — o bobo perguntou com um sorriso. — Você realmente pensou muito sobre essa escolha.

— Essas duas razões têm a ver com minha impressão de você — Shang disse.

— Qual é sua impressão de mim? — o bobo perguntou.

Shang respirou fundo.

— Instável, frequentemente ilógico, louco, caótico, brincalhão — Shang disse.

Não havia razão para manter os pensamentos de Shang em segredo. O Deus já sabia o que Shang pensava dele.

Claro, o Deus não reagiu.

— No entanto, tudo isso não importa. O que você quer é entretenimento — Shang disse. — Para alguém do seu poder, essa é provavelmente a única coisa que te interessa. Talvez não haja mais um caminho adiante, o que te força a olhar para baixo.

Nesse momento, o sorriso do bobo desapareceu.

Toda a atmosfera mudou.

Antes, Shang sentia que era um brinquedo, mas agora, ele sentia que havia machucado o jogador.

Shang imaginou que havia atingido o ponto fraco do Deus.

Provavelmente era um ponto sensível para ele.

— Você tem sorte de ser divertido — o bobo falou com um tom apático.

Essa foi a primeira vez que Shang ouviu o Deus falar nesse tom, e isso lhe causou arrepios.

— E é isso — Shang disse. — Você quer entretenimento.

— Eu tinha certeza de que escolheria 22 no início, e pensei que você também previa que eu escolheria 22.

— Então, por que não tornar isso interessante e contornar suas expectativas? — Shang perguntou.

— Hahahaha!

O bobo riu alto.

Surpreendentemente, o bobo riu por um bom tempo.

— Você não faz ideia de há quanto tempo eu não me surpreendo assim!

— Eu esperava que você pensasse em si mesmo ao fazer essa escolha, mas você, na verdade, estava pensando em mim, o que mudou completamente sua decisão!

— E no final — o bobo disse com um sorriso insano. — Ao pensar em mim, você suspeita que está automaticamente pensando em si mesmo por tabela, certo?

— Sim — Shang disse com um aceno de cabeça. — Eu não quero servir. Eu não quero ser seu entretenimento.

O bobo não reagiu.

— No entanto, o que eu quero não é importante. Diante de você, não importa o que eu quero. Ainda não tenho o poder para te desafiar.

O Deus notou a palavra ‘ainda’, mas não comentou.

Ver um brinquedo se conformar com ressentimento era divertido.

— Não gosto de me curvar aos seus caprichos, mas se quero alcançar meu objetivo, por enquanto, tenho que fazer isso. Te desafiar só me mandará para um túmulo prematuro ou pior.

— Mas há uma razão a mais.

O bobo se apoiou no martelo enquanto olhava para Shang com um sorriso. — Diga-me.

Shang franziu a testa.

— Essa foi a razão mais importante.

— Você me disse que eu tinha a escolha, e meu futuro depende da escolha que eu fizer.

— No entanto, e se não depender?

O bobo não reagiu.

— E se minha escolha for, na verdade, irrelevante?

— Você pode mudar as regras quando quiser. Acreditar que essas duas escolhas são as únicas que tenho pode estar incorreto.

— Pode ser que não importe o que eu escolha.

— Mas pode importar como eu escolho.

— A resposta pode não te interessar. Talvez, você só esteja interessado nas razões pelas quais escolhi o que escolhi.

— E por isso escolhi 19.

— Porque não era algo que você esperava.

Silêncio.

Por cerca de cinco segundos, ninguém disse nada.

— Muito interessante — disse o bobo.

— Sabe, fiquei bastante irritado quando você contornou a desvantagem de usar Entropia abusando do meu poder.

— Mas agora, me sinto ainda melhor do que se você tivesse conseguido 22 pontos sem depender do meu poder.

Nesse momento, o bobo desapareceu no nada.

Algo escuro materializou-se cerca de cinquenta metros de Shang.

Shang reconheceu o objeto imediatamente.

Era o trono gigantesco do Deus.

E no trono estava o corpo real do Deus.

Ele estava sorrindo enquanto apoiava a cabeça em um dos punhos.

— Você recebe sua recompensa de 22 pontos sem precisar fazer nada que não queira.

— Muito bem jogado…

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